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EQUACIONA EDUCAÇÃO LITERATURA – Prof.

Diogo Brito
ANÁLISE DE OBRAS DO REALISMO E NATURALISMO

1) Memórias Póstumas de Brás Cubas 3) Dom Casmurro

Esse romance é uma revolução em termos de estrutura e linguagem. O romance se vale de uma situação cheia de incertezas para sugerir
O público do romance romântico estava acostumado ao episódio, aos quase tudo e revelar muito pouco. Já envelhecido, Bentinho, apelidado
incidentes circunstanciais das personagens. Machado de Assis de Dom Casmurro devido a sua amarga solidão, resolve “atar as
escreve um romance que se caracteriza pela lentidão, pela análise duas pontas da vida” através da reconstituição dos principais fatos de sua
exaustiva. O enfoque central não é a vida social ou a descrição da existência. Assim, em retrospectiva, técnica que lhe dá chances para um
paisagem, mas a maneira como as personagens veem e sentem as aprofundado estudo psicológico, o autor faz Bentinho contar de seu amor
circunstâncias em que vivem. É narrado em primeira pessoa por um por Capitu, sua experiência no seminário, sua amizade com Escobar e
defunto, Brás Cubas, que está preocupado em reexaminar, de modo finalmente o casamento com sua amada – Capitu. Transtornado pelo
irônico, mas radical, os principais momentos de sua vida. As ciúme e pela dúvida sobre a traição de Capitu e Escobar, Bentinho
lembranças não aparecem linearmente, dependem das oscilações da separa-se da mulher e do filho ficando cada vez mais solitário e
memória. O personagem mostra seus mais secretos desejos e casmurro.
anomalias e também as hipocrisias de uma sociedade que estrutura
sua vida sobre falsos valores. Brás Cubas conta seus amores por 4) Esaú e Jacó
Marcela, paixão desenfreada de sua juventude, seus ideais para
vencer na vida, sempre equivocados, e sua relação amorosa com
Virgília, esposa do seu amigo Lobo Neves. No livro, o autor analisa a
teoria do Humanitismo, do seu amigo filósofo Quincas Borba. A
análise individual e social é sarcástica, impiedosa, até corrosiva, e o
romance está impregnado de amargura cruel e niilista, que
encontramos nas palavras de Brás Cubas: “ Ao chegar a este outro
lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira
negativa deste capítulo de negativas: - Não tive filhos, não transmito a
nenhuma criatura o legado de nossa miséria.”
Narrado em 3ª pessoa, a história criada pelo Conselheiro Aires, também
2) Quincas Borba personagem do romance, gira em torno dos irmãos gêmeos, Pedro e
Paulo. Adversários na infância, na juventude e na maturidade; vão se
opor em tudo. Um será conservador, o outro liberal. Só num aspecto
coincidem, além da semelhança física: a paixão por Flora, jovem
indecisa entre o amor de ambos. Flora termina morrendo sem conseguir
optar por nenhum dos gêmeos, que continuam cada vez mais desunidos.
Vale lembrar que a inimizade dos irmãos, além de remeter à disputa entre
os personagens bíblicos Esaú e Jacó, é também uma alegoria política do
Brasil da época que viva o processo de transição entre a monarquia e a
república.

5) Memorial de Aires

Narrado em 3ª pessoa, o romance conta a história do modesto professor


Rubião que recebe a grande herança do falecido filósofo Quincas Borba,
com a condição de cuidar de seu cachorro, também chamado Quincas
Borba. Rubião abandona a pequena cidade do interior, mudando-se
para o Rio de Janeiro, onde é enganado e explorado por um bando de
parasitas sociais, especificamente pelo casal Cristiano Palha e Sofia.
Sofia percebe a paixão do professor por ela e se diverte com sua
ingenuidade. Tais reveses, além do amor frustrado por Sofia acabam
levando o professor à demência. Ele retorna acidade natal –
Barbacena - , onde morre abandonado e ridicularizado por quase
todos. Ao seu lado, apenas o cão, que também vem a falecer.
EQUACIONA EDUCAÇÃO LITERATURA – Prof. Diogo Brito
A obra não tem propriamente um enredo: estrutura-se em forma de um
diário escrito pelo Conselheiro Aires (personagem que já aparecera em
Esaú o Jacó), onde o narrador relata, miudamente, sua vida de diplomata 8) O Cortiço
aposentado no Rio de Janeiro de 1888 e 1889. Sucedem-se, nas
anotações do conselheiro, episódios envolvendo pessoas de suas
relações, leituras do seu tempo de diplomata e reflexões quanto aos
acontecimentos políticos, sociais e culturais. Destaca-se, dando uma
certa unidade aos fragmentos de que o livro é composto, a história de
Tristão e Fidália. Ela, viúva moça e bonita, é grande amiga do casal
Aguiar, uma espécie de filha postiça de D. Carmo. Tristão, afilhado do
mesmo casal, viajara para a Europa, em menino, com os pais. Visitando,
agora, o Rio de Janeiro, dá muita alegria aos velhos padrinhos. Tristão e
Fidélia acabam por apaixonar-se e, depois de casados, seguem para a
Europa, deixando a saudade e a solidão como companheiros dos velhos
Aguiar e D. Carmo.

6) O Mulato

 Principal obra do naturalismo brasileiro


 Painel do subúrbio do RJ
 Denúncia contra a discriminação e a miséria
 Influência do meio no comportamento
 Taras sexuais e anomalias psicológicas
 Cortiço = personagem principal
 João Romão / Bertoleza
 Miranda / Estela / Zulmira
 Jerônimo / Rita Baiana

 1ª obra do naturalismo brasileiro


 tragédia de Raimundo
 racismo em São Luís, MA

7) Casa de Pensão

 narração em 3ª pessoa
 Influência do ambiente no indivíduo
 Amâncio, João Coqueiro, Mme. Brizard

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