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PROVA 1

CAPÍTULO 1 – PROBLEMAS DE DECISÃO


Pode –se dizer que em problema de decisão multicritério consiste numa situação, em que há pelo menos duas alternativas para se
escolher, e essa escolha é conduzida pelo desejo de se atender múltiplos objetivos, muitas vezes conflitantes entre si. Esses objetivos
são associados as consequências da escolha pela alternativa a ser seguida. Essas variáveis podem ser chamadas de critérios, atributos
ou dimensões.
Quando se menciona o executivo, observa-se a presença de um decisor, onde vai estabelecer suas preferencias sobre as
consequências envolvidas no problema, envolvendo assim julgamento de valor pelo decisor. O desempenho dos decisores impacta
diretamente na competitividade da organização que depende fortemente da forma como os problemas são analisados.
Atores do processo decisório
O analista: Fornece suporte metodológico ao processo decisório. Ele também está associado ao desenvolvimento de um
processo para promover interação entre os diversos atores em reuniões estruturadas. Um ator importante no processo decisório é o
especialista que fornece informações factuais sobre o problema em análise, é um profissional que conhece os mecanismos de
comportamento do sistema objeto de estudo. Os stakeholders, tenta influenciar os decisores de alguma outra forma, através de um
tipo de pressão, tendo em vista que é afetado pela decisão.
Perspectivas para o estudo da tomada de decisão: Quanto as Abordagens:
 Descritiva: focalizado em descrever como as pessoas decidem em situações reais, no dia a dia das organizações.
 Normativa: focaliza-se na escolha racional, ou seja, procura-se garantir uma lógica para o processo decisório.
 Prescritiva: Aplica uma das abordagens normativas, utilizando os resultados obtidos na abordagem descritiva.
 Construtiva: apontada como um meio alternativo para a abordagem prescritiva na construção de modelos de decisão.
Não tem uma estrutura de preferência consolidada.
Processo Decisório em 4 Estágios:
 Inteligência: Comparar a situação atual e em seu ambiente, com o estado desejado.
 Desenho: Desenvolve-se a construção do modelo.
 Escolha: Desenvolve-se a avaliação das alternativas para resolver o problema conforme a problemática.
 Revisão: Avaliação de todas as etapas anteriores.
 Implementação: Aplica-se a solução recomendada.
Quanto as Problemáticas:
 Escolha: Escolha das melhores alternativas dado um conjunto de alternativas.
 Classificação: Alocação de cada ação a uma classe.
 Ordenação: Tem como objetivo ordenar as ações.
 Descrição: Descrições das ações e suas consequências.
Classificação dos Métodos:
 Métodos de critério único de síntese.
 Sobreclassificação
 Interativos

CAPÍTULO 2 – MODELOS DE DECISÃO E SELEÇÃO DE MÉTODOS


Um modelo de decisão Multicritério corresponde a uma representação formal e com simplificação do problema de decisão com
múltiplos objetivos enfrentados pelo decisor.
Um Método de Apoio a Decisão Multicritério consiste numa formulação metodológica, com estrutura axiomática bem definida, que
pode ser utilizada para construir um modelo de decisão que vise à formulação de um problema específico.
Seleção de Métodos:
Racionalidade compensatória e não compensatória
Algumas questões chaves que influenciam na seleção do método:
 Tempo disponível
 Esforço requerido por uma dada abordagem
 Conhecimento sobre o Ambiente
 Importância de uma decisão mais precisa
 Desejo de minimizar conflitos
Questões Básicas para a escolha de um MCDA
Um fator decisivo na escolha de um método está relacionado à estrutura de preferência do decisor.
Relações de Preferência:
 Indiferença (I) – O decisor tem razões claras para não preferir nenhuma das ações (equivalentes).
 Preferência Estrita (P) – Possui razões claras (preferência estrita) por uma das ações.
 Preferência Fraca (Q) – Razões claras que invalidam a preferência estrita. Mais essas razões são insuficientes para distinguir,
seja uma preferência estrita ou Indiferença.
 Incomparabilidade (R) – Ausência das três acima.
 Não Preferência (~) – ausência de situações claras para o decisor, para justificar a preferência estrita ou fraca. Consiste numa
situação de indiferença ou incomparabilidade.
 Presunção de Preferência (J)\ razões claras que justificam a preferência fraca, sem se preocupar quão fraca é.
 Sobreclassificação (S) – razões claras para o decisor que justificam a preferência estrita ou J de dois elementos.
Estruturas de Preferência:
Estrutura (P,I) - Relação simétrica e outra Assimétrica – Pré-ordem Completa
Estrutura (P,Q,I) – Relação simétrica (I) e duas Assimétrica (P e Q)
Estrutura (P,Q,I,R) – Pré-ordens Parciais, Apresenta a Incomparabilidade.
Famílias de Critérios:
Um critério de forma geral é visto como uma representação de um objetivo.
No entanto, o critério pode ser definido de maneira mais formal, através de uma função que mede o desempenho obtido no objetivo
representado.
Uma família consistente de critérios deve atender a várias propriedades, dentre as quais: ser capaz de representar todos os
aspectos(objetivos) do problema (exaustividade) sem que haja redundâncias.
Os critérios podem ser classificados da seguinte forma:
 Critério verdadeiro: quando a estrutura de preferência associada é uma pré-ordem completa (P,I).
 Semicritério: quando a estrutura de preferência associada é uma semiordem, que corresponde ao modelo com limiar. Existe
esse limiar, do que o decisor não consegue explicitar a diferença ou se recusar a declarar a preferência.
 Critério de intervalo: quando a estrutura de preferência associada é uma ordem de intervalo, que corresponde ao modelo
com limiar variável.
 Pseudocritério: quando a estrutura de preferência associada é uma pseudo-ordem, que corresponde ao modelo de limiar
duplo (de preferência e de indiferença). De maneira que a preferência fraca se estabelece quando a diferença entre os dois
elementos é maior que a limiar de indiferença, mas menor que a limiar de preferência.
Relação de Dominância
Uma alternativa a irá dominar uma alternativa b se o desempenho de a for igual, ou melhor, que o de b em todos os critérios, sendo
estritamente melhor em pelo menos um critério.
Avaliação INTRACRITÉRIO
A avaliação intracritério é necessária para construir preferências parciais em um critério particular.
A avaliação intracritério consiste na avaliação de cada alternativa i para cada critério j, o que leva a função valor 𝑣𝑗(𝑎𝑖).
A construção da função valor para cada elemento é baseada na avaliação das consequências a serem obtidas.
Avaliação INTERCRITÉRIO
Considera a combinação de diversos critérios.
Permitirá a realização de comparação entre as alternativas, seja através de um score (valor global), ou um procedimento que permita a
comparação entre as alternativas, sem que seja atribuídos uma valor global.
Tipos de Escalas
 Razão – Maior quantidade de Informação
 Intervalar – Significado de Cardinalidade - O número cardinal é aquele que expressa uma quantidade única, enquanto o
número ordinal indica a ordem ou a série em que determinado número se encontra.
 Ordinal – Menor quantidade de Informação
 Verbal – Nominal ou semântica, pode ter características qualitativa ou quantitativa. Uma escala verbal muito utilizada é a
Likert
Procedimentos de Normalização
Poderia ser denominado “procedimentos para a construção de função valor linear”
Em MCDA a normalização em transformação na escala de avaliação, visto que o interesse está relacionado a avaliação preferencial,
envolvendo julgamento de valor para a tomada de decisão.
Em geral utiliza-se um intervalo de 0 a 1 para os valores.
Esses procedimentos de normalização podem alterar a origem ou a unidade das escalas originais.
De forma geral, um procedimento de normalização efetua uma transformação na escala de avaliação.

Métodos compensatórios e não compensatórios


Uma importante característica em métodos multicritério, relevante para a escolha de métodos, está relacionada a compensação que
pode existir entre os critérios no modelo de agregação;
Nos métodos compensatórios existe a ideia de compensar um menor desempenho de uma alternativa em um dado critério por meio de
um melhor desempenho em outro critério;
Considera-se que há trade-offs nos métodos compensatórios.
Os procedimentos compensatórios implicam que os valores das alternativas nos vários critérios podem interagir entre si.

Se nenhuma interação é permitida, não pode haver compensação, e então se tem um procedimento não-compensatório
CAPÍTULO 3 - MÉTODOS DE AGREGAÇÃO ADITIVOS
Nesses tipos de métodos se tem uma formulação de uma função valor que avalie cada alternativa a cada critério.
Agregam os diversos critérios, por meio de outra função valor, a qual utilizando as funções valores provenientes da avaliação intra-
critério, irá associar cada alternativa a um valor global.
Será escolhida a alternativa que tiver o maior valor global 𝑣(𝑥)
Independência Preferencial - assegurando que determinado desempenho de um descritor não afeta a diferença de atratividade entre
níveis de outro.
“Dada uma família de critérios, existe uma função de agregação aditiva, se e somente se estes critérios são mutualmente
independentes de preferencias”
Erro típico de estabelecimento de pesos
Keeney (1992) apud Almeida (2013) mostra esta questão alertando para a tendência em se pensar diretamente em estabelecer a
importância dos objetivos.
Isso ocorre quando se pergunta diretamente ao decisor quais são os objetivos mais importantes. Ou quanto um objetivo é mais
importante que o outro.
A importância dos objetivos depende de quanto mais se está obtendo de desempenho em um dado objetivo. Ao já se estabelecer
incialmente o grau de importância relativas entre os objetivos se perde a possibilidade de se entenderem valores.
Ou seja, o que se deve fazer é considerar as consequências (e seus valores associados) obtidas na avaliação de cada objetivo.
Então para comparar objetivos é necessário saber quanto se obtém de desempenho nesses objetivos para avaliarem as escolhas entre
os valores considerados
Este processo é efetuado através de TRADE-OFF (significa o ato de escolher determinado elemento em detrimento de outro)
Trade-off de Valores
É definido por duas consequências entra as quais o decisor é indiferente, então ele pode fazer uma troca entre elas. Significa que ele
é igualmente satisfeito por qualquer uma dessas duas consequências.

CAPÍTULO 4 - TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO


A Teoria da Utilidade Multiatributo - MAUT foi derivada da Teoria da Utilidade e Teoria da Decisão. Em MAUT os
critérios são chamados de atributos. Raiffa destaca que se qualquer objeto pode ser valorado (e avaliado), esse objeto é valorado por
mais do que apenas uma razão. A noção de utilidade foi descrita por BERNOULLI como unidade para medir preferências.
Bentham associou à noção de utilidade aquela “propriedade em qualquer objeto, pela qual dele tende a produzir benefício,
vantagem, prazer, bem ou felicidade”.
O modelo de agregação mais usado em MAUT também é o modelo aditivo. A diferença fundamental é que os modelos
relativos à função valor estão relacionados a consequências determinísticas, enquanto os relativos à função utilidade estão
relacionados a consequências probabilísticas.
4.1 Estrutura geral de MAUT
A construção de modelos que utilizam MAUT, inclui, geralmente, a abordagem de Teoria da Decisão, em que seu enfoque
bayesiano permite tratar as incertezas inerentes aos problemas a serem analisados através do uso do conhecimento a priori de
especialistas no sistema de produção.
 Função Valor: está associada a uma avaliação das consequências em um contexto de certezas.
 Função Utilidade: está associada a uma avaliação das consequências em um contexto probabilístico.
Estado da natureza: Variáveis não controladas pelo decisor.
De maneira resumida, o problema do decisor consiste em escolher a alternativa a em A que o deixe satisfeito com o resultado
X 1 ( a ) , … , X n (a), onde X i representa os atributos de avaliação. Desta forma é necessário um índice que combine
X 1 ( a ) , … , X n (a) em um índice de valor, que é a função utilidade. Portanto, deve-se obter uma função utilidade u, definida sobre o
espaço de consequências, atendendo às propriedades da teoria.
Em MAUT, outro elemento deve ser considerado: o Estado da natureza, que representa as variáveis não controladas
pelo decisor. Estariam sob controle da natureza. Assim, para cada combinação de estado da natureza e alternativa de ação, há
uma consequência.
4.2 Espaço de consequências
O procedimento para obter essa função utilidade Multiatributo consiste em obter inicialmente a função utilidade condicional
para cada atributo separadamente (condicionada a um determinado nível para cada um dos outros atributos) e depois avaliar e
determinar o procedimento de agregação multicritério, isto é, a função utilidade Multiatributo.
4.3 Axiomas da teoria da utilidade.
Uma loteria é a probabilidade de se obter a consequência A onde p é a probabilidade e 1-p e a probabilidade de se obter a
consequência C.
 Axioma da ordenabilidade: dada as consequências A e B, pode-se dizer que A P B, ou A I B ou B P A.
 Axioma da transitividade: para preferência, se APB e BPC, então APC; para indiferença, se AIB e BIC, então
AIC.
 Axioma da dominância: se APB, então existe p, 0< p ≤1, tal que para qualquer C:[A,p;C,1-p] P [B,p;C,1-p], válido
também para indiferença (I) no lugar de (P).
 Axioma arquimediano: se APBPC, então existem p e q, 0< q <p <1, tal que:[A,p;C,1-p] PBP [A,p;C,1-q].
4.4 Elicitação da função utilidade unidimensional
Admita-se que determinado problema de decisão contenha n consequências de um atributo qualquer, representadas por
x 1 , x2 , x3 , … , x n, e que o decisor possa estabelecer uma ordem de preferência entre as consequência. Considere-se que, em
conformidade com as preferências do decisor, a consequência x n é a mais preferível e que a consequência x 1 a de menor preferência.
Então temos:
x n P x n−1 P x 3 P x2 x 1
Tendo nesse caso o axioma ordenabilidade: Exclui a relação de preferência de incomparabilidade.

