Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CCR
CCR
1.Introdução e epidemiologia...................................... 3
2. Fisiopatologia............................................................... 4
3.Clinica.............................................................................11
4. Diagnóstico.................................................................13
5. Patogenia.....................................................................15
6. Estadiamento.............................................................15
7. Rastreamento.............................................................17
8. Tratamento..................................................................17
Referências bibliográficas .........................................22
CÂNCER COLORRETAL 3
Figura 1. Sequencia adenoma- carcinoma. Fonte: Patologia Básica Robbins, 9° ed, 2013.
Pacientes com história familiar de CCR esporádico tem chance 2-5 vezes
8. História familiar de CCR
maior de apresentar esse câncer do que a população em geral.
Síndrome de Lynch
Síndromes hereditárias
Tabagismo
Dieta rica em
Radioterapia
gordura e carboidrato
Pólipos adenomatosos
História familiar
Figura 2. Adenomas colônicos. A. Adenoma pedunculado. B. Adenoma com superfície aveludada. C. Adenoma tubu-
lar pedunculado. Fonte: Patologia Básica Robbins, 9° ed, 2013.
SAIBA MAIS:
Existem dois tipos de pólipos, os neoplásicos e os não neoplásicos. O pólipo
neoplásico mais comum é o adenoma. Os pólipos não neoplásicos são os inflamatórios, ha-
martomatosos e hiperplásicos. Os pólipos inflamatórios são resultado de ciclos crônicos de
lesão e cura. Já os pólipos hamartomatosos ocorrem esporadicamente ou como parte de do-
enças genéticas, neste caso há associação com o aumento do risco de malignidade. Por fim,
os pólipos hiperplásicos são proliferações epiteliais benignas e não têm potencial maligno.
CÂNCER COLORRETAL 9
CRITÉRIOS DE AMSTERDÃ
Mesmos critérios de Amsterdã, exceto que o câncer deve ser associado com CCNPH (cólon,
endométrio, intestino delgado, ureter e pelve renal) em vez de especificamente câncer de cólon.
CRITÉRIOS DE BETHESDA
Além disso, o CCR pode se manifestar com ascite, distensão e dor abdomi-
com sintomas referentes aos órgãos nal. Também é possível a presença de
para onde sofreu metástase. Desse linfonomegalias inguinais, periumbili-
modo, o paciente pode apresentar cais ou supraclaviculares nos casos
dor em hipocôndrio direito, associada de metástase linfonodal ou até der-
a plenitude prandial e saciedade pre- rame pleural, dores ósseas e fraturas
coce quando ocorre metástase hepá- patológicas no caso de metástase
tica. Nos casos de metástase perito- pulmonar e óssea respectivamente.
neal, o indivíduo pode se apresentar
QUADRO
CLÍNICO
Fadiga
Obstrução intestinal
Palidez
Alteração do ritmo
intestinal
Fraqueza
Constipação
Diarreia
CÂNCER COLORRETAL 13
1
pardo, católico, casado, vem a consulta EXAMES LABORATORIAIS: No
de rotina no complexo ambulatorial do CCR podemos encontrar no he-
Hospital Universitário Professor Edgar
Santos, para acompanhamento de Hi- mograma anemia microcítica
pertensão arterial sistêmica. Durante a e hipocrômica compatível com
anamnese, ele relata que a cerca de 6 anemia ferropriva. Além disso, a
meses vem apresentando sangramento
pesquisa de sangue oculto nas
nas fezes durante às evacuações, as-
sociado a mudança no ritmo intestinal fezes apesar de ter baixa sensi-
com tenesmo e afilamento das fezes. O bilidade, pode ser utilizada como
exame físico geral não apresentava al- método de rastreamento popu-
terações. Ao toque retal foi evidenciado
massa vegetante com cerca de 3 cm de
lacional, mas não como recurso
extensão e a 8 cm da borda retal. Na to- diagnóstico. Existe outro exame
mografia de abdome foi visto múltiplas chamado de Teste de DNA fe-
metástases hepáticas e na biopsia co- cal que analisa a presença de
lhida durante a colonoscopia tem descri-
ção de adenocarcinoma de cólon distal. alterações genéticas em células
encontradas nas fezes oriundas
da descamação de um possível
A base para o diagnóstico do CCR tumor. Os marcadores tumorais
se dá através de uma anamnese mi- mais utilizados são: CEA e o CA
nuciosa, levando em conta sinais, 19.9.
SAIBA MAIS!
O CEA (Antígeno Carcino Embrionário) não é usado para o diagnóstico, mas sim para o se-
guimento e monitorização do paciente. Níveis normais de CEA não excluem o diagnóstico
de CCR. Lembre-se, várias situais estão relacionadas com o aumento do CEA além do CCR,
como cirrose hepática, enfisema pulmonar, DII, diverticulite, polipose intestinal e outros tipos
de canceres.
