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SUMÁRIO
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
Por acreditarmos, assim como vários autores que serão utilizados ao longo
desta apostila, que a integração entre a teoria e a prática é de elevada importância
para o sucesso no cotidiano do seu trabalho, formando no professor uma
consciência crítico-social, vamos ao longo das apostilas do curso utilizar em
abundância das metodologias de ensino, não esquecendo é claro, das teorias que
embasam cada uma delas.
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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Para orientar uma prática pedagógica condizente com os dados das ciências
e mais respeitosa possível do processo unitário de desenvolvimento da criança,
constitui diretriz importante a superação das dicotomias creche/pré-escola,
assistência ou assistencialismo/educação, atendimento a carentes/educação para
classe média e outras, que orientações políticas e práticas sociais equivocadas
foram produzindo ao longo da história. Educação e cuidados constituem um todo
indivisível para crianças indivisíveis, num processo de desenvolvimento marcado por
etapas ou estágios em que as rupturas são bases e possibilidades para a sequência
(PNE/01).
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• Fase da garatuja;
• Pré-silábica;
• Silábica;
• Silábica-alfabética;
• Alfabética-ortográfica.
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Na fase 3, são feitas tentativas de dar um valor sonoro a cada uma das letras
que compõem a palavra. Surge a chamada hipótese silábica, isto é, cada grafia
traçada corresponde a uma sílaba pronunciada, podendo ser usadas letras ou outro
tipo de grafia. Há, neste momento, um conflito entre a hipótese silábica e a
quantidade mínima de letras exigidas para que a escrita possa ser lida. A criança,
neste nível, trabalhando com a hipótese silábica, precisa usar duas formas gráficas
para escrever palavras com duas sílabas, o que vai de encontro às suas ideias
iniciais de que são necessários, pelo menos três caracteres. Este conflito a faz
caminhar para outra fase.
A criança tem a sua frente uma estrada longa, até chegar à leitura e a escrita
da maneira que nós, adultos, a concebemos, percebendo que a cada som
corresponde uma determinada forma; que há grupos de letras separadas por
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espaços em branco, grupos estes que correspondem a cada uma das palavras
escritas.
Segundo as fases expostas acima, para que alguma coisa sirva para ler é
preciso que contenha certo número de letras, variável entre dois e quatro. Afinal,
letra sozinha não representa nada escrito. De nada servem, também, conjuntos com
letras repetidas, pois elas entendem que só podem ser lidas palavras que
contenham letras diferentes. Uma explicação para tal seria que, em seu dia a dia,
observam que o comum é encontrar palavras formadas por uma variedade de letras.
Os métodos de alfabetização
É raro encontrar uma sala de aula onde se possa ver um método “puro”. Via
de regra, o professor segue um método e lança mão de recursos de outro. Quando
esta mistura é intencional e sistematizada, chama-se método misto ou eclético. Este
método era o mais encontrado há 10 anos atrás.
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Magda Becker Soares é Professora Titular Emérita da Faculdade de Educação da Universidade
Federal de Minas Gerais UFMG - Pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita -
CEALE - da Faculdade de Educação da UFMG. Graduada em Letras, doutora e livre-docente em
Educação. É autora de diversos livros.
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Ainda segundo Soares (2005), falta para fins pedagógicos, uma integração
dos resultados das diferentes pesquisas que possibilite a tradução deles numa
atuação didática, docente, capaz de orientar a criança no seu aprendizado, o que ela
entende ser a origem das dificuldades que ainda se encontra na alfabetização.
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Assim, o argumento de que o método fônico, usado, sobretudo nos anos 70,
dava certo e, portanto, deva ser retomado, não se sustenta. Isso porque havia
reprovação e não aprendizagem com o método fônico, como havia também com
outros métodos. Não tem sentido uma volta ao passado esquecendo ou
abandonando as contribuições fundamentais do Construtivismo e das ciências
linguísticas para a compreensão do processo de aprendizagem da língua escrita.
Um exemplo: antes, o menino escrevia silabicamente e as professoras diziam: “ele
está engolindo letra, é disléxico, é preciso encaminhar para um psicólogo;” hoje, a
teoria construtivista e os princípios linguísticos evidenciam que escrever
silabicamente é uma etapa normal do processo de descoberta do sistema de escrita.
