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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Direito Administrativo. Concurso


Público. Candidata aprovada fora do
número de vagas.

EDISON PONTE BURLAMAQUI

edisonburlamaqui@tjrj.jus.br
 RESOLUÇÃO DO CASO

 ANÁLISE DA TÉCNICA DE SENTENÇA CÍVEL


Caso
 Trata-se de demanda ajuizada por Amália Rodrigues
em face do Município de Campos dos Goytacazes. A
autora alega ter participado de concurso público
realizado pelo réu em que foram oferecidas 49 vagas
para o cargo de técnico de enfermagem.

 Após o resultado, a autora obteve a 51º colocação. A


autora afirma que apenas 04 candidatos foram
convocados. Entretanto, dentro do prazo de validade
do concurso, o Município divulgou novo edital com
170 vagas para o cargo de técnico de enfermagem,
e, posteriormente, criou mais 572.
Caso
 Adicionalmente, afirma a autora que, durante esse
mesmo período, o Município manteve centenas de
terceirizados - fato notório, haja vista que o réu chegou
a firmar um TAC com o Ministério Público, em que se
comprometeu a preencher os cargos vagos com
concursados.

 A autora informa ainda que diversos candidatos


ajuizaram demandas contra o réu. A autora afirma que
o 50º colocado encontra-se empossado e que houve
duas desistências de candidatos aprovados em
colocações melhores do que a sua, conforme
documento juntado aos autos.
Caso
 Tendo em vista os motivos expostos, a autora pede que
o réu seja CONDENADO A NOMEAR E A DAR POSSE À
MESMA no cargo para o qual obteve a aprovação, sob
pena de pagar multa diária no valor de R$ 1.000,00
em caso de descumprimento.

 A fls. 23-25, a autora teve TUTELA DE URGÊNCIA


DEFERIDA. A decisão foi devidamente cumprida pelo
réu.
Caso
 Em contestação, PRELIMINARMENTE, o réu alega que
deve ser conhecida a INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL,
uma vez que da narração dos fatos não decorre
logicamente a conclusão. Afirma que a autora, além de
não especificar o direito que embasaria o seu pleito,
menciona que foi aprovada fora do número de vagas
previstas.

 No mérito, o réu alega que o pedido é manifestamente


improcedente, pois nenhum direito pode ser invocado
pela autora, na medida em que não há direito
subjetivo à nomeação nos casos em que a aprovação
ocorre fora dos números de vagas.
Caso
 O réu afirma que o edital estabelece a possibilidade de
convocação na hipótese de haver o surgimento de vaga.
Entretanto, nesse caso, haveria DISCRICIONARIEDADE
DO ATO ADMINISTRATIVO, motivo pelo qual não
caberia ao Judiciário proceder à condenação requerida
pela autora, porque estaria violando ao pacto federativo
(art. 2º da CF).

 O réu argumenta que há questões financeiras a serem


levadas em consideração. Dessa forma, pede a total
improcedência do pedido autoral.

 O Ministério Público, a fls. 150-153, manifesta-se


pela procedência do pedido.
Preliminar de Inépcia
 Hipóteses - art. 330, § 1º do CPC - Considera-se inepta
a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa
de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas
as hipóteses legais em que se permite o pedido
genérico; III - da narração dos fatos não decorrer
logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos
incompatíveis entre si.

 Conforme se depreende da leitura da inicial, a narrativa


apresentada pela parte autora tem relação lógica com
o pedido.

 Ressalta-se que as questões aventadas pela parte ré


se referem diretamente a análise do mérito da
demanda.
Mérito
 Regra Geral - O candidato aprovado em concurso, DENTRO DO
NÚMERO DE VAGAS, possui o DIREITO SUBJETIVO à respectiva
nomeação, desde que dentro do prazo de validade do certame
(STJ).

 Se o candidato é aprovado FORA DO NÚMERO DE VAGAS


oferecidas, possui apenas EXPECTATIVA DE DIREITO enquanto
durar o prazo de validade do concurso.
 Súmula 15 do STF - Dentro do prazo de validade do concurso, o
candidato aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo for
preenchido sem observância da classificação.
Mérito
 Dentro do prazo de validade do concurso, a Administração poderá
escolher o momento no qual se realizará a nomeação, mas não
poderá dispor sobre a própria nomeação, a qual, de acordo com o
edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e,
dessa forma, um dever imposto ao poder público.

