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DESENVOLVIMENTO
DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
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DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO
FONTE: http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/corpo-beb%C3%AA.html.
http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/c%C3%A9rebro-beb%C3%AA.html.
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http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/c%C3%A9rebro-beb%C3%AA.html.
Todos os ossos de um bebê são também mais macios, com mais elevado
conteúdo de água, do que os ossos dos adultos. O processo de enrijecimento dos
ossos, a ossificação, ocorre regularmente, do nascimento à puberdade, tendo-se os
ossos de diferentes partes do corpo enrijecendo-se em uma sequência que segue os
típicos padrões próximo-distais e cefalocaudal. Como exemplo, os ossos das mãos e
pulso enrijecem antes dos pés (BEE, 1997).
Os ossos macios são necessários, pois o feto precisa possuir flexibilidade
suficiente para caber no espaço uterino. Mas essa mesma flexibilidade contribui para
um relativo desamparo do recém-nascido. Bebês recém-nascidos são notavelmente
moles; nem mesmo conseguem manter ereta a cabeça, sentar-se sem auxílio ou
andar. À medida que os ossos enrijecem, o bebê consegue manipular com mais
segurança seu corpo, o que aumenta o alcance da exploração com a qual ele se
diverte, tornando-o muito mais independentes (BEE, 1997).
Já com os músculos, o recém-nascido possui, virtualmente, todas as fibras
musculares que terá mais tarde exatamente, como seus ossos, essas fibras
musculares são, inicialmente, pequenas e aquosas, tornando-se mais longas,
espessas e menos aquosas, a um ritmo bastante constante, até a adolescência. O
bebê, então, adquire força muscular no pescoço bastante cedo, embora não possua
força muscular suficiente nas pernas de modo a ter apoio para andar, o que somente
se dá meses após (BEE, 1997).
Todas essas mudanças internas obviamente afetam o tamanho e a forma do
bebê. Os bebês crescem rapidamente, nos primeiros meses, acrescentando de 25 cm
a 29 cm em seu comprimento e triplicando o peso de seu corpo, no primeiro ano de
vida. Por volta dos dois anos, após aumentar esses centímetros em sua altura, os
bebês estão com a metade da altura que terão na vida adulta. É surpreendente que
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Desenvolvimento Motor
http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/crian%C3%A7a_2.html.
http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/crian%C3%A7a_2.html.
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10-12 meses Tenta ficar em pé; anda Agacha-se se. E inclina-se Alguns sinais de
segurando os móveis preferência de mão;
(“circulação”); depois segura uma colher
anda sem ajuda colocada na palma da
mão, mas não consegue
levar o alimento à boca.
13-18 meses Caminha para trás e Rola bola para Empilha dois blocos;
para os lados; corre (14- um adulto. coloca objetos em
20 meses). pequenos recipientes e
os descarrega.
FONTE: http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/baby-comendo.html.
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Desenvolvimento Perceptivo
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/baby-sporting.html.
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http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/baby-sporting.html.
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http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/baby-cantando.html.
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/baby-pegando.html.
Desenvolvimento Cognitivo
De acordo com PAPALAIA & OLDS (2006), se os bebês pudessem falar, eles
protestariam que sua inteligência foi subestimada durante séculos. Esta subestimação
persistiu quase até a atualidade por causa de dois movimentos importantes ao final
do século XIX. Enquanto os psicólogos estavam começando a propor teorias do
desenvolvimento humano, os médicos estavam estabelecendo uma rotina na qual os
bebês nasciam em hospitais, eram expostos a drogas sedativas e isolados de suas
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mães – situação não muito propícia para melhor demonstrar as habilidades dos
recém-chegados! Além disso, os primeiros testes para estudar a inteligência dos
bebês eram baseados em testes para adultos ou animais, nenhum dos quais
adequados, portanto.
Hoje, nossa visão das habilidades cognitivas dos bebês mudou radicalmente.
Durante as últimas décadas, houve mais pesquisas nesse tópico do que durante toda
a história pregressa. Agora sabemos que o bebê humano normal e saudável é
acentuadamente competente. Os bebês vêm ao mundo com as capacidades de
aprender e lembrar, assim como de adquirir e usar a linguagem. Os recém-nascidos
começam avaliando o que seus sentidos lhes informam. Eles usam suas habilidades
cognitivas para distinguir entre experiências sensoriais (tais como os sons de
diferentes vozes), construir sobre seu pequeno repertório inato de comportamentos
(principalmente mamar) e exercer controle crescente sobre seu comportamento e seu
mundo (PAPALIA & OLDS, 2006).
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/baby-cantando.html.
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queria largar, Lucas encontrou outra solução. Ele abriu os dedos do pai com sua mão
livre e os mantiveram abertos com a ajuda do queixo, de forma que pudesse usar a
mesma mão para pegar as pipocas.
Lucas demonstrou comportamento inteligente, comportamento que envolve
aprendizagem complexa iniciada de modo independente. Geralmente concorda-se
que o comportamento inteligente tem dois aspectos-chave. Primeiro, ele é orientado
para a meta: consciente e deliberado e não acidental. Segundo, é adaptativo: dirigido
à adaptação às circunstâncias e às condições de vida.
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primário (balas, brinquedos), gradualmente poderá ser substituído pelo social, como
elogios. Assim, o comportamento se mantém.
• Abordagem Piagetiana: Observa as mudanças na qualidade do
funcionamento cognitivo, ou o que a pessoa é capaz de fazer. Ela se relaciona com a
evolução das estruturas mentais e como as crianças se adaptam a seu ambiente,
sustentando que a cognição se desenvolve em etapas.
• Abordagem Psicométrica: Tenta medir as diferenças individuais em
termos de quantidade de inteligência, quanta inteligência uma pessoa tem. Quanto
mais alto o escore de uma pessoa num teste de inteligência, mais inteligente presume-
se que ela é.
• Abordagem do processo de informações: Concentra-se nas
diferenças individuais quanto ao modo no qual as pessoas usam sua inteligência. Ela
procura descobrir os processos envolvidos na percepção e no manuseio da
informação.
Abordagem Behaviorista: Os bebês aprendem a sugar um mamilo?
Provavelmente não. Mamar é um reflexo com o qual nascem. Mas, mamar logo se
torna um comportamento aprendido quando leva à satisfação de ter enchido o
estômago.
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/baby-inteligente.html.
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http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/baby-inteligente.html.
O condicionamento clássico e operante podem juntos produzir um
comportamento cada vez mais complexo. Em estudos com bebês de uma a 20
semanas de vida, os bebês recebiam leite se virassem a cabeça para a esquerda ao
ouvirem o som de uma sineta. Os bebês que não aprendiam a virar a cabeça por meio
desse condicionamento operante eram então condicionados de maneira clássica.
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Quando a sineta tocava, o canto esquerdo da boca do bebê era tocado, e ele então
virava a cabeça e recebia o leite. (O toque era o estímulo não condicionado; virar a
cabeça era a resposta não condicionada. A sineta era o estímulo condicionado; virar
a cabeça para a sineta tornou-se a resposta condicionada). Na idade de quatro a seis
semanas, todos os bebês haviam aprendido a virar a cabeça ao ouvir a sineta. Então,
os bebês aprenderam a diferenciar a sineta de uma campainha. Quando a sineta
soava, eles eram alimentados pela esquerda; quando a campainha tocava, eram
alimentados pela direita. Com aproximadamente três meses de idade, os bebês
haviam aprendido a virar para o lado que trazia comida, sinalizado pela sineta ou pela
campanha. Aos quatro meses, eles aprendiam até a inverter suas respostas à sineta
e à campainha, ação de complexidade impressionante (PAPALIA & OLDS, 2006).