Conceito de equivalente certo: O valor em que o decisor se torna indiferente à loteria e xi


Geralmente, as duas consequências A e B correspondem, respectivamente, ao mais preferível e o menos preferível dentre as
consequências: u(C) = p u(A) + (1-p)u(B)=p.
A função utilidade para um conjunto de consequências pode ser obtida por meio de um dos dois procedimentos a seguir:
 Avaliação direta: Poucas consequências
 Estimação da função utilidade: Maiores
O processo de avaliação direta da utilidade para as consequências consiste na obtenção direta do valor de utilidade para cada
consequência no problema de interesse. (limitado a problemas com poucas consequências).
4.4.3 Função Utilidade Condicional
A aplicação do MAUT requer que se obtenha a função utilidade unidimensional para cada atributo e depois faça uma
agregação dessas funções por meio da função utilidade Multiatributo. Essa função utilidade para cada atributo deve ser obtida como
uma função utilidade condicional. No caso de dois atributos X e Y, trata-se de obter a função utilidade de um atributo X, condicionada
a um valor fixado para o atributo Y.
Conceito Importante: Equivalência Estratégica
4.5 Função Utilidade Multiatributo
Para a obtenção da função utilidade Multiatributo, consideram-se a avaliação e o estudo das condições de independência
preferencial. Se na estrutura de preferencias do decisor for observada uma dessas condições de independência entre atributos, tem-se
uma forma analítica aplicável.
Para cada condição de independência observada, prescreve-se uma forma analítica. Pode-se adiantar que essa forma analítica
é derivada a partir da aplicação dos axiomas da teoria da utilidade. Assim, se emprega os conceitos e axiomas relacionados à teoria da
utilidade para uma dimensão. Acrescentando outros conceitos, tais como: independência em utilidade e independência aditiva.
Outra forma para se obter a função utilidade é através da avaliação direta. A diferença para monoatributo está no número de
dimensões da consequência, no mono é uma reta, no bi é um ponto no espaço.
Condições de Independência:
Se x e y são mutualmente independentes em utilidade, tem-se a forma analítica multilinear a seguir:
u ( x , y )=k 1 u ( x ) +k 2 u ( y )+ k 3 u ( x ) u( y )
3
Onde k 1 , k 2 e k 3 são constantes de escalas, tal que ∑ k i=1 , 0<k i <1.
i=1
A independência aditiva consiste em outra condição mais restritiva para a estrutura de preferencias do decisor e leva a forma
da função utilidade aditiva:
n n
u ( a ) =∑ k j u j ( a ) , onde k j ≥ 0 e ∑ k j =1 ,
j =1 j=1
Nessa expressão, u j (a) representa o valor da função utilidade unidimensional da alternativa a segundo o j-ésimo atributo e kj
representa uma constante de relativa ao j-ésimo atributo. Chamada muitas vezes e ate indevidamente de peso.
Para o caso de 2 atributos, x e y:
u ( x , y )=k 1 u ( x ) +k 2 u ( y )
A função aditiva só pode ser usada se a condição de preferência, denominada independência aditiva for satisfeita.
4.6 Estudo das condições de independência preferencial em MAUT
O atributo x é independente em utilidade do atributo y, se a função de utilidade x, u ( x , y 0 ) , para y= y 0, é
estrategicamente equivalente a qualquer outra função utilidade de x, para qualquer que seja o y.
Pode-se concluir que o atributo x é independente em utilidade de y quando as preferencias condicionais para loterias em x
dado y não dependem do valor de y. Igualmente, o atributo y é independente em utilidade de x quando as preferencias condicionais
para loterias em y dado x não dependem do valor de x. Esta independência é a condição para o uso da forma analítica multilinear para
a função utilidade Multiatributo.
Outra condição de independência é a aditiva. A condição de independência aditiva entre x e y está confirmada apenas na
situação em que o decisor seja indiferente entre as loterias [A,B] e [B,D]. Pode-se mostrar que se a condição de independência aditiva
entre x e y for atendida, não existe mútua independência em utilidade entre x e y , ou seja, se houver mútua independência em
utilidade, não se pode afirmar que haja independência aditiva.

4.6.2 Significado das Constantes de Escalas

A constante de escala está associada à taxa de substituição, que traduz a ideia de compensação de ganho em um critério,
quando se perde em outro.
A constante de escala depende não apenas do grau de importância do critério, conforme mencionado, depende também dos
valores de referência estabelecidos x 0 , y 0 , x¿ e y ¿, ou seja, depende da faixa de valores considerados no espaço de consequências.
Um dos papeis da constante de escala neste modelo aditivo é efetuar a conversão das escalas de funções utilidade condicional
u(x) e u(y) para a escola de avaliação global u(x,y).
4.7 Procedimento geral para Elicitação da função utilidade Multiatributo
Keeney e Raiffa (1976) apresentam um procedimento de Elicitação que permite a determinação da função utilidade
Multiatributo, através de um processo composto de 5 etapas:
 Preparação do decisor para a avaliação: a medida em que o processo de avaliação avança, é perfeitamente
aceitável que o decisor sinta a necessidade de reavaliar sua preferência sobre uma consequência. Podemos dizer que
este é um dos objetivos da teoria da utilidade, eliminar contradições do decisor até que ele sinta que o problema está
plenamente estruturado em sua mente, então o decisor tem domínio sobre o espaço de consequência do problema e
consegue perceber o quanto cada atributo influencia no processo de decisão. O analista deve assegurar de que o
decisor compreende o espaço de consequência, deve estar claro que cada ponto representa uma quantidade de cada
atributo. É importante que o decisor possa perceber em que direção os atributos aumentam.
 Identificação de Independência: essa etapa permite identificar a existência de independência em utilidade entre os
atributos X e Y. Sabemos que a independência aditiva pode facilitar bastante a determinação da função utilidade,
além de garantir a independência mútua entre os atributos.
 Avaliação da função utilidade condicional: a partir dos resultados encontrados na etapa anterior, onde foram
obtidos vários equivalentes certos, podemos iniciar o procedimento para a determinação da função utilidade
condicional.
 Avaliação das constantes de escala: as constantes de escalas são determinadas em conformidade com as condições
e explanações apresentadas anteriormente.
 Verificação de consistência: a verificação de consistência permite detectar possíveis erros que possam ter ocorrido
no processo de avaliação e que tenham refletido na função utilidade obtida. Nesse caso, essa função não representa
realmente as preferências do decisor e parte do processo de avaliação deve ser repetido. Como procedimento final
deve ser realizado uma análise de sensibilidade nos parâmetros dessa função.
4.8 MAUT com mais de dois atributos
Os resultados e procedimentos mostrados para o caso de dois atributos são aplicados para o caso em que há um número
maior de atributos. Entretanto, a medida que o número de atributos aumentam, maior é sua complexidade de análise e especialmente
de compreensão do processo por parte do decisor. Alguns procedimentos podem ser aplicados para tentar agrupar ou reduzir o número
de atributos, desde que não comprometam a representação dos objetivos.
4.9 Modelos de agregação para o caso de dependência preferencial
Em certos casos, não ocorre para o decisor a condição de independência em utilidade entre os atributos. O problema pode ser
resolvido numa revisão da estruturação dos objetivos e atributos.
Outras formas para o tratamento do problema permitem a determinação da função utilidade, de modo a possibilitar a
quantificação das preferências do decisor:
 Avaliar a possibilidade e viabilidade de efetuar o processo de avaliação direta.
 Aplicação de técnicas de interpolação apoiada na avaliação direta.
 Revisão dos atributos originais x e y.
 O espaço de consequências pode ser subdividido em vários outros espaços.

Outra abordagem é a aplicação da função utilidade aditiva como simplificação para a agregação multicritério.
4.10 MAUT – Teoria ou Método
É o único método que recebe o nome de teoria. De fato, apresenta uma estrutura axiomática e sua aplicação deve ser
confrontada com esses axiomas. Assim, com base na teoria, a determinação da função utilidade está associada à confirmação da
relação que existe entre a estrutura axiomática da teoria e a estrutura de preferencias do decisor.
Essa distinção entre método e teoria é muito importante quando se fala de MAUT. Assim, o uso da função utilidade
Multiatributo no contexto da teoria, o que pode ser chamado de MAUT, implica obter a função analítica (ou valores de utilidade) por
meio de um procedimento de Elicitação, levando em consideração a estrutura axiomática da teoria. Ou seja, avalia-se se o decisor
concorda com as condições estabelecidas pela estrutura axiomática da teoria, em seguida, obtém-se o valor da utilidade das
consequências através de um processo de entrevista fundamentado nesta teoria.
4.11 Aplicabilidade de MAUT
A escolha de MAUT para uso em um problema de decisão é apropriada para o caso de um decisor que esteja em
conformidade com a racionalidade proposta pela estrutura axiomática da teoria, que de início implica uma lógica compensatória entre
os critérios, de modo a se obter uma função de síntese que agregue todos os critérios numa única função analítica.
Primeiramente o problema deve envolver consequências probabilísticas. Depois, duas classificações são consideradas. Na
primeira, quanto à composição dos elementos: conjuntos ou discretos.
Na segunda classificação, consideramos o fator probabilísticos.
Algumas vezes, a dificuldade em aplicar é devida, realidade, a dificuldades de entendimento do processo por parte do
analista, que deve ter o necessário embasamento teórico. De qualquer forma, essa escolha do MAUT implica em escolher uma lógica
de compensação de atributos, de modo a se obter uma função de síntese que agregue todos os critérios numa única função analítica.

CAPÍTULO 5 -MÉTODO DE SOBRECLASSIFICAÇÃO ELECTRE


A família de métodos ELECTRE foi desenvolvido por Roy e associados em LAMSADE (Laboratório de análise e
modelização de sistemas de apoio á decisão). Ele descreve como o fornecimento de modelos mais fracos, mais pobres do que uma
função de valor, construído com menos esforço e menos hipóteses, mas nem sempre permite uma conclusão a ser tirada. Brans e
Vincke dão uma descrição atraente de métodos de sobreclassificação, como proporcionar um enriquecimento da relação de dominação
que não é excessivo, como com uma função de utilidade, mas realista. Para Roy, uma relação sobreclassificação é uma relação binária
S definida em a tal que aSb se, uma vez que se sabe sobre as preferências do decisor e dada a qualidade das avaliações das ações e da
natureza do problema, há argumentos suficientes para decidir que a é pelo menos tão boa quanto b, enquanto não há nenhuma razão
fundamental para refutar essa afirmação.
Os métodos de sobreclassificação consistem em uma das principais escolas de métodos de decisão multicritério. Os
elementos básicos que distinguem essa abordagem e sua distinção são considerados para as anteriores. Obviamente, esta não é uma
definição matemática precisa, mas sim uma ideia geral. Os métodos de sobreclassificação, as quais foram propostas na literatura,
diferem, entre outros aspectos, pela forma como se formalizar essa definição.
 São baseados na comparação par a par entre as alternativas, explorando uma relação de sobreclassificação que tem algumas
características que se distinguem fortemente dos métodos de agregação por meio de critério único de síntese.
 Esses métodos assumem a possibilidade de incomparabilidade na estrutura de preferência do decisor, usando uma relação de
sobreclassificação entre as alternativas, que não é transitiva.
 Apresentam avaliações não compensatórias.
 A avaliação intercritério pode ser representada pelos pesos dos critérios, que assumem a noção de grau de importância. Nos
métodos de sobreclassificação não existe o problema de uso dessa noção para os pesos, como ocorre com os métodos de agregação
por meio de critério único de síntese.
Família de Métodos
 Difere de acordo com o grau de complexidade, ou riqueza das informações necessárias ou de acordo com a natureza do
problema subjacente ou problemática.

Esses métodos são aplicados em duas fases:


1. Construção da relação de sobreclassificação - se estabelece uma comparação par a par entre as alternativas;

2. Exploração da relação de sobreclassificação - se aplica um procedimento ou algoritmo para resolver o problema em função
da problemática específica abordada.

Método Descrição

ELECTRE I Problemática de escolha, com uso de critério verdadeiro;


ELECTRE IS Problemática de escolha, com uso de pseudocritério;
ELECTRE II Problemática de ordenação, com uso de critério verdadeiro;
ELECTRE III Problemática de ordenação, com uso de psudocritério;
ELECTRE IV Problemática de ordenação, com uso de pseudocritério , sem uso de pesos
para os critérios;
ELECTRE TRI Problemática de classificação, com uso de pseudocritério.

 ELECTRE I –
 Objetivo - Reduzir o tamanho do conjunto de alternativas A para um subconjunto de A, com o menor número possível de
alternativas;
Primeira fase – se estabelece a construção das relações de sobreclassificação, tendo como resultado uma matriz com
comparação par a par entre as alternativas;

 Os índices de concordância e discordância estabelecem limites para a validação ou não da hipótese aSb. Os métodos que
usam pseudocritério podem ser aplicados à situação de critério verdadeiro, mediante uma parametrização adequada. Essa relação de
sobreclassificação, que não é necessariamente transitiva, aparece como uma possível generalização do conceito de dominância.

Índice de Concordância C (a,b)


 Corresponde à soma dos pesos de todos os critérios i para os quais a alternativa “a” tenha vantagem sobre “b” ou seja gj
(a)≥gj (b). Significa que se aSb, se “a” tiver a maioria dos pesos dos critérios a seu favor. Será um valor entre 0 e 1.

Índice de Discordância D (a,b)


 É a máxima diferença entre os valores de g (b) e g(a) para todos os critérios em que g (b) > g (a), dividida pelo intervalo da
escala do critério considerado ( que será igual a 1, quando se usa a escala de 0 a 1). Esse índice considera a desvantagem da
alternativa ‘a’ em relação à alternativa ‘b’, para os critérios em favor de b, que são minoria. Se esse valor estiver acima de
certo limiar haverá discordância de que aSb. Isso significa um possível veto à concordância de que aSb, já dada C (a, b).
 Porém, os índices não podem ser aplicados em caso em que as avaliações das alternativas sejam qualitativas (ou com escala
ordinal).
 Especificar limites de concordância c e de discordância d, que permitirá estabelecer a relação de sobreclassificaçãoda
seguinte forma:
aSb se e somente se: C(a, b) ≥ c
D(a, b) ≤d (se acontecer aSb e bSa, tem-se um circuito e neste caso há um empate,
considerado como indiferença).

 Segunda fase – exploração das relações de sobreclassificação. Aplica-se um procedimento para selecionar o kernel ou
subconjunto que representa a solução para o problema nessa problemática de escolha. O kernel consiste no subconjunto de
alternativas de A que não é sobreclassificado por nenhuma alternativa do kernel.
 Kernel = subconjunto de alternativas de A que não é sobreclassificado por nenhuma outra alternativa do kernel.
 Método grafo;
- Símbolos:
Sobreclassificação;
Nenhuma seta- Indiferença;
Nenhuma ligação – Incomparabilidade
 Um dos procedimentos utilizados para resolver problemas onde há vários circuitos é a redução dos circuitos, que consiste em
considerar como sendo um dos vértices do grafo todos os vértices pertencentes a um circuito. Assim, essas alternativas são tratadas
como sendo indiferentes. O grafo final resultante será um grafo reduzido.

