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DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA
Teorias Contemporâneas I
3o Ano/Pós-Laboral
Discente:
Irene Mucumbe
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Garfinkel foi o principal inspirador da etnometodologia, que surgiu com base na crítica das
teorias funcionalistas. Neste sentido, Garfinkel foi influenciado pela fenomenologia de Husserl e
Schutz, que se dedicava em estudar os procedimentos que os indivíduos poem em prática em sua
vida quotidiana para dar um sentido as suas acções e as dos outros, bem como do
interaccionismo simbólico de Park, Burgess e Thomas, onde conheceu as suas divisões em dois
grupos: i) o dos analistas de conversação que tentam descobrir em nossas conversas as
reconstruções contextuais que permite-lhes dar um sentido e dar-lhes continuidade e; ii) os dos
sociólogos para os quais as fronteiras reconhecidas de sua disciplina se acham circunstâncias aos
objectos mais tradicionais que a sociologia estuda, como a educação, justiça, as organizações, as
administrações e a ciência.
Para a etnometodologia, deve-se considerar os factos sociais como realizações práticas, ou seja, a
realidade objectiva dos factos sociais enquanto realização contínua das actividades combinadas
da vida quotidiana dos membros que utilizam processos ordinários engenhosos para esta
realização.
A etnometodologia deve ser vista como uma pesquisa empírica dos métodos que os indivíduos
utilizam para dar sentido e ao mesmo tempo realizar as suas acções de todos os dias: comunicar-
se, tomar decisões raciocinar. De uma forma geral, a etnometodologia tem como finalidade a
análise das praticas, observadas no quadro quotidiano e em seu contexto de acção. O trabalho do
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Garfinkel, apresenta os seguintes conceitos: indexicalidade, reflexividade, membro, práticas
sociais, a disponibilidade-disposição.
Prática, realização
A indicialidade
O mundo social é constituído de acções interacionais entre os agentes, que são desenvolvidas
pelo uso da linguagem. As intenções, acções, pedidos, ordenamentos, ensinamentos, trocas de
auxílio, etc. São comunicadas através da linguagem estabelecida entre os atores, uma linguagem
que não é ordenada e radicalmente fixa, mas que é flexível e adaptável, conforme o grupo de
agentes que a desenvolve (idem).
A reflexividade
Segundo Coulon (1995), a reflexividade designa as práticas que ao mesmo tempo descrevem e
constituem o quadro social. A reflexividade designa a equivalência entre descrever e produzir
uma interacção, entre a compreensão e a expressão dessa compreensão, ou seja, na medida que
desenvolvemos nossas acções práticas, estamos envolvendo uma série de actividades racionais
motivadas tanto pelos reflexos dos sinais que recebemos do exterior como daqueles produzidos
em nosso próprio interior (idem).
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realidade enquanto pré-constituída, mas enquanto essa descrição em se realizando, fabricando o
mundo, construindo-o (idem).
A noção de membro