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Fundamento Da Teologia Catolica 2ano
Fundamento Da Teologia Catolica 2ano
Tema do Trabalho:
Turma: A
2º Ano de Frequência
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Universidade Católica de Moçambique
2º Ano de Frequência
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Índice
Introdução………………………………………………………………………………4
Objectivo geral...............................................................................................................4
Objectivo especifico.......................................................................................................4
Justiça social.................................................................................................................5
Bibliografia ……………………………………………………………………………12
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Introdução
A paz não pode ser entendida unicamente como apenas a abolição de guerras, mas sim,
um valor e um dever universal e encontra o seu fundamento na ordem racional e moral
da sociedade que tem as suas raízes no próprio Deus.
Objectivo geral:
Objectivos específicos:
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‘ʻA PAZ E A JUSTIÇA COMO COMPROMISSO SOCIAL’’
Justiça social
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A Justiça e os valores de uma sociedade
De um ponto de vista legalista e institucional, a justiça segue o caminho
das leis, uma vez que são elas que delimitam o alcance de nossas acções na
sociedade civil. Todavia, como bem sabemos, as leis consideradas “justas”
podem tornar-se “injustas” diante das constantes mudanças históricas de
cada sociedade. Os infames casos de “legítima defesa da honra”, em que
maridos que assassinaram suas esposas alegaram que o fizeram em defesa
de sua própria honra e tiveram suas penas reduzidas ou foram
completamente irresponsabilizados, como os casos que são retratados no
artigo 'Legítima Defesa da Honra', Ilegítima impunidade de assassinos,
Um estudo crítico da legislação e jurisprudência da América Latina”, das
autoras Silvia Pimentel, Valéria Pandjiarjian e Juliana Belloque, são provas
de que mesmo as leis podem ser injustas.
Portanto, ao tratarmos do conceito de justiça, devemos tomar o cuidado de
observar que esse é um conceito normativo, ou seja, refere-se às normas e
regras instituídas. Hans Kelsen (1881-1973), filósofo jurista austríaco,
apresenta a ideia de justiça como algo além da apreensão cognitiva, isto é,
algo além de nossas capacidades sensoriais, pois se trata de um julgamento
de valor completamente dependente de nossa constituição moral. Isso quer
dizer que o conceito de justiça depende da moral e dos valores existentes
em uma sociedade, diferentemente de noções como “igualdade” ou
“liberdade”, que, embora sejam objectos abstractos e conceitos teóricos,
podem ser verificados de forma empírica dentro de um dado contexto.
Portanto, a justiça não é um objecto concreto, mas sim uma construção pela
qual todos nós somos responsáveis.
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A justiça social, entretanto, diferencia-se da ideia da justiça civil, isto é, a
justiça dos tribunais e da imagem da estátua vendada. Enquanto a justiça
civil busca a imparcialidade em seu julgamento, sempre partindo dos
aparatos legais para justificar suas acções, a justiça social busca a
remediação de desigualdades por meio da verificação das dificuldades
particulares de cada grupo e da implementação de acções que venham
remediar a situação.
As cotas raciais, por exemplo, estão entre as acções mais recentes que
buscam a justiça social. A acção fundamenta-se na constatação de que a
grande maioria da população carente e em situação de pobreza é composta
por negros e pardos. Em contrapartida, as escalas mais elevadas na
hierarquia socioeconómica são maioritariamente compostas por pessoas
que se identificam como brancas. Os dados do IBGE de 2010 mostraram
que a taxa de analfabetismo entre as pessoas que se identificavam como
brancas era de 5,9%, enquanto, entre a população de pessoas que se
identificavam como negras, era de 14,4% e, entre os que se identificavam
como pardos, de 13%.
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virtude da desigualdade educacional e económica que vitimiza o sujeito
também em sua posição social, facto que torna cada vez mais rígida a
escala social em que vivemos.
Por exemplo:
Para ilustrar e dar base a sua ideia de justiça equitativa, Rawls apresenta a ideia de
‘’posição inicial’’, indo ao encontro do conceito de estado de natureza usado pelos
contratualistas.
"Afirmei que a posição original é o status quo inicial apropriado para assegurar que os
consensos básicos nele estabelecidos sejam equitativos. (...) Entendida dessa forma a
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questão da justificativa se resolve com a solução de um problema de deliberação:
precisamos definir quais princípios seriam racionalmente adorados dada a situação
contratual." (RAWLS, 1997, p. 17).[7]
A justiça equitativa de Rawls surge da busca por um ideal de justiça que de certa forma
neutralize o modo de ser, social e biológico (no que diz respeito as habilidades naturais
que dão vantagens aos indivíduos) que de algum modo pode ser arbitrário. Rawls utiliza
do contracto social como método para estabelecer ``os dois princípios da justiça``,
sendo eles: liberdade e igualdade.
"Primeiro: cada pessoa deve ter um direito igual ao mais abrangente sistema de
liberdades básicas iguais que sejam compatíveis com um sistema de liberdade para as
outras. Segundo: as desigualdades sociais e económicas devem ser ordenadas de tal
modo que sejam ao mesmo tempo:
a) Consideradas como vantajosas para todos dentro dos limites do razoável (princípio da
diferença), e
b) Vinculadas a posições e cargos acessíveis a todos (princípio da igualdade de
oportunidades)." (RAWLS, 1997, p.64).[7]
O centro da justiça como equidade esta em aceitar a justiça política, independente das
variedades da moralidade existente entre elas.
“Na justiça como equidade, a unidade social e a lealdade dos cidadãos com respeito a
suas instituições comuns não estão calcadas na ideia de que todas as pessoas sustentam
a mesma concepção do bem, mas em que aceitam publicamente uma concepção política
de justiça para regular a estrutura básica da sociedade.” (MENDES, 1998, p. 19).[8]
Por fim, pode-se concluir que a obra de John Rawls fundamenta o conceito de justiça,
atentando para as liberdades e direitos fundamentais, mas também buscando um bem
comum, seja ele político, social ou económico, assim como aponta o juiz federal e
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professor Ricardo Perligeno Mendes da Silva: "O sistema social deve ser concebido por
forma a que o resultado seja justo, aconteça o que acontecer. Para atingir este objectivo,
é necessário que o processo económico e social seja enquadrado por instituições
políticas e jurídicas adequadas". (1998, p.8).[8]
A plena verdade sobre o Homem permite superar a visão contratualista da justiça, que é
a visão limitada, e abrir também, para a justiça o horizonte da solidariedade e do amor.
A justiça sozinha não basta, e pode mesmo chegar se a negar se a si própria, se não se
abrir aquela forca mais profunda que e o amor. Ao valor da justiça a doutrina social da
Igreja acosta o da solidariedade, enquanto via privilegiada pela paz.
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Conclusão
Por fim, pode-se concluir que a obra de John Rawls fundamenta o conceito de justiça,
atentando para as liberdades e direitos fundamentais, mas também buscando um bem
comum, seja ele político, social ou económico, assim como aponta o juiz federal e
professor Ricardo Perligeno Mendes da Silva: "O sistema social deve ser concebido por
forma a que o resultado seja justo, aconteça o que acontecer. Para atingir este objectivo,
é necessário que o processo económico e social seja enquadrado por instituições
políticas e jurídicas adequadas".
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Referencias Bibliográfica
Manual de Fundamentos de Teologia Católica-2º Ano
RODRIGUES, Lucas de Oliveira. "Justiça social"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/justica-social.htm.
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