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Conceito de mimese:

O conceito de mimese é designado por uma faculdade


de imitar, ou seja, a cópia, reprodução ou
representação da natureza. Segundo a filosofia
aristotélica, a mimese consiste no fundamento de toda
a arte, no entanto, este conceito não faz somente parte
do processo artístico, mas também de toda a atividade
humana.
Podemos também verificar é complexo e autónomo. No
que diz respeito às artes, o artista vai-se destacar
através do método de imitar a realidade, temos o
exemplo da poesia, a música, dança.
Um exemplo bem patente nos dias de hoje de uma arte
milenar cada vez mais difundida no Mundo é o Yoga.
Todas as posições do Yoga imitam ou elementos da
natureza como a “montanha”, figuras humanas como o
“Guerreiro”, e animais “cobra, cão, gato…..”

Platão:
Segundo o conceito de Mimesis e Poesis
Sugere que mimesis passa por a imitação de imagens e
resultados da imaginação do artista perante a natureza
aparentemente. Ou seja produz aquilo que vê ou sente.
Então, se seguirmos Platão, a nível da poética,
concordamos em que a imitação fica a nível lexis.
Aristóteles:

Segundo Aristóteles, na poética, o poeta é um imitador


do real. 
Então, se seguirmos Aristóteles, concordamos que
todo o mundo está em causa e que não resta ao artista
senão descrever o mundo das coisas possíveis, ou
seja, da verosimilhança e não representações do real.
A mímesis tem uma visão do mundo necessariamente
dinâmica, isto é, não parte da ideia de uma imitação
passiva.

Ao longo dos tempos, vimos que esta dúvida continua


a surgir e que vários contemporâneos defendem a
teoria de Aristóteles. No entanto, em todos os casos,
fala-se de imitação como forma de representação do
mundo e não como uma forma de copiar uma técnica. 
Com efeito, todas estas observações fizeram com que
o conceito mimesis evolui-se e passa-se a ser visto
como uma replicação do que já existe, recontado, ou
seja, a passagem da transformação de um processo de
cópia que é inicialmente a definição de mimese para
uma repetição de uma visão aprendida na linguagem.
Passando o conceito de imitação para o conceito de
iconicidade para a literatura.

Evolução contemporânea:
Concluindo esta evolução, chegamos à mesma
terminação. Mimese é a imitação mas na tentativa de
representar o mundo real. 
Neste possivel mundo real, são sempre meras
possibilidades de interpretação.
Este termo vai sendo discutido ao longo dos anos e a
sua expressão é cada vez mais abrangente.
Reflexões finais:
A Mimese, como a entendemos, apresenta vantagens e
desvantagens. A vantagem é a inspiração de bons
modelos e obras que nos fazem mover nesse sentido.
Assim, esses modelos/obras não se encerram em si
próprios e vão evoluindo no universo dando resposta 
às necessidades contemporâneas.
A desvantagem é que, numa era em que o acesso à
informação e imagem é quase instantâneo,a
desmistificação dos seus conteúdos nem sempre
acontece ou é feita da melhor forma o pode incorrer
numa má utilização destas mesmas. Também
observamos que por vezes maus exemplos quando
acessíveis a públicos menos esclarecidos ou
vulneráveis pode favorecer a propagação.
Vantagens 
Aprendermos alguma coisa, crescer com essas
aprendizagens, distinguir o bem do mal.
Desvantagens
 Praticarmos o mal sem darmos por isso.
 Não sermos nós próprios.
 O que entendo por este texto é que toda a arte
imita o real, nada é criado a partir do vazio, como
o era defendido na filosofia Aristotélica.
 A própria representação do mundo para Platão
 Esta “imitação” não se prende unicamente ao
mundo artístico mas a toda a atividade humana.
 Esta mimesis vai mais longe quando aplicada á
própria concepção do Mundo e sua linguagem,
sugerindo que uma replicação do que já está
descrito, recontado, expresso na própria
linguagem…..( Falar neste caso de imitação do
mundo é aceitar que estamos apenas a repetir
uma visão aprendida na linguagem. A semiótica
contemporânea substituiu o conceito de imitação
pelo conceito de iconicidade nos estudos
literários )

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