ELECTRE II
 Objetivo - Produzir um ranking de alternativas, em vez de simplesmente indicar o mais preferido. Esse método foi
estabelecido para a problemática de ordenação (ranking) das alternativas. A construção das relações de sobreclassificação acontece
essencialmente da mesma maneira que para ELECTRE I.
 Relações de sobreclassificação:
 Forte: SF;
 Fraca: Sf.

Limiares:
 Concordância: c+ec-; (c+¿c-)
 Discordância: d+ed-. (d+¿d-)

 A segunda condição à relação de sobreclassificação, relativa à soma dos pesos, equivale a ter C (a, b) > C (b, a). Essa
condição reduz a possibilidade de duas alternativas sobreclassificarem uma a outra simultaneamente, como ocorre no ELECTRE I.
 Na etapa de exploração aplica-se um procedimento para efetuar dois rankings:
1. Melhores alternativas, seguindo uma ordem decrescente;
2. Piores alternativas, seguindo uma ordem crescente.
Com esse procedimento têm-se duas pré-ordens (não são ordens, pois podem haver indiferenças entre algumas ações)
completas (sem incomparabilidades). Essas duas pré-ordens nem sempre são as mesmas. Alternativas problemáticas (com
grande divergência, geralmente devido a incomparabilidade) podem surgir, requerendo uma análise mais detalhada. Há
vários procedimentos para combinar as duas pré-ordens. Um procedimento utilizado para combinação ds duas pré-ordens
forma uma ordem parcial (permitindo incomparabilidade) e consiste na intersecção das duas pré-ordens.

ELECTRE III
 Objetivo – Considera pseudocritério, usando limiares de indiferença e preferência. Utiliza uma relação de sobreclassificação
valorada, isto é, são atribuídos valores às alternativas.
 1ª FASE: utiliza-se os índices de concordância e discordância para a construção da relação de sobreclassificação que é
baseada no Grau de Sobreclassificação S (a, b) – indica quanto é a credibilidade de sobreclassificação de ‘a’ sobre ‘b’ com valores
entre 0 e 1, consiste numa função que é crescente com gi (a) e decrescente com gi (b), para qualquer critério i.

qie pisão os limiares de indiferença e preferência.


1. Ci (a, b) = 1, quando o valor de gi (b) está abaixo do valor de gi (a) mais o valor do limiar de indiferença.
2. Ci (a, b) = 0, quando o valor de gi (b) está acima do valor de gi (a) mais o valor do limiar de preferência.
 Pode-se trabalhar com critério verdadeiro, utilizando-se para o índice de concordância a forma adotada nos métodos
ELECTRE I e II.
 Pode-se também trabalhar com uma situação de quase critério i.
 O uso do índice de discordância inclui de forma explícita outro índice que é o veto v i (gi (a)), para o qual se rejeita qualquer
credibilidade de que aSb se gi (b) ≥ gi (a) + vi (gi (a)).
 O valor de DI (a, b) dependerá dos valores de limiares de preferência e do veto.
1. Di (a, b) = 1, quando o valor de gi (b) está acima do valor de gi (a) mais o valor do veto
2. Di (a, b) = 0, quando o valor de gi (b) está abaixo do valor de gi (a) mais o valor do limiar de preferência.
 Pode-se também trabalhar com limiares constantes :qi = qi (gi(a)) e pi = pi (gi(a)).
 Com base nos índices de concordância e discordância tem-se a definição do grau de sobreclassificação S(a, b). Grau de
sobreclassificação = índice de concordância quando não há discordância para nenhum critério.
 Na segunda etapa, de exploração da relação de sobreclassificação, são obtidas duas pré-ordens completas.
 Para a obtenção da primeira ordem, aplica-se um procedimento chamado destilação descendente, que consiste no seguinte
algoritmo:
1. A partir do conjunto A, seleciona-se a melhor alternativa aj, que é chamada de primeria destilação D1;
2. A alternativa em D1 é retirada do conjunto A, que passa a ser chamado de A’;
3. Repetem-se os procedimentos 1 e 2 sobre o conjunto A’ remanescente, obtendo-se a segunda destilação D2 e assim
sucessivamente até se chegar à alternativa com pior desempenho.
 A segunda pré-ordem é obtida através da destilação Ascendente (alternativas com menor desempenho são selecionadas). Para
avaliação das alternativas são utilizados alguns índices para a determinação do desempenho dessas alternativas.
 Determinação do desempenho das alternativas;
1. Utiliza-se o valor λ = max S(a, b);
2. Utiliza-se dos valores de S(a, b) maiores que λ – s(λ), onde s(λ) é um limiar;
3. Recomenda-se utilizar s(λ) = 0,3 – 0,15λ
 A partir do limite para o qual se aceita a relação S (a, b), tem-se a determinação de índice de qualificação Q(a). Q(a) é igual
ao número de alternativas em relação às quais “a” é preferível menos o número de alternativas que são preferíveis a “a”.
 A informação obtida dessas duas pré-ordens é similar à obtida do método ELECTRE II.
ELECTRE IV
 Objetivo - Como no anterior, baseia-se na consideração de uma família de pseudocritérios; tem como objetivo classificar as
ações, mas sem a introdução de qualquer ponderação dos critérios.
 A exploração é realizada como no ELECTRE III (distribuições), mas é mais simples pelo fato de há apenas dois níveis de
sobreclassificação. Uma determina o subconjunto D1 de ações que têm a maior qualificação em A para SF (lembre-se que a
qualificação de a é o número de ações desclassificado por a, menos o número de ações que sobreclassificaa). Se D1 é um singleton,
as qualificações são computados novamente em A \ D1 e o subconjunto D2 de ações que têm as maiores qualificações em A\ D1 \ para
SF é determinado, e assim por diante. Quando um Dhcontém mais de uma ação, o mesmo procedimento é aplicado dentro Dh, mas
com base na relação S f. Este procedimento descendente termina quando todas as ações são classificadas em uma pré-ordem completa.
A segunda pré-ordem completa é construída por um processo ascendente (por determinação de cada tempo, as ações que têm a menor
qualificação). A informação extraída destes dois processos é análoga à obtida no ELECTRE II ou ELECTRE III.
ELECTRE TRI
 Objetivo - Método para a problemática de classificação, ou seja, faz a alocação de alternativas em categorias predefinidas.
ELECTRE TRI é para uso em problemas de classificação. O processo original foi projetado para alocar alternativas para uma das três
categorias (daí o nome) – aceitável,inaceitáveis ou indeterminados. Este foi estendido para uso em problemas de classificação em que
há mais de três categorias diferentes.
 A alocação de uma alternativa ‘a’ resulta da comparação desta alternativa com alternativas de referência, denominadas perfis,
os quais são definidos como limites para as categorias.
 As preferências por cada critério são definidas mediante um pseudocritério, no qual os limiares de preferência e indiferença
pj [g (bh)] e qj [g(bh)] constituem as informações intracritérios. A estrutura de preferência com pseudocritérios evita uma passagem
repentina entre a indiferença e a preferência estrita, existindo uma zona de hesitação, representada pela preferência fraca.
 qj[g(bh)]= maior diferença gj(a) - gj(bh), preserva a indiferença entre “a” e bh no critério gj
 pj[g(bh)] =menor diferença gj(a) - gj(bh), compatível com uma preferência de “a” sobre bh no critério gj
 As relações de sobreclassificação S são construídas a partir de comparação das alternativas com os perfis.
 Concordância = a maioria dos critérios deve estar a favor da afirmação aSbh
 Não-concordância = nenhum dos critérios deve opor-se fortemente à afirmação aSbh.
No método ELECTRE TRI, para a construção de S é utilizado um conjunto de limiares veto, usado no teste de discordância.
É utilizado grau de credibilidade.

PROVA 2

O MÉTODO PROMETHEE
O método PROMETHEE, desenvolvido por Brans e co-autores (e.g. Brans et al, 1984). Os método da família PROMETHEE
também baseiam-se em duas fases: construção de uma relação de sobreclassificação, agregando informações entre as alternativas e os
critérios, e exploração dessa relação para o apoio a decisão. Esses métodos produzem uma relação de sobreclassificação valorada,
com base em conceitos que podem ser interpretados, de forma física ou econômica.
O decisor deve estabelecer para cada critério um peso pi que reflete a importância do critério. A partir desses pesos é obtido o
grau de sobreclassificação.
No PROMETHEE há seis formas básicas para a função de diferença. O decisor pode representar suas preferências usando a
forma mais adequada para cada critério. Cada uma das formas corresponde uma atitude do decisor na comparação entre os valores de
a e de b, para o critério i.
A função de diferença pode ser vista como uma função de intensidade de preferência, embora não possa receber essa
denominação no senso escrito do termo.
Em seguida vem a fase de exploração da sobreclassificação.
 O fluxo de sobreclassificação de saída da alternativa “a” Φ+(a), representa a “intensidade de preferência” de “a”,
sobre todas as alternativas “b” no conjunto A. Quanto maior Φ+(a), melhor alternativa.
 O fluxo de sobreclassificação de entrada da alternativa “a” Φ-(a), representa a “intensidade de preferência” de “b”,
sobre todas as alternativas “a” no conjunto A. Quanto menor Φ-(a), melhor alternativa.
PROMETHEE I: Nesse método duas pré-ordens são construídas com dois indicadores apresentados anteriormente:
 Pré-ordem decrescente de Φ+(a)
 Pré-ordem crescente de Φ-(a)
Essas duas pré-ordens são estabelecidas com base em duas relações: Sobreclassificação e indiferença. O método
PROMETHEE I consiste na interseção entre duas pré-ordens e produz uma pré-ordem parcial, a partir de três relações: (P,I,R).
PROMETHEE II: As alternativas são organizadas em ordem decrescente, estabelecendo uma pré-ordem completa entre as
alternativas, a partir das seguintes relações: Preferência e Indiferença. Deve-se observar que a ocorrência da condição para a relação
de indiferença é muito pouco provável, o que leva a consideração uma ordem completa. Pode-se ocorrer incomparabilidades no
PROMETHEE I, enquanto no PROMETHEE II tem-se uma pré ordem completa.
PROMETHEE III e IV: foram desenvolvidos para o tratamento de problemas de decisão mais sofisticados, em particular com um
componente estocástico. PROMETHEE IV envolve o caso de um conjunto contínuo de ações A que surge quando as ações são, por
exemplo, percentagens, dimensões de um produto. PROMETHEE V: após se obterem as avaliações das duas alternativas com base
no P2 , são consideradas restrições;
A análise PROMETHEE pode ser usado em conjunção com um procedimento denominado GAIA (Geometric Analysis for
Interactive Aid), que fornece uma representação visual do problema (Brans e Marechal, 1990).

Como indicado acima, a abordagem em GAIA é a aplicação de tais técnicas à matriz de fluxos normalizados. No entanto,
como foi observado em Stewart (1992), e, como será demonstrado na secção 10.2, os resultados da análise de componentes principais
aplicado tanto a matriz de decisão ou a matriz de fluxos normalizados são, em grande medida, indistinguíveis. Assim, a incorporação
das funções de preferência PROMETHEE em GAIA não parece acrescentar muito para a representação geométrica.
O valor real do GAIA está na idéia de projetar uma soma ponderada da normalizado como vetor de direção Thed no plano
em que o critério e alternativa são plotados. A grande cabeça de seta mostrada na Figura 8.4 indica uma direção de preferência
correspondente a pesos iguais sobre os critérios. Isto sugere que não há melhor alternativa claramente identificável, apesar de
Amsterdã, Paris e Londres estão mais próximas nessa direção do que as outras cidades. No software GAIA, o utilizador pode ajustar
de forma interativa os pesos relativos. É preciso um curto whilw para se familiarizar com diferentes conjuntos de pesos. Demora um
pouco para se familiarizar com a apresentação e como interpretá-lo, mas tê-lo feito, parece ser um meio útil para se alimentar um
retorno de informação aos tomadores de decisão.

O MÉTODO AHP
O método AHP (Analytic Hierarchy Process) foi desenvolvido por Tomas L. Saaty no início da década de 70 e é o método de
multicritério mais amplamente utilizado e conhecido no apoio à tomada de decisão na resolução de conflitos negociados, em
problemas com múltiplos critérios.
Este método baseia-se no método newtoniano e cartesiano de pensar, que busca tratar a complexidade com a decomposição e divisão
do problema em fatores, que podem ainda ser decompostos em novos fatores até ao nível mais baixo, claros e dimensionáveis e
estabelecendo relações para depois sintetizar. Dessa forma, segundo Costa (2002, p. 16-17) este método baseiase em três etapas de
pensamento analítico:
(i) Construção de hierarquias: no método AHP o problema é estruturado em níveis hierárquicos, o que facilita a melhor
compreensão e avaliação do mesmo. Para a aplicação desta metodologia é necessário que tanto os critérios quanto as
alternativas possam ser estruturadas de forma hierárquica, sendo que no primeiro nível da hierarquia corresponde ao
propósito geral do problema, o segundo aos critérios e o terceiro as alternativas. De acordo com Bornia e Wernke (2001)
a ordenação hierárquica possibilita ao decisor ter uma “visualização do sistema como um todo e seus componentes, bem
como interações destes componentes e os impactos que os mesmos exercem sobre o sistema”. E a compreender de forma
global, o problema e da relação de complexidade, ajudando na avaliação da dimensão e conteúdo dos critérios, através
da comparação homogênea dos elementos. A figura 1 apresenta a estrutura hierárquica básica do método AHP.
(i) Definição de prioridades: fundamenta-se na habilidade do ser humano de perceber o relacionamento entre objetos e
situações observadas, comparando pares, à luz de um determinado foco, critério ou julgamentos paritários. De acordo com Costa
(2002; apud TREVIZANO & FREITAS, 2005), neste princípio é necessário cumprir as seguintes etapas:
− julgamentos paritários: julgar par a par os elementos de um nível da hierarquia à luz de cada elemento em conexão em um nível
superior, compondo as matrizes de julgamento A, com o uso das escalas apresentadas na tabela 1. (TREVIZANO & FREITAS, 2005);

− normalização das matrizes de julgamento: obtenção de quadros normalizados através da soma dos elementos de cada
coluna das matrizes de julgamento e posterior divisão de cada elemento destas matrizes pelo somatório dos valores da
respectiva coluna;
− cálculo das prioridades médias locais (PML’s): as PML’s são as médias das linhas dos quadros normalizados;
− cálculo das prioridades globais: nesta etapa deseja-se identificar um vetor de prioridades global (PG), que armazene a
prioridade associada a cada alternativa em relação ao foco principal.
(i) consistência lógica: o ser humano tem a habilidade de estabelecer relações entre objetos ou ideias de forma que elas
sejam coerentes, tal que estas se relacionem bem entre si e suas relações apresentem consistência (Saaty, 2000). Assim o método
A.H.P. se propõe a calcular a Razão de Consistência dos julgamentos, denotada por RC = IC/IR, onde IR é o Índice de Consistência
Randômico obtido para uma matriz recíproca de ordem n, com elementos não-negativos e gerada randomicamente. O Índice de
Consistência (IC) é dado por IC = (λmáx –n)/(n-1), onde λmáx é o maior autovalor da matriz de julgamentos. Segundo Saaty (2000) a
condição de consistência dos julgamentos é RC ≤ 0,10. (TREVIZANO & FREITAS, 2005).

