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Farmacocinética:
Principios farmacocineticos
Na terapeutica pratica, um farmaco deve ser capaz de alcançar seu sitio pretendido de acao apos
administracao por alguma via conveniente. Em varios casos, a molecula do farmaco ativo e
suficientemente lipossoluvel e estavel para ser dada como tal. Em outros, contudo, um precursor quimico
inativo de imediata absorção e distribuicao deve ser administrado e, entao, convertido ao farmaco ativo
por processos biologicos – dentro do corpo.
Esse precursor quimico e chamado de profarmaco. Apenas em poucas situacoes e possivel aplicar um
medicamento diretamente em seu tecido-alvo (p. ex., aplicacao topica
de um agente anti-inflamatorio a pele ou membrana mucosa inflamada). O mais comum e a administracao
do fármaco em um compartimento corporal, como o intestino, do qual se
move para seu sitio de acao, em outro compartimento, como o cerebro, no caso de medicacao
anticonvulsivante. Isso requer que o farmaco seja absorvido no sangue a partir de seu sitio
de administracao e distribuido para seu sitio de acao, permeando varias barreiras que separam esses
compartimentos. Para que um medicamento administrado por via oral produza um efeito no sistema
nervoso central, deve permear os tecidos que
compoem a parede do intestino, as paredes dos capilares que fazem a perfusao do orgao, e a barreira
hematencefalica, as paredes dos capilares que irrigam o cerebro. Finalmente, depois de provocar seu
efeito, o farmaco deve ser eliminado a uma velocidade razoavel por inativacao metabolica, por excrecao
do corpo ou por uma combinacao desses processos.
Liberação: para que um fármaco seja absorvido, ele precisa antes ser
dissolvido no liquido do local de absorção.
FARMACODINÂMICA
O que o fármaco faz ao corpo. (Atividade). Associação ou interação
medicamentosa.
Associamos medicamentos e um interfere no outro, a farmacologia tira
vantagens dessa associação.
Tipos de ação farmacológica:
Eficácia x reações adversas.
Ação inespecífica: quando somente aliviam manifestações clinicas (analgésicos
comuns).
Ação especifica: quando combatem diretamente a causa da doença
(antibióticos) – fármacos específicos devem sua ação a ligação a alvos
específicos.
Classificação das ações:
Segundo Krants e Carr
• estimulação
• depressão
• irritação
• reposição
• anti infecção
Lembrando : Os fármacos apenas modificam as funções dos órgãos ou
sistemas sobre o qual atuam.
Ação local ou tópica: quando exercida no ponto de aplicação.
Ação geral ou sistêmica: Quando se distribui por todo o organismo e age em
diversos órgãos.
Ação primária , Ação secundária , Ação reversível, Ação irreversível, Ação
eletiva, Ação seletiva:
Apesar de distribuída por todo o organismo, age predominantemente em
determinado órgão
EFEITOS DOS FÁRMACOS :
- BENÉFICOS OU TERAPÊUTICOS
- ADVERSOS, COLATERAIS OU TÓXICOS
Intolerância
Reação idiossincrásica
Reações alérgicas e pseudo-alérgicas
- FRACOS E AUSENTES
Tolerância
Taquifilaxia
Atenuação
Escape
Resistência adquirida
Refratariedade
Tolerância cruzada
Causas de dessensibilização
• Alteração nos receptores
• Perda de receptores
• Exaustão de mediadores
• Aumento da degradação metabólica
• Adaptação fisiológica
FATORES QUE INF UENCIAM A AÇÃO FARMACOLÓGICA :
Dose prescrita (adesão do paciente, erros na medicação) -> Dose
administrada (taxa e extensão da absorção, tamanho e composição
corporal, distribuição nos liquidos corporais, ligação plasmática e tecidual,
taxa de eliminação) -> concentração no local de ação (variáveis
fisiológicas, fatores patológicos, fatores genéticos, interação com outros
fármacos, desenvolvimento de tolerância) -> Intensidade do efeito
(interação fármaco receptor, estado funcional, efeitos do placebo).