Caso os bebês não tivessem a capacidade de lembrar pelo menos em curto
prazo, eles não seriam capazes de aprender. Estudos utilizando condicionamento
operante constataram que bebês de dois a seis meses são capazes de lembrar-se de
realizar uma ação que lhes proporcionou prazer, contanto que a situação de teste seja
virtualmente idêntica aquela na qual se deu o treinamento inicial (PAPALIA & OLDS,
2006).
Abordagem Piagetiana: A abordagem cognitiva de Jean Piaget exerce hoje
relevante papel em todas as áreas da psicologia e, principalmente, nos campos
aplicados da educação e da psicoterapia. Abandonando a ideia de avaliar o nível de
inteligência de um indivíduo por meio de suas respostas aos itens de determinados
testes, Piaget adotou um método clínico por meio do qual procura acompanhar o
processo do pensamento da criança para daí chegar ao conceito de inteligência como
capacidade geral de adaptação do organismo (PAPALIA & OLDS, 2006).
Os conceitos fundamentais da abordagem de Piaget são: esquema, ou
estrutura, que é a unidade estrutural do desenvolvimento cognitivo; assimilação,
processo pelo qual, novos objetos são incorporados aos esquemas; acomodação, que
ocorre quando novas experiências modificam esquemas; equilibração, resolução de
tensão entre assimilação e acomodação; operação, rotina mental caracterizada por
sua reversibilidade e que representa o elemento principal do processo do
desenvolvimento cognitivo. O desenvolvimento cognitivo se dá em quatro períodos
(PAPALIA & OLDS, 2006):
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SUBESTÁGIO DESCRIÇÃO
Subestágio 1 Os bebês exercitam seus reflexos inatos e ganham certo controle sobre os mesmos.
(Nascimento Não coordenam informações dos sentidos. Não pegam um objeto que estão olhando.
até um mês) Não desenvolveram a permanência do objeto.
Subestágio 2 Os bebês repetem comportamentos agradáveis que primeiramente ocorrem por
(um a quatro acaso (como sugar). As atividades focalizam-se no corpo do bebê mais do que nos
meses) efeitos do comportamento sobre o ambiente. Os bebês fazem as primeiras
adaptações adquiridas, isto é, sugam objetos diferentes de maneiras diferentes. Eles
começam a coordenar informações sensórias. Ainda não desenvolveram a
permanência do objeto.
Subestágio 3 Os bebês passam a interessar- se mais pelo ambiente e repetem
(quatro a oito ações que trazem resultados instigantes e prolongam experiências
meses) estimulantes. As ações são intencionais, mas inicialmente não
orientadas a metas. Os bebês mostram permanênciado objeto
parcial. Procuram um objeto parcialmente escondido.
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Subestágio Uma vez que sabem representar os acontecimentos mentalmente, as crianças não
seis (18 a 24 se restringem mais à tentativa e ao erro para resolver problemas. O pensamento
meses) simbólico permite que elas comecem a pensar sobre os acontecimentos e antecipem
suas consequências sem recorrer à ação. As crianças começam a demonstrar
compreensão. A permanência do objeto está totalmente desenvolvida.
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testes foram realizados a partir da realidade europeia (Paris), então temos que adaptar
alguns objetos e realidades próprias do nosso país.
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/baby-inteligente.html.
com a informação desde o momento em que a percebem até sua utilização. Assim
como a abordagem psicométrica, a teoria do processamento de informações
preocupa-se com as diferenças individuais no comportamento inteligente; mas ela se
concentra na descrição dos processos mentais envolvidos na aquisição de
informações ou na resolução de problemas, ao invés de simplesmente pressupor
diferenças no funcionamento mental a partir de respostas dadas ou problemas
resolvidos.
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/baby-inteligente.html.
Desenvolvimento da linguagem
De acordo com BEE (1996) e PAPALAIA & OLDS (2006), a linguagem pode
ser definida como um sistema arbitrário de símbolos que nos permite falar, e
compreender, uma infinita variedade de mensagens. Ela é governada por regras e é
muito criativa.
A fala pré-linguística, a qual precede a primeira palavra, inclui choro, arrulhos,
balbucio e imitação de sons da língua. Os neonatos são capazes de distinguir os sons
da fala: aos seis meses, os bebês já aprenderam os sons básicos de sua língua.
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Antes de dizerem sua primeira palavra, os bebês usam gestos, que incluem
apontar, gestos sociais convencionais, gestos representacionais e simbólicos.
Aos nove ou 10 meses, os bebês começam a compreender a fala com
significado. Durante o segundo ano de vida, a criança já começa a falar a língua da
cultura. A primeira palavra tipicamente aparece em algum ponto entre 10 e 14 meses,
iniciando a fala linguística. As primeiras palavras isoladas podem ser holofrases, as
quais expressam um pensamento completo numa única palavra (PAPALIA & OLDS,
2006).
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/baby-falando.html.
preferência pela mesma. Perguntas e elaboração são mais eficazes do que a fala
diretiva, tanto na conversação quanto na leitura em voz alta.
36 Fala cerca de 1000 palavras, 80% das quais inteligíveis; comete erros de
sintaxe.
FONTE: Capute, Shapiro & Palmer, 1987.
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Emoções
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fam%C3%ADlia_2.html.
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http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/beb%C3%AA-am%C3%ADlia_2.html.
http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/beb%C3%AA-am%C3%ADlia_2.html.
TEORIA DO APEGO
Segundo BEE (1997), a influência teórica sobre os estudos das relações entre
os pais e o bebê é a importante teoria do apego, em especial ao trabalho de John
Bowlby (1969), cujas raízes tiveram a influência do pensamento psicanalítico, em
especial, na ênfase sobre a importância das primeiras relações entre a mãe e a
criança. Ele, no entanto, acrescentou importantes conceitos evolutivos e etológicos.
O seu modo de ver os bebês é que eles nascem com uma tendência inata a
criar fortes elos emocionais com seus provedores de cuidados. Tais relações possuem
um valor de sobrevivência, porque trazem atenção de todas as espécies ao bebê. Elas
são construídas e mantidas por um repertório encadeado de comportamentos
instintivos que criam e sustentam a proximidade entre pais e filhos ou entre outros
pares ligados.
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http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/beb%C3%AA-am%C3%ADlia_2.html.
http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/beb%C3%AA-am%C3%ADlia_2.html.
chamar uma pessoa do outro lado da sala, o tocar, o unir-se ao outro, o chorar. É
importante que se esclareça a não existência da correspondência uma-a-um entre a
quantidade de diferentes comportamentos de apego que uma criança (ou adulto)
evidencia em qualquer ocasião e a força do apego subjacente (BEE, 1997).
Comportamentos de apego são, basicamente, elucidados quando o indivíduo
necessita de cuidado, apoio ou conforto. Um bebê encontra-se em um estado de
necessidade em boa parte do tempo. Uma criança mais velha, ou um adulto, irá,
provavelmente, evidenciar comportamentos de apego apenas quando assustado,
cansado ou em situação de estresse. É o padrão desses comportamentos, e não sua
frequência, que nos revela algo acerca da força ou qualidade do apego ou vínculo
afetivo (BEE, 1997).
http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/beb%C3%AA-am%C3%ADlia_2.html.
