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UNIDADE I

A visão sistêmica do
planejamento na
construção civil

Prof. Esp. Marcondes Ayres Crocia


2021.2
UNIDADE I

1. A Relevância do Planejamento
A visão sistêmica do 2. O Ciclo de Vida do Projeto
planejamento na
3. Ciclo PDCA
construção civil
Noções de planejamento de obras 4. Roteiro de Planejamento

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UNIDADE I

1. A Relevância do Planejamento

1.1 Os Benefícios de Planejar

1.2 As Deficiências das Empresas

1.3 Causas das Deficiências


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1.1 Os Benefícios de Planejar

• Conhecimento pleno da obra • Padronização


• Previsão de situações desfavoráveis • Referências para metas
• Embasa decisões ágeis • Documentação e rastreabilidade
• Relação com o orçamento • Criação de dados históricos
• Otimização da alocação de recursos • Profissionalismo
• Referência para acompanhamento 4
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1.1 Os Benefícios de Planejar


Grau de oportunidade de mudança X
Tempo

Fonte: Mattos (2010)


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1.2 As Deficiências das Empresas

• Falta de Projetos
• Mau planejamento
• Não acompanhamento do planejamento
• Crença na experiência de obra como
suficiente para cumprir os prazos
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1.2 As Deficiências das Empresas

• Falta de Projetos Embasamento por suposição


• Mau planejamento Má gestão de recursos
• Não acompanhamento do planejamento Imprevisibilidade
• Crença na experiência de obra como
Desvalorização do planejamento
suficiente para cumprir os prazos
como ferramenta
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1.3 Causas das Deficiências

• Planejamento e controle como atividade de um só setor;


• Não-atualização do planejamento inicial;
• Descrença das equipes nos parâmetros;
• Planejamento excessivamente informal;
• “Mito do tocador de obras”.
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2. O Ciclo de Vida do Projeto

2.1 Obra-Projeto

2.2 Estágios do Ciclo de Vida

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2.1 Obra-Projeto

“Projeto é um esforço temporário


empreendido para criar um produto,
serviço ou resultado exclusivo”
Fonte: PMBOK (2014)
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2.1 Obra-Projeto

Segundo Mattos (2010), o Projeto apresenta


duas características principais:

Produto
Temporário
único 11
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2.1 Obra-Projeto

PRODUTO
INÍCIO FIM EXCLUSIVO
Temporário Produto
único 12
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2.1 Obra-Projeto

Temporário

Produto
único
Fonte: adaptado de Mattos (2010) 13
UNIDADE I

2.1 Obra-Projeto

Temporário

Produto
único
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Fonte: adaptado de Mattos (2010)
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2.2 Estágios do Ciclo de Vida

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Fonte: Mattos (2010)


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2.2.1 Estágio I – Concepção e Viabilidade

• Definição do escopo
• Formulação do empreendimento
• Estimativa de custos
• Estudo de viabilidade
• Identificação da fonte orçamentária
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• Anteprojeto/Projeto básico
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2.2.2 Estágio II – Detalhamento

• Orçamento Analítico

• Planejamento

• Projeto básico → Projeto Executivo


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2.2.3 Estágio III – Execução

• Obras Civis
• Montagem das instalações elétricas e sanitárias
• Controle de qualidade
• Administração contratual
• Fiscalização da obra
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2.2.3 Estágio IV – Finalização


Conferência de funcionamento
• Comissionamento de todos os equipamentos

• Inspeção Final
• Liberação de retenção contratual
• Resolução das últimas pendências
• Termo de Recebimento Passagem do imóvel para o
nome do cliente 19
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3. O Ciclo PDCA

3.1 Planejar

3.2 Fazer

3.3 Conferir
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3.4 Agir
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3. O Ciclo PDCA
Ferramenta do TQM – Total Quality Management de
Edwards Deming em 1950, aplicado desde então em
grandes indústrias:
• Deve haver constância na melhoria do produto/serviço;
• A qualidade do produto nasce no estagio inicial do planejamento;
• As equipes devem trabalhar em equipes com acesso umas às outras;
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• O processo de melhoria é competência de todos.
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3. O Ciclo PDCA