O MACBETH
1. Introdução
O MACBETH é um método de apoio à decisão que permite avaliar opções levando em conta múltiplos critérios. Distingue-se de
outros métodos multicritérios por basear a ponderação dos critérios e a avaliação das opções em julgamentos qualitativos sobre
diferenças de atratividade. Dadas duas opções (ou níveis de performance, desempenho ou impacto), com a primeira melhor do que a
segunda, a diferença de atratividade entre elas é muito fraca, fraca, moderada, forte, muito forte ou extrema? A origem do nome
MACBETH decorre do uso destas categorias semânticas de diferença de atratividade: “Measuring Attractiveness by a Category
Based Evaluation Technique” (medir a atratividade por uma técnica de avaliação baseada em categorias).
M-MACBETH (Bana Consulting, 2005) é um sistema multicritério de apoio à decisão, concebido para ser usado por um consultor
(facilitador ou analista de decisão), seguindo o princípio construtivista segundo o qual “o problema e a solução pertencem ao decisor e
não ao consultor”(Schein, 1999). Trata-se de um processo sócio-técnico com várias fases (Figura 1), que “combina elementos técnicos
da análise multicritério com aspectos sociais de decision conferencing” (Phillips e Bana e Costa, 2007).
Fundamentos técnicos
2.1. Informação ordinal e cardinal
Seja X um conjunto (finito) de opções. Medir ordinalmente a atratividade das opções x de X consiste em associar a cada x um valor
numérico – um número real v(x) – tal que satisfaça as condições de preferência estrita (1) e de indiferença (2):
∀ x, y ∈X: [x e mais atrativa do que y (xPy) ⇔ v(x) > v(y)] (1)
∀ x, y ∈X: [x e y são igualmente atrativas (xIy) ⇔v(x) = v(y)] (2)
A escala numérica v: X→ℜ:x→v(x) pode ser construída solicitando a um avaliador (um indivíduo ou um grupo) informação ordinal
sobre a atratividade relativa das opções de X. Isto é, pedindo a esse avaliador que ordene as opções por ordem decrescente de
atratividade (com a possibilidade de ex-aequo). Se esta ordenação for feita separadamente para cada um dos múltiplos critérios, o
Teorema de Arrow (Arrow, 1951) mostra que a agregação de várias ordenações implica sempre alguma forma de arbitrariedade
(exceto se as opções forem todas indiferentes). Isto pode ser evitado usando informação mais rica sobre a atratividade das opções,
solicitando ao avaliador informação cardinal, isto é, que associe a cada opção x um valor numérico v(x) tal que satisfaça, não somente
as condições (1) e (2), mas também a condição adicional (3):
∀ w, x, y, z ∈ X com x mais atrativo que y e w mais atrativo que z: o quociente [v(x) − v( y)] [v(w) − v(z)] mede a diferença de
atratividade entre x e y quando a diferença na atratividade entre w e z é tomada como unidade de medida. (3)
Esta nova escala numérica v: X→ℜ: x→v(x) pode ser definida posicionando as opções de X sobre um eixo vertical de tal forma que:
1)∀x, y∈X: x é posicionado acima de y se e somente se x é mais atrativa do que y (informação de valor ordinal)
2) as distâncias relativas entre as opções no eixo vertical reflitam as diferenças relativas de atratividade entre elas (informação de
valor cardinal). Uma escala v que satisfaça as condições (1), (2) e (3) é uma escala numérica de intervalos.
Vários procedimentos podem ser concebidos para obter informação cardinal sobre o valor das opções. Por exemplo, pode solicitar-se
do avaliador uma valoração numérica direta do quociente entre a diferença de atratividade entre x e y e entre a diferença de
atratividade entre w e z. Porém, esta forma de questionamento está longe de ser simples (von Winterfeldt e Edwards, 1986). Para
simplificá-lo, pode proceder-se de outro modo, reduzindo o número de questões: selecionam-se duas opções de X e toma-se a
diferença entre elas como unidade de medida de referência; solicita-se ao avaliador que indique, ∀ x, y ∈X, o número de vezes E(x,y)
que a diferença entre x e y é maior ou menor (se não igual) do que a diferença de referência.
No entanto, seria uma grande surpresa se os julgamentos assim realizados fossem tão perfeitamente consistentes que determinassem
uma escala de intervalos de valor. Além disso, o número de questões aumenta muito com o número de opções.
Em outro procedimento mais realista, proposto por Kirkwood (1997) e que diminui o número de questões, o avaliador identifica a
menor das diferenças entre opções consecutivas numa ordenação e, subsequentemente, avalia numericamente quantas vezes cada uma
das diferenças consecutivas restantes é maior (se não for igual) que a menor diferença. Em alternativa à pontuação de diferenças de
atratividade, a técnica de pontuação direta das opções (direct rating na nomenclatura anglo-saxônica) utilizada no SMART (Edwards
e Barron, 1994) requer que sejam realizados três passos: 1) Selecionar duas opções de referência para a escala de pontuação; 2)
Atribuir pontuações a essas referências, usualmente 100 e 0; e 3)
Solicitar ao avaliador que atribua a cada uma das opções restantes uma pontuação que traduza numericamente a atratividade da opção
em relação às duas referências. A consistência da escala de pontuação é testada de tal forma que as diferenças entre pontuações
meçam diferenças de atratividade para o avaliador. Em alternativa à pontuação direta, no MACBETH a transição da informação
ordinal para cardinal é facilitada por um questionamento, não numérico, de comparação das opções duas a duas em termos
qualitativos.

2.2. Obtenção de informação précardinal e escala MACBETH de base

As comparações entre opções são sempre realizadas duas a duas, avaliando qualitativamente a diferença de atratividade entre elas,
escolhendo uma das categorias MACBETH ou várias categorias consecutivas em caso de hesitação ou divergência.
À medida que os julgamentos qualitativos são emitidos pelo avaliador e introduzidos no M--MACBETH (ver exemplo na Figura 2), o
software verifica automaticamente a sua consistência e, quando encontra uma inconsistência, oferece sugestões para eliminá-la.
Para que uma matriz de julgamentos seja consistente, deve ser possível deduzir, a partir deles, pontuações tais que: 1) Opções
igualmente atrativas obtenham a mesma pontuação, 2) Uma opção mais atrativa que outra obtenha uma pontuação maior; e 3) Se a
diferença de atratividade entre duas opções (“forte”, por exemplo) é maior que a diferença de atratividade entre outras duas opções
(“moderada”, por exemplo), as opções deverão obter pontuações tais que a diferença entre as pontuações das duas primeiras seja
maior que a diferença entre as pontuações das outras duas (“condição de consistência ordinal”) (Bana e Costa et al., 2012a).
Suponha-se que em um processo de avaliação de cinco opções, op1 a op5, segundo um determinado critério, o avaliador emitiu os
seguintes julgamentos: op1 fracamente mais atrativa que op2; op 2 muito fracamente mais atrativa que op 3; op 3 moderadamente
mais atrativa que op 4; op 4 fracamente mais atrativa que op 5; op 1 muito fortemente mais atrativa que op 5; op 2 fortemente mais
atrativa que op 5 e op 3 moderadamente mais atrativa que op 5. Até este momento, não há inconsistências (Figura 2).
Se, posteriormente, o avaliador julga que a diferença de atratividade entre as op 2 e op 4 é julgada como forte, o conjunto de
julgamentos dados (ver Figura 3) torna-se inconsistente. Isto deve-se a que, por um lado, esses julgamentos implicam que a diferença
entre as pontuações de op 2 e op 4 é maior do que a diferença entre as pontuações de op 3 e op 5, e, por outro lado, que a diferença
entre as pontuações de op 4 e op 5 é maior do que a diferença entre as pontuações de op 2 e op 3, o que resulta numa impossibilidade:
a diferença entre as pontuações de op 2 e op 5 teria que ser maior que ela própria.

Quando os julgamentos são inconsistentes, o MACBETH identifica a origem do problema, assim como o menor número de mudanças
necessárias para resolvê-lo e fornece sugestões de alteração para alcançar a consistência (os procedimentos técnicos respectivos pode
ser encontrados em (Bana e Costa et al., 2005). No exemplo em discussão, a consistência é atingida através de qualquer uma das
quatro sugestões mostradas na Figura 3: aumentar em uma categoria o julgamento entre op 2 e op 3, ou o julgamento entre op 3 e op
5; ou reduzir em uma categoria o julgamento entre op 2 e op 4, ou o julgamento entre op 4 e op 5.
Suponha que o avaliador decide rever o seu julgamento entre op 4 e op 5 de “fraco” para “muito fraco”, mantendo os outros
julgamentos, tornando assim a matriz consistente e completando o processo de comparação das opções (Figura 4). Vale a pena
ressaltar que o MACBETH não requer que todas as opções sejam comparadas entre si, isto é, em um total de n(n-1)/2 julgamentos
qualitativos para n opções. O número mínimo teoricamente aceitável igual a n menos 1 – como quando, após ordenar as opções, o
avaliador julga apenas as diferenças de atratividade entre opções consecutivas; ou compara uma só opção com cada uma das outras.
No entanto, na prática, é recomendável que sejam feitos julgamentos adicionais.

A partir de uma matriz de julgamentos consistentes, o MACBETH propõe uma pontuação para cada opção. Estas pontuações formam
a escala numérica MACBETH de base. Seja A um conjunto finito de n>2 opções, em que a opção a+ é tão ou mais atrativa que
qualquer outra opção e a opção a− é tão ou menos atrativa que qualquer outra opção.
Designe-se por Ck, k=0,…,6, às categorias MACBETH de diferença de atratividade – “nula” (C0), “muito fraca” (C1), “fraca” (C2),
“moderada” (C3), “forte” (C4),“muito forte” (C5) e “extrema” (C6).
Considere o caso mais simples de ausência de hesitação nos julgamentos, isto é, quando cada par de opções é associado a uma e
somente a uma categoria Ck, k=0,…,6, i.e., (a,b)∈ Ck (k=0,…,6), como é o caso do conjunto de julgamentos da Figura 4.
A correspondente escala MACBETH de base pode ser obtida através da resolução do seguinte problema de programação linear, em
que v(a) representa a pontuação resultante para a opção a:

LP-MACBETH (simplificado): Min [v(a+)–v(a−)] (Minimizar a maior diferença de pontuação entre duas opções é minimizar a soma
de todas as diferenças de pontuação, o que contribui para que os julgamentos de cada categoria sejam tão próximos uns dos outros
quanto possível.)
Sujeito a:
1. v(a−)=0 (pontuação arbitrária)
2. ∀(a,b)∈C0: v(a) – v(b) = 0
3. ∀(a,b)∈Ck com k∈ {1,2,3,4,5,6}: v(a) – v(b) ≥ k
4. ∀ (a,b)∈Cke∀(c,d)∈Ck’ com k, k’∈ {1,2,3,4,5,6} e k > k’: [v(a) – v(b)] – [v(c) – v(d)] ≥ k – k’.
Quando não existe solução possível para este problema, o conjunto de julgamentos é inconsistente, isto é, é impossível associar um
valor numérico a cada julgamento. Não é este o caso dos julgamentos consistentes da matriz da Figura 4, para os quais a solução
ótima do problema, designada por escala MACBETH de base, é: v(op 1)=10, v(op 2)=7, v(op 3) = 5, v(op 4) = 1, v(op 5) = 0. A
Figura 5 mostra a diferença de pontuação resultante para cada julgamento de diferença de atratividade e, também, a composição
numérica das categorias.

Neste exemplo, a escala é única. No entanto, é possível encontrar outros exemplos de julgamentos para os quais existem múltiplas
soluções ótimas. Nesses casos, para garantir a unicidade da escala MACBETH de base a ser proposta, o MACBETH adota a média
das soluções do problema de programação linear, tal como detalhado em Bana e Costa et al. (2005).
A formulação do problema linear foi concebida de tal forma que, além de fixar o 0 para a indiferença, a todos os julgamentos da
mesma categoria Ck, k = 1,…,6, seja atribuída, sempre que for possível, a mesma pontuação k, isto é, 1 aos julgamentos muito fracos,
2 aos fracos, 3 aos moderados, 4 aos fortes, 5 aos muito fortes e 6 aos extremos, existam ou não julgamentos em todas as categorias,
como no caso mostrado na Figura 6.

Quando haja hesitação ou divergência de julgamento, o avaliador pode usar duas ou mais categorias consecutivas, de Ci a Cs (por
exemplo, “a diferença de atratividade entre op 4 e op 5 é muito fraca ou fraca” – ver Figura 7a), isto é, generalizando, quaisquer que
sejam a e b de A, tal que a é mais atrativa do que b, (a,b)∈Ci∪…∪Cs (i, s = 1,…,6 com i< s). Desta forma, nota-se que é possível
tratar um julgamento apenas ordinal entre duas opções (como, por exemplo, entre op 2 e op 4 na Figura 7b) como tecnicamente
equivalente a uma hesitação entre todas as categorias de diferença de atratividade entre muito fraca e extrema.

