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JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
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Núcleo de Educação a Distância
R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05
Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111
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JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes,
Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
3
Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
4
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
CAPÍTULO 03
PERÍODO DE DESCANSO
Os Intervalos _____________________________________________ 57
O Descanso Semanal Remunerado __________________________ 63
Feriados_______________________________________________________ 66
Férias__________________________________________________________ 67
Recapitulando_________________________________________________ 73
Fechando a Unidade ______________________________________ 77
Referências____________________________________________________ 79
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O presente módulo tem por objetivo estudar sobre a Jornada de
Trabalho com todas suas especificidades, da Necessidade de Registro do
Labor Diário, Cartão de Ponto, aos Intervalos e demais Descansos Conce-
didos, por Lei, pelo Empregador.
Destarte, no primeiro capítulo o estudo voltou-se para a Análise
da Jornada Móvel ou Variável, ou seja, ao Labor Intermitente que, em que
pese, tenha sido estudado na unidade sobre Contrato de Trabalho, aqui
será dado ênfase à questão das Horas Efetivamente Trabalhadas.
É missão do primeiro capítulo ainda estudar sobre o Tempo à
Disposição do Empregador, sobre o Controle de Jornada e o Registro de
Ponto, bem como sobre quais os Empregados que não estão submetidos
ao Controle de Jornada, como é o caso, do aluno leitor bem se lembra da
unidade sobre Contrato de Trabalho, do Teletrabalhador.
Terminando o capítulo primeiro estudar-se-á o Regime por Tempo
Parcial, os Turnos Ininterruptos de Revezamento, o Trabalho Noturno e a
Prontidão e o Sobreaviso.
Indo para o segundo capítulo, será analisada como ficaram as
famigeradas Horas In Itinere com o advento da Lei 13.467/2017 Reforma
Trabalhista e quais são as Hipóteses de Prorrogação de Jornada permitidas
por Lei ou Pela Jurisprudência, como é o caso da Necessidade Imperiosa.
Será feito um breve estudo sobre o Instituto da Compensação,
que muitos ainda possuem dúvidas como ocorre e quais as hipóteses le-
gais para que uma Jornada seja considerada Compensada, dispensando-
-se o Pagamento de Horas Extras. Aproveitando o tema, o capítulo dois
será fechado com a Análise da Jornada 12x36 com os novos contornos
dados pela Lei 13.467/2017.
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
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DURAÇÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO: QUESTÕES
INTRODUTÓRIAS
LIMITAÇÃO DA JORNADA
A duração ou Jornada de Trabalho caracteriza-se como sendo
o tempo em que o empregado está trabalhando ou aguardando ordens
do empregador, ou seja, à sua disponibilidade, em decorrência do ajus-
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Nascimento:
Engenheiro – 8 horas;
Médico – 8 horas;
Advogado – 4 horas diárias ou 20 semanais, salvo pacto de dedicação exclu-
siva em contrato de trabalho ou negociação coletiva;
Jornalistas – 5 horas, podendo ser prorrogado por até 7 horas, mediante
acordo escrito;
Operador cinematográfico – 6 horas;
Trabalhadores em minas de subsolo – 6 horas diárias e 36 semanais;
Telefonistas – 6 horas diárias e 36 semanais, sendo aplicável aos atendentes
de telemarketing, conforme entendimentos jurisprudenciais;
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Artistas profissionais – 6 horas diárias e 30 semanais;
Músicos – 5 horas diárias, sendo levado em consideração o tempo necessá-
rio para os ensaios, não podendo ultrapassar 6 horas em estabelecimentos
de diversões públicas onde atuam dois ou mais conjuntos, ou ainda 7 horas
em casos de força maior ou de festejos populares e serviço reclamando pelo
interesse nacional;
Técnicos em radiologia – 24 horas semanais;
Bancários – 6 horas, sendo de segunda a sexta-feira, contudo o sábado é
considerado dia útil não trabalhado. Frisa-se que, apara os que exercem fun-
ção de confiança o limite é de 8 horas diárias. Já o diretor geral de agência
não possui sua jornada controlada, conforme art. 62, II da CLT.
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Art. 4º, §2º da CLT: Por não se considerar tempo à disposição do
empregador, não será computado como período extraordinário o
que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco
minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o
empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso
de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem
como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para
exercer atividades particulares, entre outras:
I - práticas religiosas;
II - descanso;
III - lazer;
IV – estudo;
V – alimentação;
VI - atividades de relacionamento social;
VII - higiene pessoal;
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade
de realizar a troca na empresa.
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CONTROLE DE JORNADA E REGISTRO DE PONTO
A Jornada de Trabalho como regra, deve ser anotada em car-
tão de ponto, até mesmo para aferir a quantidade de horas laboradas e
a contraprestação financeira dada pelo empregador.
Ocorre, contudo, que a anotação somente passa a ser obri-
gatória caso o estabelecimento do empregador conte com mais de 20
empregados, sendo inferior a este número o registro de ponto se torna
facultativo.
O registro de ponto compreende o horário de entrada e saída
e pode ser feito em meio manual, mecânico ou eletrônico, podendo os
intervalos intrajornadas serem pré-assinalados.
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exceção, contudo naquele momento por negociação coletiva. Vejamos:
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SAIBA MAIS: Acesso o Acórdão na íntegra em:
http://aplicacao4.tst.jus.br/consultaProcessual/consulta-
TstNumUnica.do;jsessionid=CC42F15083A951D1441BE2313A-
CEE23C.vm152?conscsjt=&numeroTst=1001704&digitoTst=59&anoTs-
t=2016&orgaoTst=5&tribunalTst=02&varaTst=0076&consulta=Consultar
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EMPREGADOS NÃO SUBMETIDOS AO CONTROLE DE JORNADA
Embora a maioria dos empregados estejam submetidos ao
controle de jornada e deste controle possuem o direito de percepção
de eventuais horas extras prestadas, alguns empregados fogem à essa
regra não estando submetidos ao controle por seu empregador.
Basicamente são três casos em que os empregados não estão
submetidos ao controle de jornada. Estes casos estão previstos no art.
62 da CLT.
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empre-
gados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de
confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior
ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
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tor e chefe de departamento.
