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Libâneo (1997) – Disciplina integradora, que opera a interligação entre a teoria e a prática.
A didáctica é a disciplina que ordena e estrutura teoria e práticas em função do ensino, isto é,
está a serviço do trabalho profissional do professor e, por isso, (...) é a disciplina chave da
profissionalidade do professor. (Libâneo, 1998).
A didáctica é uma disciplina técnica, orientada mais para a prática, uma vez que tem por
objectivo primordial orientar o ensino. Assim, didáctica é um conjunto de procedimentos
destinados a dirigir a aprendizagem da maneira mais eficiente possível.
A didáctica é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino, destinados
a colocar em prática as directrizes da teoria pedagógica.
O termo didáctica foi instituído por Comenius (Jan Amos Komensky) em sua obra Didáctica
Magna (1657), e originalmente significa “arte de ensinar”. Durante séculos, a didáctica foi
entendida como técnicas e métodos de ensino, sendo a parte da pedagogia que respondia
somente por “como” ensinar. Os manuais de didáctica traziam detalhes sobre como os
professores deveriam se portar em sala de aula. Tradicionalmente, os elementos da acção
didáctica são: professor, aluno, conteúdo, contexto e estratégias metodológicas.
O termo didáctica vai aparecer a partir do momento em que os adultos começam a intervir na
actividade de aprendizagem das crianças e jovens através da direcção deliberada e planejada
do ensino, ao contrário das formas de intervenção mais ou menos espontâneas de antes.
Estabelecendo-se uma intenção propriamente pedagógica na actividade de ensino, a escola se
torna uma instituição, o processo de ensino passa a ser sistematizado conforme níveis, tendo
em vista a adequação às possibilidades das crianças, às idades e ritmo de assimilação dos
estudos.
A teoria didáctica para investigar as ligações entre ensino e aprendizagem e suas leis, é
formada a partir do século 17, quando João Amós Comênio, um pastor protestante, escreve a
primeira obra clássica sobre didáctica, a Didáctica Magna. Ele foi o primeiro educador a
formular a ideia da difusão dos conhecimentos a todos e criar princípios e regras do ensino.
Foi o criador da Pedagogia Moderna. Seu ideal pedagógico era movido pelo preceito "Ensinar
tudo a todos", o qual resumia as bases e as normas que regem o Homem no seu desempenho
na esfera terrena, como criador de sua trajectória.
Comênio desenvolveu ideias avançadas para a prática educativa nas escolas, numa época em
que surgiam novidades no campo da filosofia e das ciências e grandes transformações nas
técnicas de produção, em contraposição às ideias conservadoras da nobreza e do clero. O
sistema de produção capitalista, ainda incipiente, já influenciava a organização da vida social,
política e cultural.
Para Comênio, a finalidade da educação é conduzir à felicidade eterna com Deus, pois é uma
força poderosa de regeneração da vida humana. O insigne educador do século 17, dizia que
todos os homens merecem a sabedoria, a moralidade e a religião, porque todos, ao realizarem
sua própria natureza, realizam os desígnios de Deus. Para ele, a educação nada mais é do que
um direito natural de todos.
Com suas ideias inovadoras, Comênio desempenhou uma influência considerável, não
somente porque se empenhou em desenvolver métodos de instrução mais rápidos e eficientes,
mas também porque desejava que todas as pessoas pudessem usufruir dos benefícios do
conhecimento.
O ideal de toda didáctica é que o ensino produza uma transformação no aprendiz, que este,
graças ao aprendido, se torne diferente, melhor, mais capaz, mais sábio, afinal esta é a
vontade do Criador.
Para ele, a didáctica podia ser definida como a prática de educar e também enquanto ofício de
ensinar. Ele acreditava, portanto, que o saber verdadeiro deveria incorporar a filosofia
orientada pela razão, a ciência com suas inclinações empíricas e a religião, se realmente
aspirasse a edificar a humanidade.