A escala MACBETH de base respectiva será então determinada resolvendo o problema de programação linear LP-MACBETH
seguinte, que generaliza o problema mais simples antes apresentado, associando a cada julgamento de mais do que uma categoria
sempre a menor categoria possível (e corresponde às formulações apresentadas em Bana e Costa et al., (2005); Bana e Costa et al.,
(2008); e Bana e Costa et al., (2012a)).
LP-MACBETH:
Min [v(a+) – v(a−)]
Sujeito a:
v(a−) = 0
∀(a,b)∈ C0: v(a) – v(b) = 0
∀(a,b)∈ Ci∪…∪Cs com i,s ∈{1,2,3,4,5,6}
e i ≤ s: v(a)–v(b) ≥ i
∀(a,b)∈ Ci∪…∪Cs e∀(c,d)∈ Ci’∪…∪Cs’
com i,s,i’,s’∈ {1,2,3,4,5,6},
i≤s, i’≤ s’ e i>s’:[v(a)–v(b)]–[v(c)– v(d)] ≥ i–s’.

2.3. Da escala MACBETH de base a uma escala de intervalos

Para construir, a partir da escala MACBETH de base, uma escala de pontuação que seja uma escala numérica de intervalos, o
avaliador deve validar as pontuações de base, comparando, no gráfico, os tamanhos de intervalos entre pontuações, ajustando-as, se
necessário, para validar as proporções en tre eles. Para assegurar que eventuais ajustamentos não violam relações de ordem entre
julgamentos emitidos, o M-MACBETH mostra o intervalo dentro do qual a pontuação de cada opção pode ser modificada mantendo
fixas as pontuações de todas as outras opções (para mais detalhes, ver Bana e Costa et al., 2005). No exemplo da Figura 8, esse
intervalo é, para op 3, o intervalo aberto ]4, 6[, sendo 6 e 4 os limites de alteração possível da pontuação de op 3 sem violar as
restrições do LP-MACBETH. Isto é, a pontuação de op 3 não pode ser de 6 (ou mais) nem de 4 (ou menos) porque seriam violadas
relações de ordem entre algumas diferenças de atratividade, como mostram, respectivamente, as Figuras 9a e 9b. Por exemplo, se a
pontuação de op 3 fosse alterada para 6, como na Figura 9a, as diferenças de atratividade entre op 3 e op5 e entre op 2 e op 4,
moderada e forte, respectivamente, resultariam iguais, o que viola a condição de preservação da ordem.

MÉTODO SMART E SMARTER


Métodos de critério único de síntese

Família da escola americana que, segundo Vincke (1992) foi construída com a finalidade de atender duas premissas básicas,
a saber: agregar diferentes pontos de vista em uma única função que em seguida deve ser otimizada; e estudar as condições
matemáticas de agregação, formas particulares de funções de agregação e os métodos de construção. Para o autor, nessa família, todos
os critérios podem ser comparados, ou seja, não existe a possibilidade da incomparabilidade. Conforme especifica Gomes et al. (2002)
estes métodos foram propostos, assumindo as condições que levam ao modelo aditivo ou função utilidade aditiva. Os autores
informam que não é avaliado junto ao decisor a forma da função que é considerada aditiva, pois o processo de avaliação junto com o
decisor consiste apenas na determinação dos parâmetros da função utilidade aditiva, mais especificamente, das constantes de escala.

Método SMARTS

Nessa seção e na próxima estão descritos os métodos multicritério SMARTS e SMARTER desenvolvidos por Edwards &
Barron (1994). Essas duas abordagens foram elaboradas com a intenção de sanar um problema intelectual existente no método
SMART (Simple Multiattribute Rate Technique), proposto por Edwards (1977). No método SMART para conseguir obter os pesos de
cada um dos critérios, Edwards (1977), explorou a noção intuitiva de importância e a idéia de que num modelo aditivo os pesos
representam a importância relativa de um atributo em relação aos outros.
O procedimento desenvolvido por ele era simples – os decisores julgavam o grau de importância de cada atributo em relação
aos outros e estes julgamentos podiam ser facilmente colocados num conjunto de pesos normalizados – porém, o procedimento
ignorava que a escala dos valores de cada alternativa, bem como a importância relativa dos critérios, tinha que ser refletida em todos
os pesos, ou seja, estes tinham que ser proporcionais a uma medida de dispersão referente aos valores das alternativas multiplicada ou
balizada por uma medida de importância. Porém, a dependência descrita acima foi ignorada na elicitação de pesos do SMART e este
fato é a razão que o leva a ser intelectualmente inaceitável. Esse problema foi sanado através da inovação desenvolvida no SMARTS,
chamada troca de pesos (Swing Weights, termo em inglês), que tem por finalidade elicitar as importâncias relativas dos critérios e os
respectivos pesos. Além dessa inovação, os autores também propuseram o método SMARTER que tem como objetivo definir os
pesos de cada critério de acordo com as suas importâncias relativas; essa abordagem é conhecida como exploração das ordenações dos
critérios (Exploiting Ranks, termo em inglês).
Portanto, cabe nesse momento deixar explícito que, em virtude dos procedimentos direcionados a definição dos pesos dos
critérios serem mais simples para os decisores assimilarem, o método SMARTER foi recomendado para determinar a utilidade
multiatributo das alternativas constantes nesse artigo. Os procedimentos propostos por Edwards & Barron (1994) que têm como
propósito mensurar a utilidade multiatributo das alternativas envolvidas num determinado processo de tomada de decisão, estão
descritos nas etapas a seguir:
Etapa 1: Identificação do propósito do modelo de apoio a decisão e dos tomadores de decisão envolvidos. Etapa 2: Árvore de
critérios ou hierarquia de objetivos. Tornar explicita a estrutura ou a lista de critérios potencialmente relevantes, tomando como base o
propósito do modelo definido na etapa anterior e as informações fornecidas pelos tomadores de decisão.
Etapa 3: Objetos da avaliação. Identificar quais são os objetos ou alternativas a serem avaliados no modelo de apoio a
decisão. O analista pode utilizar as informações levantadas tanto na primeira etapa quanto na segunda com o propósito de definir o
maior número possível de alternativas reais ou hipotéticas para o processo de avaliação.
Etapa 4: Matriz de alternativas por critérios. Elaboração de uma matriz dos objetos de avaliação por critérios. Caso os objetos
estejam disponíveis, as entradas dessa matriz devem ser pontuações ou medidas físicas das alternativas. Porém, havendo a
indisponibilidade desses valores, as entradas podem ser julgadas através da utilidade unidimensional, que será discutida na etapa 6.
Etapa 5: Opções dominadas. Colocar as alternativas numa escala ordinal, a qual permite diferenciar postos (ranking, termo
em inglês), em seguida eliminá-las ordinalmente, e caso existam opções dominadas cardinalmente, deve-se executar o mesmo
procedimento.
Etapa 6: Utilidades unidimensionais. Deve-se reformular as entradas da matriz de alternativas por critério considerando as
utilidades unidimensionais. Se as medidas físicas relevantes para o modelo não estiverem disponíveis, nesta etapa será requerida uma
elicitação (elicitation, termo em inglês), que poderá ser feita em conjunto com as etapas 7 e 8, contando para isso com a ajuda do
decisor ou de um indivíduo nomeado por ele que tenha conhecimento e responsabilidades sobre o problema em questão, os quais
devem ser capazes de prover as utilidades unidimensionais dos critérios.
Os valores correspondentes as utilidades são geralmente obtidos por meio de uma função física do critério ou através do
julgamento feito pelos decisores. Edwards & Barron (1994) incorporam ao método SMARTS a estratégia da aproximação heróica
(strategy of heroic approximation, termo em inglês), com a finalidade de justificar as aproximações lineares das funções de utilidades
unidimensionais e utilizam também o modelo de agregação aditivo que já foi descrito anteriormente.
Usando a estratégia da aproximação heróica não será necessário estabelecer de maneira explícita as funções utilidades
unidimensionais de qualquer quantidade física ou julgada. Através desta estratégia passa-se a tratar as funções utilidades como
lineares em x.
Os autores oferecem quatro maneiras para o analista e o decisor estabelecerem as funções utilidades, sendo que três delas são
voltadas para as dimensões que possibilitam medidas físicas para as alternativas, e a quarta é direcionada para os casos em que a
utilidade unidimensional é obtida a partir de medidas não físicas (qualitativas), ou seja, através do julgamento realizado pelo decisor.
Os quatro tipos estão demonstrados na Figura 1 a seguir.

Etapa 7: Troca de pesos. Essa etapa foi desenvolvida com o propósito de invalidar o erro intelectual contido no método SMART.
Após a inclusão dessa fase, os autores passaram a chamar o método de SMARTS. A letra “S” (Swing, termo em inglês) se refere a
operação de troca das pontuações de algumas alternativas levando-se em consideração os critérios disponíveis e tem por finalidade
definir a ordem de importância destes.
Etapa 8: Explorando a ordenação dos critérios. Tem como objetivo definir os pesos de cada critério de acordo com as suas
importâncias relativas, as quais já foram definidas na etapa anterior.
Etapa 9: Decidir ou selecionar a alternativa que apresentar a melhor utilidade multiatributo.

Método SMARTER

Esse método possui as etapas de 1 a 7 e também a 9, iguais as contidas no método SMARTS; a diferença entre os dois
métodos está apenas na etapa 8. Na etapa 8 (oito), Barron & Barrett (1996) desenvolveram uma solução formalmente justificada
voltada para o procedimento de elicitação dos valores relacionados aos pesos dos critérios. Este procedimento estabelece os pesos dos
critérios de acordo com as suas importâncias relativas, as quais já foram estabelecidas na etapa 7 demonstrada no método SMARTS.
Os resultados obtidos demonstraram a qualidade da metodologia proposta e permitiram o desenvolvimento do método multicritério
SMARTER. Essa abordagem é chamada de ROC – Rank Order Centroid ou simplesmente de pesos ROC. Abaixo consta o
desenvolvimento da equação utilizada na abordagem ROC para o cálculo dos pesos, conforme proposto por Barron & Barrett (1996).

Barron & Barrett (1996) checaram através de exaustivas simulações a suscetibilidade na geração de inconsistências existente
nessa abordagem. Os pesos ROC conduzem a identificação da melhor opção entre 75 e 87% das vezes, dependendo do detalhamento
das simulações. Para todas as situações analisadas, os autores encontram uma taxa média de perda de utilidade abaixo de 2%,
portanto, quando essa metodologia não encontra a melhor opção, sabe-se que a escolhida não é a pior delas. Os autores informam em
seu trabalho que desenvolveram uma pesquisa para comparar o SMARTS e o SMARTER com outros meios de elicitar valores
multiatributos, concluindo que, dos procedimentos para elicitação dos pesos, os pesos ROC produziram utilidades multiatributos que
mais se aproximavam dos métodos holísticos.

TOMADA DE DECISÃO INTERATIVA MULTICRITÉRIO - TODIM


Teoria dos Prospectos
A Teoria dos Prospectos pertence ao campo da psicologia cognitiva e tem como base de seu paradigma a modelagem do
comportamento do ser humano em face ao risco, no que diz respeito à tomada de decisões. O comportamento de decisores,
observados pelos criadores da teoria, mostra que, nas situações que envolvem ganhos, seres humanos tendem a ser mais
conservadores em relação ao risco e, em situações que envolvem perdas, mostram-se mais propensos ao risco. Isto é, quando se
estabelece uma situação em que se pode ganhar, prefere-se um ganho menor, porém certo, a se arriscar por ganhos maiores e incertos.
Em situações que envolvem perdas, as pessoas preferem se arriscar a perder mais, porém, com a possibilidade de nada perderem, a ter
uma perda menor, porém, certa. Foi verificado esse comportamento dos seres humanos por meio de vários experimentos, aplicados a
uma quantidade de pessoas considerada adequada.
O método TODIM utiliza na sua fundamentação a Teoria dos Prospectos, incorporando a curva da função de valor
determinada experimentalmente por Kahneman e Tversky (1979) ao seu modelo analítico. A curva experimental é exibida na Figura
2. A partir da incorporação dessa função de valor, permite-se estabelecer uma medida quantitativa da satisfação das pessoas, inserindo
ao modelo a característica de aversão e propensão ao risco, natural dos seres humanos.
O método TODIM
O método TODIM, sigla que significa Tomada de Decisão Interativa Multicritério, é um método multicritério de análise de
decisão, desenvolvido pelo professor brasileiro Luiz Flávio Autran Monteiro Gomes. Após sua aplicação, são obtidas, como resultado,
as alternativas já sequenciadas por ordem de preferência. O método utiliza modelagem matemática baseada em matrizes de
comparações por pares como no AHP, porém, incorpora em seu modelo a Teoria dos Prospectos de Kahneman e Tversky (1979), na
qual se descreve o comportamento do ser humano em face ao risco, conforme mencionado na seção 3. Existem vários textos que
descrevem esse método. Na literatura, encontram-se: livro (GOMES; ARAYA; CARIGNANO, 2004), dissertações de mestrado
(PASSOS, 2002; MORAES, 1999) e artigos (GOMES; LIMA, 1992; GOMES; RANGEL, 2009). Algumas pré-condições tornam-se
necessárias antes que o método possa ser aplicado. Antes de iniciar a construção do modelo, é necessário que os critérios sejam bem
selecionados atendendo ao pré-requisito de separabilidade, de forma que critérios não sejam contabilizados mais de uma vez dentro do
mesmo modelo (CLEMEN, 1996).
O método TODIM baseia-se também na Teoria da Utilidade Aditiva e, para que haja separabilidade entre critérios, estes
devem ser mutuamente preferencialmente independentes. Um atributo Y é dito preferencialmente independente do atributo X se as
preferências para resultados específicos de Y não dependerem do nível do atributo X, e vice-versa. Após a seleção dos critérios e
alternativas, montam-se duas matrizes. A primeira é a matriz de julgamentos, que possui n (número de alternativas) linhas e m
(número de critérios) colunas. É realizada então uma consulta a pessoas (especialistas) capazes de opinar sobre a importância relativa
das diversas alternativas, critérios e subcritérios do problema, sempre a partir de sua representação através da hierarquia. Estes
decisores procedem com a valoração para cada uma das alternativas, critérios e subcritérios, e estes valores são inseridos na matriz.
Para o clássico exemplo da escolha de um automóvel, valores quantitativos (p.ex., consumo de combustível) são facilmente inseridos
nas colunas. Já para julgamentos subjetivos (p.ex., conforto interno), são designados valores por meio da leitura da Tabela 2
(GOMES; LIMA, 1992) que relaciona estes julgamentos através de uma escala numérica. Posteriormente, faz-se a normalização
através da divisão de cada coluna pelo seu maior valor. A segunda matriz é a de comparação entre pares de critérios. Nessa matriz,
comparam-se os critérios entre si da mesma forma como se faz com o método AHP.
O método TODIM fornece como resultado final o valor global das alternativas sequenciadas por ordem de preferência. Para
que se façam os cálculos dos valores de cada alternativa, é necessário que, antes, sejam determinadas as dominâncias de cada
alternativa em relação a cada uma das outras.
A incorporação do paradigma da Teoria dos Prospectos pelo método TODIM se faz pela introdução dessa função de valor
nas medidas de dominância de uma alternativa sobre a outra. Em um contexto multicritério, as perdas e os ganhos são definidos como
diferenças entre os valores w estabelecidos na matriz de julgamentos, para todas as alternativas, dentro de um critério c em particular.
As equações constitutivas do método, portanto, são:

Na prática, a função de valor incorporada ao TODIM se torna proporcional à raiz quadrada da diferença entre os valores w.
Isso significa que, dado o aumento da diferença, maior será o valor da função Φ(i, j), porém ocorrerá em taxas decrescentes. Isso
também é o que ocorre quando se interpreta o conceito da função de valor da Teoria dos Prospectos e indica a aversão ao risco. Após
serem efetuados os cálculos, será montada a matriz quadrada δ (i, j), de ordem n, onde n é o número de alternativas. Esta matriz é
denominada matriz de dominâncias relativas das alternativas. Os valores totais das alternativas são determinados através do seguinte
cálculo:

Cada valor ξ é uma soma de linhas normalizadas da matriz de dominâncias. Depois de calculados os valores, estes são
ordenados e, assim, determinam-se as alternativas a serem escolhidas.