O processo de apego é uma via de mão dupla. Tanto o bebê quanto o genitor
desenvolvem vínculos recíprocos, e é importante compreendermos ambos os
processos.
http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/beb%C3%AA-am%C3%ADlia_2.html.
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2ª Fase) Foco em uma ou mais figuras: Por volta de três meses de idade, o
bebê começa a direcionar de maneira um tanto mais ampla seus comportamentos de
apego. Ele pode sorrir mais para as pessoas que costumam cuidá-lo, podendo não
sorrir de imediato a um estranho. No entanto, apesar da mudança, o bebê ainda não
possui um apego totalmente desenvolvido. Ainda existe uma quantidade de pessoas
favorecidas pelos comportamentos promotores de proximidade do bebê, sendo que
pessoa alguma, se tornou a base segura. Nessa fase, os bebês não evidenciam uma
ansiedade especial por separar-se dos pais, e não temem os estranhos, segundo
Bowlby.
3ª Fase) Comportamento de base segura: Bowlby acreditava que o bebê
formaria um apego genuíno por volta dos seis meses. Ao mesmo tempo, o modo
dominante de comportamento de apego do bebê modifica-se. Os bebês de 6-7 meses
começaram a conseguir movimentar-se de maneira mais livre, arrastando-se e
engatinhando, eles são capazes de movimentar-se na direção dos cuidadores, bem
como de instigá-los os cuidadores a vir até eles. Os bebês utilizam a “pessoa mais
importante” como à base segura a partir da qual exploram o mundo em torno de si,
um dos sinais-chave da existência de um apego.
IDADE CARACTERÍSTICAS
APROXIMADA
MESES
0-3 Os bebês são receptivos à estimulação. Começam a mostrar interesse e
curiosidade, e sorriem prontamente para as pessoas.
3-6 Os bebês são capazes de antecipar o que vai acontecer e sentir
desapontamento quando isso não acontece. Eles demonstram isso ao ficarem
zangados ou cautelosos. Eles sorriem, resmungam e riem com frequência.
Essa é uma época de despertar social e das primeiras trocas recíprocas entre
bebê e que lhe cuida.
6-9 Os bebês fazem “jogos sociais” e tentam obter resposta das pessoas. Eles
“conversam”, tocam e tentam fazer com que os outros bebês lhes respondam.
Exprimem emoções mais diferenciadas, mostrando alegria, medo, raiva e
surpresa.
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9-12 Os bebês preocupam-se muito com o principal cuidador, podem ficar com medo
de estranhos, e agir de modo reservado em novas situações. Com um ano de
idade, eles comunicam suas emoções de maneira mais clara, mostrando
estados de espírito, ambivalência e gradações de sentimentos.
12-18 Os bebês exploram seu ambiente, usando as pessoas às quais têm maior
apego como base segura. À medida que dominam o ambiente, tornam-se mais
confiantes e mais ansiosos por afirmação.
18-36 As crianças, às vezes, ficam ansiosas porque percebem o quanto estão se
separando de seu cuidador. Elas elaboram consciência de suas limitações pela
fantasia, pelo jogo e pela identificação com adultos.
FONTE: PAPALAIA & OLDS (2006) e SROUFE (1979)
http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/beb%C3%AA-am%C3%ADlia_2.html.
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a experimentar suas próprias ideias, exercitar suas próprias preferências e tomar suas
próprias decisões. Os pais e outros cuidadores que encaram as expressões de
vontade própria das crianças como uma busca saudável e normal de independência
e não como teimosias possam ajudá-las a adquirir autocontrole, contribuir para seu
senso de competência, e evitar conflitos excessivos (PAPALIA & OLDS, 2006).
Nesta idade as crianças desenvolvem autorregulação, ou controle de seu
comportamento, para conformar-se com as expectativas externas. A autorregulação
é a base da socialização, a internalização de padrões socialmente aprovados. A
obediência comprometida às demandas do cuidador, primeiro passo no
desenvolvimento da consciência, leva à internalização (PAPALIA & OLDS, 2006).
Desenvolvimento Físico
O desenvolvimento físico é mais lento dos dois aos seis anos, embora seja
ainda permanente. As habilidades motoras continuam a aperfeiçoar-se,
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http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/crian%C3%A7a.html.
A preferência pelo uso das mãos é evidente na idade dos dois e três anos.
Canhotos e destros tendem a diferir em diversos outros aspectos. Nunca exigir
mudança de canhoto para destro, seria muito prejudicial. É comum acontecer.
Os padrões de sono mudam durante a segunda infância. Crianças jovens
geralmente dormem durante a noite e tiram uma soneca durante o dia; elas dormem
mais profundamente do que nas etapas posteriores da vida.
É normal que crianças em torno de cinco anos desenvolvam rituais na hora de
dormir que retardam a hora de ir para a cama. Contudo, lutas prolongadas na hora de
dormir ou terror noturno e pesadelos persistentes podem indicar distúrbios emocionais
que precisam de atenção (PAPALIA & OLDS, 2006).
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Desenvolvimento Motor
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Desenvolvimento da Linguagem
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http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/crian%C3%A7a.html.
O desenvolvimento da linguagem se dá a um ritmo rápido, entre dois e três
anos. As crianças começam por formar frases com duas palavras, vindo a mudar para
frases mais complexas, acrescentando várias inflexões gramaticais. Uma variedade
de significados é transmitida, até mesmo por meio da frase mais simples (BEE, 1997).
Desde as primeiras frases, a linguagem da criança é criativa, o que inclui formas e
combinações que a criança não ouviu, mas que seguem regras aparentes.
Estudos do significado das palavras sugerem que muitas delas são somente
aprendidas quando a criança já compreende seu conceito subjacente. As primeiras
categorias que a criança tem das palavras costumam ser mais superampliadas do que
subampliadas (BEE, 1997).
Alguns teóricos defendem que as crianças possuem coerções inatas no
aprendizado das palavras, como o princípio do contraste.
Teorias do desenvolvimento da linguagem pela simples imitação ou do reforço
não são adequadas para explicar o fenômeno. Teorias ambientais mais complexas
que enfatizam o papel da riqueza ambiental ou da linguagem maternal são mais úteis,
embora não suficientes ainda (BEE, 1997).
Teorias dos fatores inatos que pregam a existência de princípios operatórios
desde o nascimento, ou “regras pelas quais se escuta”, são mais persuasivas, embora
omitam o papel da criança como um analista e sintetizador das informações
linguísticas.
O desenvolvimento da linguagem segue a velocidades variadas, em crianças
diferentes, com o desenvolvimento mais rápido associado a ambientes
linguisticamente mais ricos (BEE, 1997).
O atraso no desenvolvimento da linguagem pode envolver problemas no rápido
mapeamento (incorporação de novas palavras ao vocabulário) e, se não tratado, pode
ter consequências cognitivas, sociais e emocionais graves.
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simpáticas. O tipo de relacionamento que as crianças têm com os pais pode afetar a
facilidade com a qual elas encontram parceiros e amigos.