Fica claro como o avanço do conhecimento sobre a aprendizagem da língua escrita
torna sem sentido propostas de volta ao que se fazia antigamente.
Sobre a criança aprender pelo método fônico, Soares (2005) entende como o
mais adequado, pedagogicamente e até psicologicamente, é que a criança aprenda
simultaneamente todas as competências e habilidades envolvidas na aquisição da
língua escrita: aprenda a decodificar e codificar, isto é, aprenda as relações entre os
“sons” e as letras ou grafemas, ao mesmo tempo em que aprenda a compreender
textos, a construir sentido para os textos, e ainda aprenda as funções da escrita, os
diferentes gêneros de textos.
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Soares (2005) ainda analisa que com estes textos a criança não construirá o
uso de sua língua. A criança deve aprender a ler e a escrever interagindo com textos
reais, com os diversos gêneros e portadores de texto que circulam na sociedade.
Assim ela vai aprender não só as relações fonema/grafema, mas, simultaneamente,
o sentido e função que tem a escrita.
mas o processo em si, de entender como se estrutura a língua escrita, sob aspectos
já vistos, terá sido construído pela criança, a partir das informações e estímulos que
o meio, o convívio com material escrito e com outras pessoas lhe tiver oferecido.
Deve-se levar em conta, porém, que tal construção não é uma apropriação
puramente individual, mas um compartilhar social, importando, e muito, as condições
sociais em que a criança vive; o modo como a palavra é escrita, interpretada e
valorizada em seu meio; as oportunidades que tem para lidar com ela; o significado
que lhe é dado, o que se pensa a respeito de como e para que se lê e escreve.
É claro que também é importante o modo como o aluno aprendiz é visto pelo
professor; as relações de respeito ou descrédito que se estabelecem sobre suas
potencialidades.
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O ato de ler deve ser considerado como uma prática social e, para que ela
possa ser desenvolvida, é necessário a influência de elementos fundamentais como
a família e a escola, onde a relação família – escola – leitura é um combustível
insubstituível para a possível formação de uma sociedade mais justa e igualitária.
educando o hábito da leitura. Para isso, a escola deve ter seus objetivos bem
traçados e dizer não à mecanização da leitura.
Como nos mostra Ezequiel Theodoro da Silva (1986) em seu livro “Leitura e
Realidade Brasileira”, a leitura não pode ser examinada isoladamente e sim no
interior de um todo que compõe a sociedade.
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Ao aluno não se ensina adequadamente como ele fala, qual o valor funcional
dos segmentos fônicos de sua língua, como se compõe a morfologia desta, a
sintaxe, a semântica, etc. O aluno fez centenas de redações e não sabe o que está
realmente fazendo, como deve elaborar um texto escrito ou dizer um texto oral em
situações diferentes.
Essa criança não só sabe falar o português, como sabe também refletir sobre
a sua própria língua. De fato, as crianças se divertem manipulando a linguagem:
compõem palavras novas, a partir da análise dos processos de formação de
palavras, às vezes criando formas surpreendentes; adoram traduzir a sua própria
língua em códigos como a língua do P, e falar invertendo sílabas, substituindo certos
segmentos por outros, com uma destreza que o adulto dificilmente consegue
acompanhar.
As respostas que as crianças dão às perguntas que lhes são feitas revelam a
incrível capacidade que têm de manipular fatos semânticos de alta complexidade,
como a pressuposição, a argumentação lógica, sem contar com a expressão de
metáforas e o poder de abstração e generalização claramente revelados numa
análise de seu comportamento linguístico
Além disso, elas contam ainda com uma capacidade enorme de análise da
linguagem oral que irão perder logo que entrarem na escola, sufocadas pelo modo
como se ensina português, tomando-se a escrita ortográfica como base para tudo.
Na análise de muitos erros encontrados em provas e nas avaliações feitas na
alfabetização, é fácil observar que, em muitos casos, a criança revela um apego às
formas fonéticas da língua em lugar das formas ortográficas, não raro deixando o
professor perplexo com sua “burrice” devido sua incapacidade de analisar a fala com
a mesma competência que a criança apresenta.