Pelo narrado, resta evidente que é impossível, controlar a jor-
nada de um gestor, vez que incompatível com a natureza do próprio
cargo já que possuem ampla liberdade de entrada e saída.
Como não se limitam à jornada de 8 (oito) horas, consequente-
mente não fazem jus ao pagamento de horas extras, adicional noturno
ou intervalos, já que o próprio empregado diferenciado, em tese, faz sua
jornada.
O último caso é o empregado em Regime de Teletrabalho5, que
com o advento da lei 13.467/2017 foram excluídos do controle de jorna-
da, vez que exercem, na teoria, seus serviços fora do domínio e controle
do empregador.
Antes da Reforma Trabalhista o teletrabalhador, provando a
consecução de seus serviços em labor extraordinário, ou seja, ultra-
passando o módulo de 8 horas e 44 semanais, poderia ter a seu favor
o recebimento de horas extras, o que caiu com a entrada em vigor da
nova legis.
Importante que o aluno rememore e revise o tema referente ao
teletrabalho, como visto na unidade referente ao estudo do contrato de
trabalho, sendo indicada a leitura dos artigos 75-A a 75-E da CLT.
Note-se que o regime de tempo parcial tipificado na CLT existe somente com
respeito a obreiros naturalmente inseridos na jornada padrão de 8 horas ao
dia e correspondente módulo de 44 horas na semana — mas que, singular-
mente, sejam contratados para duração de labor até 25 horas semanais. O
regime mencionado não abrange, é óbvio, empregados que tenham jorna-
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da especial reduzida por força de norma jurídica própria (ilustrativamente,
jornalistas profissionais e radialistas — estes do setor de autoria e locução
—, todos com duração diária de trabalho de 5 horas). É que nestes casos a
jornada foi reduzida pela lei em vista do trabalho especialmente desgastante
de tais profissionais —, o que não ocorre na situação aventada pelo regime
de tempo parcial. (DELGADO, 2017, p. 1.060)
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Sobre o instituto da compensação, tem-se que as horas su-
plementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas
diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução,
devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subse-
quente, caso não sejam compensadas, conforme estabelece o §5º do
mesmo artigo.
No que tange às férias, é facultado ao empregado contratado
sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a
que tiver direito em abono pecuniário, sendo certo que as férias do regi-
me de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 da CLT, sen-
do, portanto revogado o anterior art. 130-A da CLT pela Lei 13.467/2017.
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(seis) horas, acabarem ocorrendo da forma tradicional, ou seja, jorna-
das de 8 (oito) horas, o que desgasta e muito o trabalhador.
A jornada reduzida para essa modalidade de labor se justifica,
notadamente, na questão do maior desgaste físico do empregado e na
instabilidade de seu convício social e com sua família, vez que progra-
mar coisas triviais do dia a dia, ficam praticamente impossíveis.
Em todo caso é assegurado direito ao intervalo intrajornada,
ou seja, aquele destinado ao repouso e alimentação do empregado e
sua não observância gerará o dever do empregador indenizar o período
acrescido de 50%, tendo em vista que a lei 13.467/2017 retirou a natu-
reza salarial da supressão do intervalo intrajornada.
Em caso de labor noturno será devido o respectivo adicional,
além da jornada reduzida de 52 minutos e 30 segundos, conforme OJ
395 da SDI-1 do TST6.
Outrossim, ainda que o empregado não se submeta a três tur-
nos de horários diferentes, a simples alternância de horários em período
diurno e noturno dá direito a jornada reduzida de 6 horas, nos termos da
OJ 360 da SDI-1 do TST7.
TRABALHO NOTURNO
Com relação à jornada noturna tem-se esta caracterizada como
sendo aquela onde os serviços são prestados entre as 22h00min de um
dia e as 05h00min do dia seguinte.
Sobre o tema o brilhante professor Maurício Godinho Delgado
explana:
7 Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce
suas atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que
compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância de
horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma
ininterrupta.
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que convive, tornando especialmente penosa para o obreiro a transferência
de energia que procede em benefício do empregador. (DELGADO, 2017, p.
1.063)
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PRONTIDÃO E SOBREAVISO
O tempo de Prontidão caracteriza-se como sendo aquele em
que o empregado ferroviário embora o termo trazido pelo art. 244 da
CLT, tal artigo acabou por ser utilizado por analogia para diversas ca-
tegorias fica nas dependências da empresa ou via férrea aguardando
ordens.
Nesse caso o empregado não está efetivamente trabalhando,
mas fora de casa, nas dependências do seu empregador, com sua dis-
ponibilidade de tempo, portanto, restringida.
Bem por isso, a CLT8 estipulada que nessa hipótese o tempo
a disposição integra o tempo de serviço, mas o empregador ficará obri-
gado a remunerar o empregado à base de 2/3 (dois terços) do salário
hora normal.
Frisa-se que, o limite máximo em regime de prontidão é de 12
horas consecutivas.
Cumpre observar ainda que, conforme art. 244, §4º da CLT,
quando, no estabelecimento ou dependência em que se achar o em-
pregado, houver facilidade de alimentação, as doze horas do regime de
prontidão, poderão ser contínuas. Quando não existir essa facilidade,
depois de seis horas de prontidão, haverá sempre um intervalo de uma
hora para cada refeição, que não será, nesse caso, computada como
de serviço.
No caso dos aeronautas, o tempo de prontidão é nominado de
reserva e a remuneração ocorre como uma hora normal de trabalho,
não tendo a limitação de 2/3, nos termos da Lei 13.475/2017, art. 44,
§1º.
Já o Sobreaviso é o período em que o trabalhador permanece
em sua residência aguardando o chamado do empregador para que JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
preste serviço.
8 Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobreaviso
e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados
que faltem à escala organizada.
[...]
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Embora tenha limitada a disponibilidade de seu tempo este en-
contra-se em sua casa, portanto as horas em sobreaviso são remune-
radas na base de 1/3 da hora normal. O limite, contudo, é maior, sendo
permitido que o empregado fique por até 24 horas aguardando o cha-
mado do empregador.
Nas palavras do professor Amauri Mascaro Nascimento pode
ser conceituado da seguinte forma:
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a qualquer momento deverá receber na modalidade de sobreaviso.