CAPÍTULO 1 – (LIVRO DGN) – INTRODUÇÃO

Decisão em grupo e negociação inclui o estudo e desenvolvimento de métodos para apoiar grupos ou indivíduos dentro de grupos,
para que interajam e colaborem na busca da decisão coletiva.

CAPÍTULO 2 – (LIVRO DGN) – CONCEITOS BÁSICOS EM DECISÃO EM GRUPO E


NEGOCIAÇÃO
Decisão em grupo pode ser vista como uma decisão envolvendo dois ou mais decisores, os quais assumirão a responsabilidades pela
escolha. Por sua vez negociação trata de um processo no qual dois ou mais decisores independentes podem fazer uma escolha coletiva
ou escolha nenhuma.

CAPÍTULO 3 – (LIVRO DGN) – ABORDAGENS DE AGREGAÇÃO PARA DECISÃO EM GRUPO

Uma das dificuldades em decisão em grupo é o estabelecimento de grau de importância ou peso dos decisores. Quando os decisores
são tratados com pesos diferentes, deve-se considerar quem deverá atribuir essa informação.
 Grupo de decisão com um supradecisor: tem uma posição hierárquica superior à dos outros decisores. Ele impõe a regra
de agregação e se for o caso estabelece a ponderação para agregação do grupo de decisores. Estabelece os pesos.
 Grupo de decisão participativa: não há um decisor com posição hierárquica. Podem estabelecer pesos uns aos outros, ou o
mesmo para todos.
Os tipos de procedimentos para a agregação de decisão em grupo podem ser definido como:
 Agregação a partir das preferências iniciais dos decisores: nesse caso, assume-se que os decisores agem em conjunto e
agrupam os seus julgamentos de tal modo que o grupo de torne um “novo” indivíduo e se comporte como um só. As
identidades individuais são perdidas na fase de agregação, e uma síntese dos pontos resulta na prioridade do grupo. Os
métodos não compensatórios apresentam melhor desempenho, evitando o impacto da transformação das preferências
individuais por meio de um método compensatório, uma vez que o compensatório pode gerar uma recomendação de solução
que representa as preferências de nenhum decisor. Uma questão crítica em modelos aditivos ou compensatórios em geral está
relacionada a atribuição de pesos aos decisores para o processo de agregação, que pode ser feito de forma errônea.
 Agregação a partir dos resultados e escolhas finais dos decisores: o processo de agregação foca no resultado das
prioridades das alternativas de cada participante.

Modelo aditivo de decisão em grupo com veto: há situações em que o modelo aditivo pode distorcer de tal forma a própria
visão do grupo, que a recomendação de alternativas muito inadequadas a alguns membros do grupo deveria ser rejeitada. Isso
significa que algumas alternativas consideradas indesejáveis por um decisor poderiam ser selecionadas, gerando insatisfações, o
que pode vir a promover uma situação de conflito. Essa possibilidade de se rejeitar pode ser resolvida com um uso de veto.
Na agregação da utilidade dos decisores, os pesos são vistos como indicadores de intensidade de preferência e não como
tradeoffs entre decisores.

Pode-se obter recomendações menos conflituosas utilizando modelo de agregação aditiva introduzindo o conceito de veto e um
fator redutor de utilidade. O modelo pode ser feito em duas etapas: a primeira é a determinação das preferências de cada
decisor, através da Utilidade Multiatributo, uma função utilidade é definida para cada decisor, considerando os vários critérios e
seus tradeoffs. A segunda acontece através da agregação das preferências individuais em uma função de uma de utilidade global
aditiva. O modelo proposto diferencia-se de MAUT nesta segunda fase e faz uso de novos conceitos: Limiar de veto, onde é uma
informação a mais sobre as preferências do decisor. Alternativa virtual e o fator redutor de utilidade, que foi definido para
penalizar qualquer alternativa na região de discordância.

Como já discutido, agregar opiniões individuais é um ponto crucial em problemas de decisão em grupo. Assim sendo, três
questões devem ser consideradas ao tratar de preferências individuais: a primeira é sobre como será a coleta das preferências
individuais e suas representações; a segunda é como resolver as inconsistências em preferências fornecidas pelos decisores; e a
terceira como combinar as preferências individuais para obter uma recomendação final ou consenso, que é um acordo unanime
entre todos os participantes, por outro lado o termo consentimento pode ser entendido como uma concordância ou aprovação por
algo feito ou proposto por outro.
Num processo de negociação deve existir uma fase inicial quando se objetiva a estrutura de negociação que conduzirá à
construção de um consenso. Nessa fase de pré-negociação deve ficar claro qual é o problema, como se dará o processo de
negociação e a motivação de cada decisor envolvido.
Os modelos típicos de decisão são:
 Sistemas de votação
 Modelos MCDA e
 Modelos de escolha social
Em relação ao processo decisório em grupo utilizando o AMD, apresentam algumas etapas:
 Conhecimento do contexto de decisão e identificação dos membros do grupo: como se dará o envolvimento dos
decisores e qual o papel de cada num no processo.
 Identificação dos Objetivos: os objetivos são elaborados e transformados em correspondentes critérios.
 Geração das Alternativas: pode ser usado o VFT para a criação das alternativas ou outras técnicas, sendo essas
alternativas suficientemente representativas.
 Elicitação de Preferências: os membros do grupo são engajados em um processo de Elicitação em relação aos
parâmetros dos critérios, em que declarações subjetivas de preferências são solicitadas.
 Avaliação das Alternativas: todas alternativas são avaliadas em relação a todos os critérios de decisão.
 Sintese e comunicação das recomendações de decisão:

Munda desenvolveu o conceito de avaliação multicritério social-SMCE, que pode ser considerado uma abordagem multi-inter-
disciplinar, participativo, transparente e consistente. No caso do SMCE, as seguintes questões podem ajudar na seleção de
métodos apropriados:
 A ideia de incomensurabilidade social torna as seguintes propriedades desejáveis em um método multicritério
social: pesos tem significado de coeficientes de importância e não trade-offs, melhor ter uma ordenação das alternativas
do que selecionar apenas uma.
 A ideia de incomensurabilidade técnica torna as seguintes propriedades desejáveis em um método multicritério
social: não compensação parcial ou completa é uma exigência; limiares de preferências e indiferença, simplicidade.

CAPÍTULO 4 – (LIVRO DGN) – SITEMAS DE VOTAÇÃO

Uma finalidade particularmente interessante é no apoio a um processo de decisão multicritério de um grupo de decisores, por
exemplo. Os sistemas de votação estão associados a um dos tipos de procedimentos para agregação de decisão em grupo, qual seja, a
agregação a partir dos resultados e escolhas finais dos decisores. O estudo dos sistemas de votação está relacionado à teoria da escolha
social. É importante destacar o papel da teoria da escolha social nos sistemas de votação, quando se deseja deixar claro que o
proposito desses sistemas está relacionado ao apoio a decisão de um grupo de pessoas que pretende ter suas preferências consideradas
no processo de decisão.
O método pluralista é um dos meios mais simples para aferir a vontade coletiva, por meio do voto. A opção que receber mais votos
vence, no entanto, este modelo tem vários inconvenientes. Ele é indicado nos casos em que os decisores indicam apenas uma
alternativa e buscam a escolha apenas de uma alternativa. A regra de votação pluralista busca candidatos que tenham o melhor
desempenho para a maioria.
A Teoria de escolha social é a base para os procedimentos de votação. Uma das hipóteses comportamentais é de que os decisores
estabelecem o perfil de preferências P, de acordo com seus próprios desejos. Ou seja, os eleitores votam conforme suas preferências.
Diz-se que os decisores votam de forma sincera. Ou seja, não estabelecem o ranking de alternativas de forma estratégica. O voto
estratégico pode alterar o resultado final, de forma a favorecer-se em detrimento do resultado esperado para o grupo.
Alguns paradoxos básicos e paradoxos de votação: 1º Paradoxo (Borda): Como uma alternativa A é declarada vencedora, se ela
perde para todas as outras na comparação par a par. 2º Paradoxo (Condorcet): Não há transitividade entre as estruturas de
preferências, uma vez que é uma das exigências para a racionalidade, não é atendida.
Procedimento de Borda: trata-se de um método de posição ponderada, também classificado no grupo de método de pontos ou
sistemas de pontos. O método consiste em ordenar todas as alternativas para cada critério, atribuindo k1 pontos para primeira, k2 para
a segunda e assim sucessivamente. A agregação consiste na soma dos pontos que cada alternativa obtém para cada decisor. Então a
primeira alternativa do ranking, chamada de vencedora de borda, é aquela com maior número de pontos. Um problema desse método
é o de dependência das alternativas irrelevantes. Pode surgir um problema de reversão de ordem entre as alternativas, caso seja tirado
ou acrescentado uma alternativa ao conjunto.
Procedimento de Condorcet: o procedimento consiste numa avaliação baseada em comparação par a par. A alternativa vencedora
será aquela que obtiver vantagem sobre a outra para um maior número de decisores. Caso duas alternativas tenham o mesmo número
de decisores lhe favorecendo, tem-se então uma indiferença I. A ideia é fornecer uma ordenação das alternativas. Pode ocorrer o
paradoxo de Condorcet, que consiste no não atendimento a propriedade de transitividade. Embora não atenda esse axioma, ele
apresenta como resultado uma alternativa vencedora de condorcet.
Procedimento de votação com agenda: uma questão interessante relativa ao procedimento de comparação par a par está relacionada
à questão de agenda de votação. O conceito de agenda em sistemas de votação refere-se à ordem em que as alternativas são colocadas
em votação. Nesse caso, o processo funciona da seguinte forma: as alternativas são apresentadas e comparada em pares, de forma que
a vencedora será comparada com a próxima a ser apresentada e a alternativa perdedora é eliminada.
Procedimentos de Coperland: esse procedimento é baseado em comparações par a par para determinar o valor de cada alternativa,
selecionando a alternativa com maior valor. O valor de uma alternativa i é função do número de alternativas vencidas pela alternativa
i, subtraído do número de alternativas que vencem a alternativa i.
Votação ponderada por quartil: a primeira etapa consiste em criar um conjunto das alternativas consideradas de ordem superior.
Isso é feito com a separação por quartis. Aquelas alternativas que estão no quartil superior seriam, em princípio as alternativas mais
apropriadas para a seleção. Deve-se fazer a contagem de quantos decisores prefeririam as alternativas quem ficaram no quartil
superior.
Na sequência, é feito uma análise inversa, por meio de um conjunto de alternativas que compõem o quartil inferior. Deve-se fazer a
contagem de quantos decisores são contra estas alternativas. A partir desses dados, será realizada uma terceira filtragem chamada de
veto em que as alternativas são também avaliadas pelo índice de discordância, para checar se existe uma oposição muito alta à
alternativa por estar bem classificada. Esse veto avalia se existe uma oposição muito alta em relação à alternativa selecionada pela
segunda filtragem, que tem a intenção de eliminar as alternativas classificadas como piores para a maioria dos decisores. A quarta e
última etapa da exploração busca avaliar se existe uma oposição à alternativa selecionada.
Procedimento de Hare: este procedimento consiste na sucessiva eliminação dos candidatos (ou alternativas) menos votados (ou
preferíveis) na transferência destes votos para os mais votados, após terem sido selecionados. Esse método é considerado bom entre os
sistemas de representação proporcional, embora viole várias propriedades em sistema de votação.