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A grande maioria dos problemas que os alunos encontram ao longo dos anos
de estudo, chegando até a pós-graduação, é decorrente de problemas de leitura. O
aluno muitas vezes não resolve problemas de matemática, não porque não saiba
matemática, mas porque não sabe ler o enunciado do problema. Ele sabe somar,
dividir, etc., mas ao ler um problema não sabe o que fazer com os números e a
relação destes com as realidades a que se referem. Não adianta dizer que o aluno
não sabe nem sequer somar ou dividir números que não apresentam dificuldades,
que ele não entende matemática (CAGLIARI, 2008).
Porque de fato ele não entende mesmo é o português que lê. Não foi treinado
para ler números, relações quantitativas, problemas de matemática. O professor de
português não ensina isso porque diz que é obrigação do professor de matemática e
o professor de matemática ou não desconfia do problema ou, quando muito, acha
que ler e compreender um texto é um problema que o professor de português deve
resolver na educação das crianças. Estão todos errados. A alfabetização é missão
de todos os professores.
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O início da construção desse legado não deve ser adiado; prática de leitura é
uma atividade devida desde o ingresso do aluno à escola.
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resto com dificuldades, e pode passar a ter uma relação delicada com a escrita, não
entendendo bem o que esta é e nem como funciona”.
A leitura é a maior herança que uma escola pode deixar aos seus alunos,
uma vez que ela é fonte perene de educação estando sempre presente na vida das
pessoas que no seu dia-a-dia leem muito mais do que escrevem. Portanto, vimos
neste momento alertar sobre o quanto é necessário que se dê prioridade absoluta à
leitura no ensino de português.
Para que isso aconteça, nós professores temos que fazer da sala de aula um
espaço onde os alunos possam vivenciar uma prática textual intensa e múltipla para
que sejam cidadãos capazes de compreender os diferentes textos com os quais se
defrontam. É importante e necessária uma prática de leitura que desperte e cultive o
desejo de ler para que se torne uma prática pedagógica eficiente.
• Sentir o texto, dialogar com seu autor ou, simplesmente, para usufruí-lo sem
perguntas e sem questionamentos. É a leitura – prazer.
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• Aquele em que o leitor pretende usar o texto para algum fim – a leitura-
pretexto;
Como a leitura é uma atividade cooperativa, o leitor lê para tirar do texto o que
o texto não diz, mas pressupõe, promete, implica ou implicita, a preencher espaços
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vazios, a ligar o que existe num texto com o resto da intertextualidade, de onde ele
nasce e onde irá se fundir (MAINGUENEAU, 1996).
No dizer de Freire (1988), o leitor lê para reescrever o que está lendo, para
descobrir a conexão entre o texto e o contexto do texto, e também para vincular o
texto/contexto com o seu contexto de leitor.
Lê-se para fazer da leitura não uma mera decodificação de uma mensagem,
mas sim para fazer dela uma atividade interativa entre leitor-autor-texto-contexto
(AZAMBUJA E SOUZA,1997).
Kleiman (1989), ao citar Orlandi (1984) diz que ao ler, o leitor é levado através
da leitura a questionar, a confrontar, a levantar-testar-hipóteses, a buscar
significados e descobrir, enfim, que o texto pode oferecer “múltiplos sentidos”.
É importante que o texto não seja entregue, “secamente” ao aluno e que haja
uma preparação prévia, partindo-se de experiências já vivenciadas pelo mesmo até
se chegar ao texto propriamente dito.
Segunda Cagliari (1997), uma das piores atitudes da escola atual em relação
à leitura é a maneira como faz interpretação de textos com os alunos apenas à base
de questionários.
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Às vezes, uma simples leitura basta. Nem tudo o que se lê precisa ser
discutido, comentado ou interpretado. Esse é outro erro que se vê eventualmente
em livros didáticos. A leitura às vezes é como uma música que se quer ouvir e não
dançar.
Conforme afirmam Azambuja e Souza (1997), o aluno não pode fazer uma
leitura superficial de um texto porque leva a uma atitude passiva e
consequentemente, a um desinteresse total pela leitura.
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Sobre os diversos tipos de material falaremos na próxima unidade.
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deixa de ser superficial, à medida que o aluno levanta hipóteses, para testá-las,
confirmá-las ou refutá-las. Estudar um texto é perceber não só o que está explícito,
mas também descobrir o que se apresenta de modo mais sutil.