Desenvolvimento Físico
Segundo PAPALAIA & OLDS (2006), o desenvolvimento físico não é tão rápido
na terceira infância quanto nos períodos anteriores. Os meninos são levemente
maiores que as meninas no início desse período, mas as meninas passam pelo surto
de crescimento do que os meninos no final.
A obesidade é cada vez mais comum entre as crianças americanas. Ela é
influenciada por fatores genéticos e ambientais e pode ser tratada. Já existe uma
tendência mundial no sentido de alimentação a base de frutas e verduras, exercícios
físicos sistemáticos, pois passou a ser preocupação de saúde pública. Cada paciente
obeso custa muito aos cofres públicos apresentando quadros de hipertensão,
diabetes, entre outras doenças.
O desenvolvimento motor permite que as crianças em idade escolar participem
de uma gama mais ampla de atividades motoras do que os pré-escolares. Dos sete
aos onze anos, as brincadeiras mais impetuosas diminuem à medida que as crianças
envolvem-se em jogos com regras. As diferenças nas habilidades motoras de meninos
e meninas aumentam à medida que chega a puberdade, em parte devido à maior
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As doenças são menos comuns durante esse período do que nos estágios
anteriores, embora se mantenham bastante regulares. Outros problemas de saúde
incluem a obesidade e acidentes.
A obesidade parece ser causada por tendências hereditárias, ou por baixos
níveis de movimentação ou exercício, além de dietas altamente gordurosas e
calóricas. As crianças de hoje não têm tão boa forma quanto às de anos anteriores. É
importante desenvolver hábitos e habilidades vitalícias para manter a boa forma
(PAPALAIA & OLDS, 2006).
As infecções respiratórias e outros problemas de saúde comuns tendem a ter
curta duração. A maioria das crianças dessa idade não tem problemas de saúde
crônicos, mas a prevalência de tais males aumentou.
Desenvolvimento Motor
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08 Dispõem de poder de preensão de 5,4 kg. Faixa etária com o maior número de jogos
nos quais ambos os sexos participam. As crianças podem executar saltos rítmicos
alternados num padrão de 2-2, 2-3 ou 3-3. As crianças podem arremessar uma bola
pequena a aproximadamente 12 metros.
09 Os meninos são capazes de correr a uma velocidade de 5 metros por segundo. Os
meninos são capazes de arremessar uma bola pequena a aproximadamente 21,3
m de distância.
10 As crianças são capazes de avaliar e interceptar a trajetória de pequenas bolas
arremessadas a distância. As meninas são capazes de correr a uma velocidade de
5,1 metros por segundo.
11 Salto à distância de 1,5 metros é possível para os meninos; 15,2 cm a menos para
as meninas.
12 Salto em altura de 91 cm é possível.
FONTE: Cratty, 1986.
Desenvolvimento Cognitivo
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Conceito de A criança confunde lei moral com lei física e A criança não confunde
Justiça acredita que qualquer acidente físico ou infortúnio natural e
infortúnio que ocorra após uma má ação é uma punição.
punição desejada por Deus ou alguma outra
força sobrenatural.
FONTE: PAPALAIA & OLDS (2006)
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http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/crian%C3%A7a-social_2.html>.
com a pesquisa de Susan Harter, a autoestima, ou valor próprio geral, depende tanto
do quão competente as crianças acham que são quanto do apoio social que elas
recebem (PAPALIA & OLDS, 2006).
A autoestima parece modelada por dois fatores: o grau de discrepância que
uma criança vivencia entre as metas e as conquistas, e o grau de apoio social que ela
percebe por parte dos companheiros e dos pais.
Uma baixa autoestima está fortemente associada à depressão nas crianças
dessa idade.
Crianças socialmente rejeitadas caracterizam-se, mais fortemente, por
elevados níveis de agressividade e níveis reduzidos de prestatividade. Crianças
agressivas/rejeitadas estão bem mais propensas a evidenciar problemas
comportamentais na adolescência e uma variedade de distúrbios na vida adulta
(PAPALIA & OLDS, 2006).
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/crian%C3%A7a-social_2.html.
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Aspecto do IDADES
Desenvolvimento
6 7 8 9 10 11 12
Desenvolvimento Conceito do self cada vez mais abstrato, menos ligado à aparência; Descrições dos
da Personalidade outros, focalizando cada vez mais qualidades internas e duradouras.
Senso global de autovalia.
Amizade baseada na confiança recíproca.
Segregação de gênero no brinquedo e nas amizades é quase total.
A parecem as amizades mais durarouras, continuam ao longo desses anos.
FONTE: BEE, 1997.
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necessidades pessoais sem tornar-se por isto um ser antissocial, e de aceitar certa
responsabilidade quando isto se tornar necessário (WINNICOTT, 2001).
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/donald-winnicott-
427693.shtml.
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com o mundo que pode desenvolver-se e atingir plena fruição, com o decorrer do
tempo, quando a maturidade chegar.
Uma parte importante dessa relação inicial do bebê com a mãe é a inclusão na
mesma de poderosos impulsos instintivos, a sobrevivência do bebê e da mãe ensina
ao bebê, por meio da experiência, que são permissíveis as experiências instintivas e
as ideias excitadas, e que elas não destroem, necessariamente, o tranquilo tipo de
relações, de amizade e de participação (WINNICOTT, 1985).
Em resumo, o desenvolvimento emocional de um bebê, no início, só pode ser
bem consolidado na base das relações com uma pessoa que, idealmente, deveria ser
a mãe.
tinham a mesma idade que tem seus filhos. A partir daí, as próprias capacidades são
descobertas e desenvolvidas pelo que os filhos esperam dos pais (WINNICOTT,
2001).
A relação do pai com a criança vai depender da atitude que a mãe toma, se o
pai vai acabar ou não por conhecer o seu bebê. Há todo um rosário de motivos pelos
quais é difícil para um pai participar na criação do seu filho pequeno. Para começar,
raramente estará em casa quando o bebê está acordado e, mesmo quando está em
casa, a mãe acha um pouco difícil saber quando utilizar seu marido ou quando deseja
que ele saia do caminho (WINNICOTT, 2001).
É incomparavelmente melhor um pai forte, que pode ser respeitado e amado,
do que apenas uma combinação de qualidades maternas, normas e regulamentos,
permissões e proibições.
Quando o pai entra na vida da criança, como pai, ele assume sentimentos que
ela já alimentava em relação a certas propriedades da mãe e para esta constitui um
grande alívio verificar que o pai se comporta da maneira esperada.
A união sexual de pai e mãe fornece um fato concreto em torno do qual a
criança poderá construir uma fantasia, uma rocha a que ele se pode agarrar e contra
a qual pode desferir seus golpes, além de fornecer parte dos alicerces naturais para
uma solução pessoal do problema das relações triangulares (WINNICOTT, 2001).
A presença do pai não precisa estar o tempo todo para cumprir essa missão,
mas tem de aparecer com bastante frequência para que a criança sinta que o pai é
um ser vivo e real. Grande parte da organização da vida de uma criança deve ser feita
pela mãe, e os filhos gostam de sentir que a mãe pode dirigir o lar enquanto o pai não
está realmente nele (WINNICOTT, 2001).
