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Apostila Trauma Dental
Apostila Trauma Dental
Trauma
Dentoalveolar
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO AO TRAUMA DENTOALVEOLAR .....................................................05
FRATURAS DENTÁRIAS EM DENTES PERMANENTES ...........................................07
ACHADOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS ...................................................................07
TRATAMENTO ...................................................................................................................09
TRINCA ........................................................................................................................09
FRATURA DE ESMALTE ..........................................................................................09
FRATURA DE ESMALTE E DENTINA SEM EXPOSIÇÃO PULPAR ...............09
FRATURA DE ESMALTE E DENTINA COM EXPOSIÇÃO PULPAR .............10
FRATURA CORONORADICULAR SEM EXPOSIÇÃO PULPAR .....................10
FRATURA CORONORADICULAR COM EXPOSIÇÃO PULPAR ...................11
FRATURA RADICULAR ...........................................................................................12
ACOMPANHAMENTO ......................................................................................................15
FRATURAS NOS TECIDOS DE SUPORTE DOS DENTES PERMANENTES .........18
ACHADOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS ..................................................................18
TRATAMENTO ...................................................................................................................20
CONCUSSÃO .............................................................................................................20
SUBLUXAÇÃO ...........................................................................................................20
LUXAÇÃO LATERAL ................................................................................................20
LUXAÇÃO EXTRUSIVA ...........................................................................................21
LUXAÇÃO INTRUSIVA ............................................................................................21
FRATURA DO PROCESSO ALVEOLAR ...............................................................22
ACOMPANHAMENTO .....................................................................................................23
AVULSÃO NA DENTIÇÃO PERMANENTE ..................................................................25
COMO ORIENTAR O PACIENTE A AGIR NO PÓS-TRAUMA IMEDIATO
(NO LOCAL DO ACIDENTE)? ..........................................................................................25
VIABILIDADE PARA O REIMPLANTE .............................................................................27
3
PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO ...............................................................................28
QUANDO REALIZAR TRATAMENTO ENDODÔNTICO? ............................................29
ACOMPANHAMENTO ......................................................................................................30
FRATURAS DENTÁRIAS EM DENTES DECÍDUOS ....................................................32
ACHADOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS ...................................................................32
TRATAMENTO ...................................................................................................................33
FRATURA DE ESMALTE ..........................................................................................33
FRATURA DE ESMALTE E DENTINA SEM EXPOSIÇÃO PULPAR ...............33
FRATURA DE ESMALTE E DENTINA COM EXPOSIÇÃO PULPAR .............33
FRATURA CORONORADICULAR SEM EXPOSIÇÃO PULPAR .....................34
FRATURA CORONORADICULAR COM EXPOSIÇÃO PULPAR ...................34
FRATURA RADICULAR ...........................................................................................35
ACOMPANHAMENTO .....................................................................................................36
FRATURAS NOS TECIDOS DE SUPORTE DOS DENTES DECÍDUOS ...................38
ACHADOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS ...................................................................38
TRATAMENTO ...................................................................................................................40
CONCUSSÃO .............................................................................................................40
SUBLUXAÇÃO ...........................................................................................................40
LUXAÇÃO LATERAL ................................................................................................40
LUXAÇÃO EXTRUSIVA ...........................................................................................41
LUXAÇÃO INTRUSIVA ............................................................................................41
FRATURA DO PROCESSO ALVEOLAR ...............................................................42
AVULSÃO ....................................................................................................................42
ACOMPANHAMENTO ......................................................................................................43
4
INTRODUÇÃO AO TRAUMA DENTOALVEOLAR
Lesões aos dentes e ao processo alveolar são comuns e devem ser consideradas
situações de urgência, pois o resultado depende do pronto atendimento à lesão.
Como o tratamento adequado só pode ser realizado após o diagnóstico correto,
o processo de diagnóstico deve ser realizado imediatamente. No caso de traumas
mais extensos (como, por exemplo, fraturas de mandíbula e demais ossos da face,
grandes lacerações ou danos às estruturas neurológicas), o paciente deverá ser
encaminhado com urgência a um serviço de referência hospitalar.
Tomada dos sinais vitais, observação visual clínica e relatos do paciente quanto
à presença de distúrbios visuais, náuseas ou vômitos, períodos de inconsciência,
amnésia, cefaleia e tontura. Caso o paciente apresente qualquer desses sintomas,
encaminhá-lo ao hospital.