Causas responsáveis pelas variáveis
A- Fatores mecanicistas:
• Farmacocinéticos
• Farmacodinâmicos
• Clínicos
- variáveis ambientais
- efeitos psicológicos
- falta de precisão no diagnóstico
- doenças simultâneas
- interações entre drogas
- erros nos ensaios clínicos
B- Fatores fisiológicos
• Raça
• Sexo
• Idade
• Peso
• PH urinário
• Farmacogenética
• Gravidez
• Menopausa
• Estado de nutrição
• Estados patológicos
• Temperatura
• Velocidade fluxo sangüíneo
• Efeitos placebos
• Efeitos inesperados
Cronofarmacologia
• Posição do corpo
• Atividade relativa
• Taxa fluxo urinário
Mecanismo de ação:
Consiste na descrição de processos moleculares que permitem a atuação do
fármaco. Fármacos geralmente apresentam múltiplos efeitos que podem
originar-se de mecanismos de ação único exercido em diferentes sítios ou de
múltiplos mecanismos de ação.
Sítio de ação:
É o local onde o fármaco atua, desde que aí chegue em concentrações
adequadas, ocorrendo para isto processos de absorção e distribuição.
Para modificar a função, os fármacos precisam combinar -se com receptores
As moléculas de um fármaco devem exercer alguma influência química
em um ou mais constituintes das células para produzir resposta
farmacológica.
SÍTIOSDEAÇÃO: Locais onde as substâncias endógenas ou exógenas
(fármacos) interagem para promover uma resposta fisiológica ou
farmacológica.
Mecanismos não celulares
Efeitos físicos
• Protetores: ex nitrato de prata
• Adsorventes: ex carvão ativado
• Lubrificante
Efeitos químicos
• Inativação: ex heparina x protamina
• Quelação: ex chumbo x EDTA-Ca
• Neutralização: ex HCl x anti ácido
• Tratamento da intox com alcalis x ácidos fracos
• Precipitação de proteínas no TGI ou na pele pelos adstringentes: ex taninos.
Mecanismos não celulares
Mecanismos físicos químicos
• Surfactantes: ex detergentes, emulsionantes,
desinfetantes, antissépticos, etc..
Alteram as características da membrana, permitindo desequilíbrio iônico,
impedindo a homeostasia e levando à morte celular.
Modificadores da composição dos líquidos corporais
• Osmóticos :
- diuréticos: ex Manitol
- purgantes: ex Sais de magnésio
- expansores plasmáticos : ex Dextrano
Porque a presença de fármaco em determinados sítios produz efeitos
biológicos esperados e em outras células, tecidos ou órgãos nada
acontece? Nenhum fármaco atua com total especificidade, isto está
freqüentemente associado a o a parecimento de efeitos colaterais não
desejados, dos quais nenhum medicamento está livre .
Mecanismos celulares Alvos para ação DOS FÁRMACOS-proteínas
• enzimas
• moléculas transportadoras
• canais iônicos
• Receptores Proteínas possuidoras de um ou mais sítios que, quando
ativados por substâncias endógenas, são capazes de desencadear uma
resposta fisiológica.
Em Farmacologia: Receptor local onde o fármaco interage e produz um
efeito farmacológico.
• Componentes moleculares do aparato genético (dna): ex age em
microorganismos, e não no meu organismo. Como antivirais.
Para produzir efeito farmacológico o fármaco precisa ter duas
características:
Afinidade pelo receptor: Capacidade de se ligar
Atividade Intrínseca: Depois de ligar, tem que ter capacidade de
ativar
FAMÍLIAS DE RECEPTORES:
TIPO 1 – Ligado a canal- local: membrana – EX.: nACh e GABA.
Neurotransmissores rápidos
TIPO 2 – Acoplados à proteína G
Local: membrana- EX.: mACh e adrenérgicos.
Neurotransmissores lentos
TIPO 3 – Ligados à quinase- Local: membrana
EX.: Insulina, fator do crescimento
TIPO 4 – Controlam a transcrição de genes
Local: intracelular – EX.: Hormônios esteroidais, tireóide.
AGONISTA-AGONISTA PARCIAL-ANTAGONISTA
Sinergismo: quando associamos 2 substancias (a e b) e a substancia b
aumenta o efeito da a.