CAPÍTULO 5 – (LIVRO DGN) – ELEMENTOS DE TEORIA DOS JOGOS

Um importante elemento dos muitos modelos desenvolvidos na teoria dos jogos é a teoria da escolha racional. Um decisor escolhe a
melhor estratégia entre todas as estratégias disponíveis para ele, desta forma, a teoria dos jogos constrói modelos matemáticos para
representar conflitos e cooperação entre decisores racionais. Um decisor é racional se ele toma decisões consistente em razão de seus
próprios objetivos. Entre os principais elementos da abordagem da escolha racional relaciona-se: os objetivos os quais buscam
alcançar; o valor moral dos objetivos dos indivíduos não é julgado; os indivíduos têm algum grau de liberdade de escolha; os
indivíduos escolhem ações que lhes permitirão alcançar seus objetivos.
Elementos comuns do jogo
 Jogador: Decisor ou indivíduo ou organização envolvidos no processo de interação estratégica.
 Estratégica: a escolha que cada jogador pode fazer em um dado momento do jogo.
 Recompensa ou payoff: o que o jogador obtém de acordo com as suas escolhas e as dos demais jogadores quando o jogo é
encerrado.
 Regras: pode vir de leis, costumes, práticas ou contratos, por exemplo.
Existem duas formas alternativas de representação de um jogo: (i) forma estratégica ou normal - é a mais apropriada para a
representação de situações que não envolvem a passagem do tempo; (ii) forma extensiva - é adequada para jogos que envolvem o
tempo e são, portanto, dinâmicos.
Forma normal
O Jogo (ou modo estratégia) normal é uma matriz a qual mostram os jogadores, estratégias, e pagamentos (veja o exemplo a
abaixo). Onde existem dois jogadores, um escolherá as linhas e o outro escolherá as colunas. Os pagamentos são registrados no seu
interior. O primeiro número é o pagamento recebido pelo jogador da linha (Jogador 1 em nosso exemplo); e o segundo é o pagamento
para o jogador da coluna (Jogador 2 em nosso exemplo). Suponha que o Jogador 1 obteve para cima e que o Jogador 2 obteve
esquerda, então o Jogador 1 ganha 4, e o Jogador 2 ganha 3.
Quando um jogo é apresentado na forma normal, presume-se que cada jogador atue simultaneamente ou, ao menos, sem
conhecer a ação dos outros. Se os jogadores têm alguma informação acerca das escolhas dos outros jogadores, o jogo é habitualmente
apresentado na forma extensiva.
Forma extensiva
Um jogo na forma extensiva
A forma extensiva de um jogo tenta capturar jogos aonde a ordem é importante. Os jogos aqui são apresentados como
árvores (como apresentado na figura à esquerda). Onde cada vértice (ou nodo) representa um ponto de decisão para um jogador. O
jogador é especificado por um número listado no vértice. Os pagamentos são especificados na parte inferior da árvore.
No jogo mostrado aqui, existem dois jogadores, Jogador 1 move primeiro escolhendo entre F ou U. O Jogador 2 vê o
movimento do Jogador 1 e então escolhe entre A ou R. Suponha que o Jogador 1 escolha U e então o Jogador 2 escolha A, então o
Jogador 1 obterá 8 e o Jogador 2 obterá 2.
A Forma extensiva também pode capturar jogos que se movem simultaneamente. Isto pode ser representado com uma linha
tracejada ou um círculo que é desenhado contornando dos diferentes vértices (isto e, os jogadores não sabem a qual ponto eles estão).

Jogo cooperativo - aquele que ocorre quando os participantes podem negociar contratos vinculativos entre si e que lhes
permitam planear estratégias em conjunto. Jogadores podem definir acordos antes e durante o jogo e a comunicação entre os
jogadores é permitido.
Jogo não cooperativo (competitivo) - ocorre quando não é possível negociar contratos vinculativos entre os participantes.
Com respeiro a movimentação de jogadores, podem ser:
 Jogos simultâneos – ignoram as decisões dos demais no momento em que tomam as próprias decisões. Os
jogadores se movimentam simultaneamente. Um exemplo são dois bancos que decidem se renovam ou não seus
empréstimos a uma empresa com dificuldades financeiras.
 Jogos sequenciais - É o tipo de jogo em que os jogadores se deslocam um após o outro em resposta a ações e
reações do concorrente. Assim como os jogos repetidos, os jogos sequenciais submetem-se a técnica de indução
para trás para se obter uma solução para o jogo, podendo haver ou não equilíbrios de Nash em subjogos. Em um
jogo sequencial cada jogador joga em um estágio subsequente ao estágio jogado pelo seu oponente.
Jogos repetidos - Em um jogo finito o resultado do jogo subsequente depende do resultado do jogo anterior, portanto, o
resultado do jogo inteiro depende do resultado de todos os jogos anteriores. Assim, um equilíbrio de Nash do último estágio do jogo
depende do resultado do penúltimo estagio do jogo que depende do antepenúltimo estágio e assim por diante.

CAPÍTULO 6 – (LIVRO DGN) –PROCEDIMENTOS E TIPOS DE NEGOCIAÇÃO

 O que é negociação?
De forma geral, a negociação pode ser definida como um processo entre duas ou mais partes a fim de alcançar objetivos
através de um acordo nas situações que existam interesses comuns e conflitantes.
 Questões Centrais De Um Processo De Negociação:
1. Existem mais de duas partes?
1.1 Descrição da situação: Para uma negociação acontecer devem existir pelo menos duas partes interessadas.
2. As partes são monolíticas?
2.1 D.S: Um grupo é monolítico quando não há divergências de opiniões/valores dentro do mesmo.
3. O jogo é repetitivo?
3.1 D.S: Uma negociação repetitiva é feita de forma mais cooperativa e honesta do que uma negociação efetuada apenas uma
vez. Cada jogador ou negociador está preocupado com sua reputação.
4. Há efeitos de ligação/encadeamento entre as negociações?
4.1 D.S: Jogos repetitivos também envolvem ligações que surgem a partir das repetições com os mesmos jogadores ao longo do
tempo. Por isso, é preciso estar ciente da complexidade desses efeitos.
5. Há mais de um problema/assunto?
5.1 D.S: Na maioria dos conflitos não há uma única questão a ser resolvida, mas vários assuntos interagindo.
6. Um acordo é necessário?
6.1 D.S: Existe negociações em que é possível a sua interrupção sem grande consequências, onde não se consegue chegar a um
acordo. Ex: quando um vendedor e um comprador não concordam com o preço de um bem. Ambos podem romper a negociação e
procurar outro negociador para vender/comprar o bem.
7. Uma ratificação é necessária?
7.1 D.S: Se torna necessária quando o jogador que está em ação não tem poder de fechar um acordo. Ex: Em separação judicial, os
advogados das partes negociam um acordo, mas precisam ratificar o resultado com os seus respectivos clientes.
8. Ameaças são possíveis?
8.1 D.S: As ameaças pode influenciar nos resultados, no entanto deve-se tomar cuidado com esse tipo de estratégia, pois se usada
grosseiramente pode também endurecer a oposição.
9. Há restrições de tempo ou custos relacionados ao tempo?
9.1 D.S: A parte que negocia com pressa está sujeito a desvantagem. Em algumas negociações a tática de uma da partes pode ser
atrasá-las indefinidamente.
10. Os contratos são obrigatórios?
10.1 D.S: Em negociações entre empresas acontecem normalmente. EX: as partes exigem a confecção de um contrato contemplando
os valores definidos no acordo, tendo por objetivo reduzir o risco.
11. As negociações são públicas ou privadas?
11.1 D.S: São consideradas públicas quando uma das partes divulga informações da negociação com a população, sendo diretamente
afetada pelo processo. Em privadas ocorre ao contrário.
12. Quais são as normas do grupo?
12.1 D.S: As normas do grupo está relacionado ao padrão de comportamento esperado pelos membros do grupo. Existem três tipos de
grupos:
- Antagonistas cooperativos: Reconhecem que tem interesses diferentes e que gostariam de encontrar um compromisso;
- Antagonistas estritos: São mal intencionados e pouco confiáveis;
- Parceiros totalmente cooperativos: Podem ter necessidades, valores ou opiniões diferentes, mas eles são completamente
abertos uns com os outros.
13. É possível a intervenção de uma terceira parte?
13.1 D.S: As negociações são afetadas pela possibilidade de uma avaliação externa por um interventor, na maioria das vezes,
facilitadores, árbitros e mediadores.
 Tipos de Negociação
- Distributiva: Quando existem duas partes e uma questão a ser negociada e a sua distribuição entre as partes é feita de
forma que cada parte tenta obter a maior vantagem possível;
- Integrativa: Quando existem pelo menos duas partes e mais de uma questão a ser negociada e há uma integração dos
recursos de forma a ampliar a questão da negociação e gerar ganhos mútuos para as partes.

 Comparativo Entre Negociação Distributiva E Negociação Integrativa:


Característica da negociação Distributiva Integrativa

Assuntos Um assunto a ser negociado Vários assuntos a ser negociado


Objetivos Busca de metas próprias mesmo Busca de metas a serem
a custa de prejuízos alheios alcançadas em conjunto
Motivação primária Maximizar resultado próprio Maximizar resultados em
conjuntos
Postura do negociador Postura ganha-perde Postura ganha-ganha
Confiança Sigilo e defensiva: alta Confiança e abertura:
confiança em se mesmo e baixa exploração conjunta de
nos outros alternativas
Compartilhamento de Baixa: as partes escondem ou Alta: as partes sabem e
informação representam incorretamente exprimem suas reais
seus interesses necessidades, enquanto
respondem as necessidades
alheias.

Foco Interesse Posição


Duração do relacionamento Foco em curto prazo: as partes Foco em longo prazo: as partes
não esperam trabalhar juntos no esperam trabalhar juntos no
futuro futuro

Agressividade Usam ameaças e blefes, As partes tratam-se com


tentando manter a posição de compreensão e respeito
controle

Comportamento de procura de As partes se esforçam para As partes se esforçam para


solução parecer comprometidas com os encontrar soluções mutuamente
interesses, usando de satisfatórias
manipulação o outro.

Solução para um impasse Ou a negociação é interrompida, Se ocorrerem dificuldades, pode


ou pode ser necessário um ser necessário um mediador
árbitro.
PROCEDIMENTOS DE REPARTIÇÃO – CAP 7
A análise de problemas de disputas, sejam elas de quaisquer natureza, tais como: divisão de terras, alocação de tempo,
repartição de bens ou heranças, esquemas de taxação de impostos, avaliação de equilíbrio econômico, entre outros, nos traz uma
grande preocupação, que é justiça.
Ao avaliar justiça em problemas de divisão ou alocação, comumente significaria considerar que um recurso será dividido de
tal maneira que as partes interessadas acreditem que tenha ficado com uma quantidade justa de repartição.
Alguns métodos de divisão justa:
- DIVIDIR-E-ESCOLHER
É o mais clássico procedimento de repartição. Um exemplo para esse procedimento é a divisão de um bolo entre dois
indivíduos.
 As regras desse procedimento são:
- Um divide o bolo em dois pedaços quais ele é indiferente.
- O outro, então escolhe aquele que considera a ser a fatia maior (ou de maior valor) na sua avaliação.
 Assim pode-se afirmar que esse procedimento é:
- Proporcional: Um jogador consegue garantir para si o que considera metade do bolo, e outro jogador o que vê como pelo
menos metade do bolo, e
- Livre de inveja: Nenhum dos dois jogadores pensa que o outro recebeu um pedaço maior que o seu.
- FILTRAR E ESCOLHER
É uma variante do dividir-e-escolher. Quando se utiliza este em um ambiente legislativo, por exemplo, ele é melhor
caracterizado por filtrar-e-escolhe
Um exemplo, seria uma comissão que foi criada para avaliar um conjunto de projetos. Esta comissão faz um filtro (propõe e
discute) e separa em dois subconjuntos de projetos, a partir daí a Câmara vota, ou seja, escolhe qual dos dois subconjuntos de projetos
deverá ser implementado.
- MOVENDO A FACA
Também é uma versão do dividir-e-escolher, que é aplicado para bens divisíveis, mas que também pode ser adaptado para
bens discretos ou indivisíveis.
 As regras desse procedimento são:
- Um Juiz move a faca da esquerda para direita.
- O primeiro que disser “corta” fica com o pedaço da esquerda do bolo.
Nesse procedimento, a estratégia óbvia do jogador é dizer “corta” exatamente quando ele achar que a faca está na metade
do bolo, a fim de garantir que ele ficará com pelo menos 1/2 do todo.
PROCEDIMENTOS PARA N>2
- DIVISOR-SOLITÁRIO: Esse foi uma extensão do dividir-e-escolher para três jogadores. As regras são:
 De maneira aleatória, um dos três jogadores é designado para ser aquele que dividirá o bolo, por exemplo jogador A.
 O jogador A divide o bolo em três pedaços {S1,S2,S3} tão iguais quanto possível, de forma que A seja indiferente aos
três pedaços.
O jogador B declara qual dos três pedaços é justo para ele. Independentemente disso, o jogador C faz a mesma coisa. As
escolhas dos jogadores B e C são os seus respectivos pedaços. Nesse contexto, duas situações podem acontecer:
- Situação 1: Os jogadores B e C escolhem pedaços diferentes. Então o problema acabou: cada um pega o seu e A fica com o
pedaço que sobrou.
- Situação 2: Os jogadores B e C escolhem o mesmo pedaço. Então A escolhe um dos pedaços que foram rejeitados. Os
pedaços remanescentes são postos juntos novamente e o procedimento dividir-e-escolher é realizado entre B e C.
- ÚLTIMO DIMINUIDOR
Foi idealizado para quatro jogadores. A regras são:
 De forma aleatória, os quatro jogadores devem ser ordenados. Exemplo, por sorteio, a ordem estabelecida foi A, B, C e
D.
 O primeiro jogador, A, corta o primeiro pedaço do bolo o qual ele considera que corresponde a 1/4 do total e entrega
para o segundo jogador, B.
 Se B achar que o pedaço é > 1/4, então diminui o pedaço, ou seja, “apara” o que considera excedente e passa o pedaço
para C. se B achar que o pedaço é <= 1/4 então B passa o pedaço para C sem diminuí-lo.
 C faz o mesmo que B, podendo diminuir ou não o pedaço recebido e passa para D.
 D faz igual aos outros jogadores, mas D é o último. Então, se D diminuir o pedaço, ele fica com o pedaço que diminuiu.
Caso contrário, o pedaço vai para o último jogador que o aparou ou para o primeiro, caso ninguém o tenha diminuído.
 O processo recomeça, seguindo a mesma ordem, agora dividindo-se o pedaço em 1/3.
 Quando sobrarem dois jogadores, usar dividir-e-escolher.
 Pode-se concluir que este procedimento não é livre de inveja. Mesmo que todos tenham ficado com pelo menos 1/4, no
entanto, esses jogadores que recebem os pedaços vão saindo do jogo e podem invejar os dois pedaços dos dois últimos
jogadores, entendo que um deles recebeu, pelo procedimento dividir-e-escolher, um pouco mais que cabia.
- ESCOLHEDOR SOLITÁRIO: Foi desenvolvido por Fink de forma que o procedimento pode ser iniciado sem saber
exatamente quantos jogadores tem ou poderá ter. As regras são:
 De forma aleatória, os três jogadores devem ser ordenados. Por exemplo, por sorteio, a ordem estabelecida foi A, B e C.
 Os dois jogadores, A e B realizam o dividir-e-escolher. O jogador A divide o bolo em dois pedaços (sendo indiferentes a
eles), e o jogador B escolhe o pedaço que considera maior.
 Tanto A quanto B vão repetir seus respectivos pedaços agora em três partes iguais.
O jogador C vai escolher o que considera o maior pedaço dos três de cada um dos dois jogadores, ou seja 1/3 de A e 1/3 de B.
Assim, os jogadores A e B ficam com os pedaços remanescentes.
Caso sejam incorporados novos jogadores, o procedimento continua, com cada jogador repartindo o seu pedaço em 1/n e o
último a entrar no processo vai escolher um pedaço (1/n) de cada um dos jogadores anteriores.
Percebe-se que esta divisão é proporcional, pois os dois primeiros pensaram estar recebendo exatamente 1/3 do total do bolo.
E o terceiro jogador pensará que recebeu pelo menos 1/3 do pedaço de cada um dos outros jogadores.
Não se garante que seja livre de inveja, pois um dos dois primeiros jogadores pode entender que o outro dividiu seu pedaço
em três pedaços desproporcionais, ficando o terceiro participante com um pedaço um pouco maior que 1/3.
- EXTENSÃO DO MÉTODO DE FINK: Foi desenvolvida utilizando-se a ideia do procedimento movendo-a-faca. As
regras são:
 De forma aleatória, os três jogadores devem ser ordenados. De forma, por exemplo A, B e C.
 Os jogadores A e B dividem o bolo em duas partes usando o procedimento movendo-a-faca. O primeiro que disser corta
fica com o pedaço da esquerda, que deve ser 1/2 do total. Neste exemplo, o jogador A ficou com o pedaço S1 e o jogador
B com o pedaço S2.
 Agora os jogadores A e C vão usar o procedimento movendo-a-faca para cortar 1/3 do bolo. De forma que:
 S1` (1/3 de S1)
 S1 – S1` (2/3 de S1)
• Os jogadores B e C fazem exatamente a mesma coisa. De forma que:
 S2 `(1/3 de S2)
 S2 – S2`(2/3 de S2)
• C recebe dois pedaços: S1` e S2`; A recebe S1 – S2`; B recebe S2 – S2`.
PROCEDIMENTOS PARA N>2 PARA BENS INDIVISÍVEIS
- PROCEDIMENTO DE KNASTER: Traz a ideia de leilão, onde cada jogador submete a sua oferta para cada item em
jogo e o jogador que fizer a maior oferta ganha o item. Porém, diferentemente do leilão convencional, parte do dinheiro que é
designado para os itens também é dividido entre os demais jogadores. Assim, o procedimento será aplicável se todos os jogadores
tiverem uma reserva adequada de dinheiro, para compensar outros jogadores que ficaram sem o item.
- VENCEDOR AJUSTADO: É similar ao anterior, visa que cada jogador valore os itens a serem divididos, no entanto, não com um
valor que pagaria em dinheiro, mas com pontos.
Esse procedimento visa o equilíbrio entre os valores atribuídos entre as partes. É o que se chama equidade (ou procedimento
equitativo), onde as partes acham que receberam a mesma fração do total, conforme cada uma delas valoriza os diferente itens.
PROPRIEDADES DOS PROCEDIMENTOS DE REPARTIÇÃO
- PROPORCIONAL: A divisão é proporcional quando cada um dos i jogadores recebe o que considera uma fração 1/n
(justa) do todo.
- LIVRE DE INVEJA: O resultado de uma repartição é livre de inveja quando cada jogador recebe o pedaço do todo que
considera a melhor divisão. Nenhum jogador irá preferir a fração do outro.
- EQUITATIVO: O resultado de uma repartição é equitativo se todos os jogadores declaram a mesma avaliação para suas
respectivas frações relativas ao total, ou seja quando cada jogador pensa que recebeu a mesma porção do total que os demais
jogadores.
- EFICIENTE: Quando não existe nenhuma partição estritamente melhor para pelo menos um dos jogadores, sem piorar
para os demais, ou seja, é uma repartição boa para todas as partes.