Contudo, é importante mencionar que a simples utilização de
instrumentos informatizados ou eletrônicos disponibilizados pelo em-
pregador não configura o regime de sobreaviso Súmula 428, I do TST.
Por fim, destaca-se que, no sobreaviso ou na prontidão, uma
vez convocado e iniciando a execução dos serviços, tais horas deverão
ser pagas de forma integral.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2018 - MPU
- Analista do MPU – Direito
À luz da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e do entendi-
mento dos Tribunais Superiores, julgue o item a seguir, referente
a aspecto pertinente ao Contrato de Trabalho.
O empregado que ocasionalmente trabalhar no período das 20 h
de um dia até às 8 h do dia seguinte terá direito ao recebimento
do adicional noturno, inclusive com relação às três últimas horas
trabalhadas.
( ) Certo.
( ) Errado.
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR
Prova: NC-UFPR - 2018 - Câmara de Quitandinha - PR - Advogado
Sobre o Trabalho Noturno, é incorreto afirmar:
A) Terá remuneração superior à do diurno, e, para esse efeito, sua re-
muneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos,
sobre a hora diurna.
B) A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e
30 segundos.
C) Considera-se noturno o trabalho executado entre as 22 horas de um
dia e as 5 horas do dia seguinte.
D) A transferência para o período diurno de trabalho não implica a perda
do direito ao adicional noturno.
E) É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado
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ao regime de revezamento.
QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 15ª Região (SP) Prova: FCC
- 2018 - TRT - 15ª Região (SP) - Técnico Judiciário - Área Adminis-
trativa
Com relação à Jornada de Trabalho, considere:
I. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas ex-
tras, em número não excedente de duas, por acordo individual,
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Se for celebra-
do o banco de horas por acordo individual escrito, a compensa-
ção ocorrerá no período máximo de seis meses. II. Os empregados
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sujeitos ao regime de tempo parcial, sob qualquer duração, são
proibidos de prestar horas extras. III. Os empregados em regime
de teletrabalho estão excluídos do controle de jornada de trabalho,
não tendo direito a horas extras, mesmo que forem prestadas.
Está correto o que consta de:
A) I, II e III.
B) I e III, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I e II, apenas.
E) I, apenas.
QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 2ª REGIÃO (SP) Prova: FCC
- 2018 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área Adminis-
trativa
Considere as seguintes hipóteses:
I. Trabalho de 28 horas semanais, sem a possibilidade de horas
suplementares semanais.
II. Trabalho de 30 horas semanais, com a possibilidade de horas
suplementares semanais.
III. Trabalho de 25 horas semanais, com a possibilidade de acrésci-
mo de até seis horas suplementares semanais.
IV. Trabalho de 27 horas semanais, com a possibilidade de acrésci-
mo de até seis horas suplementares semanais.
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, consideram-
-se trabalho em Regime de Tempo Parcial aqueles indicados ape-
nas em:
A) III e IV.
B) I e II.
C) I e III. JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ)
Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa
Maria foi contratada pela empresa Confeitaria Doces Artesanais
para trabalhar como atendente, com jornada das 12h às 21h e com
uma hora de intervalo para repouso e alimentação. Ocorre que,
durante todo o contrato de trabalho, o qual perdurou um ano, o
empregador requisitou à empregada que ela laborasse no estabe-
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lecimento das 12h às 23h, com uma hora de intervalo, pois não
tinha interesse em contratar novo empregado, com a justificativa
de serem muito altos os débitos trabalhistas. Nesse período em
que Maria laborou para a empresa, somente recebeu o valor de um
salário mínimo, conforme pactuado no contrato. Nesse sentido, é
correto afirmar que Maria tem direito ao:
A) Recebimento somente do adicional de horas extras no importe de,
pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
B) Recebimento do adicional de horas extras no importe de, pelo me-
nos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal e paga-
mento do adicional noturno com acréscimo de, pelo menos, 20 % (vinte
por cento) sobre a hora diurna, computando a hora noturna como 50
minutos e 30 segundos.
C) Recebimento do adicional de horas extras no importe de, pelo me-
nos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal e pagamento
do adicional noturno com acréscimo de, pelo menos, 20% (vinte por
cento) sobre a hora diurna, computando a hora noturna como 52 minu-
tos e 30 segundos.
D) Recebimento do adicional de horas extras no importe de, pelo me-
nos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal e pagamento
do adicional noturno com acréscimo de, pelo menos, 25% (vinte e cinco
por cento) sobre a hora diurna, computando a hora noturna como 52
minutos e 30 segundos.
E) Recebimento do adicional de horas extras no importe de, pelo me-
nos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal e pagamento
do adicional noturno com acréscimo de, pelo menos, 25% (vinte e cinco
por cento) sobre a hora diurna, computando a hora noturna como 50
minutos e 30 segundos.
QUESTÃO 6
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
TREINO INÉDITO
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C) A duração da jornada estipulada em lei pode ser acrescida de no
máximo duas horas, devendo ocorrer o pagamento com adicional de no
mínimo 50%.
NA MÍDIA
tras por ventura laboradas, pois exceção prevista no artigo 62, I da CLT,
refere-se a empregados cuja atividade seja incompatível com o controle
de horário”, afirmou o relator.
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Fonte: Conjur
Data: 14 mar. 2019.
Leia a notícia na íntegra:
https://www.conjur.com.br/2019-mar-14/empresa-controla-jornada-tra-
balho-externo-nao-afasta-hora-extra
NA PRÁTICA
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O LABOR
EXTRAORDINÁRIO
A HORA EXTRA
A Hora Extra ou Labor Extraordinário é aquele prestado de
forma excedente ao limite de 8 (oito) horas diárias ou 44 (quarenta e
quatro) horas semanais. Assim, via de regra, quando um empregado
laborar a partir da 8ª hora em uma mesma jornada de trabalho diário ou
a partir da 44ª em uma semana, esse labor deverá ser remunerado com
acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora normal, conforme
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
art. 59, §1º da CLT: “A remuneração da hora extra será, pelo menos,
50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal”.
O artigo 59 da CLT impõe ainda que serão possíveis a realiza-
ção de duas horas extras diárias, ou seja, apenas mais duas horas além
do limite estipulado para a jornada de trabalho do empregado.