A criança precisa do pai por causa das suas qualidades positivas e das coisas
que o distinguem de outros homens, bem como da vivacidade de que se reveste a
sua personalidade. Quando o pai e a mãe aceitam facilmente a responsabilidade pela
existência da criança, o cenário fica montado para um bom lar (WINNICOTT, 2001).
se das coisas. Tudo o que leva as pessoas aos tribunais. Durante a infância, é
importante que a criança precise ter consciência de uma estrutura, se quiser sentir-se
livre e estar apta a brincar, a fazer seus próprios desenhos, enfim, ser uma criança
irresponsável.
As primeiras fases do desenvolvimento emocional estão repletas de conflitos e
rupturas potenciais. A relação com a realidade externa não está ainda radicada com
firmeza, a personalidade ainda não está plenamente integrada, o amor primitivo tem
uma finalidade destrutiva e a criança não aprendeu ainda a tolerar e dominar seus
instintos. Ela poderá vir a controlar todas essas coisas e ainda mais, se o seu ambiente
circundante for estável e pessoal. É essencial que ela viva em um círculo de amor e
de força, com tolerância, se não quisermos que tenha medo de seus próprios
pensamentos e de sua imaginação, para realizar progressos em seu desenvolvimento
emocional (WINNICOTT, 2001).
Caso o lar não corresponder ao que a criança precisa, antes dela elaborar a
ideia de uma estrutura como parte de sua própria natureza, pode ter consequências
maléficas para o seu crescimento. A ideia é que, encontrando-se “livre”, ela trata de
obter seu próprio prazer. A partir disso, verifica-se que a estrutura de sua vida foi
quebrada, ela deixa de sentir-se livre. Torna-se inquieta, angustiada, e se tiver
esperança tratará de procurar uma estrutura fora de casa. A criança cujo lar não
conseguiu dar-lhe sentimento de segurança procura fora de casa as quatro paredes
que lhe faltaram. Tem a esperança de buscar nos avós, tios, amigos e na escola o
que lhe falta. Procura uma estabilidade externa, sem a qual enlouquecerá. Fornecida
em tempo adequado, essa estabilidade poderá consolidar-se na criança,
gradativamente, passará da dependência e da necessidade de ser dirigida para a
independência (WINNICOTT, 2001).
Uma criança colhe nas suas relações e na escola aquilo que lhe faltou no
verdadeiro lar.
A criança antissocial está meramente olhando um pouco mais longe, para a
sociedade em lugar de sua própria família ou escola, a fim de lhe fornecer a
estabilidade de que precisa, se quiser superar as primeiras e essenciais fases da sua
evolução emocional.
O comportamento antissocial não passa, por vezes, de um S.O.S para que a
criança seja controlada por pessoas fortes, carinhosas e confiantes. O sentimento de
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segurança não chegou à vida da criança suficientemente cedo para ser incorporado
às suas convicções e crenças. O delinquente ofende a sociedade, sem saber o que
está fazendo, a fim de restabelecer o controle proveniente de fora (WINNICOTT,
2001).
A criança antissocial, sem oportunidade para criar um bom “ambiente interno”,
necessita absolutamente de um controle de fora para ser feliz e estar apta a brincar
ou trabalhar.
Às vezes, confunde-se sobre o significado da agressividade. Por um lado,
constitui uma reação à frustração e por outro lado, é uma das muitas fontes de energia
de um indivíduo.
Usualmente, a mãe deve, nos primeiros anos do desenvolvimento da criança,
dar tempo do filho para adquirir toda espécie de processos para enfrentar o choque
de reconhecer a existência de um mundo que está situado fora do seu controle
mágico. Se for concedido tempo suficiente para os processos de maturação, a criança
capacita-se, então, a ser destrutiva, odiar, agredir e gritar, em vez de aniquilar
magicamente o mundo. Dessa maneira é possível encarar a agressão concreta como
uma realização positiva. Comparados com a destruição mágica, as ideias e o
comportamento agressivos adquirem um valor positivo, e o ódio converte-se num sinal
de civilização, sempre que tivermos presente todo o processo de evolução emocional
do indivíduo, especialmente em suas primeiras fases (WINNICOTT, 2001).
A Criança e o Brincar
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=melaine+klein&lr.
familiares, ao comércio de plantas e répteis, cuja família, erudita e culta, era dominada
por uma linhagem de mulheres.
Melanie Klein, pouco desejada, foi à quarta entre os filhos desse casal que não
se entendia. Quando, por sua vez, se tornou mãe, também sofreu em sua vida
particular as intrusões de sua mãe, Libussa, personalidade tirânica, possessiva e
destruidora. A juventude de Melanie foi marcada por séries de lutos. Muitos
provavelmente responsáveis pela culpa, cujos vestígios se encontram em sua obra
teórica.
Tinha quatro anos quando sua irmã Sidonie morreu de tuberculose com a idade
de oito anos; tinha 18 quando o pai, debilitado há longos anos, morreu, deixando-a
com a mãe; tinha 20 quando seu irmão Emmanuel, que a influenciara muito e a quem
estava ligada por uma relação de tons incestuosos, morreu esgotado pela doença,
pelas drogas e pelo desespero. Phyllis Grosskurth observou que Melanie se casou
pouco depois desse falecimento, pelo qual se sentia culpada, o que, acrescentou,
“provavelmente tinha sido o objetivo perseguido por Emmanuel”.
Klein estudou de início arte e história na Universidade de Viena, porém as
dificuldades econômicas que se seguiram à morte do pai parecem ter sido a causa de
sua renúncia aos estudos de medicina, que ela decidira empreender com o objetivo
de ser psiquiatra. Essas mesmas dificuldades explicariam igualmente seu casamento
precipitado, em 1903, com Arthur Klein, engenheiro químico de caráter sombrio, que
ela conhecera dois anos antes, que por força de suas atividades profissionais era
obrigado a muitos deslocamentos o que possibilitou a Melanie aprender muitas
línguas estrangeiras e do qual se divorciaria em 1926.
Em 1910, por insistência de Melanie, cronicamente deprimida, o casal, cujo
desentendimento era alimentado pelas incessantes intervenções de Libussa, se fixou
em Budapeste. Em 1914, sua mãe morreu e nasceu seu terceiro filho, Erich Klein
(futuro Eric Clyne), que ela analisaria, como Hans e Melitta, o irmão e a irmã mais
novos. Mas esse ano de 1914 foi também o de sua primeira leitura de um texto de
Sigmund Freud, “Sobre os sonhos”, e do início de sua análise com Sandor Ferenczi.
Essa análise foi concluída em Londres, com S. Payne. Melaine Klein logo
começou a participar das atividades da Sociedade Psicanalítica de Budapeste, da qual
se tornou membro em 1919.
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http://www.fotosearch.com.br/ilustracao/brinquedo_3.html.
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http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=Arminda+Aberastury.
Para a autora, desde o primeiro contato é importante que o analista tenha uma
postura de analista da criança, embora seu papel seja também o de tentar aliviar a
angústia e a culpa que a doença do filho desperta (ABERASTURY, 1984).
Na entrevista inicial, Aberastury interroga os pais a respeito de vários aspectos
básicos que considera conveniente tratar antes de se atender a criança. Esses
aspectos são os seguintes: o motivo da consulta, a história da criança, como é um dia
de sua vida diária e o que faz nos finais de semana e feriados, como costuma passar
seu aniversário, como é a relação dos pais entre si, com seus filhos e que proximidade
tem de seus familiares (ABERASTURY, 1984).