Comenius defendia a necessidade da educação das crianças em idade tenra, aconselhando,
para esse fim, que se construíssem escolas maternais; desta forma estes seres teriam a chance
de conquistar desde cedo conhecimentos básicos que poderiam ser desenvolvidos depois.
Sua intenção era que o Homem fosse educado para a vida eterna porque, como ele acreditava,
ele era espírito destinado à imortalidade; desta forma, seu aprendizado tinha que ir além dos
desejos e ideais materiais. Daí a necessidade vital de buscar não somente bens terrenos, mas
acima de tudo a sabedoria e as qualidades que o conduzissem para o Criador.
Sua pedagogia preconiza que se deve iniciar o aprendizado pelos sentidos, pois é através deles
que se percebe os estímulos exteriores e, portanto, o que se considera real; assim, as
percepções sensoriais seriam impressas no interior do ser e, depois, analisadas pelos
instrumentos racionais.
Rousseau combateu ideias que prevaleciam há muito tempo. Entre elas, a de que a teoria e a
prática educacional, junto à criança, deviam focalizar os interesses do adulto e da vida adulta.
Ele também chamou a atenção para as necessidades da criança e as condições de seu
desenvolvimento.
Como consequência, a criança não podia ser mais entendida como um adulto em miniatura. E
se a criança era um ser com características próprias, não só as suas ideias e seus interesses
tinham de ser diferentes dos adultos; também o relacionamento rígido mantido pelos adultos
em relação a elas precisava ser modificado.
Com as suas ideias, Rousseau desmentiu de que a educação é um processo pelo qual a criança
passa a adquirir conhecimentos, hábitos e atitudes armazenados pela civilização, sem qualquer
modificação. Cada fase de vida: infância, adolescência, juventude e maturidade foi concebida
como portadora de características próprias, respeitando a individualidade de cada um.
A sua ideologia acentuava na educação escolar, como complemento da família e como meio
de preparação da educação para a vida.
Podemos dizer que ele psicologizou a educação, pois um século antes do surgimento da
psicologia infantil, Pestalozzi descobriu intuitivamente os princípios caracterizadores da
educação nova. Posteriormente, a Psicologia confirmou experimentalmente a afirmação do
autor, na medida em que diz que o papel parental é fundamental no desenvolvimento da
criança.
Ainda hoje o destino afectivo e social do indivíduo resulta da interacção física e psíquica entre
o sujeito e a família. Pestalozzi, foi assim, considerado mentor e reformador da escola
popular.
Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como pragmatismo,
embora ele preferisse o nome instrumentalismo - uma vez que, para essa escola de
pensamento, as ideias só têm importância desde que sirvam de instrumento para a resolução
de problemas reais. No campo específico da pedagogia, a teoria de Dewey se inscreve na
chamada educação progressiva. Um de seus principais objectivos é educar a criança como um
todo. O que importa é o crescimento - físico, emocional e intelectual.
O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos
ensinados. Actividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças
passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a
democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos
indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem. Dewey
defendia a democracia não só no campo institucional mas também no interior das escolas.
Competências do docente
Muitos dos docentes são contratados com base nessas competências sem qualquer
preocupação ou indicação do seu possível desempenho como docentes.
8.1) Ousar;
8.2) Gerenciar;
8.4) Envolver-se;
8.5) Avaliar.
Muitas vezes os professores universitários não tiveram uma formação pedagógica na área de
leccionação.
Os professores universitários têm como alunos jovens e adultos. Havia uma mentalidade em
que sendo adultos não precisam de motivação e nem de disciplina.
Como os alunos eram poucos a qualidade e o desempenho dos professores era inquestionável.
Hoje como há muitos alunos coloca-se a questão da qualidade de ensino e a capacitação dos
docentes. (Gil, 2007)
Muitos alunos apreciam a competência científica do professor mas criticam a sua didáctica.
Requisitos legais:
– Mestrado e Doutoramento
– Publicações
Requisitos pessoais:
Requisitos técnicos:
– Domínio da matéria
– Cultura geral