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Horas extraordinárias são as excedentes das normais estabelecidas em um
dos instrumentos normativos ou contratuais aptos para tal fim, de modo que
a regra básica da sua verificação não é a da invariabilidade, mas a da plurali-
dade da sua configuração, porque tanto excederão as horas normais aquelas
que ultrapassarem a lei como as leis fixam diferentes jornadas normais, e,
ainda, os convênios coletivos podem, por seu lado, respeitados os máximos
legais, determinar, fruto da autonomia coletiva as partes, outros parâmetros
que os contratos individuais não podem, por sua vez, desrespeitar in pejus.
A lei brasileira permite horas extraordinárias em cinco casos: acordo de pror-
rogação, sistema de compensação, força maior, conclusão de serviços inadi-
áveis e recuperação das horas de paralisação. (NASCIMENTO, 2014, 585).
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Art. 64 da CLT. O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista,
será obtido dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do traba-
lho, a que se refere o art. 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa
duração.
Parágrafo único. Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-se-á
para o cálculo, em lugar desse número, o de dias de trabalho por mês.
trabalho”.
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Conforme Súmula 291 do TST, “A supressão total ou parcial,
pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade,
durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à
indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimi-
das, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a
seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo
observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) me-
ses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia
da supressão”.
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
No sistema de Compensação de Jornada basicamente ocorre
à distribuição das horas excedentes trabalhadas em um dia para outro
em dia em que o labor será menor ou sequer ocorrerá à prestação de
serviços a depender da quantidade de horas a compensar.
Como regra temos o instituto da compensação descrito no art.
59, §2º da CLT, que resumidamente informa que poderá ser dispensado
10 Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros
mencionados no capítulo “Da Segurança e da Medicina do Trabalho”, ou que neles venham a ser
incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só pode-
rão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do
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trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos
métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias
federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.
Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de traba-
lho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.
11 Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades com-
petentes do Ministério do Trabalho;
12 Norma coletiva não pode autorizar regime de 12x36 em atividade insalubre, diz TST.
Disponível em: https://www.conjur.com.br/2018-out-10/norma-coletiva-nao-autorizar-regime-12x-
36-area-insalubre.
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o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva
de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela cor-
respondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no
período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
Outrossim, importa mencionar que a inobservância das regras
estipuladas para a compensação de jornada, mesmo se feita por acor-
do tácito mera vontade das partes pela prática de atos reiterados, sem
contudo, existir algo documentado expresso, não ocorrerá o pagamento
novamente das horas extras excedentes à jornada normal diária, caso
não tenha sido ultrapassada a duração máxima semanal sendo devido
tão somente o respectivo adicional de horas extras.
Art. 59-B da CLT - O não atendimento das exigências legais para compensa-
ção de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não
implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal
diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas
o respectivo adicional.
14 Art. 413 - É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo:
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horas semanais.
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sação ser feita dentro de um ano.
Art. 59, §2º da CLT - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por
força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em
um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de ma-
neira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas
semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de
dez horas diárias.
Art. 59, §5º da CLT - O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá
ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra
no período máximo de seis meses.
HORAS IN ITINERE
Urge esclarecer que antes da Reforma Trabalhista Lei
13.467/2017 o período destinado ao descanso não era remunerado,
ocorre que, no caso do percurso do empregado e a empresa estivesse
em local de difícil acesso e não servido por transporte público e forne-
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cesse o transporte ao empregado, este tempo seria computado como
sendo à disposição do empregador, sendo nesse caso, devidas as ho-
ras como efetivamente laboradas, chamadas assim de Horas In Itinere.
Veja que era necessário a reunião de todos os elementos aci-
ma citados, local de difícil acesso, não servido por transporte público e
concessão de transporte pelo empregador, que a partir do ingresso no
veículo estaria sob os domínios da empresa, e, portanto, à sua disposi-
ção. Assim, não bastava a mera insuficiência ou inexistência de trans-
porte público para caracterizar o dever de pagamento de horas in itinere
ao empregado.
Havia também possibilidade de fixação de tempo médio do
percurso, ou seja, da jornada in itinere para facilitar ao empregador afe-
rir as horas e poder pagá-las ao empregado.
Com o advento da Lei 13.467/2017 não há mais a previsão de
Horas In Itinere no ordenamento jurídico, sendo alterado o parágrafo
segundo do art. 58 da CLT e revogado o parágrafo terceiro para prever
que o tempo que o empregado despende de sua casa até a afetiva
ocupação do posto de trabalho e para seu retorno a seu lar, mesmo que
empregador forneça o transporte, não será tido como tempo à disposi-
ção da empresa, não sendo, portanto, remunerado.
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
44
COMO ERA COMO FICOU
Art. 58, §2º da CLT - O tempo Art. 58, §2º da CLT - O tempo
despendido pelo empregado despendido pelo empregado
até o local de trabalho e para o desde a sua residência até a
seu retorno, por qualquer meio efetiva ocupação do posto de
de transporte, não será com- trabalho e para o seu retorno,
putado na jornada de trabalho, caminhando ou por qualquer
salvo quando, tratando-se de meio de transporte, inclusive
local de difícil acesso ou não o fornecido pelo empregador,
servido por transporte público, não será computado na jor-
o empregador fornecer a con- nada de trabalho, por não ser
dução. tempo à disposição do empre-
gador.
45
A JORNADA 12X36
A partir da entrada em vigor da Lei 13.467/2017 tornou-se com-
pletamente possível que as partes, por acordo individual escrito ou por
negociação coletiva (ACT ou CCT) estabeleçam horário de trabalho de
12 horas seguido de 26 horas de descanso ininterrupto jornada 12x36.
Com relação ao intervalo intrajornada, ou seja, aquele desti-
nado ao repouso ou alimentação, estes poderão ser indenizados ou
respeitados, a depender de como restou acordado.
No que tange à remuneração pactuada, tem-se que esta já
compreende o pagamento devido pelo descanso semanal remunerado
e pelo descanso em feriados.
Como já tratado em item anterior, é dispensada pela lei, embo-
ra questionado pela Jurisprudência do TST, a necessidade de licença
prévia para a prestação de serviços em jornadas 12x36 no caso de
atividades insalubres.