Todos esses detalhes ajudam o analista a entender, durante a análise da
criança as suas necessidades. Na anamnese é essencial saber também, se exigem
da criança movimentos compatíveis com a sua idade, se os pais submetem a criança
a castigos e prêmios, se a criança apresenta uma precocidade ou um atraso no seu
desenvolvimento e como são suas reações diante das negativas que recebe dos pais.
Para a autora, poucos dados verdadeiros são obtidos na entrevista sobre as
relações entre pais e filhos, pois os pais tendem a distorcer a realidade por estarem
muito mobilizados pela culpa e com o seu narcisismo ferido.
Existem outros dados importantes também como, as diferenças de idade entre
os irmãos, da profissão dos pais, das horas que permanecem fora de casa, de quem
é o responsável pela casa, das condições gerais de vida e de sociabilidade deles e de
seus filhos. Essa postura do analista interessado também pela realidade externa da
criança provoca nos pais uma redução das suas ansiedades persecutórias,
favorecendo uma aliança terapêutica (ABERASTURY, 1984).
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o assunto foi publicado em 1904 sendo, por isso, considerado o pai da Psicologia da
Adolescência. Hall caracterizou o período da adolescência como uma época de
tempestade e de tormenta devido à oscilação entre tendências contraditórias: energia,
exaltação, superatividade, indiferença, letargia e desprezo. Uma alegria exuberante,
gargalhadas, euforia cedem lugar à disforia, depressão e melancolia. O egoísmo, a
vaidade e a presunção são tão característicos desse período como o abatimento,
humilhação e timidez (MARTINS, 2003).
Anna Freud fez um estudo desse período a partir da conceituação psicanalítica
e atribuiu à adolescência uma grande importância na formação do caráter, partilhando
da ideia de que a adolescência é um estágio do desenvolvimento e caracteriza-se
como um período turbulento e apontando que pode sofrer influências do ambiente,
embora muito pequenas, uma vez que os fatores ambientais, para a psicanálise
ortodoxa, são secundários em relação aos fatores biológicos e instintivos (OLIVEIRA
& EGRY, 1997).
Erick Erikson (1972) utilizou as propostas da psicanálise e da Antropologia
Cultural, propõe a Teoria do Estabelecimento da Identidade do Ego, na qual sugere
que o ambiente também participa na construção da personalidade do indivíduo. Essa
mudança na visão do desenvolvimento é de grande importância, posto que abre novas
fronteiras para o entendimento do desenvolvimento e, mais especificamente, da
adolescência. De uma forma geral, antes de Erikson, os teóricos entendiam a
adolescência como um estágio do desenvolvimento, ou seja, um período universal,
como a infância e a idade adulta, com características específicas, firmando-se em um
período necessário e naturalmente conturbado (MARTINS, 2003).
Na visão de Aberastury e Knobel (1992), a adolescência é um período de
mudança e transição, que afeta os aspectos físicos, sexuais, cognitivos e emocionais.
É concebida como a fase da reorganização emocional, de turbulência e instabilidade,
caracterizada pelo processo biopsíquico a que os adolescentes estão destinados.
Para Erickson (1972), na adolescência o indivíduo vive um momento de “crise”,
mas no sentido positivo, ou seja, está adquirindo novos conhecimentos, se
reestruturando, amadurecendo. Aponta ainda, o autor, que esse período é necessário,
podendo resultar em um ser mais saudável, maduro e preparado para enfrentar a vida
adulta.
Segundo Stone (1969), a adolescência inicia no período de mais ou menos dois
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anos que precede à puberdade e às mudanças físicas que ocorrem durante esta fase.
Seu começo é marcado por uma explosão no crescimento físico e continua com
mudanças nas proporções corporais, maturação de características sexuais primárias
e secundárias e uma série de outras mudanças físicas. É neste período que a criança
perde o modo infantil e sente as primeiras modificações corporais.
Para trabalhar com o adolescente é importante que o educador, tanto o da
escola como o da saúde o conheça. À medida que ele é conhecido pelo educador,
esse pode levá-lo a compreender com mais facilidade as mudanças que se
apresentam nessa fase e encontrar respostas para as bruscas alterações que ocorrem
com ele, assim como os sintomas de insegurança que aparecem sem que o
adolescente perceba.
Criar espaços de verbalização e de expressão sobre o que significa ser
adolescente pode oportunizar a compreensão e aceitação das mudanças físicas e
psicológicas, estimulando a motivação interna na busca de sua identidade. Esta busca
é fortemente influenciada pela ruptura com os pais e a identificação com o grupo de
amigos, educadores ou outros ídolos. Ao buscar no grupo a identidade ameaçada
pelas mudanças, e ao identificar-se com este, o adolescente sente-se mais protegido,
com menos dúvidas e menos conflitos. Consequentemente, quando é aceito e
valorizado, passa a transferir a sua dependência da família para os componentes do
grupo, aceitando também os seus usos, costumes e rituais (BOCK, 1995). Daí, o
perigo de o adolescente buscar um grupo onde o uso de drogas faça parte dos seus
rituais. Diante de tantas alterações, não sendo mais criança e sem os poderes dos
adultos, ele pode sofrer e fazer sofrer aqueles com os quais convive. Se for excluído
do grupo onde não é aceito, também sofre com a rejeição.
Quando um adolescente quer afirmar sua individualidade, ele tende a fazê-lo,
levando a moda ao exagero. Em parte porque o indivíduo quer manter-se e em parte
para reassegurar-se da solidez de sua nova cultura, ele está sempre procurando
intensidade e extremos (STONE, 1969, p.272).
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na prática.
A educação que busca a instrução e a formação de um cidadão verdadeiro,
capaz de criar conhecimento, ir além do que é dito e implementar ações na sociedade,
demanda, concomitantemente, a atenção a aspectos de autonomia e de criatividade,
uma vez que o ser construtivo é aquele que é o agente de sua formação e instrução.
Ele precisa estar apto para tal, consciente de seus próprios limites e organizado
criativamente para agir com funcionalidade, exercitando a sua cidadania. E, também,
preservando sua saúde.
Desenvolvimento físico
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DESENVOLVIMENTO MASCULINO
O desenvolvimento das características sexuais primárias do sexo masculino ocorre em cinco
estágios:
Estágio 1 Estágio pré-puberal - Pequenos testículos e pênis.
Estágio 2 O primeiro sinal de mudanças nas características sexuais primárias é o aumento
dos testículos e o enrugamento da estrutura em forma de bolsa, o escroto, onde
se acham alojados. Este estágio acontece entre 10 e 14 anos de idade.
Estágio 3 O alongamento do pênis marca o início do Estágio 3. Este crescimento é
acompanhado pelo da próstata, glândula que produz o sêmen em que são
transportadas as células espermáticas, e as vesículas seminais. A chegada do
estágio 3 geralmente ocorre cerca de um ano depois do advento do estágio 2.
Estágio 4 É caracterizado pela primeira ejaculação potencial de sêmen e
espermatozoides. Este estágio é tipicamente atingido um ano após a chegada do
Estágio 3, ou a uma idade média de 14 anos. A 1ª ejaculação pode não
corresponder ao advento do Estágio 4, porque este evento depende em parte de
fatores culturais. Para a maioria dos meninos a ejaculação inicial resulta de
masturbação ou da emissão noturna espontânea (polução noturna). Durante o
quarto estágio do desenvolvimento há um crescimento continuado dos testículos
e um aumento do diâmetro do pênis.