Com isso se a dministra menores do ses da substancia A e se obtem o
efeito de intensidade padrão, diminui-se então os efeitos colaterais.
Tipos de sinergismo:
Adição ou somação: associamos medicamentos e o efeito é 1+1=2 (o
efeito final é igual a soma dos efeitos de cada droga separada.
Potencialização: o efeito de 1+1>2 (o efeito final é maior que a soma
do s efeitos de cada droga separada. Ex. anticolinestesasico+acetilcolina
(biotransforma a acetilcolina).
Sensibilidade ou facilitação: a substância inib indo um m ecanismo
aumenta o efeito de outra substancia, ou seja, ação indireta.
Vantagens d o sine rgismo: d iminuição da dose e dos efeitos colaterais
(OBS: associação de A e B. B diminui o efeito colateral de A sem inibir seu
efeito principal).
ANTAGONISMO:
Quando associamos 2 ou mais substancias e uma diminui ou inibe o efeito da
outra.
Tipos de antagonismo:
Fisiológico: são substancias diferentes que atuam em receptores
diferentes e produzem resposta antagônicas.
Químico: uma substancia reage com a outra quimicamente inib indo o efeito.
Fisico: como exemplo temos o carvão ativado que absorve as substancias
administradas via oral.
Antagonismo competitivo: as sub stancias competem p elo mesmo rece
ptor, vence a competição a
substancia em maior concentração.
O antagonista tem afinidade com o receptor, mas estimula o receptor,
impede que o agonista
ocupe esse receptor e produz resposta. Não tem atividade intrínseca.
Agonista: tem atividade a atividade intrínseca no receptor.
Sempre que tivermos um antagonismo competitivo (bloque io
competitivo) reverte-se o
bloqueio aumenta o agonista. Ex. quand o o a gonista f or acetilcolina só
aume ntamos a
concentração usando um anticolinestesico.
Agonista nã o competitivo: as substa ncias a tuam no me smo receptor,
ma s em sítios diferentes.
Ex. adren alina ocupa se u local d e ação no receptor, adrenergico e n
ecessita de uma modificação
conformacional para atuar.
Agonista p arcial ou dualismo competitivo: a substancia se liga ao rece
ptor e estimula, m as não
produz a resposta máxima do receptor.
Indiferença farmacológica: a ssociação de 2 substancias e um a n ão se inter
relacion a com a outra.
Ex. antibiótico + diurético.
Eles não reagem, cada um produz sua resposta separada.
Receptores de reserva: o m iocárdio possui grande quantidade de
receptores d e rese rva.
Medicamentos produzem resposta máxima sem ocupar todos os receptores.
Receptores silenciosos: são inertes a substancia agonista, explica a
tolerância m edicamentosa.
Ex. uso da morfina. Dose letal 250 mg, um viciado chega a consumir 4 g.
Vantagens do antagonismo:
Inibe o efeito colateral de outra substancia. Ex. morfina+atropina.
Ação especifica da droga: as substancias atuam no receptor produzindo a
resposta.
Ação inespecífica da droga: as substancias não atuam no receptor. Ela
depende das
propriedades físico-quimica da solubilidade e do grau de ionização.
SISTEMA NERVOSO
Divisão: SNCentral e SNPeriferico : * Simpático * Parassimpático
Porque existe sistema nervoso? Para fazer do organismo uma unidade
funcional. Para que o organismo atue em harmonia, para isso existem os
sistemas de integração: Sistema nervoso (resposta rápida) e Sistema
endócrino e o sangue (resposta lenta e duradoura).
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO:
SNP : SN A (sistema nervoso autônomo ->visceral, involuntário: Simpático
SS (sistema nervoso somático) Parassimpático
Músculo esquelético (voluntario)
Simpático ou adrenérgico -> toraco-lombar
Parassimpatico ou colinérgico -> crânio -sacral
Adrenérgico por que o neurotransmissor (nt) é a noradrenalina ou adrenalina.
Colinérgico porque o nt é a acetilcolina.
NT (neurotransmissor) é uma substancia sintetizada armazenada, libera
ou biotransformada na
sinapse correspondente.