Não é exigida ainda autorização ou licença prévia para a insti-
tuição da jornada 12x36, bastando acordo entre as partes ou negocia-
ção coletiva.
46
resta superada pelo advento da nova legis.
JORNADA DO BANCÁRIO
Conforme esclarece CORREIA (2019, p. 972), o Contrato de
Trabalho dos Bancários possui aspectos diferenciadores dos demais,
repercutindo consequentemente duração de suas atividades.
De forma simples, podemos mencionar que o bancário possui
jornada de 6 (seis) horas diárias ou 30 (trinta) semanais, conforme art.
224 da CLT17. Outrossim, é tida por jornada normal de trabalho o de-
sempenho das funções das 07h00min às 22h00min com 15 minutos de
intervalo intrajornada para repouso e alimentação.
Conforme outrora mencionado o bancário que desempenha a
gerência geral da agência bancária autoridade máxima local e que per-
ceba gratificação não inferior a 40% do seu salário não está submetido
ao controle de jornada, logo não faz jus a jornada reduzida de 6 horas
diárias ou 30 semanais, tampouco se limita a jornada geral de 8 (oito)
horas diárias ou 44 (quarenta e quatro) semanais, não podendo pleitear
horas extras, nos termos do art. 62, II da CLT e do informativo 22 do
TST.
47
Augusto César Leite de Carvalho, José Roberto Freire Pimenta e Delaíde
Miranda Arantes. TST-ERR-82700-69.2006.5.04.0007, SBDI-I, rel. Min. Lelio
Bentes Corrêa, red. p/ acórdão Min. João Oreste Dalazen, 20.09.2012
48
Empregados de cooperativas de crédito, nos termos da OJ 379
da SDI-1 do TST: “Os empregados de cooperativas de crédito não se
equiparam a bancário, para efeito de aplicação do art. 224 da CLT, em
razão da inexistência de expressa previsão legal, considerando, ain-
da, as diferenças estruturais e operacionais entre as instituições finan-
ceiras e as cooperativas de crédito. Inteligência das Leis n° 4.595, de
31.12.1964, e 5.764, de 16.12.1971”.
Empregados que pertençam a categorias diferenciadas, ou
seja, que possuem regramento próprio, conforme Súmula 117 do TST:
“Não se beneficiam do regime legal relativo aos bancários os emprega-
dos de estabelecimento de crédito pertencentes a categorias profissio-
nais diferenciadas”.
Empregados contratados como vigilantes, conforme Súmula
257 do TST: “O vigilante, contratado diretamente por banco ou por in-
termédio de empresas especializadas, não é bancário”.
49
a)180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no
caput do art. 224 da CLT;
50
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: FEPESE Órgão: PGE-SC Prova: FEPESE - 2018 -
PGE-SC - Procurador do Estado
A respeito das Normas que Regulamentam a duração do trabalho,
assinale a alternativa correta.
A) É ilegal o regime de compensação de jornada estabelecido por acor-
do individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.
B) É vedado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial
converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono
pecuniário.
C) O tempo despendido pelo empregado para ir e retornar do trabalho,
inclusive por meio de transporte fornecido pelo empregador, não será
computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do
empregador.
D) A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer
atividade privada, não excederá de dez horas diárias, desde que não
esteja fixado expressamente outro limite.
E) As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal se-
rão pagas com o acréscimo de 25% sobre o salário-hora normal, en-
quanto a remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% superior à
da hora normal.
QUESTÃO2
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 2ª REGIÃO (SP) Provas: FCC
- 2018 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário – Tecnologia da
Informação
Silvana, estudante de direito, está muito interessada nas modifica- JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: CS-UFG Órgão: SANEAGO - GO Prova: CS-UFG
- 2018 - SANEAGO - GO - Advogado
No ato da celebração de um Contrato Individual de Trabalho foi
pactuado entre empregado e empregador acordo individual escri-
to, prevendo a possibilidade de prorrogação e compensação da
jornada de trabalho pelo sistema do banco de horas. Considerando
as disposições contidas na Consolidação das Leis do Trabalho:
A) O acordo não é válido, pois a compensação pelo sistema do banco
de horas deve ser ajustada mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho.
B) O acordo é desnecessário, pois a prorrogação e compensação da
jornada independem da anuência do empregado.
C) O acordo é válido, desde que a compensação ocorra no período
máximo de seis meses.
D) O acordo é válido, mas a compensação por este sistema dever ser
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 4
TST 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA
Segundo a legislação trabalhista, a duração normal do trabalho po-
derá ser acrescida de horas suplementares, desde que:
A) Os empregados trabalhem em regime de tempo parcial.
B) A importância da remuneração da hora extraordinária seja no mínimo
50% do valor da hora normal.
C) A importância da remuneração da hora extraordinária seja de pelo
menos 100% superior ao valor da hora normal.
D) Não exceda quatro horas diárias, mediante acordo escrito entre
52
empregador e empregado, sendo duas horas no início e duas no final
da jornada de trabalho.
E) Por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de
horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em
outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à
soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapas-
sado o limite máximo de 10 horas diárias.
QUESTÃO 5
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: FCC - 2017 - TST - Ana-
lista Judiciário – Área Judiciária
Vênus é empregada da empresa Raio de Luar Indústria e Comércio
de Embalagens Ltda. que fornece condução para os 30 emprega-
dos irem e voltarem da fábrica, descontando do salário dos empre-
gados a quantia de R$ 20,00 mensais, para custos operacionais.
A rede de transporte público regular é insuficiente para atender
à localidade onde está situada a empresa. Considerando a Lei n°
13.467 de 2017, Vênus:
53
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
Para a atuação prática busque os meios devidos para blindar seu cliente
empregador de eventuais Reclamações Trabalhistas por mero descui-
do. Neste capítulo foi visto que com a Reforma Trabalhista passa a ser
desnecessário a existência de licença prévia para prorrogação de jor-
nada em atividades insalubres desde que se trata de jornada 12x36 ou
nos demais casos que exista negociação coletiva (ACT ou CCT), ainda
assim o TST vem se posicionando em sentido contrário à lei. Desta for-
ma, é bastante interessante que o empregador busque a licença prévia
em todos os cenários, mesmo quando dispensável, assim evita maiores
complicações e tempo desnecessário enfrentando lides trabalhistas.