O estudo do texto não pode ser visto como uma técnica em que se pode
oferecer roteiros rígidos: cada texto poderá ter um tipo de abordagem; cada turma
de aluno poderá determinar a abordagem do texto, finalmente, cada professor, de
acordo com o seu grau de sensibilidade e de criatividade criará condições diferentes
para a abordagem do texto.
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A leitura deve variar de acordo com o texto, pois não se lê uma poesia como
se lê um problema de matemática ou uma narrativa. A reflexão que o primeiro tipo
de leitura exige é diferente do que exigem o segundo e o terceiro. É preciso ensinar
às crianças como proceder em cada caso, mostrando-lhes como ler provas, exames,
questionários, formulários, instruções, jornais, revistas, etc.
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parcial ou se quiserem, apenas “linguístico-literal”, o que não faz muito sentido como
procedimento matemático mecânico.
O contato com o livro literário não deve ser desprezado porque é através dele
que o aluno pode desenvolver a linguagem, a lógica, a estética e, principalmente,
liberar a criatividade, a imaginação e a fantasia.
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De acordo com análise encontrada na Revista Nova Escola (2006), temos que
as canções, poesias e parlendas são úteis para se chegar à incrível mágica de fazer
a criança ler sem saber ler. Quando ela decora uma cantiga, pode acompanhar com
o dedinho as letras que formam as estrofes. Conhecendo o que está escrito, resta
descobrir como isso foi feito. Se o aluno sabe que o título é Atirei o Pau no Gato, ele
tenta ler e verificar o que está escrito com base no que sabe sobre as letras e as
palavras - sempre acompanhado pelo professor.
O leitor eficiente só inicia a leitura depois de observar o texto, sua forma, seu
portador (revista, jornal, livro etc.) e as figuras que o acompanham e imaginar o
tema. Pense que você nunca viu um jornal em alemão. Mesmo sem saber decifrar
as palavras, é possível “ler”. Se há uma foto de dois carros batidos, por exemplo,
deduz-se que a reportagem é sobre um acidente. Ao mostrar vários gêneros, você
permite à criança conhecer os aspectos de cada um e as pistas que trazem sobre o
conteúdo. Assim, ela é capaz de antecipar o que virá no texto, contribuindo para a
qualidade da leitura.
Por outro lado, a escola não pode deixar a critério do aluno a decisão de ler
ou não: é sua função mostrar que a leitura pode ser uma fonte inesgotável de lazer e
novos conhecimentos. Para isso, é possível criar na escola uma situação que deixe
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livre a escolha dos títulos de leitura, bem como os comentários dos alunos e, ao
mesmo tempo, incentive-os a empenharem-se na busca de qualidade da sua leitura.
Para o mesmo autor, todo poema tem origem no jogo: jogo do culto, da corte
amorosa, jogo marcial da competição, jogo do humor. Segundo ele, tudo que
transcende a esfera do juízo lógico e deliberativo é lúdico.
As palavras na poesia têm muitos sentidos que variam de época, lugar, sua
posição no poema, etc. (ex: para Camões a palavra “gentil” é nobre e altiva, hoje ela
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tem outro significado). Enfim, a poesia tem alto poder de síntese de fala nas
entrelinhas.
Hoje não se pode mais tratar o ensino da Língua Portuguesa sem levar em
consideração os usos e as funções sociais do texto. A escola deve, principalmente
nas séries iniciais do Ensino Fundamental, valorizar o trabalho com textos conforme
se apresenta em nossa sociedade letrada. Desse modo, as práticas de leitura e de
produção de texto poderão ganhar sentidos, sem que o professor as transforme em
situações voltadas, única e exclusivamente, para avaliação e correção.
Como então, alfabetizar com poesias? Para Alves (2006), o ponto inicial é
receber a criança com toda a poeticidade que ela traz nos olhos e no coração, no
seu jeito de ser e de estar com o mundo.
Aflora sensibilidades;
Ainda segundo Alves (2006), a experiência em sala de aula tem mostrado que
a poesia e o trabalho com poemas facilitam a aprendizagem e ajudam nos
problemas de comunicação, principalmente nas trocas e omissões de fonemas.