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DESENVOLVIMENTO FEMININO
Serão utilizados os estágios do desenvolvimento dos seios para denotar os do desenvolvimento
sexual primário na mulher. O desenvolvimento dos seios é acompanhado do crescimento dos
órgãos sexuais internos – útero e ovários – bem como o da parte genital externa – clitóris, lábios
e vagina – os próprios seios são considerados como características sexuais secundárias e não
primárias.
Estágio 1 Os seios infantis, pré-puberais, caracterizam o Estágio 1. O mamilo do seio não
é saliente e a aréola (a parte escura do seio que cerca o mamilo) é pequena e
de coloração clara. O útero e os ovários são pequenos e inativos.
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Desenvolvimento Cognitivo
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feita uma reformulação da perspectiva teórica sobre a realidade, para que sejam
levadas em conta as discrepâncias entre a observação prevista e a real. As duas
primeiras destas fases do raciocínio dedutivo hipotético envolvem o pensar sobre a
maneira que a realidade poderia ser, por isso requerem pensamento formal. É
somente na última fase que o indivíduo deve confrontar-se com a realidade (FAW,
1981).
- Geração de Todas as Combinações Potenciais e Permutações de
Eventos: A fim de descobrir o número (resposta) que, quando somado a 8 se torna
cinco vezes seu valor original, os adolescentes selecionarão um número após o outro
e inserirão cada um na fórmula x + 8= ? e na equação 5x= ?, para verificarem se as
respostas são iguais. O adolescente, porém é capaz de reorganizar o problema
original na fórmula x + 8= 5x. Subsequentemente, o adolescente pode resolver a equação
para chegar a uma resposta. Eles não precisam das aproximações de ensaio e erro para
descobrirem a solução do problema (FAW, 1981).
- Consideração Simultânea de mais um aspecto de uma situação e
os relacionamentos entre eles: O adolescente examina os eventos sequencialmente
não explora o relacionamento existente ou potencial entre eles. Exemplo: O
adolescente observa o seguinte evento: (1) O pai diz que deseja que a família seja
saudável e que todos se apreciem durante muitos anos; (2) A televisão diz que fumar
pode ser arriscado para a saúde e que a pessoa pode morrer mais cedo do que o
normal; (3) O pai é observado a fumar. O adolescente responde a cada um destes
eventos como a uma entidade separada. Não considera a falta de coerência lógica
nestes eventos. Suas tentativas de conciliar a coerência lógica de um ideal com a
ilógica da realidade percebida muitas vezes resultam em confusão. Para o
adolescente raramente existe essa confusão (FAW, 1981).
- Prevalência do Pensamento Formal: Dependendo do ambiente em
que o adolescente é criado, não solicita o desenvolvimento de cognição operacional
formal para seu funcionamento normal. Eles podem não desenvolver sua capacidade
para essa forma de cognição. Até mesmo os que a desenvolveram, podem não usá-
la constantemente. Existem muitas situações em que os processos cognitivos formais
são menos eficientes do que o pensamento operacional concreto. Além do mais, como
no caso do jovem mais novo, os motivos pessoais e as emoções podem interferir na
plena utilização pelo indivíduo de sua capacidade cognitiva formal (FAW, 1981).
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IDADE EM ANOS
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Aspecto do 12 13 14 15 16 17 18
desenvolvimento Adolescência 19+
Inicial Adolescência Final
(juventude)
Começa para os Aumento de altura Final da
meninos a nos meninos. puberdade para os
principal meninos.
mudança da
Desenvolvimento puberdade
Físico.
Aumento da Idade média Puberdade
altura para a concluída
nas meninas. menarca. para as meninas.
Descrições de si e dos outros começam a incluir exceções, comparações, condições especiais; traços
mais profundos da personalidade.
Reduz-se a
autoestima. Autoestima começa a aumentar e continua assim no restante da adolescência.
Para conquista
Desenvolvimento
da identidade
da Personalidade
Taxa de depressão aumenta muito e para talvez
e Social.
permanece elevada. metade.
Desenvolvimento Físico
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Desenvolvimento Cognitivo
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des_d e_Maslow.png.
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atinge esse ideal sublime. Ninguém jamais chega a ser completamente autorrealizado,
a pessoa saudável está sempre ascendendo a níveis mais satisfatórios (PAPALAIA &
OLDS, 2006).
Maslow e outros autores humanistas oferecem modelos otimistas de
desenvolvimento que dão atenção especial aos fatores internos da personalidade:
sentimentos, valores e esperanças. As teorias humanistas tiveram contribuição
valiosa ao promover abordagens, tanto da educação de crianças quanto de
autoaperfeiçoamento de adultos, que respeitam as peculiaridades do indivíduo. Suas
limitações enquanto teorias científicas estão muito relacionadas com sua
subjetividade, seus conceitos não são claramente definidos e assim são de difícil
utilização como base para pesquisa. Além disso, a abordagem humanista não se
refere claramente ao processo de desenvolvimento. Seus proponentes geralmente
fazem uma ampla distinção somente entre infância e idade adulta e não identificam
padrões comuns em períodos particulares durante o ciclo de vida (PAPALAIA & OLDS,
2006).
As tarefas centrais do início da vida adulta são a aquisição e o aprendizado de
três principais papéis: parceiro/cônjuge, pai e profissional. Durante este início com a
saída de casa, o que envolve separação física e emocional dos pais. Alguns teóricos
acreditam que os jovens devam atenuar de uma forma marcante seu apego básico
para com os pais. O novo apego central passa a ser aquele com o parceiro, que pode
então funcionar como uma base segura para investidas no mundo profissional (BEE,
1997).
As escolhas de um parceiro são bastante influenciadas pelas semelhanças, o
que inclui, talvez, a semelhança na segurança ou insegurança do apego. No mínimo,
os modelos de apego parecem influenciar a forma de relacionamento que criamos e
os pressupostos que temos sobre os outros. Parceiros comprometidos, casamento ou
coabitação em longo prazo, tendem a declinar em qualidade durante os primeiros
anos, à medida que decai a taxa de interações positivas (BEE, 1997).
Em relação à rede de relacionamentos da amizade é semelhante ao amor, mas
sem a paixão sexual. A autorrevelação e o senso de pertencer são aspectos
importantes da intimidade. As amizades podem ser maiores em quantidade no início
da vida adulta, se comparadas a outras faixas etárias. Existem ainda diferenças bem-
definidas quanto ao sexo em sua forma e frequência: as mulheres tendem a ser mais
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Hoje, mais pessoas sentem-se livres para permanecer solteiras até uma idade
tardia ou para nunca se casar. As vantagens de ser solteiro incluem oportunidades
profissionais, viagens, liberdade sexual e autossuficiência. Para os homossexuais, o
processo de “assumir a homossexualidade” pode não ocorrer até a idade adulta, e a
abertura completa a respeito da orientação sexual pode nunca ser totalmente atingida.
Tanto homens como mulheres homossexuais formam relacionamentos sexuais e
românticos duradouros.
As lésbicas tendem a ter relacionamentos mais estáveis e mais íntimos do que
os casais homossexuais jovens ou casais heterossexuais (PAPALAIA & OLDS, 2006).
