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CURSO: Operador de Distribuição

MÓDULO: LC_3C: Produzir textos informativos, reflexivos e persuasivos

FORMADOR: DATA:

NOME DO FORMANDO:

FICHA DE TRABALHO

Leitura para informação e estudo

RESUMO -- Texto que apresenta as ideias ou factos essenciais desenvolvidos num outro texto, expondo-os
de um modo abreviado e respeitando a ordem pela qual surgem no texto original

Por que se deve praticar o resumo?

A prática do resumo ajuda a:


- discernir o essencial do acessório;
- desenvolver a leitura crítica;
- testar as competências de interpretação, raciocínio e composição.

Para elaborar um resumo, é útil dividir o trabalhoem duas fases:

1ª - Compreensão do texto original


• Leitura global;
• Leitura para descoberta da organização do texto
- levantamento das ideias ou factos essenciais do texto
- detecção do seu encadeamento

2ª - Construção do novo texto (resumo):


• Selecção das ideias ou factos essenciais do texto o riginal que constarão do resumo;
• Supressão das palavras ou frases referentes a ideia s ou factos secundários;
• Substituição de palavras ou frases do texto origina l, por outras que tornem mais económica a
expressão, devendo excluir-se as transcrições;
• Redacção em linguagem clara e precisa do resumo, atendendo a:
- ordem pela qual as ideias ou factos são apresenta dos no texto original;
- transformação do discurso directo em indirecto;
- articulação de parágrafos e frases, recorrendo a palavras ou expressões que indiquem o tempo, o
espaço, o modo, a causa, a consequência (advérbios, conjunções, locuções adverbiais ou conjuncionais);
- número de palavras ou de linhas proposto, ou o limite de metade ou um terço do texto original,
caso não haja imposição prévia.
ASPECTOS TÉCNICOS AUXILIARES: DISTINGUIR O ESSENCIAL DO ACESSÓRIO

1 - Regras práticas para sublinhar

• Sublinhar pouco, saltando as frases secundárias e os vocábulos supérfluos.


• Reescrever à margem, por palavras próprias, os conceitos expressos no texto, quando não for possível
destacar
• Numerar sequências de ideias, causas, consequências ou outros
• Evidenciar com setas à margem, conceitos, definições e elementos mais importantes numa sequência de
exemplos
• Usar outros sinais gráficos que chamem a atenção e facilitem acesso à informação (ligar com um traço
ideias semelhantes ou que se oponham e marcar com um ponto de interrogação as palavras que é preciso
procurar no dicionário, bem como períodos de sentido pouco claro)
• Destacar os comentários pessoais com parêntesis retos, de modo a não os confundir com o conteúdo do
texto.

2 - Regras práticas para tirar apontamentos

2.1. Percorrer uma ampla parte do texto antes de começar a tirar apontamentos, de forma a perceber a sua
estrutura. Redigir depois os apontamentos relativos a cada unidade de leitura.

2.2. Escrever apontamentos que sejam compreensíveis a uma releitura, mesmo passado muito tempo. Em
especial, quando os apontamentos são baseados em palavras-chave, tentar que a relação entre as palavras fique
clara.

2.3. Exprimir os conteúdos do texto por palavras próprias, exceto quando for importante fazer uma citação.

2.4. Redigir apontamentos sintéticos e concisos, que sejam muito mais breves que o texto de partida.

2.5. Redigir apontamentos que situem as informações numa relação hierárquica. Usar, para esse fim,
alinhamentos e numerações.

2.6. Uma vez que se tenha acabado de tirar apontamentos, relê-los para verificar se são compreensíveis.

(Maria Teresa Serafini, Saber estudar e aprender, Editorial Presença, Lisboa, 1991, pp.60 e 65. Adaptado em:
http://www.esec-l-freitas-
branco.rcts.pt/projectos/Centro%20Apoio%20Ens%20Rec/Apoio%20Dist/Portinfo_mod4/info2h_resumo_mod4.pdf)

3- Fases de elaboração de um esquema

3.1. Definir a ideia mais importante ou o conceito fundamental do texto a colocar como raiz ou centro do
esquema.

3.2. Selecionar conceitos que estejam subordinados à ideia principal e que possam ser expandidos.

3.3. Identificar para cada ideia ou conceito referidos anteriormente palavras-chave ou frases breves.
Organizar estas no esquema da forma mais legível.