CÂNCER COLORRETAL 14
2
COLONOSCOPIA: A colonos- A ultrassonografia abdominal per-
copia é o padrão ouro para auxi- mite a avaliação hepática, principal
liar no diagnóstico desses tumo- sítio de metástases colônicas, entre-
res pois fornece a localização e tanto não é possível a avaliação de
extensão do tumor. Além disso, linfonodos peritoneais, como na to-
fornece a possibilidade de ser mografia. Em casos de dúvidas diag-
diagnóstico e terapêutico, pois nósticas também é possível o uso de
é capaz de detectar e remover ressonância magnética e a tomo-
lesões pré-malignas. Ademais, grafia por emissão de pósitrons (PET-
possibilita a realização de bi- -CT). O uso da radiografia de abdo-
ópsias para a análise histopa- me convencional fica reservado para
tológica da lesão. Existe a pos- pacientes com quadro de abdome
sibilidade de realização de uma agudo obstrutivo pelo tumor. No en-
retossigmoidoscopia flexível tanto, a radiografia de tórax deve ser
em pacientes com massa palpá- considerada, para avaliação de me-
vel ao toque retal que não per- tástases pulmonares. A vídeolapa-
mite a passagem do colonoscó- roscopia diagnóstica não é um exa-
pio. No entanto, esse exame não me utilizado de rotina a ser realizado
substitui a colonoscopia, pois só no CCR. No entanto, pode ser útil na
consegue chegar até 60 cm do confirmação da suspeita de metásta-
ânus. ses hepáticas ou peritoneais. Novos
EXAMES DE IMAGEM: O Clister métodos como a ultrassonografia
6. ESTADIAMENTO
Figura 4. Colonoscopia evidenciando câncer colônico
Fonte: Cancer statistics. CA Cancer J Clin, 2017. Após o diagnóstico de câncer colorre-
tal é necessário fazer o estadiamento
5. PATOGENIA da doença. Com isso, pode-se esta-
belecer a extensão locorregional da
Existem várias vias para a dissemina- lesão, além da presença de metásta-
ção do câncer, como via linfática, he- ses, prognóstico e o tipo de terapia
matogênica, por contiguidade e por a ser empregada. O estadiamento é
continuidade. Sendo assim, o CCR feito com exames de imagem, como a
pode infiltrar a camada submucosa tomografia e a radiografia. A colonos-
do cólon e invadir a cadeia linfática copia só serve nesses casos para ex-
intramural. Também é possível a infil- cluir a presença de lesões sincrônicas
tração de outras camadas da parede do cólon. Com isso, geralmente diante
intestinal, atingindo por contiguida- do diagnóstico de CCR deve ser soli-
de, estruturas vizinhas, como vasos citado, dosagem de CEA, TC de ab-
colônicos. Caso o câncer chegue a dome, tórax e pelve e colonoscopia. Já
veia porta, essa estrutura pode con- nos canceres retais extraperitoneais,
duzir células neoplásicas para o fíga- além desses exames, também é reco-
do, onde desenvolverá metástases mendado a realização de uma resso-
hepáticas. Através das veias lomba- nância magnética ou USG endoanal.
res e vertebrais, ocorre a propagação Atualmente, exiistem dois sistemas
de células tumorais para os pulmões de estadiamento, o Sistema de Dukes
e cérebro, fazendo focos metastá- (quadro 5), baseado na observação
ticos nesses locais. Enquanto isso, da profundidade de invasão do car-
o câncer retal é disseminado pelas cinoma e o Sistema TNM (Union for
veias hipogástricas. A disseminação International Cancer Control - UICC,
mais frequente dos CCR é por meio 2017) que é o mais utilizado.
CÂNCER COLORRETAL 16
LINFONODOS REGIONAIS
B1: extensão através da mucosa, mas dentro da N1 Metástase em um a três linfonodos regionais
parede intestinal, linfonodos negativos
N2 Metástase em quatro ou mais linfonodos
B2: extensão através da parede intestinal, linfono-
regionais
dos negativos
2
Colografia por TC a cada 5 so, recomenda-se o rastreio especi-
anos naqueles que não farão fico para os canceres extracolonicos
colonoscopia; que podem ocorrer nessa síndrome.
Retossigmoidoscopia flexível a
4
quimioterapia e a radioterapia quan-
guáiaco ou método imunoquí-
do indicados, apresentam um papel
mico); ou Teste de DNA de uma
importante para o sucesso do trata-
amostra de fezes a cada cinco
mento. A ressecção do tumor pode
anos.
ser feita por via aberta ou laparoscó-
pica. Nesse último caso, há redução
Em pacientes de alto risco para CCR do tempo de internação hospitalar e
(história familiar de CCR em paren- menor complicação pós-operatória.
tes de primeiro grau, história pessoal Para ser considerada adequada a
CÂNCER COLORRETAL 18
Margens livres e
Síndrome de
retirada de no mínimo COLECTOMIA TOTAL
Lynch + PAF
12 linfonodos
Sigmoidectomia
Tratamento Diagnóstico
CÂNCER
Paliativo COLORRETAL
TC de abdome, Tabagismo
tórax e pelve
Quadro clínico
Síndromes hereditárias
Dor abdominal
Sangramento intestinal
CÂNCER COLORRETAL 22
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19.ed. Saun-
ders. Elsevier
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins patologia básica. 9. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos clínicos e diretrizes
terapêuticas em Oncologia/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde – Brasília :
Ministério da Saúde, 2014.
Siegel RL, Miller KD, Jemal A: Cancer statistics 2017. CA Cancer J Clin 67(1):7–30, 2017.
Chyke Doubeni, MD FRCS, MPH. Screening for colorretal cancer: Strategies in patients at
average risk. In http: www.uptodate.com.
CÂNCER COLORRETAL 23