5
3) História do trauma
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DENTIÇÃO PERMANENTE
Todas elas serão abordadas nesta etapa, iniciando pelos achados nos exames
clínico e radiográfico, passando pelo manejo e tratamento e finalizando com o
acompanhamento pós-trauma.
ACHADOS CONDIÇÕES
SENSIBILIDADE PULPARES CARACTERÍSTICA
v MOBILIDADE
TIPO DE À PERCUSSÃO (TESTE DE RADIOGRÁFICA
FRATURA SENSIBILIDADE)
Sem
Trinca - + - anormalidades
radiográficas
Fratura de Perda visível de
- + -
esmalte esmalte
Fratura de
Perda visível
esmalte e
- + - de esmalte e
dentina sem
dentina
exposição pulpar
7
Fratura de
esmalte e Perda visível
dentina com - Polpa exposta - de esmalte e
exposição dentina
pulpar
8
TRATAMENTO
9
3) Se for possível observar a polpa por translucidez (rosa e sem sangramento), o
cirurgião-dentista deverá realizar um capeamento pulpar indireto com base de
hidróxido de cálcio.
10
fragmento coronário fraturado e restauração subsequente da estrutura dentária
remanescente.
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realização de gengivectomia (podendo ou não estar associada a osteotomia),
tratamento endodôntico do remanescente radicular e restauração/reabilitação
protética.
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TERÇO MÉDIO E APICAL Figura 8 – Fratura radicular em
terços médio e apical.
1) Reposicionar o fragmento coronário, nos
casos onde há deslocamento.
TERÇO CERVICAL
Nestes casos, temos duas opções. A primeira deverá ser usada nos casos que são
fraturados muito próximos à junção amelocementária. E a segunda, nos casos de
fraturas no terço cervical próximas ao terço médio.
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COMO ESTABILIZAR OS CASOS DE FRATURA DENTÁRIA OU DAS
{
ESTRUTURAS DE SUPORTE QUE NECESSITAM DE CONTENÇÃO?
A contenção deve envolver dois dentes para mesial e dois dentes para
distal para conseguirmos realizar uma correta estabilização da fratura. Nos
exemplos abaixo, podemos considerar que o dente 41 sofreu um trauma
e que as contenções envolvem os dentes 42, 43, 31 e 32. Caso a fratura
envolvesse os dentes 31, 41 e 42, a contenção se estenderia do dente 44
ao dente 33.
14
Figura 10 – Contenção semirrígida.
ACOMPANHAMENTO
15
Fratura de esmalte e 6-8 semanas: exames clínicos e radiográficos
dentina 1 ano: exames clínicos e radiográficos
- No caso de traumas que não tiveram exposição pulpar, nos primeiros 90 dias, os
testes de vitalidade pulpar podem ter um resultado chamado de “falso-negativo”.
Ou seja, a resposta aos testes é negativa, mas não necessariamente a polpa já
16
está em necrose pulpar. Isto é um processo gerado pelo período pós-trauma e
devemos aguardar este período para iniciar qualquer abordagem endodôntica.
- Após este período de 90 dias, os dentes que não tiveram exposição pulpar e
estão tendo resultados negativos nos testes de vitalidade, requerem tratamento
endodôntico.
- Estes resultados negativos nos testes de vitalidade podem surgir por até 1 ano de
período pós-trauma, sendo chamados de “necrose tardia”. Por isso, a importância
de realizarmos acompanhamento de até 1 ano no pós-trauma.
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FRATURAS NOS TECIDOS DE SUPORTE DOS DENTES
PERMANENTES
ACHADOS CONDIÇÕES
SENSIBILIDADE DESLOCAMENTO PULPARES CARACTERÍSTICA
v
TIPO DE À PERCUSSÃO OU MOBILIDADE (TESTE DE RADIOGRÁFICA
FRATURA SENSIBILIDADE)
Ausência de
Concussão + Não + alterações
radiográficas
Aumentada
Alterações
Sangramento
Podem ser radiográficas não
Subluxação + via margem
inicialmente - são normalmente
gengival pode ser
encontradas
observado
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ELP aumentado
Luxação Som metálico
Imóvel - + fratura do
lateral à percussão
processo alveolar
Luxação ELP apical
Excessiva -
extrusiva aumentado
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TRATAMENTO
20
LUXAÇÃO EXTRUSIVA Figura 16 – Luxação extrusiva.