 Uma vez publicado o edital do concurso com número específico de


vagas, o ato da Administração que declara os candidatos
aprovados no certame cria um dever de nomeação para a própria
Administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado
pelo candidato aprovado dentro desse número de vagas (RE
598.099).
Mérito
 Art. 37 da CF - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE e EFICIÊNCIA e,
também, ao seguinte: (...)

 II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

 III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período;

 IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado


em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
PRIORIDADE sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
Mérito
 Ressalta-se que existem julgados do STF indicando
que, em casos de GRAVE CRISE ECONÔMICA e
CALAMIDADE PÚBLICA, não há obrigatoriedade de
nomeação, ainda que dentro do número de vagas (STA
871).
 “Assim, o ATRASO na nomeação de professores
aprovados em concurso público parece justificável em
face da comprovada exaustão orçamentária do requerente
e da dificuldade de se efetivar o pagamento da
remuneração dos professores do quadro do estado”
Mérito
 Segundo entendimento do STF, o DIREITO SUBJETIVO À
NOMEAÇÃO do candidato aprovado em concurso público exsurge
nas seguintes hipóteses (RE – 837311):
 i) quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do
edital;

 ii) quando houver preterição na nomeação por não observância da


ordem de classificação;

 iii) quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso


durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de
candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da
administração nos termos acima.
Mérito
 Segundo entendimento do STJ, existem hipóteses em que essa
expectativa de direito se transforma em direito líquido e certo:

 i) na hipótese de CONTRATAÇÃO DE TERCEIRIZADOS para


exercer a mesma função e atribuições;

 ii) quando comprovada a existência de SERVIDORES


REQUISITADOS DE OUTROS ÓRGÃOS para o desempenho da
mesma função.

 O candidato aprovado fora do número de vagas, mas que fique


dentro do número de vagas em virtude da DESISTÊNCIA de
alguém melhor colocado, passa a ter direito subjetivo de ser
nomeado (inf. 612 do STJ).
Mérito
 O dever de BOA-FÉ da Administração Pública (art. 37 da CF)
exige o respeito incondicional às regras do edital, inclusive quanto
à previsão das vagas do concurso público.

 Isso igualmente decorre de um necessário RESPEITO À


SEGURANÇA JURÍDICA (art. 5 da CF) como princípio do Estado
de Direito. Tem-se, aqui, o princípio da segurança jurídica como
princípio de proteção à confiança.
 Quando a Administração torna público um edital de concurso,
convocando todos os cidadãos a participarem de seleção para o
preenchimento de determinadas vagas no serviço público, ela
impreterivelmente gera UMA EXPECTATIVA quanto ao seu
comportamento segundo as regras previstas nesse edital.
Caso Concreto
 Candidata aprovada fora do número de vagas previstas no edital,
mas dentro das vagas criadas no prazo de validade do concurso.

 Dessa forma, a mera expectativa de direito se transforma em


direito subjetivo da impetrante, desde que comprovada a
necessidade da administração.

 No caso restou comprovada a necessidade da administração:


 i) Contratação de Terceirizados;
 ii) Criação de novas vagas;
 iii) TAC celebrado com o MP;
 iv) Nomeação de candidato aprovado fora do número de vagas.
Caso Concreto
 Deve-se destacar que criação de vagas por lei, durante a validade
do concurso, não gera direito subjetivo do candidato à nomeação
no cargo, não estando a Administração obrigada a convocar todos
os aprovados em cadastro de reserva, mas tão somente em
observância ao juízo de discricionariedade e oportunidade que a
rege.

 Entretanto, comprovou a parte autora a necessidade da


Administração Pública no que diz respeito a novas contratações,
uma vez que demonstrou, por meio do documento estarem em
exercício diversos profissionais terceirizados (sem concurso
público), presumindo-se, assim, a efetiva necessidade.
Caso Concreto

 As dificuldades financeiras alegadas pela parte ré não se


sustentam, posto que houve contratação de terceirizados, sem
concurso público, bem como criação de novas vagas.

 Adicionalmente, restou comprovada a ilegalidade das contratações


precárias, na medida em que violam o princípio da
obrigatoriedade do concurso público.
Dispositivo
 Isto posto, rejeito a preliminar, e JULGO PROCEDENTE o pedido
com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do CPC,
confirmando a tutela deferida, para determinar o Município réu a
nomear e dar posse a autora no cargo para a qual foi aprovada no
concurso público em referência, sob pena de pagar multa diária
que fixo em R$ 1.000,00 em caso de descumprimento.

 Fica o réu isento de pagar às custas judiciais. Condeno o réu ao


pagamento da taxa judiciária.

