Você está na página 1de 3

RELATÓRIO - PRÁTICA 07 – QUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Alunos: Felipe Kenji Pereira Hiromitsu RA:161141463

Leonardo Souza Kodama RA:151141631

2. DETERMINAÇÃO DE AÇÚCAR TOTAL- TESTE DE MOLISH

QUESTÃO: Explicar a coloração obtida em cada tubo

Tubo
Solução Formação de anel violeta
(n°)
1 Amido Sim
2 Sacarose Sim
3 Glicose Sim
4 Soda limonada tradicional Sim
5 Soda limonada diet Sim
6 Água destilada Não

Essa reação é um indicador positivo de carboidratos no geral. Em que é utilizado um


ácido concentrado para hidrolisar completamente carboidratos mais complexos em seus
monômeros, os monossacarídeos, que são então convertidos para furfurais ou hidroxi-
furfurais que reagem com o alfa-naftol produzindo uma substância de coloração azul-roxeada
na forma de um anel em tubos de ensaio. Então, era esperado que todos os tubos numerados
de 1 a 4 apresentassem o anel característico dessa reação, visto que todos são ricos em
carboidratos. Assim como era de se esperar que a água destilada não apresentasse o anel.
Uma surpresa, porém, foi a presença do anel na soda limonada diet, supostamente fabricada
para a parte diabética da população e, assim, com o objetivo de eliminar os carboidratos da
alimentação, pode-se especular que sejam os carboidratos da frutose, já que são utilizados
sucos de fruta para a fabricação desse tipo de bebida.

3. IDENTIFICAÇÃO DE AÇÚCARES REDUTORES – REAÇÃO DE BENEDICT

QUESTÃO: Explicar a coloração obtida em cada tubo em relação à sua capacidade redutora,
mostrando a estrutura dos açúcares

Tubo
Solução Coloração
(n°)
1 Amido Azul
2 Sacarose Azul
3 Glicose Vermelho
4 Frutose Vermelho
5 Água destilada Azul

Para esta reação temos a indicação de açúcares redutores, no caso a glicose e a


frutose, que possuem carbono anomérico livre, como é mostrado na figura a seguir:
À direita podemos ver a frutose e à esquerda a glicose, ambos com as hidroxilas livres
do carbono anomérico indicadas, o que mostra a característica redutora de ambos os
monossacarídeos.

Para a sacarose temos a união desses dois monossacarídeos por reação de hidrólise
em uma ligação do tipo α (1→ 2), em que, tanto o carbono anomérico da glicose (carbono 1)
quanto o da frutose (carbono 2) são utilizados para a ligação glicosídica e, portanto, não há
hidroxilas livres para que o açúcar seja considerado redutor, como é mostrado na figura a
seguir:

No caso do amido há uma maior complexidade, já que ele é formado por ligações
entre glicoses do tipo α (1→ 4 ) ao longo de toda sua estrutura, exceto em ramificações, em
que há ligações do tipo α (1→ 6), apesar disso, não há carbonos anoméricos disponíveis ao
longo dessa cadeia, exceto pelo último resíduo de glicose na extremidade final da estrutura do
amido, já que ele estará ligado apenas no carbono 4 não anomérico. Contudo isso não é
suficiente para que ele adquira a cor avermelhada esperada do teste, visto a quantidade muito
reduzida de hidroxilas livres.

4. IDENTIFICAÇÃO DE ALDOSES E CETOSES – REAÇÃO DE SELIWANOFF

QUESTÃO: Explicar os resultados observados


Tubo
Solução Coloração
(n°)
1 Frutose Vermelho
2 Glicose Amarelo
3 Amido Amarelo
4 Água destilada Amarelo

Nesse caso para a identificação de cetoses temos o reagente de Seliwanoff que


apresenta um ácido diluído e um composto que reage com o furfural formado a partir das
cetoses em meio ácido muito mais rápido que com o hidrofurfural formado a partir das
aldoses e, portanto, tanto a glicose quanto o amido, que é um polimero de glicose, são aldoses
e apresentam a mesma coloração da água destilada, enquanto que a frutose, uma cetose,
apresenta coloração avermelhada e, portanto, é um positivo para o teste.

A tentativa de aumentar o tempo de banho-maria para a glicose não surtiu grandes


efeitos, isto é, o teste não caminhou significativamente para um positivo, o que indica que a
diferença de tempo de reação entre aldoses e cetoses é suficiente para a aplicação confiável
desse teste para identificação de cetoses.

Você também pode gostar