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Autismo na Vida Adulta
Aída Teresa dos Santos Brito
Natalie Brito Araripe

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS GERAIS

Olá! Sejam bem-vindos à disciplina de autismo na vida adulta! É uma disciplina


desafio devido à escassa literatura e dados epidemiológicos na área. A maioria
de estudos dessa área são americanos. Utilizaremos como base para esse
módulo, além do texto obrigatório, a referência abaixo. Todos os parágrafos a
seguir descrevem uma tradução livre desse estudo.

Volkmar, F. R., & Wolf, J. M. (2013). When children with autism become
adults. World Psychiatry, 12(1), 79-80.

A transição para a idade adulta apresenta um conjunto de desafios e


possibilidades para o adulto com TEA. O sucesso desta transição depende do
nível de funcionalidade do sujeito, da autonomia dele e de estruturas de apoio
que ele possui.

Autismo foi descrito na década de 40, mas o reconhecimento oficial só chegou


na década de 80, com o DSM-III. Os primeiros estudos na área sugeriam que
2/3 dos adultos precisariam ser institucionalizados. Esse dado foi
progressivamente melhorando com a conscientização e com as intervenções
comportamentais.

Há algumas evidências de que os sintomas centrais do autismo diminuem em


algum grau na adolescência e na idade adulta jovem, com melhorias nas
habilidades de comunicação mais comuns. Não obstante, com relação ao
funcionamento neuropsicológico, o quociente de inteligência (QI) é geralmente

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estável ao longo do tempo.

Em relação às habilidades funcionais, estudos realizados com autistas na


década de 70, mostraram resultados ruins, com uma minoria independente,
empregada ou frequentando a faculdade. Habilidades de comunicação bem
desenvolvidas e nível cognitivo foram bons preditores para o desenvolvimento
funcional e de autonomia.

Em relação ao funcionamento social, dificuldades em fazer e manter amizades


persistem até a idade adulta. 25% ou menos dos adultos afirmaram ter amizades
verdadeiras. São preditores da participação em atividades sociais na vida adulta:
- Maior independência nas atividades da vida diária.

- Melhores habilidades de socialização e

- Maior número de serviços recebidos.

É importante finalizar afirmando que há muitos desafios na produção de dados


na área. Esses dados são importantes para construir:
- Políticas de assistência e inclusão.

- Intervenções mais efetivas.

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