 Condenar o réu a pagar honorários advocatícios.

 Após o trânsito em julgado dê-se baixa e arquive-se. P.R.I.


Técnica de Sentença Cível
 Bibliografia:
 Sentença Cível – Teoria e Prática – Nagibe de Melo Jorge Neto
 Sentença Cível – Estrutura e Técnicas de Elaboração
(Raimundo Silvino e Rodrigo Cordeiro)

 Estrutura Formal da Sentença (art. 489 do NCPC):


 Relatório

 Fundamentação

 Dispositivo
Relatório (art. 489, I do NCPC)

 Síntese dos Fatos (nome das partes, pedidos,


alegações, registro das principais ocorrências etc.)

 Tem a função de delimitar a lide.

 Geralmente é dispensado nas provas de concursos,


sendo o próprio enunciado utilizado como relatório.
Fundamentação
 Art. 93, IX da CF - Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de

nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às

próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos

quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não

prejudique o interesse público à informação.

 Consiste na exposição dos motivos pelo qual foi tomada a decisão


proferida.

 Nos pontos controvertidos é preciso fazer menção aos argumentos de


ambas as partes e depois a conclusão, merecendo cada questão uma

fundamentação própria.
Não se Considera Fundamentação
 Art. 489, § 1º do NCPC - Não se considera fundamentada qualquer decisão
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:

 I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem


explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;

 II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo


concreto de sua incidência no caso;

 III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

 IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de,


em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

 V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar


seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento
se ajusta àqueles fundamentos;

 VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente


invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento.
Roteiro da Fundamentação
1. Abordagem do julgamento simultâneo de dois ou mais processos
(ação principal/lide secundária; conexão ou continência);

2. Questões que já deveriam ter sido decididas no processo (ex.:


indeferimento de prova);

3. Julgamento Antecipado da Lide (se for o caso);


4. Preliminares de Mérito;
5. Prejudiciais de Mérito;
6. Nulidades;
7. Mérito da Demanda Propriamente Dito;
8. Antecipação da Tutela (se ainda não houver sido deferida); e
9. Litigância de Má-Fé
Preliminares de Mérito (art. 337 do NCPC)
 Inicialmente, deve-se verificar se já houve despacho saneador
rejeitando as preliminares (geralmente em provas de concurso não
há).

 Ordem de Apreciação das Preliminares (ordem do art. 337 do NCPC):


1. Inexistência ou nulidade da citação;
2. Incompetência absoluta e relativa;
3. Incorreção do valor da causa (inclusive de ofício);
4. Inépcia da petição inicial;
5. Perempção;
6. Litispendência;
7. Coisa julgada;
8. Conexão;
9. Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
10. Convenção de arbitragem;
11. Ausência de legitimidade ou de interesse processual (antiga carência de
ação);
12. Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
13. Indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Questões Prejudiciais
 As questões prejudiciais são questões que devem ser
avaliadas pelo juiz e devem ser decididas antes do
mérito da ação principal.

 Prejudiciais Externas - São resolvidas e abordadas em


outro processo ou juízo (ex.: processo em andamento
no juízo criminal).

 Prejudiciais Internas - Há prejudicialidade interna


quando ela é solucionada no mesmo processo. São
estas (em regra):
1. Prescrição; e
2. Decadência.
Questões Pontuais da Fundamentação
 Após a abordagem das preliminares e prejudiciais,
cumpre examinar as razões e os fundamentos
propriamente ditos.
 Inicialmente, deve-se analisar eventuais nulidades
alegadas pelas partes.
 Deve-se separar por tópicos cada um dos pontos
controvertidos (ex.: nexo de causalidade; danos
materiais; danos morais etc.).
 Nessa fase também deve-se analisar eventuais fatos
supervenientes (fatos constitutivos, modificativos ou
extintivos - art. 493 do NCPC).
 Imperiosa a análise de eventual inversão do ônus da
prova, caso requerida (ex.: demanda de consumo).
Tutela Antecipada
 Pode ser concedida em qualquer momento processual
antes do trânsito em julgado da sentença final.

 Deferir a tutela antecipada na sentença tem como


consequência a não concessão do efeito suspensivo ao
recurso de apelação contra ela interposto, conforme o
art. 1.012, § 1º, IV do NCPC, possibilitando-se a
efetivação imediata da sentença.

 A antecipação da tutela na sentença difere da deferida


liminarmente, pois é feita com juízo de certeza em
cognição exauriente.
Litigância de Má-Fé
 A aplicação da multa depende da subsunção a uma das
hipóteses do art. 80 do NCPC, sendo lançadas nas
razões na fundamentação.

