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Via tópica
→ **Como diminui os efeitos adversos? Iontoforese
Diminuindo a quantidade de substância
Existem técnicas em que se pode
que vai ser absorvida. Por isso nessa via
aumentar a forma de uma substância
tópica é administrado pequenos volumes
penetrar por via tópica, principalmente
e baixas concentrações.
pele. Uma delas é a iontoforese. O
Penetração x absorção fisioterapeuta pode utilizar essa técnica.
Penetrar → adentrar camadas A iontoforese é uma técnica de corrente
Absorver → entrar nos vasos sg elétrica de 40-60mA/min de 20-25min.
Deve-se ter cuidado com o aquecimento
Efeitos sistemicos da via tópica
para não lesionar a pele. Utiliza-se
Efeitos não principais, na maioria das
substâncias carregadas, anions ou cátions,
vezes indesejados, nos órgãos sistemicos.
ou seja, hidrossolúveis. Apesar de serem
A substância vai da região de aplicação
hidrossolúveis, a técnica força a passagem
(mais concentrada) para regiões
da substância por meios intracelulares. Ex
adjacentes (menos concentrada), devido a
de fármacos com carga: dexametasona (-),
Lei de Ação das Massas. Ex: algumas
lidocaína (+).
pessoas colocam plástico no pós aplicação
tópica para forçar a substância a adentrar
a pele e segurar o suor que se torna
hidratante.
Uma das vias tópicas que é interessante
para falar sobre os efeitos sistemicos é a
via inalatória - pretendemos que seja
administrado por via aérea, alcance os
pulmões de forma abundante porém
grande parte acaba sendo deglutido (90%)
e chegando ao trato gastrointestinal
sendo absorvido e gerando efeitos Técnica: administra a substância na pele,
sistemicos. Ex: pessoa com asma que coloca um eletrodo ativo em cima da
administra broncodilatador ter palpitação, substância e para fechar a corrente coloca
tremor, ansiedade - esses são efeitos um eletrodo passivo numa região com
sistemicos. uma certa distância da administração
inicial. Assim, o eletrodo com carga
positiva inicial vai em direção ao eletrodo
com carga negativa e vice versa gerando
penetração maior da substância.
Fonoforese
Outra técnica que pode aumentar a forma
de uma substância penetrar por via tópica,
principalmente pele, é a fonoforese. Ex: organismo por lavagem gástrica ou
pessoa com artrite reumatóide que utiliza emese), custo (custo de fabricação e
anti-inflamatório. formulação farmacêutica é menor)
É um ultrassom com efeito mecânico e Desvantagens: hidrossolubilidade (uma
efeito térmico (esse hidrata a região e substância lipossolúvel tem mais facilidade
aumenta a circulação, assim, aumentando de atravessar a membrana plasmatica),
a capacidade de penetração). decomposição/irritação enteral, absorção
irregular (caso tenha problemas
gastrointestinais), efeito de "primeira
passagem", é necessário a cooperação do
paciente.
A via retal é utilizada quando a
mobilização do paciente é reduzida e
geralmente é feito início ou final da vida
como crianças e idosos.
→ Absorção: passagem do fármaco do local
de administração para a circulação sg.
Essa passagem depende do local que foi
adm a substância e das características
desse local.
Absorção da via enteral
Na via oral ocorre através do trato
gastrointestinal, mais especificamente no
intestino delgado, passando por processos
onde é solubilizado sendo capaz de ser
absorvido.
Uma característica interessante da região
intestinal é que os enterócitos são células
Via sistemica enteral justapostas porém com pequenos espaços
Via oral, sublingual e retal entre as células. Para a substância
atravessar a membrana precisa de
características especiais: para a substância
atravessar a membrana pode ser através
de canais; mas fármacos são grandes e
não há a possibilidade de atravessar
canais ionicos ou de água. Substâncias
também podem passar por carregadores,
o que chamamos de difusão facilitada,
porém quem passa por essas vias são aa,
substâncias energéticas como glicose,
substâncias importantes para via em geral,
e a possibilidade de um farmaco
atravessar através desse mecanismo
também é menor pois o fármaco
geralmente não é reconhecido por
Vantagens: praticidade (pode tomar altas
carregadores para atravessarem. Portanto,
doses e vários comprimidos ao mesmo
o mecanismo mais usual para um fármaco
tempo), segurança (fácil de tirar do
atravessar a membrana plasmática é
através da difusão simples (=difusão
passiva), que ocorre através da bicamada
lipídica da membrana plasmatica e para
isso o fármaco precisa de um certo grau
de liposolubilidade. A lipossolubilidade
não é um conceito absoluto e sim um
gradiente. Assim, existem substâncias mais
lipossoluveis ou menos lipossoluveis a
uma membrana.
que ser administrada frequentemente.