Unidade fu ncional: a unidade f uncional d o sistema nervoso é o
neurônio, f ormado por núcleo,
cabeça, dentrito, axônio as vísceras.
Sinapse: é uma jun ção celular. Ela é responsável pela transm issão do
estimulo. Existe dois
tipos de sinapse: química e física.
Sinapse excitatória: aumenta a entrada de Na+ , ocorre despolarização
da membrana e
transmite um estimulo potencial pós sináptico excitatório (PPSE).
Neurotransmissor:
acido glutâmico.
Sinapse inib itória: aumenta a entrada de K+ e Cl -, ocorre hipe
rpolarização da membrana,
não transmitindo o estimulo, formando um p otencial pós sináptico
inibitório (PPSI).
Neurotransmissor: GABA.
Placa motora colinérgica -> sinapse colinérgica.
Fibras do SNA:
SIMPATICO (luta e
fuga)resposta sistemica
Pré: Nicotinico
Pós: noradrenalina, adrenalina
PARASSÍMPATICO
(resposta é restrita)
Pré: nicotínico
acetilcolina
Pós: acetilcolina muscarinico
DESAPARECIMENTO DA NO (BIOTRANSFORMAÇÃO)
Logo d esaparece NT por que uma parte do NT sofre recaptação e a
outra é
biotransformada muito rapidamente.
- uma parte é biotransformada pelas enzimas MAO e COMT.
- uma parte se difunde, é biotransformada pelas enzimas dos tecidos.
- uma parte (80%) sofre recaptação.
Digitação Lieni
SIMPÁTICO:
Neuro transmissores: NOR(pós-ganglionar) e ACH(pré-ganglionar)
Receptores: Adrenérgicos: (alfa e beta)
PARASSIMPÁTICO
Neurotransmissores: ACH
Receptores: Muscarinicos e nicotínicos
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- PULMÃO: B2 broncodilatação
ISOPROTERENOL: SO EM BETA
- PULMÃO: B2 relaxamento músculo liso
-TGI: B2 relaxamento músculo liso.
DOBUTAMINA: predomina B1 e poucos efeitos em B2 e alfa 1
- CORAÇÃO: B1 aumenta contração
Agonista B2:
SALBUTAMOL E TERBUTALINA:
- VASOS: B2 dilatação
- CORAÇÃO: B1 aumenta F.C e contração
-TECIDOS: B2 contração
INALAÇÃO: latência em minutos
VO: latência é maior
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26. Volume aparente de distribuição: quando o vd é e levado o farmaco
se distribui pelo corpo.
Quando vd é baixo o fármaco fica no sangue.
VD alto = corpo
VD baixo = sangue
27. Reservatórios medicamentosos: proteínas plasmáticas, tecido adiposo,
reservatórios
transcelulares, ossos, rese rvatórios celulares. O tecido adipo so é
importante para fá rmacos
lipossolúveis.
28. Funções do metabolismo? Fornecer energia para as funções do corpo e
sobrevivência.
29. O que é meia vida? É o te mpo em que a concentração plasmática
do fármaco é reduzida a
metade.
30. O que é efeito platô? Efeito Maximo.
31. Vias de eliminação: leite materno, fezes, urina.
32. Sistema somático: colinérgico acetilcolina – mediador químico na
musculatura esquelética.
33. Receptores (alvos de ação): Nicotinicos (gânglios e músculo
esquelético), Muscarinicos
(coração, músculo liso e glândulas).
34. Todos os efeitos colinérgicos são mediados pelo mesmo mensageiro?
NÃO
35. COMT E MAO: comt: (tecidos) metaboliza noradrenalina nos te cidos.
Catecol ortometil
transferase.
Mao: (citoplasma) mono amino oxidase.
36. Fenômenos que interferem na síntese de noradrenalina: drogas, anti
hipertensivos (inibem
captação de adrenalina). Inibidores de captação 1: cocaína e antidepressivos
tricíclicos.
Inibidores de captação 2: corticóides.
37. Barreira hematoencefalica: muito seletiva.
38. Drogas que agem na sinapse colinérgica? Colinérgicos e anti-colinergicos.