 Caso acolhida, a sua fixação e percentual devem ser


estabelecidos e reiterados também no dispositivo (art.
81 do NCPC).

 Quando denegada, basta haver sua disposição na


fundamentação, não se vislumbrando a necessidade de
reiterar no dispositivo essa conclusão.
Cúmulo de Demandas e Intervenção de
Terceiros
 Inicialmente deve-se verificar se a intervenção de
terceiros pode ser processada na ação a ser julgada
(ex.: falta de legitimidade de quem realiza a
intervenção; preclusão etc.).
 Segundo Fredie Didier somente é possível a intervenção de
terceiros até o saneamento do feito, visto ser o momento
máximo de estabilização processual.

 Hipóteses:
 Reconvenção
 Denunciação da Lide
 Oposição
 Chamamento ao Processo
Reconvenção
 Para que se possa formular reconvenção nos mesmos autos da ação principal
necessário haver uma correlação factual ou jurídica com os argumentos deduzidos
na inicial (conexão), sendo assim permitido o exame conjunto de todos os
fundamentos em discussão (art. 343 do CPC).

 Havendo reconvenção, todas as questões deverão ser julgadas simultaneamente.

 Deve-se atentar que a reconvenção tem natureza de ação devendo também ser
recolhidas suas respectivas custas.

 Ainda que a ação principal seja obstada ou extinta sem resolução de mérito, a
reconvenção deve ser analisada, quando observadas as formalidades legais (art.
343, § 2º do NCPC).

 Deve-se iniciar o exame pela ação principal e só depois se passar a reconvenção,


devendo também ser reservado parágrafo específico no dispositivo para a
reconvenção.

 A reconvenção constitui ação autônoma, devendo ser fixados honorários específicos,


bem como imputada a sucumbência à parte derrotada.
Denunciação da Lide
 É uma intervenção de terceiro consistente em uma demanda
regressiva condicional, proposta pelo autor ou pelo réu no
curso de um processo contra um terceiro, contra quem uma
das partes possui direito de regresso, por força de lei ou de
contrato.
 A controvérsia incidental estabelecida tem cunho subsidiário,
motivo pelo qual seu julgamento só se opera após o exame
da relação principal (art. 129 do NCPC).
 Deve-se abrir um tópico na fundamentação e no dispositivo
para o julgamento da lide principal e da denunciação.
 Ressalta-se que se o pedido de denunciação da lide houver sido
questionado, abre-se um tópico específico na fundamentação
para a análise da preliminar.

 Se a lide principal for improcedente, a denunciação a lide


será extinta sem julgamento de mérito, pois restará
prejudicada.
Oposição
 O novo CPC modificou o tratamento dado à oposição. Esta deixou
de ser hipótese de intervenção de terceiro, passando a ser um
procedimento especial (art. 682 a 686 do NCPC) .
 A oposição tem lugar quando um terceiro intervindo em uma
relação processual estabelecida, reclama a coisa ou o direito
objeto da lide.
 A oposição pode ser apresentada até ser proferida a sentença. Se
apresentada antes da audiência de instrução e julgamento, esta
será julgada simultaneamente com a demanda original.
 Quando julgadas simultaneamentes, a sentença segue a estrutura
estabelecida para a denunciação da lide, com tópicos específicos
no relatório, na fundamentação e no dispositivo para apreciação da
oposição.
Chamamento ao Processo
 É modalidade de intervenção de terceiros
facultativa que amplia subjetivamente o polo
passivo do processo. Caberá quando houver
solidariedade ou a dívida for comum.
 O chamado se torna réu no processo. Dessa
forma, a sentença será proferida a favor ou
contra os réus-chamados, sem haver distinção
entre o chamante e os terceiros que
ingressarem no feito.
Dispositivo
 É a conclusão da sentença, onde se encontra essencialmente
o provimento jurisdicional.

 A coisa julgada se dá tecnicamente nessa parte da sentença,


razão pela qual deve ter todos os elementos indispensáveis:
 Decisão Sobre as Preliminares
 Acolhimento das Prejudiciais (Prescrição ou Decadência)
 Decisão Sobre o Pedido Imediato (procedente ou improcedente,
declarando, condenando etc.)
 Decisão Sobre o Pedido Mediato (bem da vida)
 Correção Monetária e Juros
 Confirmação ou Revogação da Liminar ou Tutela
 Despesas Processuais e Honorários
 Intimações
 Providência Finais e Fechamento

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