55
PERÍODOS DE DESCANSO
No presente e último capítulo serão abordados sobre os
Perídos de Descanso concedidos pelo empregador por determinação
legal, sendo que estes períodos vão desde os intervalos até a conces-
são de férias.
A concessão de períodos de descanso vai muito além do pre-
miar o empregado que assiduamente laborou durante toda uma sema-
na, como é o caso do valor pago à título de descanso semanal remune-
rado ou mesmo das férias para aqueles que laboraram por um ano se
empenhando em prol dos negócios de seu empregador. A questão dos
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
56
da vida contemporânea, e é uma resposta à violência que se instaurou na
sociedade, ao isolamento, à necessidade do ser humano de encontrar-se
consigo e com o próximo, sendo essas, entre outras, as causas que levam
a legislação a disciplinar a duração do trabalho e os descansos obrigatórios.
A limitação do tempo de trabalho é definida em função do fator dia, semana,
mês e ano, daí a disciplina legal sobre jornada diária de trabalho e os má-
ximos permitidos pelas leis ou pelas convenções coletivas de trabalho e os
intervalos de descanso e alimentação, o direito ao repouso semanal remune-
rado, o direito ao descanso anual por meio das férias remuneradas, tem por
finalidade atender a essas necessidades.
Discute-se se a redução da jornada de trabalho pode contribuir para o mes-
mo fim. Isso tem motivado iniciativas, em alguns sistemas jurídicos, de ex-
periências para a diminuição do tempo semanal de trabalho. A redução, na
França, com um grau acentuado de atenção do Governo e de planejamento
legal, tem sido cenário, ultimamente, de pleitos sindicais crescentes e de
inúmeros debates, técnicos e ideológicos, manifestando variedades de enfo-
ques. A proposta de redução do tempo de trabalho não se limita à função so-
cial de melhoria da qualidade de vida. Outros fins são acoplados ao mesmo
pleito. O segundo deles é a redução do desemprego como forma de repartir
os empregos para que o maior númerode pessoas possa ter acesso ao em-
prego. (NASCIMENTO, 2014, p. 578).
OS INTERVALOS
Os intervalos podem ser conceituados como pequenos interreg-
nos que possuem por finalidade precípua a recuperação do empregado,
favorecendo sua recuperação física e mental para uma nova etapa da
mesma jornada diária intervalo intrajornada ou para uma nova jorna-
da intervalo interjornada. Visa ainda evitar o aparecimento de doenças
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
O Intervalo Intrajornada
57
Os intervalos intrajornadas são períodos de descanso regularmente concedi-
dos durante a jornada de trabalho, em que o empregado deixa de trabalhar e
de estar à disposição do empregador.
Podem ser remunerados ou não remunerados, conforme sejam ou não com-
putados na duração da jornada de trabalho.
Os intervalos intrajornadas visam permitir que o empregado recupere suas
energias durante os períodos de cumprimento da jornada de trabalho. “Seus
objetivos, portanto, concentram-se essencialmente em torno de considera-
ções de saúde e segurança do trabalho, como instrumento relevante de pre-
servação da higidez física e mental do trabalhador ao longo da prestação
diária de serviços (ROMAR, 2018, p. 391).
58
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório
um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro)
horas.
horas.
Já em se tratando dos motoristas profissionais e diante de lei
específica (13.103/2015) é possível que os intervalos ocorram da forma
estipulada no art. 71, §5º da CLT.
Art. 71, §5º da CLT - O intervalo expresso no caput poderá ser redu-
zido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o poderá ser fra-
cionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora tra-
balhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em
convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço
e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submeti-
dos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e
afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados
59
no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remunera-
ção e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada
viagem. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015).
60
hora do descanso e isto importar em acréscimo de horas trabalhadas no final
do dia, isto é, não terá o trabalhador direito a uma hora paga como descanso
suprimido e outra como hora extra pelo trabalho além da jornada, ambas
com acréscimo de 50%. A se pensar de outra forma o empregador pagaria
duas vezes o mesmo intervalo trabalhado (mesmo fato gerador), o que é
refutado pelo direito. Assim, se o empregado trabalhou na hora de intervalo e
compensou, saindo mais cedo do serviço, não trabalhando além da jornada
normal, receberá apenas 50% sobre a hora suprimida, pois já recebeu pela
hora trabalhada, uma vez que seu salário foi ajustado para a jornada labo-
rada. Defendemos que esta é uma hora extra (ficta) e, portanto, deveria ter
natureza salarial. Todavia, de forma diversa, o TST se posicionou à época,
defendendo que o intervalo total ou parcialmente suprimido, compensado ou
não, daria direito ao empregado urbano ou rural ao pagamento integral, cujo
valor tem natureza salarial – Súmula 437 do TST.
Entrementes, a Lei 13.467/2017 alterou a redação do § 4º do art. 71 da CLT
para determinar o pagamento apenas da parte suprimida e de natureza inde-
nizatória. Com isso, ressuscitará a discussão se deve ser pago apenas uma
vez, por ser um só fato gerador (trabalho no intervalo), ou duas vezes, uma
como penalidade (de natureza indenizatória) e outra como extra (de natureza
salarial). (CASSAR, 2018, p. 115).
61
b) Trabalho em minas de subsolo, sendo o intervalo de 15 mi-
nutos a cada 3 horas consecutivas trabalhadas, conforme art. 298 da
CLT;
c) Trabalho em câmaras frigoríficas, sendo o intervalo de 20
minutos a cada 1h40min trabalhadas, conforme art. 253 da CLT.
Outrossim, impende mencionar que os intervalos concedidos
por mera liberalidade do empregador serão tidos como tempo à disposi-
ção e, portanto, remunerados, vez que não previstos em lei, elastecen-
do consequentemente o término da jornada do empregado.
O Intervalo Interjornada
Os intervalos interjornadas são aqueles que devem ser concedidos pelo em-
pregador entre o término de uma jornada de trabalho e o início de outra ou,
ainda, entre o término de uma semana de trabalho e o início da semana
subsequente. Portanto, são intervalos que têm incidência diária e semanal,
podendo ser não remunerados ou remunerados. Estes intervalos também
têm por objetivo a proteção da saúde e da integridade física do trabalhador
à medida que visam recuperar as energias gastas no cumprimento de sua
jornada diária e de sua jornada semanal. (ROMAR, 2018, p. 395).