Tudo o que envolve arte e comunicação é poesia. A conversação, a dramatização,
as rimas, as cantigas favorecem o desenvolvimento da linguagem.
Para Paes (1996), “[...] a poesia tende a chamar a atenção da criança para as
surpresas que podem estar escondidas na língua que ela fala todos os dias sem se
dar conta delas”, enfim, na criança, tanto o desenvolvimento da personalidade e da
sensibilidade quanto a expansão do real pela poesia, e pela arte em geral, se dão
por meio do fluxo da fantasia, por sua percepção particular do mundo.
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O jornal é também um registro da história, no seu dia a dia. Mas uma “história
truncada, um mundo caótico”, como observa Nicolau Sevcenko (s.d apud FARIA,
2011). Isto, entretanto, leva o aluno a adquirir a competência necessária para
ordenar e compreender esse caos aparente. Para tanto, ele aprenderá a relacionar o
passado com o presente, buscando as origens dos fatos e a refletir sobre as
consequências daquilo que ocorre dia após dia, numa projeção da história para o
futuro.
Ribeiro (2003) tem toda razão quando diz que, ao vivermos na época da
quarta onda, do poder da informação, a escola tem uma infinidade de possibilidades
para trabalhar a informação na escola. Com a utilização do jornal, o foco se desloca
do conteúdo curricular abstrato para a realidade palpável, ou seja, ele se transforma
numa ponte entre os conteúdos teóricos dos programas escolares e a realidade.
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A quarta onda citada por Ribeiro nos leva ao primeiro objetivo da pedagogia
da informação que é ensinar o aluno a se situar no caos desse excesso de
informação (tanto no que diz respeito a fatos históricos importantes como aos fatos
miúdos do cotidiano).
Aqui vão algumas dicas para o professor que pretende trabalhar o jornal da
sala de aula, as quais poderíamos resumir no seu ato de planejar:
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b) conhecer o jornal;
c) visitar o jornal;
-Objetivos
-Tempo
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-Material
-Desenvolvimento
(4) As listas são organizadas a partir dos itens abaixo e os alunos copiam em
seus cadernos:
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(9) Esta orientação deve contar com a ampla participação da classe, que dará
sugestões.
(2) Dependendo dos objetivos que se decidiu alcançar, esta parte pode se
limitar a um levantamento esquemático dos resultados ou chegar a desdobramentos
complexos do trabalho, como por exemplo:
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Solicitar que os alunos tragam jornais e revistas os mais variados para a aula.
Cada título de jornal deve ter vários exemplares. Organiza-se a “banca” com a
classe, sob a orientação do professor. A partir daí pode-se fazer trabalho de
observação e levantamento proposto.
Esta forma de trabalho não terá a riqueza daquele feito numa banca
verdadeira, mas será certamente um trabalho lúdico que motivará as crianças
(FARIA, 2011).
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DISLEXIA
Desordem do aprendizado que afeta a leitura, a ortografia e a linguagem
escrita, podendo ser acompanhada de problemas com os números, uma memória de
curto prazo pobre e falta de aptidão.
Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma
equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um
acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o
às particularidades de cada indivíduo, levando a resultados mais concretos.
Segundo Tomaso, Thomas e Stanley (2007 apud CHAMAT, 2008), ela é uma
patologia de cunho neurológico, não resultando de audição ou visão pobres ou de
baixa inteligência.
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Além desses distúrbios, há outros que também têm sintomas parecidos com
os da dislexia e isso acaba confundindo pais, professores e até profissionais mal
informados. É preciso tomar muito cuidado antes de diagnosticar uma dislexia, que é
bem mais complexa do que a maioria dos distúrbios relatados.
O que acontece com o disléxico é que, na maioria dos casos, ele não
identifica sinais gráficos, letra ou qualquer código que caracterize um texto. Portanto,
ele não troca letras, porque seu cérebro sequer identifica o que seja uma letra.
Se inverte letras e sílabas, é simplesmente porque nem sabe o que são letras
e sílabas e não porque “troca letras”, como se insiste em divulgar. Existem muitos
distúrbios que fazem realmente a pessoa trocar letras, um deles é a dislalia, que
veremos mais adiante, e outros que em momento oportuno serão citados. Enfim, a
dislexia não causa a troca de letras, é algo muito mais complexo que isso.
