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De acordo com os nossos estudos, o determinismo hoje não tem mais base cientifica, pelo

contrário, a ciência descobriu que os genes são modificados pelas influencias externas. Se
fizermos uma breve retrospectiva de pelo menos 100 anos, por que a psicologia é uma ciência
ainda jovem, vemos que no começo do século 20 foram elaboradas grandes teorias acerco do
desenvolvimento, cada uma com uma ênfase diferente de nós. Ainda nos beneficiamos das
contribuições trazidas por essas teorias, como Freud, Piaget, Vygotsky, Watson e outros
behavioristas, até chegar a Skinner mais recente. Todas elas enfrentaram o desafio de
responder se o nosso comportamento é influenciado pelo ambiente ou pelas características da
nossa genética, o que nos leva ao debate entre inato ou adquirido, ou seja, o quê no
comportamento é inato, o quê no comportamento é adquirido. As grandes teorias optam por
uma ou outra, enfatizando uma ou outra. Houve vários questionamentos nos elementos
dessas grandes teorias e hoje enfrentamos outros desafios, questões que não existiam na
primeira metade do século 20, como a conectividade e todas as questões do mundo digital,
como viver/saber em tempo real, coisas que acontecem do outro lado do mundo, por ex.
Vivemos na era da imagem, da informação instantânea. Atualmente, aponta-se para uma
direção mais interacionista. A questão ambiental/ a cultura será fundamental para
compreender as teorias, considerando o ambiente em que o individuo estiver inserido.
Segundo o Dr. José Martins, tudo isso interfere no comportamento e ai entra a teoria dos
sistemas epigenéticos e o conceito de epigênese. Então vemos uma nova posição da
epigenética a respeito das relações entre “inato” e “adquirido”, como se vê a influencia do
meio e a influencia da genética. A genética progrediu muito e ela esta sendo associada ao
comportamento. Mas isso não é tão fácil assim. As pesquisas epigenéticas vêm mostrando que
os genes se modificam sob a influência do meio ambiente e essa noção se apóia na biologia. Os
genes se modificam e transmitidos para o novo ser com essas modificações. Portanto esse
determinismo ligado a genética não se sustenta frente ao conceito da epigenética.

Segundo o Dr. José Martins, ao discorrer sobre o desenvolvimento humano, aborda a questão
da gestão, parto normal ou cesariano, aborda o tema o 1º minuto de ouro depois do
nascimento que é quando o bebe sai da mãe, ocorre uma seqüência de fatos que marcarão
toda sua vida. Ele chora, expandindo o pulmão mudando totalmente a circulação e oxigenar o
cérebro, a amamentação na mãe que vai combater a hipoglicemia, ou seja, a baixa
concentração de glicose no sangue, que pode causar convulsões e até coma e a hipoxigenação
cerebral, medindo o famoso APGAR, baseando em cinco critérios de avaliação: freqüência
cardíaca, respiração, tônus muscular, prontidão reflexa e cor da pele, que, individualmente,
podem receber notas de 0 a 2, somando um total de 10 pontos. Esse teste determina a
qualidade de vida do recém—nascido. É o resultado do Apgar que mostra como está a
adaptação e se o bebê precisará de ajuda. Continuando a discussão, o Dr. José Martins, aborda
um tema interessantíssimo, o aleitamento materno e sua funcionalidade no cérebro do bebê.
Explica que o aleitamento humano ajuda a melhorar o cérebro para melhorar os neurônios.
Nenhuma fase da vida acontece a quantidade de sinapses que acontece no primeiro ano de
vida. Tudo estará relacionado com as interações entre esse bebe e o ambiente/família durante
esse período que repercutira no futuro. Então ele comenta sobre o estresse tóxico em
decorrência da ausencia do afeto, carinho e cuidados ao bebe e posteriormente a criança no
seu desenvolviemnto.Não há tratamento que reverta as consequências mais graves do
estresse tóxico, já que o problema pode causar perda de sinapses (que são as conexões dos
neurônios) e redução da capacidade cerebral. Entretanto, a médico lembra que é possível
minizar os efeitos e evitar que o estresse atinja níveis mais altos, inserindo no dia a dia hábitos
saudáveis, alimentação adequada, menor exposição à telas, prática de esportes, além de
observar a relevância do afeto na prevenção e no acompanhamento das crianças. Também é
importante separar tempo suficiente para brincar, inclusive com os pais, e prestar atenção à
rotina de sono.

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