3) Se o dente sofrer uma intrusão maior do que 7 mm, reposicionar com abordagem
cirúrgica ou ortodôntica.
1) Permitir a erupção sem intervenção em dentes que intruíram menos que 3 mm.
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A polpa provavelmente sofrerá necrose em dentes com rizogênese completa.
22
ACOMPANHAMENTO
23
2 semanas: exames clínicos e radiográficos +
remoção de contenção
4 semanas: exames clínicos e radiográficos
6-8 semanas: exames clínicos e radiográficos
Luxação extrusiva
6 meses: exames clínicos e radiográficos
1 ano: exames clínicos e radiográficos
Anualmente por 5 anos: exames clínicos e
radiográficos
2 semanas: exames clínicos e radiográficos +
remoção de contenção
4 semanas: exames clínicos e radiográficos
6-8 semanas: exames clínicos e radiográficos
Intrusão
6 meses: exames clínicos e radiográficos
1 ano: exames clínicos e radiográficos
Anualmente por 5 anos: exames clínicos e
radiográficos
4 semanas: exames clínicos e radiográficos +
remoção da contenção
6-8 semanas: exames clínicos e radiográficos
Fratura do processo 4 meses: exames clínicos e radiográficos
alveolar
6 meses: exames clínicos e radiográficos
1 ano: exames clínicos e radiográficos
5 anos: exames clínicos e radiográficos
Os exames clínicos devem incluir: avaliação de fraturas das restaurações, observação de
escurecimentos dentários, teste de sensibilidade à percussão, teste de sensibilidade pulpar e
avaliação de mobilidade dentária.
24
AVULSÃO NA DENTIÇÃO PERMANENTE
25
3) Se isso não for possível ou por qualquer outra razão na qual o dente avulsionado
não é passível de ser reimplantado (por exemplo, um paciente inconsciente),
oriente a colocação do dente em um meio de armazenamento adequado.
Leite;
26
VIABILIDADE PARA O REIMPLANTE
27
PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO
28
QUANDO REALIZAR TRATAMENTO ENDODÔNTICO?
29
ACOMPANHAMENTO
PROGNÓSTICO
v FAVORÁVEL DESFAVORÁVEL
RIZOGÊNESE
Elemento dental sintomático,
Elemento dental
mobilidade excessiva ou nenhuma
assintomático,
mobilidade (anquilose), com som
mobilidade normal e
metálico à percussão.
percussão normal.
Evidência radiográfica de reabsorção
Nenhuma evidência
(inflamatória, infecciosa ou substitutiva,
COMPLETA radiográfica de
associada à anquilose).
reabsorção ou osteíte
perirradicular (lâmina Quando a anquilose ocorre em um
dura deve aparentar paciente em crescimento, a infra-
normalidade). oclusão do dente pode prejudicar o
crescimento alveolar e facial a curto,
médio e longo prazo.
Elemento dental sintomático,
mobilidade excessiva ou nenhuma
Elemento dental mobilidade (anquilose), com som
assintomático, metálico à percussão. Nos casos de
mobilidade normal e anquilose, a coroa do dente estará em
percussão normal. infra-oclusão.
Evidência radiográfica Evidência radiográfica de reabsorção
INCOMPLETA de continuidade de (inflamatória, infecciosa ou substitutiva
formação radicular e associada à anquilose) ou ausência de
erupção. Obliteração do continuação da formação radicular.
espaço pulpar pode ser Quando a anquilose ocorre em um
encontrada. paciente em crescimento, a infra-
oclusão do dente pode prejudicar o
crescimento alveolar e facial a curto,
médio e longo prazo.
30
DENTIÇÃO DECÍDUA
É importante considerar que existe uma relação muito próxima entre o ápice do
dente decíduo e o germe do dente permanente subjacente e que estas lesões
poderão trazer consequências à dentição permanente como:
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FRATURAS DENTÁRIAS EM DENTES DECÍDUOS
ACHADOS
CARACTERÍSTICAS
TIPOS v MOBILIDADE
RADIOGRÁFICA
DE FRATURA
Fratura de esmalte
e dentina com - Perda visível de esmalte e dentina.
exposição pulpar
-: negativo ou ausente
OBS.: Os testes de sensibilidade e percussão não são confiáveis em dentes decíduos, devido
aos resultados inconsistentes (pela capacidade de vascularização pulpar e pelo discernimento
do próprio paciente pediátrico).