Conhecido como Ciclo de Shewart ou Ciclo de Deming

Ciclo de Melhoria Contínua

Usado até a última etapa do projeto


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3. O Ciclo PDCA

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3.1 Planejar (Plan)

Etapa de atuação da equipe de planejamento:


- Estudo do(s) projeto(s);
- Definição da metodologia;
- Geração de cronograma e programações.
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3.2 Fazer (Do)

Etapa de atuação da equipe de execução e adm. local:


- Informar e motivar;
- Executar as atividades.

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3.3 Conferir (Check)

Etapa de atuação da equipe de planejamento:


- Aferição do que foi realizado;
- Comparação do previsto com o executado;
- Comparação dos parâmetros adotados no planejamento inicial.
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3.4 Agir (Act)


O que fazer quando não
forem mais necessárias
ações corretivas?
Etapa de atuação conjunta das equipes:
- Averiguação dos desvios;
- Discussão de soluções;
- Implementação de Ações Corretivas quando necessário.
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3. O Ciclo PDCA
Estudar os Projetos
Implementar ações
Definir metodologia
corretivas

Implementar melhorias Cronograma e Programação

Aferir resultados Informar e Motivar

Comparar parâmetros Executar as atividades


de produtividade 28
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4. Roteiro do planejamento
4.1 Identificação das Atividades

4.2 Definição das Durações


4.3 Definição das Precedências
4.4 Diagrama de rede
4.5 Caminho Crítico
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4.6 Cronograma e Folgas


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4.1 Identificação das Atividades

• Elencar TODAS as atividades da obra.


• Elaborar a EAP – Estrutura Analítica de Projeto.
Formas de apresentação de EAP: árvore, analítica, mapa mental

Fonte: adaptado de Mattos (2010)


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4.2 Definição das Durações


Toda duração de
atividade depende
desses 3 fatores?
• Processo de determinação da duração de cada
atividade que compõe a EAP.
• As durações dependem da quantidade de serviço, da
produtividade e da quantidade de recursos alocados.
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4.2 Definição das Durações

Exemplo:

Alvenaria (m²): 120


Produtividade do Pedreiro: 1,5 m²/h
Jornada de Trabalho: 8 h/dia

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UNIDADE I

4.2 Definição das Durações

Exemplo:

Alvenaria (m²): 120


Produtividade do Pedreiro: 1,5 m²/h
Jornada de Trabalho: 8 h/dia

120 𝑚²
𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜 = 2
= 80 𝐻ℎ (𝐻𝑜𝑚𝑒𝑚 − ℎ𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑑𝑟𝑒𝑖𝑟𝑜) 33
1,5 𝑚 /ℎ
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Escolhe-se por conveniência
de equipe e de diárias, 2
4.2 Definição das Durações pedreiros em 5 dias

Exemplo:

Trabalho (Hh) Equipe (pedreiros) Duração (h) Duração (dias)

80 1 pedreiro 80 10
80 2 pedreiros 40 5
80 3 pedreiros 26,67 3,33
80 4 pedreiros 20 2,5
34
80 5 pedreiros 16 2
UNIDADE I

4.2 Definição das Durações


Duração das atividades da EAP

Sempre que possível,


Fazemos o mesmo
considerando os 3 fatores
procedimento para todas as
que influenciam na duração
outras atividades
da atividade

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Fonte: Mattos (2010)


UNIDADE I

4.3 Definição das Precedências


Precedências das atividades da EAP

Predecessora:
Tabelamos as atividade da qual sua
precedências de cada sucessora depende direta
atividade ou indiretamente para
iniciar
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Fonte: Mattos (2010)


UNIDADE I

4.4 Diagrama de Rede

É a representação gráfica das precedências que tabelamos


anteriormente.
Essa ferramenta nos auxilia a enxergar com clareza de detalhes
as relações de precedência das atividades, bem como o caminho
crítico. 37
UNIDADE I