Ainda sobre essa visão, deve-se lembrar que a equipe de G. Reid Lyon, do
Instituto Nacional de Saúde Infantil Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos,
em Bethesda (Maryland), avaliou exames de imagens do cérebro em funcionamento
de 144 pessoas, sendo 70 disléxicas e 74 não disléxicas, todas com idade entre sete
a 18 anos.
DISGRAFIA
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• O indivíduo não possui dificuldades visuais nem motoras, mas não consegue
transmitir as informações visuais ao sistema motor. Deficiência de
“transmissão”;
• Fala e lê, mas não encontra padrões motores para a escrita de letras,
números e palavras;
• Pode soletrar oralmente, mas não consegue expressar ideias, por meio de
símbolos visuais, pois não consegue escrever.
DISORTOGRAFIA
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DISLALIA
A dislalia, troca de fonemas (sons das letras), pode afetar também a escrita.
DISCALCULIA
Este é mais um dos distúrbios que podem ser causados por anoxia perinatal
ou por outros acidentes, que acabam afetando o funcionamento normal do cérebro.
Alguns profissionais desinformados negam-se a aceitar que a discalculia atinja
crianças em idade escolar, alegam que só é possível “adquirir” por meio de um
Acidente Vascular Cerebral (popular derrame) ou traumatismo crânio-encefálico.
As causas psicológicas são muitas e por demais complexas, por isso não
cabe numerá-Ias aqui. As dificuldades causadas pela deficiência do ensino também
são muitas e sua solução depende de uma nova visão da matemática.
São muitas as técnicas que podem ser usadas para solucionar as falhas no
ensino da matemática “abstrata” das escolas. Com um pouco de criatividade, o
professor encontrará inúmeras formas de ensinar e despertar na criança o interesse
pelos números, facilitando assim o aprendizado da matemática.
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❖ Não consegue dizer com exatidão quantos anos tem, nem mesmo mostrando
nos dedos.
HIPERLEXIA
Tudo isso tem sentido e deve, obviamente, ser aceito, mas o que não se pode
fazer é generalizar e deixar de lado outras características tão importantes quanto
estas e que também sinalizam a hiperlexia. São elas:
Assim como a dislexia, que ainda hoje é vista de forma generalizada pela
maioria dos profissionais, gerando inúmeros mal-entendidos e até erros de
diagnósticos, a hiperlexia também caminha assim. Por isso, os profissionais das
áreas que atendem a este distúrbio devem estar atentos aos sintomas e às
características principais.
5 - Uso de muitas gírias ou jargões, não por vício de linguagem, mas por não
conseguir construir frases perfeitas ou até mesmo para substituir um discurso.
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ATENÇÃO: Este número (dez) é uma base para detectar-se este distúrbio,
pode haver um hiperléxico com sete ou oito desses sintomas ou com cinco destes, e
outros cinco sintomas não relatados aqui. Atente-se para o fato de que cada
paciente pode ter características próprias e deve ser analisado exaustivamente até
que se confirme um diagnóstico.
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Se o hiperléxico, desde cedo, lê tudo o que vê, mas não assimila e escreve
apenas como cópia, não tendo consciência do que escreve, então deve ser
encaminhado a um psicopedagogo que, sem dúvida, é, ou ao menos deveria ser, o
profissional mais indicado e melhor preparado para tratar este caso específico de
hiperlexia.
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
FARIA, Maria Alice. Como usar o jornal na sala de aula. 11 ed. São Paulo: Contexto,
2011.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
CALKINS, Lucy C. A Arte de Ensinar a Escrever. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
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CITELLI, Adilson. Aprender e ensinar com textos não escolares. Vol III.São Paulo:
Cortez, 1997.
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler. 35 ed. São Paulo: Cortez, 1997.
GEBARA, Ana Elvira Luciano. A poesia na escola: leitura e análise de poesias para
crianças. São Paulo: Cortez, 2002.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo:
Editora Perspectiva, 1980.
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PAES, José Paulo. Poesia para crianças – um depoimento. São Paulo: Giordano,
1996.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura e realidade brasileira. 3ª ed. Porto Alegre:
Mercado Aberto, 1986.
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