Fonte: Adaptado de Malgrem et al. (2012).
32
TRATAMENTO
33
de hidróxido de cálcio pura bem condensada pode ser aplicada sobre a polpa,
recoberta por um material de revestimento (como ionômero de vidro).
34
FRATURA RADICULAR Figura 24 – Fratura radicular.
35
ACOMPANHAMENTO
Fratura de esmalte e
dentina sem exposição 3ª-4ª semana: exames clínicos
pulpar
36
Sem deslocamento:
1 semana: exames clínicos
6-8 semanas: exames clínicos e radiográficos
1 ano: exames clínicos e radiográficos
Após: monitoramento clínico e radiográfico a cada
ano até a erupção do sucessor permanente
Em caso de extração:
1 ano: exames clínicos e radiográficos
Após: monitoramento clínico e radiográfico a cada
ano até a erupção do sucessor permanente
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FRATURAS NOS TECIDOS DE SUPORTE DOS DENTES
DECÍDUOS
ACHADOS
MOBILIDADE OU CARACTERÍSTICA
v
TIPO DE DESLOCAMENTO RADIOGRÁFICA
FRATURA
Imóvel
Luxação O dente está deslocado, ELP aumentado
lateral geralmente para a palatina/
lingual ou vestibular
Excessiva
Luxação
Deslocamento parcial do ELP apical aumentado
extrusiva
dente do seu alvéolo
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Quando o ápice está deslocado em
direção vestibular, a extremidade
apical pode ser visualizada e o dente
O dente está geralmente pode parecer mais curto em relação ao
deslocado através da tábua contralateral.
Intrusão óssea vestibular ou colidindo
com o dente permanente Quando o ápice está deslocado em
sucessor. direção ao germe do dente permanente
(palatina), a extremidade apical não
pode ser visualizada e o dente parece
alongado.
39
TRATAMENTO
40
por meio de pressão digital vestibular e palatina/lingual simultaneamente, sob
anestesia local.
41
FRATURA DO PROCESSO ALVEOLAR Figura 30 – Fratura do
processo alveolar.
1) Reposicionamento do segmento alveolar
deslocado + instalação de contenção por 3-4
semanas.
42
ACOMPANHAMENTO
43
1 semana: exames clínicos
3-4 semanas: exames clínicos e radiográficos + remoção
da contenção
Fratura do
6-8 semanas: exames clínicos e radiográficos
processo alveolar
1 ano: exames clínicos e radiográficos
Após: monitoramento clínico e radiográfico a cada ano
até a erupção do sucessor permanente
44
REFERÊNCIAS
ANDERSSON, L. et al. International Association of Dental Traumatology guidelines for
the management of traumatic dental injuries: 2. Avulsion of permanent teeth. Dental
Traumatology, Copenhagen, v. 28, n.2, p. 88-96, abr. 2012. Doi 10.1111/j.1600-
9657.2012.01125.x.
ELLIS III, E. Lesões dos tecidos moles e dentoalveolares. In.: HUPP, J. R.; ELLIS III, E.;
TUCKER, M. R. (org.). Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 6. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2015. Cap. 23.
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EQUIPE RESPONSÁVEL
Coordenação Executiva
Revisores
Rodolfo Souza da Silva
Angelo Luiz Freddo
Carlos Eduardo Baraldi
Responsável Teleducação
Deise Ponzoni
Ana Paula Borngräber Corrêa
Vinicius Coelho Carrard
Gestão educacional
Revisão ortográfica
Ylana Elias Rodrigues
Ana Paula Borngräber Corrêa
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Coordenação do curso
Adriana Corsetti
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Conteudistas
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Diagramação e Ilustração
Elaboração de questionários e testes Davi Perin Adorna
Adriana Corsetti Lorena Bendati Bello
Michelle Iashmine Mauhs
Angelo Luiz Freddo
Pedro Vinícius Santos Lima
Taíse Simonetti
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Filmagem/ Edição/Animação
Héctor Gonçalves Lacerda
Luís Gustavo Ruwer da Silva
Camila Alscher Kupac
Divulgação
Angélica Dias Pinheiro
Camila Hofstetter Camini
Carolina Zanette Dill
Laíse Andressa de Abreu Jergensen
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