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GO (SM) – Felipe Matheus – B2.

S2
DOENÇAS CONGÊNITAS

TOXOPLASMOSE Obs.: Sífilis aumenta a chance de HIV.


Agente etiológico: Toxoplasma gondii (doença do Diagnóstico: Testes imunológicos.
gato).
 FTA-Abs (treponêmico): identifica anticorpos
Transmissão: Alimentos, água, carne crua (porco e específicos de treponema pallidum. É bem
carneiro, principalmente) e transplacentária. específico;
 VDRL (não treponêmico): detecta os anticorpos
Clínica: anticardiolipina que não são específicos. Isso pode
 Congênita: Síndrome de Sabin (Coriorretinite, gerar um falso positivo devido ao efeito pró-zona.
calcificação cerebral, microcefalia com hidrocefalia
e retardo mental). Interpretação do Exame:
 Adquirida: Assintomática, ocular, febril aguda,
Linfadenite toxoplásmica e meningoencefálica. VDRL positivo e FTA-ABS (ou TPHA) positivo
confirmam o diagnóstico de sífilis.
Diagnóstico: Sorologia (IgM e IgG) e Exame
molecular (PCR do líquido amniótico). VDRL positivo e FTA-ABS (ou TPHA) negativo
indicam outra doença que não sífilis (reação cruzada).
VDRL negativo e FTA-ABS (ou TPHA) positivo
indicam sífilis em fase bem inicial ou sífilis já curada
(imunizado – IgG) ou sífilis na fase terciária.
VDRL negativo e FTA-ABS (ou TPHA) negativo
descartam o diagnóstico de sífilis (há raros casos em
que o teste é feito muito precocemente, podendo haver
Tratamento: Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido
falso negativo em ambos).
fólico. Na gravidez Espiramicina intercalada de 3 em 3
semanas com a tríade. HIV troca Sulfadiazina por Tratamento:
Clindamicina. Posso usar Prednisona quando houver
inflamação.  Primária, secundária ou latente recente:
Penicilina G Benzatina (2.400.000 UI, IM, DU –
SÍFILIS 1.200.00 em cada nádega). Também pode usar
doxiciclina, Tetraciclina e Ceftriaxona (2ª escolha
Agente etiológico: Treponema Pallidum;
na gestação).
Transmissão: Sexual e transplacentária;  Sífilis terciária, tardia ou latente de duração
incerta: Penicilina G Benzatina (2.400.000 UI por
Clínica: semana, por 3 semanas). Também usar as mesmas
 Sífilis primária (10-90 dias): Lesões chamadas de alternativas.
Cancro duro indolores genitais. Pode ter inflamação  Neurosífilis: Penicilina G Cristalina (3-4 milhões
dos nódulos linfáticos da virilha; UI, IV, 4-4h por 10-14 dias). Também pode usar
 Sífilis secundária (6 semanas-6 meses): Manchas Penicilina G procaína + probenecide ou Ceftriaxona
nas mãos e nas palmas dos pés, condiloma plano 2g, IV ou IM por 10-14 dias).
genital, madarose e alopecia. Obs.: Testar e tratar o parceiro também.
 Sífilis latente: fica assintomática até se manifestar
como secundária ou terciária. Pode ser recente (< 2 Acompanhamento no Pré-natal:
anos) ou tardia (> 2 anos).
 Sorologia obrigatória no 1º e 3º trimestres;
 Sífilis terciária (2-40 anos): Lesões cutâneas,
 Acompanhar tratamento com sorologias mensais;
ósseas, cardiovasculares e neurológicas (tabis
 Elevação de 2x no VDRL significa falha no
dorsalis e demência) que podem levar a óbito;
tratamento;
 Neurosífilis: Pode estar presente em qualquer fase
 Ideal sempre com penicilina;
da doença. Apresenta sinais meníngeos e outros
 USG obrigatória.
sintomas neurológicos.
 Sífilis congênita: Pode ser precoce (- 2 anos) e
tardia (+/= 2 anos).
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DOENÇAS CONGÊNITAS
 Episiotomia;
 Parto instrumentalizado.
4) Cuidados com o RN
 Limpeza de secreções e sangue imediatamente;
Tratamento Inadequado:
 Clampeamento imediato do cordão;
 AZT xarope nas primeiras 4h de vida.
4) Puerpério
 Sem amamentação;
 Uso da cabergolina para inibir lactação e enfaixa
as mamas.
Tratamento:
 1ª escolha: Tenofovir + Raltegravir + Lamivudina.
 2ª escolha: Tenofovir + Efavirez + Lamivudina.
HIV  Intraparto: Zidovudina (AZT) 3h antes do parto
vaginal e Cesário.
Informações:
RUBÉOLA CONGÊNITA
 Transmissão: intrauterino, vertical na hora do
parto e através do leite materno. Agente infeccioso: Rubivírus (Família Togaviridae);
 Início do tratamento antirretroviral (TARV): a Infecção: transplacentária pela infecção aguda da mãe.
partir de 14 semanas;
 Objetivo do tratamento: não é cura, é carga viral Maior gravidade: infecção no 1º trimestre.
indetectável.
Obs.: Doença de notificação compulsória.
 Complicações gestacionais: Prematuridade, pré-
eclâmpsia, diabetes melittus gestacional e Clínica:
crescimento intrauterino restrito.
 Momento de maior transmissão para o feto:  Óbito e aborto: quando no 1º trimestre;
momento do parto.  Tríade clássica: surdez neurossensorial,
cardiopatia e alterações oculares.
Parto:  Alterações congênitas (síndrome da rubéola
congênita).
1) Conduta:
 Exantema em blueberry muffin: exantema
 Carga viral desconhecida ou > 1000 cópias: púrpuro (roxo) no corpo do bebê.
Cesária eletiva com 38 semanas + AZT IV.  Outros achados: diabetes melittus e
 Carga viral < 1000 cópias: parto normal + AZT hipotireoidismo (tardios).
IV.
Obs.: alterações oculares mais comuns são retinopatia
 Carga viral indetectável: Parto normal e TARV
em sal e pimenta, catarata e glaucoma. Nas
oral.
cardiopatias tenho a persistência do canal arterial
2) Cesária eletiva (sopro cardíaco em maquinaria) e estenose pulmonar.

 Medicação: faz AZT 3 horas antes (2mg/kg de Diagnóstico:


dose ataque e depois 1mg/kg de manutenção);
 História clínica de rubéola documentada ou suspeita
 Cuidados: troca todas as compressas e limpa os
em qualquer momento da gestação;
campos cirúrgicos antes de abrir o útero;
 Suspeita clínica de infecção congênita;
 Parto empelicado: nascimento dentro da bolsa.
 Reflexo vermelho alterado;
3) Evitar no Parto normal  Triagem auditiva alterada;

 Aminiotomia; Exames:
 Toques vaginais repetidos;
 Ecocardiograma;
 Bolsa rota >4h;
 Sorologia;
 Trabalho de parto prolongado;
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DOENÇAS CONGÊNITAS
 PCR viral em secreções.
Tratamento: suporte cardiológico, oftalmológico e
neurológico. Evitar contato com outras crianças até 1
ano de idade por ser contagioso.

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