O casamento é universal, mas os costumes variam amplamente. As pessoas
em países industrializados estão se casando mais tarde do que nas gerações
passadas, e a taxa de casamento tem diminuído significativamente. O casamento está
relacionado com a saúde e a felicidade. O êxito no casamento muitas vezes depende
de padrões de interação estabelecidos no início da idade adulta. A frequência de
relações sexuais diminui com a idade e a perda de novidade. Menos pessoas casadas
parecem estar tendo relacionamentos sexuais fora do casamento do que no passado,
talvez em consequência da AIDS (PAPALAIA & OLDS, 2006).
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O trabalho ou carreira específico que um adulto escolhe são afetados por sua
formação acadêmica, inteligência, background, valores e recursos familiares,
personalidade e sexo. A maior parte dos adultos opta por ocupações que combinam
com as normas culturais de sua classe social e sexo. Pessoas jovens mais
inteligentes, ou mais educadas, apresentam um movimento ascendente mais rápido.
Os adultos tendem a escolher, e a serem mais felizes, em trabalhos que se adaptem
à sua personalidade. A satisfação profissional eleva-se pouco ao longo do início da
vida adulta, em parte devido ao fato de os trabalhos para jovens adultos serem bem
menos remunerados, menos criativos, mais repetitivos e menos poderosos. Em
qualquer ocupação ou carreira, a ascensão profissional tende a ocorrer bastante cedo
na vida adulta; a maioria das promoções é recebida por volta dos 35 ou 40 anos (BEE,
1997).
A carreira está ligada ao papel profissional como tendo dois estágios, no início
da vida adulta: o da tentativa, em que são explorados caminhos alternativos e um
estágio de estabilização, em que se firma o caminho profissional. Certos aspectos da
personalidade são altamente consistentes durante a vida adulta. Segundo McCrae &
Costa, são cinco traços identificados: neurose, extroversão, abertura à experiência,
satisfação e consciência (BEE, 1997).
Parecem existir mudanças partilhadas na personalidade. Entre os 30 e 40 anos,
os jovens adultos tornam-se mais independentes, mais confiantes, mais afirmativos,
mais voltados para as conquistas, mais individualistas e menos governados por regras
sociais. O momento certo e a sequência dos inúmeros e importantes papéis dos
jovens adultos são também importantes. Qualquer desvio significativo do momento
entendido como normal e a sequência assim entendida tem um preço a ser pago
(BEE, 1997).
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IDADE EM ANOS
Aspecto do 20 25 30 35 40
desenvolvimento
Desenvolvimento Auge da função em virtualmente todas as Aptidão atlética começa a
Físico medidas; saúde máxima; melhor época para ter declinar para melhores
filhos; desempenho atlético em seu auge na atletas; certo declínio para
maioria dos esportes. pessoas comuns (q. não
opera em níveis superiores),
embora o declínio seja menos
percebido.
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Desenvolvimento Físico
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Desenvolvimento Cognitivo
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menos no caso dos adultos que tenham trabalhos que os desafiem, com os quais foi
realizada a maior parte dessas pesquisas (BEE, 1997).
A importância do exercício é um tema permanente na pesquisa sobre o
funcionamento físico e cognitivo na vida adulta da meia idade. Os adultos que mantém
níveis elevados de exercício parecem continuar com suas habilidades em melhor
estado do que os que levam uma vida mais sedentária.
Em relação a todas as medidas do funcionamento físico e mental, adultos da
classe operária ou de baixa renda evidenciam uma manutenção mais insatisfatória ou
um maior declínio (BEE, 1997).
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resulta necessariamente numa crise, para muitas pessoas essa é apenas uma entre
muitas transições da vida (PAPALAIA & OLDS, 2006).
Qualquer mudança de papel ou crise que se dá fora do tempo certo, que se
desvia das expectativas normais para determinado grupo ou cultura, está associada
a maiores níveis de estresse, o que inclui tornar-se avô muito cedo, morte precoce de
algum dos pais ou partida postergada dos filhos crescidos de casa (BEE, 1997).
Alguns teóricos defendem que as crises podem conduzir ao crescimento e ao
sofrimento. De fato, uma crise ou mudança importante na vida podem ser necessárias
para que se dê o crescimento psicológico. Esta questão permanece em aberto (BEE,
1997).
Costa e McCrae constataram que a personalidade permanece estável depois
dos 30. Entretanto, grande parte da pesquisa constatou que as pessoas de meia-idade
tendem a assumir características associadas com o sexo oposto: as mulheres se
tornam mais assertivas e os homens emocionalmente mais expressivos (PAPALAIA
& OLDS, 2006).
O casamento na meia idade, normalmente, acontece uma queda de satisfação
conjugal durante os anos de criação dos filhos, seguida de um relacionamento melhor
depois que as crianças saem de casa. O divórcio na meia- idade está aumentando.
Os fatores mais importantes na longevidade conjugal parecem incluir sentimentos
positivos em relação ao cônjuge, um compromisso com o casamento em longo prazo,
metas compartilhadas e intimidade equilibrada com autonomia. Como muitos
homossexuais demoram a assumir sua condição, na meia- idade eles estão muitas
vezes recém-formando relacionamentos íntimos. Pessoas de meia-idade tendem a
investir menos tempo e energia, dependem dos amigos para apoio emocional e
orientação prática (PAPALAIA & OLDS, 2006).
Os pais de adolescentes têm que se reconciliar com a perda de controle sobre
a vida das crianças. O período pós-parental, quando os filhos já saíram, está muitas
vezes entre os mais felizes. O “esvaziamento do ninho” pode ser estressante para
homens que não se envolveram com a criação dos filhos, para pais e mães cujos filhos
não se tornaram independentes quando se esperava, e para mães que não
conseguiram se preparar para o acontecimento (PAPALAIA & OLDS, 2006).
Pais de meia-idade tendem a permanecer envolvidos com seus filhos adultos e
continuar dando a eles mais do que recebem. Atualmente, mais jovens adultos estão
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vivendo com os pais, muitas vezes por motivos econômicos ou após um divórcio. A
maioria dos pais e das crianças parece satisfeita com o esquema, mas conflitos graves
podem surgir se o status de adulto do filho e o direito de privacidade dos pais não
forem totalmente reconhecidos (PAPALAIA & OLDS, 2006).
Os relacionamentos entre adultos de meia-idade e seus pais geralmente se
caracterizam por um forte laço de afeto. As duas gerações geralmente mantêm
contato frequente e oferecem e recebem assistência. Pessoas de meia-idade,
principalmente filhas, muitas vezes tornam-se cuidadoras de pais idosos e doentes,
geralmente mães. Isso pode ser fonte considerável de estresse, principalmente
quando o cuidador é pressionado entre as necessidades dos filhos que estão
crescendo e dos pais enfermos. A maturidade filial ocorre quando as crianças de meia-
idade aceitam e atendem as necessidades de dependência dos pais e ao mesmo
tempo mantêm autonomia num relacionamento bidirecional (PAPALAIA & OLDS,
2006).
O divórcio e o segundo casamento de um filho adulto, muitas vezes afeta os
relacionamentos entre avós e netos e cria novos papéis de parentesco. Cada vez mais
crianças estão sendo criadas pelos avós. Esse papel não planejado pode criar tensões
físicas, emocionais e financeiras para a família (PAPALAIA & OLDS, 2006).
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REFERÊNCIAS
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