62
a OJ 355 da SDII-1 do TST e Súmula 110 do TST, no que se refere ao
intervalo interjornada somado ao descanso semanal remunerado nos
casos de regime de revezamento.
63
ção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento,
mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.
64
já remunerados nesses dias de repouso, desde que possuem direito à
remuneração do domingo.
Também se consideram remunerados os dias de repouso se-
manal do trabalhador mensalista ou quinzenalista que possuem o cál-
culo de seu salário mensal ou quinzenal ou mesmo os descontos por
falta efetuados na base de número de dias do mês ou 30 (trinta) e 15
(quinze) diárias, respectivamente.
Embora a regra constante na CF/88 traga que o descanso
deve ocorrer preferencialmente aos domingos, é possível ser fruído em
outro dia da semana no caso da empresa ser autorizada a funcionar aos
domingos.
65
FERIADOS
Os Feriados são dias de descanso estipulados por força de
lei, podendo ser civis ou religiosos e sua concessão e forma de cálculo
observa os mesmo requisitos do descanso semanal remunerado.
Ainda assim, importante não confundir feriado com o descanso
semanal, pois mesmo parecidos em suas regras, o motivo justificante
de sua concessão é diferente.
As regras estão previstas também na Lei 605/1949 e no De-
creto n° 27.048/49, sendo obrigatória a concessão do dia de descanso
sob de pena de pagamento em dobro, caso não compensado dentro da
semana.
A Lei 9.093/1995 trata sobre os feriados, destacando que:
O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem
prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.
66
vel o labor em feriados desde que autorizado por negociação coletiva
de trabalho e observada a legislação municipal nos termos do art. 6º-A
da lei 10.101/2000.
Assim como no caso do descanso semanal remunerado, nas
jornadas 12 x 36, a remuneração mensal ajusta abrange o pagamento
devido pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feria-
dos, e serão considerados compensados os feriados, nos termos do art.
59-A, § 1º, CLT.
FÉRIAS
Com relação ao direito às Férias, tem-se este como sendo o
período de descanso no qual o empregado além de se reestabelecer
física e mentalmente, pode ainda desfrutar de maior convício social.
É caso de interrupção do contrato de trabalho, vez que o
empregado embora esteja descanso e longe de suas atividades, há
contraprestação do empregador, ou seja, pagamento de salários e
nesse caso acrescido de 1/3.
Conforme ROMAR (2018, p. 402):
67
e da integridade física do empregado, vez que o que o repouso a ser
gozado nesse período visa recuperar as energias gastas e permitir que
o trabalhador retorne ao serviço em melhores condições físicas e men-
tais do que saiu.
Nesse mesmo sentido para DELGADO:
A previsão legal das Férias vem capitulada no art. 7º, inciso XVII
da CF, asseverando que é direito do trabalhador urbano, rural e doméstico
“gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal”.
A previsão infraconstitucional vem na CLT nos arts. 129 e seguin-
tes, e no Decreto n° 3.197/99, responsável pela promulgação da Conven-
ção n° 132 da OIT, sobre Férias.
As férias são irrenunciáveis, sendo, como já visto, dever do em-
pregado se manter em repouso e se abster de prestar serviços para outro
empregador. Não podendo, dessa forma, substituir o direito a férias inte-
gralmente por dinheiro venda de férias, observada a possibilidade de con-
versão tão somente de 1/3 abono pecuniário, conforme art. 143 da CLT.
68
Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de
férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que
lhe seria devida nos dias correspondentes.
Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o con-
cedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da
empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de
vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os
efeitos da legislação do trabalho.
69
Outrossim, nos termos do art. 131 da CLT não será considera-
da falta ao serviço, para os efeitos da proporção de férias a ser concedi-
da ao empregado, ou seja, serão consideradas como faltas justificadas,
a ausência do empregado:
a) Nos casos referidos no art. 47323;
b) Durante o licenciamento compulsório da empregada por mo-
tivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percep-
ção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social;
c) Por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada
pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), excetuada a hipótese
do inciso IV do art. 133;
d) Justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que
não tiver determinado o desconto do correspondente salário;
e) Durante a suspensão preventiva para responder a inquérito
administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou
absolvido;
f) Nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese
do inciso III do art. 133.
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue
devidamente comprovada
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respec-
tiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra
“c” do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para in-
gresso em estabelecimento de ensino superior
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindi-
cal, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o
período de gravidez de sua esposa ou companheira
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames
preventivos de câncer devidamente comprovada.
70
b) permanecer em gozo de licença, com percepção de salários,
por mais de 30 (trinta) dias;
c) deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de
30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços
da empresa;
d) tiver percebido da Previdência Social prestações de aciden-
te de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora
descontínuos.
71
A Reforma Trabalhista trouxe ser impossível as férias se inicia-
rem no período de dois dias que antecede feriado ou descanso semanal
remunerado.
As férias são calculas com base em todas as parcelas de na-
tureza salarial, habitualmente pagas ao empregado, correspondendo à
remuneração que seria devida ao trabalhador no mês da concessão,
acrescida do terço constitucional, conforme art. 7º, XVII da CF/88.
Se concedidas as férias fora do período concessivo o empre-
gador deverá remunerá-las em dobro, conforme art. 137 da CLT.
Por fim, tem-se as férias coletivas nos termos do art. 139 da
CLT, sendo concedida pelo empregador a todos os empregados da em-
presa ou de terminado estabelecimento ou setor. Para sua concessão
é necessário: (i) comunicação ao Ministério do Trabalho e do Emprego
(MTE) e ao sindicato da categoria, com antecedência mínima de 15
dias, sendo informados início e fim e o setor abrangido e (ii) fixação de
avisos aos empregados.
As férias coletivas podem ser gozadas em até dois períodos,
sendo ao menos um deles não inferior a 10 dias.
A possibilidade do abono pecuniário em férias coletivas depen-
de da sua previsão e autorização em acordo coletivo de trabalho, sendo
irrelevante o requerimento individual para sua concessão.
