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FERREIRA MATAMBA ANTÓNIO CAETANO

Nº 14338
Turma: A
Diurno

Uma análise ao artigo científico da Dra. Natália de Almeida Moreno


“A Reforma Institucional da Regulação Financeira no Sistema Pós-Crise”

1. Introdução

No bienal de 2007-2009 ocorreu uma profunda crise financeira que afectou


financeiro e chegou a por em causa o modelo de gestão dos mercados financeiros.
Em razão disso, teve de tomar-se medidas totalmente reformadoras para dar
resposta a situação que se vivia.

2. A crise de 2007-2009
Até à primeira metade do séc. XX, a economia ainda assistia à uma intervenção do Estado
em todos os sectores da economia. Entretanto o Estado retirou-se significativamente da
Economia e começou a mostrar sinais de que gostaria de promover a intervenção privada
nos mais variados sectores da economia. Para o efeito o Estado português adoptou várias
medidas tal como:

- A liberalização dos controles das taxas de juro e de câmbio e do fluxo de capitais


internacionais;
- E o desmantelamento de barreiras de segmentação e intermediação e de restrições de
áreas geográficas de operação.

Estas medidas passaram a promover a maior intervenção dos agentes privados na


economia. O mercado financeiro passou a gerir grandes transacções económicas. Os
particulares passaram a recorrer mais ao financiamento e isto deu um grande impulso ao
sector financeiro.
Aliada àquelas principais medidas tomadas, também o fenómeno da globalização veio
alargar profundamente as relações económicas no sector financeiro. O sector financeiro
que se resumia em relações dentro de determinados limites geográficos, assistiu à um
fenómeno de encontro de actores financeiros que não mais limitavam-se a um dado
território nacional.

3. Dos modelos institucionais

O sistema financeiro é regulado através da seguinte trilogia:


A Banca, as Seguradoras e o Sector Imobiliário

A regulação do sistema financeiro tem dois principais objetivos:


- garantir a segurança e a solidez do sistema, garantindo o valor jurídico da
confiança;
- e promover a proteção dos consumidores e usuários

Neste caso, o ideal é que, dado os mais variados sectores, exista uma entidade
autónoma que regule cada um dos sectores. Isto dá lugar ao fenómeno da
regulação sectorial. Este modelo apresenta suas vantagens tais como: a
possibilidade de especialização de determinado ente num só sector e evitar os
potenciais conflitos de competência por cada regulador.

Por outro lado, nos é apresentado o também o modelo de Regulação funcional,


que visa colmatar algumas deficiências apresentadas pelo modelo de regulação
por sectores. Este modelo tem a vantagem de dirimir os conflitos de competências
que podem surgir entre os variados agentes, bem como colmatar as lacunas que
possam emergir das questões práticas. Mas este modelo sofre das mesmas
insuficiências que o modelo anterior no que tange ao conflito de interesses entre
a regulação prudencial e de condutas.
Um outro modelo é o de regulação Integrada/Única onde todas as competências
estão voltadas à ordenação de condutas, supervisão, fiscalização e penalização dos
agentes financeiros.

Entretanto a autora prefere o método de regulação única que consiste em dotar um


único órgão de competências para regular os domínios das regras prudenciais,
regulação do próprio sector, etc…por se afigurar como o mais adequado por evitar
que os actores que funcionem em cada um dos sectores tenham contacto com
variados tipos de regulamentações o que em si pode gerar grandes encargos e por
vezes disparidade de regras adotadas pelos diversos actores económicos. Parece
ser esse o modelo mais adequado, e passou a ser o mais aplicado em vários países
mas também não está isento de críticas.
Mas o melhor método é não se resume simplesmente no ingresso por um ou outro
dos modelos acima descritos. Mais do que estruturação, o problema parece ser
mais de coordenação e cooperação entre agências.
Estas medidas são conseguidas através da Coordenação Informal, Consultas
Recíprocas (no sentido de as agências terem encontros de modos a consultar as
possíveis sugestões a ser tomadas, e os seus contornos nos mais variados-
sentidos), Fórum de Reguladores, Acordos de cooperação e Memorandos de
Entendimentos e, por último, e talvez o mais importante, a Produção Normativa
conjunta.

4. Conclusão

Aqui chegados, cumpre referir que os modelos sugeridos como possíveis de adotar
parece, mais preferível, que haja uma auscultação e concertação entre os variados
agentes que regulem cada um dos três sectores que integram o domínio financeiro.
O acolhimento de cada um dos modelos pode sempre acarretar consigo
insuficiências pelo facto de haver dificuldades de harmonização pelos mais
variados agentes económicos.

É, portanto, verdadeiros os argumentos apresentados pela autora no artigo em


causa, e totalmente aplicável ao caso Angolano.

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