3.4. Tornar a executar o ponto 3.2. enquanto houver conceitos para expandir.

3
http://sintrabe.wikispaces.com/file/view/5.+Sublinhar+Tirar+apontamentos+Esquemas.doc
Ficha de trabalho – Aplicação de conhecimentos

1. Leia com atenção o excerto abaixo transcrito

A estrutura económica de Portugal [no início do século XX] fundamentava-se na agricultura. O País era rico em
determinados produtos agrícolas - vinho, cortiça, frutas -, que permitiam exportações de vulto, mas dispunha de um
solo pobre e pouco adequado à colheita do trigo. Assim, o problema de abastecer os grandes centros urbanos - em
especial Lisboa - com cereais panificáveis1 absorveu os esforços de numerosos governos ao longo do primeiro terço
da centúria. 2 Oscilando entre uma política de declarado protecionismo (que permitia certo desenvolvimento da
produção nacional, mas onerava3 o custo do pão) e outra de franco liberalismo (que barateava o pão mas desfalcava
o tesouro em divisas), Portugal conheceu uma autêntica e aguda «questão do pão» que mobilizou as penas4 de quase
todos os economistas da época (ao lado dos simples amadores e interessados) e se manteve por detrás de não poucas
crises políticas e sociais.

A.H. de Oliveira Marques, História de Portugal, vol. II, 3. ° ed., Lisboa, Palas Editores, 1976

1.1. Distinga, no texto, o essencial do acessório, assinalando com um X, das seguintes passagens
apresentadas, aquelas que devem ser excluídas e as que você deve manter:

Passagens do texto Excluir Manter


A estrutura económica de Portugal [no início do século XX] fundamentava-se na agricultura.
O País era rico em determinados produtos agrícolas
- vinho, cortiça, frutas -,
que permitiam exportações de vulto,
mas dispunha de um solo pobre e pouco adequado à colheita do trigo.
Assim, o problema de abastecer os grandes centros urbanos
- em especial Lisboa -
com cereais panificáveis
absorveu os esforços de numerosos governos ao longo do primeiro terço da centúria.
Oscilando entre uma política de declarado protecionismo
(que permitia certo desenvolvimento da produção nacional, mas onerava o custo do pão)
e outra de franco liberalismo
(que barateava o pão mas desfalcava o tesouro em divisas),
Portugal conheceu uma autêntica e aguda «questão do pão»
que mobilizou as penas de quase todos os economistas da época
(ao lado dos simples amadores e interessados)
e se manteve por detrás de não poucas crises políticas e sociais.

1.2. Divida o texto em partes lógicas, indicando-as.

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1
panificáveis: suscetíveis de serem transformados em pão.
2
centúria: século.
3
onerava: sobrecarregava.
4
mobilizou as penas: suscitou a análise (através da escrita).
1.3. Elabore a redação do resumo.

Atenção: é necessário:
– Produzir um texto de 55 a 65 palavras (pois não pode ser maior nem igual ao texto a resumir. Se o fizesse, se
estivesse a repetir por palavras suas aquilo que diz o autor, estaria a fazer uma paráfrase ou um reconto)

– Respeitar a ordem de apresentação das ideias ou dos factos;


– Utilizar elementos de ligação entre as frases para que se note o fio condutor do texto;
– Evitar transcrições do texto;
– Evitar comentários e opiniões pessoais (optar por um estilo neutro: não se é obrigado a imitar o estilo do autor
nem a adotar um estilo muito pessoal que leve a deformar o seu pensamento);
– Transformar o discurso direto em indireto, se o houver.

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