Caso algum empregado possua menos de 12 meses de servi-
ços, ou seja, ainda não tenha completado um período aquisitivo, será
beneficiado pelas férias coletivas, iniciando em seu retorno um novo
período aquisitivo.
Extinto o contrato de trabalho, as férias adquiridas e não goza-
das serão indenizadas, sendo assim, não servirão de base de cálculo
para o FGTS.
Quanto às férias ainda não adquiridas, ou seja, as proporcio-
nais, no momento da rescisão o empregado receberá 1/12 por mês de
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
72
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ)
Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal
Considerando as disposições da CLT quanto ao comparecimento
ao serviço, analise as situações hipotéticas a seguir e assinale a
alternativa que aponta as corretas.
I. Gilson Carlos é empregado da empresa Padaria Oliveiras, sendo
que se ausentou do trabalho por 2 (dois) dias consecutivos em ra-
zão do falecimento do seu irmão José Lucas, não obtendo prejuízo
em seu salário.
II. André se ausentou do trabalho por 2 (dois) dias em razão de
comparecimento ao Tribunal do Júri na cidade de Cabo Frio, obten-
do prejuízo em seu salário.
III. Considerando as eleições de 2018, Vergílio deixou de compa-
recer ao serviço para o fim de se alistar eleitor por 2 (dois) dias
consecutivos, obtendo prejuízo em seu salário.
IV. Ariane trabalha na empresa Bird Cosméticos e, em virtude de
seu matrimônio, deixou de comparecer ao trabalho por 2 (dois)
dias consecutivos, não obtendo prejuízo em seu salário.
A) Apenas I, III e IV.
B) Apenas II, III e IV.
C) Apenas I e III.
D) Apenas I e IV.
E) Apenas II e IV.
Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: TRT - 12ª Região (SC) Prova: FGV
- 2017 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário – Oficial de Jus-
tiça Avaliador Federal.
Júlio, professor de matemática numa escola particular, e Beatriz,
professora de física na mesma escola, casaram-se, após 2 anos de
namoro, em cerimônia civil, no decorrer do ano letivo. Pretendem
agora viajar para a lua de mel.
Sobre a situação apresentada, e de acordo com os termos da CLT,
é correto afirmar que:
A) O casal poderá faltar ao serviço por 1 semana, mas terão o desconto
respectivo no salário.
B) Beatriz e Júlio poderão faltar ao emprego por 9 (nove) dias, sem
73
prejuízo do salário.
C) A CLT é omissa a respeito, assim o casal terá de negociar a quanti-
dade de dias da licença-gala.
D) Ambos poderão faltar justificadamente por até 3 dias consecutivos.
E) A licença pelo casamento deverá ser aproveitada após o término do
semestre letivo, para não causar prejuízo intelectual aos alunos.
QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exa-
me de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase
Jorge trabalhou para a Sapataria Bico Fino Ltda., de 16/11/2017 a
20/03/2018. Na ocasião realizava jornada das 9h às 18h, com 15
minutos de intervalo. Ao ser dispensado ajuizou ação trabalhista,
reclamando o pagamento de uma hora integral pela ausência do
intervalo, além dos reflexos disso nas demais parcelas intercorren-
tes do contrato de trabalho.
Diante disso, e considerando o texto da CLT, assinale a afirmativa
correta.
A) Jorge faz jus á 45 minutos acrescidos de 50% (cinquenta por cento),
porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica indenizatória da par-
cela.
B) Jorge faz jus á 45 minutos acrescidos de 50% (cinquenta por cento),
além dos reflexos, dada a natureza jurídica salarial da parcela.
C) Jorge faz jus á uma hora integral acrescida de 50% (cinquenta por
cento), porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica indenizatória
da parcela.
D) Jorge faz jus á uma hora integral acrescida de 50% (cinquenta por
cento), porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica salarial da par-
cela.
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 4
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2014 - OAB - Exa-
me de Ordem Unificado - XIV - Primeira Fase
Dentre as opções listadas a seguir, assinale aquela que indica o
empregado que já tem os dias de repouso remunerados em seu
salário, sem que haja o acréscimo da remuneração do seu repouso
semanal.
A) Germano, que é empregado horista.
B) Gabriela, que é empregada diarista.
C) Robson, que é empregado mensalista.
D) Diego, que é empregado comissionista puro.
74
QUESTÃO 5
Ano: 2010 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2010 - OAB - Exa-
me de Ordem Unificado - II - Primeira Fase
Com relação ao Regime de Férias, é correto afirmar que:
A) As férias devem ser pagas ao empregado com adicional de 1/3 até
30 (trinta) dias antes do início do seu gozo.
B) Salvo para as gestantes e os menores de 18 anos, as férias podem
ser gozadas em dois períodos.
C) O empregado que pede demissão antes de completado seu primeiro
período aquisitivo faz jus a férias proporcionais.
D) As férias podem ser convertidas integralmente em abono pecuniário,
por opção do empregado.
TREINO INÉDITO
A) Luana não pode fazer horas extra, por laborar sob regime de tempo
parcial.
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
75
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
saiba orientar seu cliente empresa nesse sentido e também saiba aferir
devidamente os descansos suprimidos do empregado para montar uma
reclamação corretamente, não deixando passar despercebido nenhum
ponto.
76
GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
CERTO D B C C
06
C
TREINO INÉDITO
GABARITO: C
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
C D C E B
Antes da Reforma era necessário licença prévia para que fossem reali-
zadas horas extras em atividade insalubre. Ocorre, contudo, que tanto o
art. 60 da CLT jornada 12x36 como o art. 611-A, XIII da CLT, dispensou a
necessidade de licença prévia, sendo certa que no segundo caso é neces-
sária a existência de negociação coletiva (ACT ou CCT). Ainda assim, é im-
portante lembrar que a jurisprudência do TST não vem sendo tão favorável
a este dispositivo legal, o que impende cautela do empregador.
77
TREINO INÉDITO
GABARITO: D
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
D B A C C
TREINO INÉDITO
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
GABARITO: B
78
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo:
LTr, 2015.
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 11. ed. São Paulo: Metó-
do, 2017.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 32. ed. São Paulo: Sarai-
va, 2016.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 34. JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
79
JORNADA DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
80