CAPÍTULO 9 – (LIVRO DGN) - SELEÇÃO DOS MÉTODOS E ESTRUTURAÇÃO DE PROBLEMA


Quando não se usa métodos formais podemos fazer escolhas através: Racionalidade do decisor; Métodos aproximativos;
Abordagem lexicográfica; Combinação das abordagens anteriores. Pode haver problemas no uso dessas abordagens? Sim: Eliminar
alternativas indevidamente; Não analisar algumas alternativas; Para um racionalidade compensatória: Não consideração de trade-
offs;Para um racionalidade não compensatória: Não apresentar uma visão integrada e global dos critérios para algumas alternativas.
Fatores-chave que influenciam a escolha de um método formal: Tempo disponível; Esforço requerido por uma dada
abordagem; Conhecimento sobre o ambiente; A importância de uma decisão mais precisa, segura; Necessidade de justificar a decisão
para outros; Desejo de minimizar conflitos.
Questões básicas para escolha: Preferência do decisor; Racionalidade do decisor; Tempo.
Métodos de Estruturação de Problemas - Quando se está lidando com problemas complexos, com uma grande quantidade
de informação e por vezes muito difusas, de forma geral, o ser humano tem dificuldades para processar sozinho todas essas relações a
fim de estruturar o problema para melhor avaliá-lo.
Estruturação de um problema -constitui um processo de aprendizado interativo que procura construir uma representação
formal, na qual integra os componentes objetivos do problema e os aspectos subjetivos dos atores, de forma que o sistema de valores
seja explicado.
SODA - Este método de análise e desenvolvimento de opções estratégicas é uma abordagem desenvolvida para auxiliar os
decisores envolvidos em problemas complexos a encontrar um solução ou um conjunto de soluções de compromisso.É um método de
identificação e aprendizagem do problema geral, o qual usa mapas cognitivos como dispositivos de modelagem para entender e
registrar os pontos de vista dos indivíduos sobre a situação do problema.
 4 perspectivas que o guia: 1 - Indivíduo - o SODA percebe o indivíduo como um descobridor ou solucionador do
problema e usuário da comunicação para executar as negociações. 2- Natureza das organizações- Essa perspectiva serve para
orientar o facilitador em termos de cultura organizacional, pois por meio da prática do dia a dia dos participantes pode-se
entender melhor como as pessoas agem em referência às negociações.3 - Consultoria - Essa perspectiva é o entendimento do
especialista, visto como um facilitador e construtor de modelos. 4 - Técnica e tecnologia - Onde a técnica são os chamados
mapas cognitivos. E a tecnologia se resume ao software “decision Explore” que permite criar e lidar com este tipo de mapas,
assegurando variadas facilidades de gestão de ideias.
 Mapas cognitivos - O mapeamento cognitivo pode ser visto como uma tentativa de isolar e representar constructos de uma
pessoa e dispô-las de maneira hierarquizada. Principal objetivo de um mapa cognitivo é retratar as ideias dos decisores, como
também os sentimentos, valores e atitudes dentro de um processo decisório.
SSM - Abordagem que trabalha com o ambiente e o aprendizado para analisar problemas complexos. Enfatiza a
avaliação do mundo real, no qual as pessoas vivem e com o qual se relacionam, através de debates com um grupo estabelece
quais as mudanças são possíveis de serem realizadas. Essa metodologia também é conhecida como um sistema de aprendizagem.
 Estágios: os estágios1,2,5,6,7 são atividade do mundo real que envolvem as pessoas na situação problemática que
precisar ser melhorada; os estágios 3 e 4 são atividades conceituais que ocorrem no âmbito do pensamento sistêmico.
 Estágio 1 – Estudar a situação considerada problemática - Nesse estágio, procura-se observar a situação e coletar o
máximo de informações; todo tipo de informação que ajude a compor uma “figura rica” (Rich Picture) da situação
problema que seja o mais rica possível em detalhes.
 Estágio 2 – Expressar a situação problema: Neste estágio, busca-se definir a situação em que o problema ocorre. Deve
ser feito a partir da “figura rica” da etapa anterior.
 Estágio 3 – Formular as definições-chave do sistema relevante: São discutidas e elaboradas as definições essenciais do
sistema em questão. Os componentes da definção-chave (CATWWOE) são: Customer (clientes) - Quem são as vítimas
ou beneficiários de sistema? Actors (atores) - Quem irá executar as atividades? Transformation (transformação) - Quais
as transformações que as atividades irão exercer? Worldview (visão do mundo) - Que ponto de vista dá sentido à
definição? Owner (proprietário) -Quem pode parar esta atividade? Environment (ambiente) - Quais as restrições
externas?
 Estágio 4 – Construir modelos conceituais (ideiais) do sistema definido anteriormente (baseado nas definições-chave) -
Endente-se por modelo conceitual um conjunto estruturado de atividades necessárias para serem atingidos os objetivos
esperados nas definições essenciais, bem como as relações existentes entre essas atividades. Esse modelo não deve ser
baseado na realidade ou em um sistema já existente, mas deve ser viável.
 Estágio 5 – Comparar com a realidade (4 com 2)- O modelo elaborado na etapa anterior servirá de base para uma
comparação com a realidade expressa na “figura rica” feita no estágio 2. O modelo construído serve como base para
uma comparação com a realidade e para que, a partir das diferenças percebidas, sejam levantados pontos para a
discussão do problema, bem como soluções e mudanças sugeridas, que é o objetivo principal desse estágio.
 Estágio 6 – Definir possíveis mudanças desejáveis e implementáveis- As mudanças propostas no estágio anterior são
discutidas, verificando se são viáveis e desejáveis.
 Estágio 7 – Implementar a ação para melhorar a situação problema- Discute-se e resolve-se como a ação será
implementada. Elabora-se um agenda geral, bem como um individual, com um detalhamento incluindo todos os itens
discutidos anteriormente.
SCA - É uma abordagem centrada na administração das incertezas em situações estratégicas. Comparações interativas dos
esquemas alternativos de decisão ajudam a trazer as principais incertezas à tona, auxiliando os decisores a trabalharem juntos para
conseguirem avanços seguros em um ambiente decisório.
 A estrutura do SCA se distingue por 4 modos complementares de tomada de decisão:1 - Shapingmode(modelando) –
neste modo, os decisores estão preocupados quanto ao conjuntos de problemas de decisão que eles enfrentam. Debatem
sobre quais formas de escolhas devem ser formuladas, e como as decisões deve ser concetadas.
2 - Designingmode (projetando) – Neste modo, os decisores estão preocupados a respeito de quais cursos de ação
são viáveis em relação ao problema moldado. Debatem se há ações suficientes a vista, ou se há restrições de projeto, tanto
de natureza técnica como política, que poderiam restringir o escopo por combinar opções de áreas conectadas a escolhas de
formas particulares. 3 – Comparing mode(comparando) – Neste modo, os decisores estão preocupados quanto às formas nas
quais as implicações dos diferentes cursos de ação devem ser comparadas. É nesse modo que as incertezas são tratadas/
focadas, mesmo que algumas já tenham emergido anteriormente. 4 – Choosing mode(escolhendo) – Neste modo, os
decisores estão focados em como concordar com o compromisso das aloés com o passar do tempo. Eles não só consideram
se há algumas ações de compromisso que poderiam ser empreendidas imediatamente, como também de que maneira o futuro
processo poderia ser administrado. A dimensão do tempo torna-se crítica e estratégias para administrar incerteza através do
tempo devem ser exploradas.
VFT - O VFT é uma abordagem que tem o pensamento focado no valor. Processo pelo qual se busca a identificação dos
valores que o decisor deverá utilizar como norteadores gerais para a tomada de decisão.
 O processo de explicitação de valores inicia com a identificação dos objetivos. Deve acontecer por meio de entrevistas com
os decisores.
 Os objetivos podem ser divididos em duas classes: Objetivos fundamentais: caracterizam uma razão essencial para o
interesse na situação de decisão.
Objetivos meios: são de interesse em um contexto de decisão, porque eles são um meio para atingir os objetivos
fundamentais.
 Atributos são usados para medir o grau em que diferentes alternativas de decisão satisfazem os objetivos estabelecidos. A
especificação de atributos, permite a comparação das alternativas. Existem 3 tipos de atributos:
o Naturais - São as medidas que são comumente usadas e interpretadas por todos, como a utilização de
quilometragem para medir distância.
o Construído - São usados quando é difícil, senão impossível, trabalhar com atributos naturais. São adequados apenas
a um contexto de decisão especifica. Requerem a construção de escalas de avaliação qualitativas. São também
chamados de índice subjetivo ou escala subjetiva.
o Proxy - São usados quando não se podem utilizar os dois anteriores;
Se um atribute natural pode ser encontrado ou um atribute construído criado vai medir adequadamente o
grau em que um objetivo fundamental é alcançado, esta é provavelmente a melhor maneira de proceder. Fornecem
uma medição indireta do objetivo.
 Os maiores benefícios do VFT são:a capacidade de gerar alternativas melhores para qualquer problema de decisão e ser
capaz de identificar situações de decisão que são mais atraentes do que confronta-las com os problemas de decisão.
COLA - Abordagem de Aprendizado Organizacional Cruzado; Utiliza a abordagem SCA (abordagem de escolha estratégica)
para identificar e revisar incidentes críticos e projetos de sucesso, e gerar um limitado conjunto de ações-chave que irão retroalimentar
os parceiros e os futuros projetos de cooperações. Cria dados soft de projeto na forma de experiências individuais dos participantes.
Robustness Analysis-Abordagem que se preocupa essencialmente com a manutenção da flexibilidade da decisão em
situação de incerteza e analisa a compatibilidade dos comprometimentos iniciais com possíveis configurações do sistema que está
sendo construído.
Drama Theory - Generaliza a teoria dos jogos, aplicando a metáfora do drama à intervenção humana, e concentrando a
análise em como as pessoas estruturam, resolvem e são transformadas pelas interações, envolvendo questões relacionadas a
irracionalidade e emoções.

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