4.4 Diagrama de Rede

O dois métodos mais empregados são:

• Método das Flechas (ADM – Arrow Diagramming Method)

• Método dos Blocos (PDM – Precedence Diagramming Method)

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UNIDADE I

4.4 Diagrama de Rede

• Método das Flechas (ADM – Arrow Diagramming Method)

- Atividades representados por setas e orientadas entre dois eventos


- Toda seta inicia em um evento e termina em outro, não podendo haver
duas atividades com o mesmo par de eventos
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4.4 Diagrama de Rede

• Método das Flechas (ADM – Arrow Diagramming Method)


Diagrama de rede pelo Método das Flechas

40

Fonte: Mattos (2010)


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4.4 Diagrama de Rede

• Método das Blocos (PDM – Precedence Diagramming Method)


- Atividades representados por blocos ligados por flechas que
mostram a relação de dependência entre elas
- Os blocos podem ser apresentados com mais ou menos
informações. Fica a critério do planejador. 41
UNIDADE I

4.4 Diagrama de Rede

• Método das Blocos (PDM – Precedence Diagramming Method)


Diagrama de rede pelo Método das Flechas

42

Fonte: Mattos (2010)


UNIDADE I

4.5 Determinação do Caminho Crítico Se reduzir a duração das


atividades gera economia,
para quê distinguir as
atividades críticas?
Existe um sequência no diagrama de redes que
define o prazo total da obra. É o caminho mais longo,
formado pelas atividades críticas.
A esse caminho damos o nome de Caminho Crítico.
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UNIDADE I

4.5 Determinação do Caminho Crítico

• Para o Método das Flechas – ADM


Diagrama de rede pelo Método das Flechas

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Fonte: Mattos (2010)


UNIDADE I

4.5 Determinação do Caminho Crítico

• Para o Método das Flechas – ADM


Diagrama de rede pelo Método das Flechas

45

Fonte: Mattos (2010)


UNIDADE I

4.5 Determinação do Caminho Crítico


• Para o Método das Blocos – PDM
Diagrama de rede pelo Método das Flechas

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Fonte: Mattos (2010)


UNIDADE I

4.5 Determinação do Caminho Crítico


• Para o Método das Blocos – PDM
Diagrama de rede pelo Método das Flechas

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Fonte: Mattos (2010)


UNIDADE I

4.5 Determinação do Caminho Crítico


Em resumo:
• O caminho crítico une as atividades críticas;
• O caminho crítico é o caminho mais longo da rede;
• Qualquer atraso numa atividade crítica gera atraso no final do projeto;
• Reduz-se o prazo final da obra antecipando a finalização de atividades críticas;
• O prazo final da obra não é reduzido por meio de adiantamento de atividades não
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críticas.
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4.6 Geração do Cronograma

• É o produto final de todo o planejamento e geralmente é apresentado na forma


de um gráfico de Gantt
• Em geral, as linhas mais escuras representam atividades críticas
• Seu uso permite uma visualização ampla do planejamento e permite a
determinação das folgas das atividades não críticas
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4.6 Geração do Cronograma


Cronograma - Gráfico de Gantt

50

Fonte: Mattos (2010)


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4.6 Geração do Cronograma


Cronograma com folgas - Gráfico de Gantt

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Fonte: Mattos (2010)


REFERÊNCIAS

• MATTOS, Aldo Dórea. COMO PREPARAR ORÇAMENTO DE OBRAS. 1.Ed. São Paulo:
PINI, 2006.

• PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. A guide to the Project Management Body of


Knowledge (PMBOK Guide). 4.th ed. Project Management Instituto 2008.

• MATTOS, Aldo Dórea. COMO PREPARAR ORÇAMENTO DE OBRAS. 3.Ed. São Paulo:
Oficina de Textos, 2019.

• TISAKA, Maçahiko. ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: Consultoria, Projeto e


Execução. 1.Ed. São Paulo: PINI, 2006.

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OBRIGADO!
Dúvidas e Feedbacks
marcondes.crocia@uemasul.edu.br

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