Uma forma de diminuir o pico e aumentar
Via retal (enteral)
a duração do farmaco é com formulações Quando há impossibilidade pela via oral,
especiais, as substâncias de formulação não precisa do paciente consciente
prolongada. Porém o custo é maior Pouco prático, não é utilizado em rotina
Absorção/biodisponibilidade errática pois
depende da integridade da mucosa e
Via sublingual (enteral) ainda existem dois sistemas de irrigação
Tratamento em emergência, quando sg no reto: na parte inferior/distal temos a
precisa com concentração plasmática que veia retal inferior (em azul) e a veia retal
superior (região proximal do reto, em
vermelho). A veia inferior retal se conecta Na adm subcutanea, o farmaco chega a
com a veia iliaca, veia cava inferior e circulação por esses poros (fenestras).
através disso chega ao coração e assim Na administração intramuscular há locais
não há efeito de primeira passagem. potenciais de adm. São eles: deltoide,
Diferentemente, a veia retal superior é gluteo, reto femural e reto lateral
ligada ao sistema mesenterico, cai na veia
porta hepática e gera efeito de primeira
passagem. Então, dependendo da
localização do fármaco - proximal ou
distal - no ânus há ou não efeito de
primeira passagem.
Vias Parenterais
Geralmente se usa injeções porém ainda Na via intravenosa (=endovenosa) a
existem adesivos transdérmicos na pele característica físico-química do fármaco
Vantagens: absorção previsível (não há tem menor importância pois não há
efeito de primeira passagem), dose correta, absorção. O fármaco é administrado
pacientes impossibilitados (pacientes diretamente na circulação plasmática. O
inconscientes) capilar tem células endoteliais e possui
Desvantagens: assepsia, difícil auto fenestras (poros) entre as células e são
administração, dor/necrose, custo feitas pra que haja livre circulação. A
São elas: intramuscular (90°), subcutânea administração intravenosa pode ser em
(45°), intravenosa (25°) e intradermica (10- boulos (com seringa direto) e infusão
15°). venosa (com soro)
Fases da biotransformação
Podemos considerar duas fases da
biotransformação.
Fase 1 da biotransformação
(=funcionalização):
Reações químicas que modificam a Outro exemplo de reação de fase 2: ácido
molécula de forma mais simples e são glicoronico (=UDP-alfa-glicuronideo) →
reações de oxidação (como hidroxilação, beta-glucoronideo conjugado - feito pela
desalcoolação, desaminação), redução em enzima UDP glucoronyl transferase.
menor grau e hidrólise.
Ex de reação de fase 1: aspirina (=ácido
acetilsalicílico) → ácido salicílico. Esse tipo
de reação é de biotransformação e o
ácido salicílico ainda mantem a
capacidade anti-inflamatória como o seu
sucessor ácido acetilsalicílico. Ou seja, a
biotransformação ocorreu mas a
substância não perdeu sua função, a
substância não foi inativada então
mantém sua atividade farmacologica.
Esse tipo de reação, de fase 1, ocorre no Gráfico: contribuição das isoformas da
citoplasma da célula hepática, mais P450. O principal subtipo de P450 é o
especificamente no retículo citocromo3A (=CYP3A), responsável por
endoplasmático, por enzimas chamadas biotransformar cerca de 55% dos farmácos
microssomais - principalmente uma que existem atualmente. Então é a enzima
família de enzimas de biotransformação mais importante na biotransformação de
chamadas de citocromo P450. fase 1.
Fase 2 (=conjugação)
Há a complexação de uma molécula
endógena a uma substância mãe que está
sendo biotransformada. Substância de
origem nesse exemplo é o ácido salicílico.
A mudança através da conjugação é uma
mudança quase completa na molécula.
Ex: ácido salicílico → ácido glicoronico.
Gráficos pré-fármacos, ativos, metabólitos
ativo e tóxico
Rins
O rim contem milhões unidades filtradoras
chamadas de nefrons e através dessa
estrutura renal ocorre a síntese do
ultrafiltrado glomerular, que é eliminado No caso de excreção de farmácos
pelo ureter. Essa unidade filtradora tem acontecem três processos: filtração
glomerular, reabsorção tubular e secreção possuem transportadores de ácidos ou
tubular. bases orgânicas tanto na região basal
A filtração glomerular acontece no quanto na região apical.
glomerulo, secreção tubular acontece O vaso passa paralelamente ao tubulo
no tubulo proximal e reabsorção proximal e quando a substância que não
tubular acontece ao longo do nefron, filtrada se encontra no vaso pode interagir
particularmente nos tubulos com esse carreador, que vai levar até o
contorcidos distais e proximais. citoplasma da célula e do citoplasma para
o tubulo. Então é um processo ativo de
Filtração glomerular transporte da substância da circulação
Ocorre no glomerulo porque quando o plasmática até o tubulo proximal - por
sg entra pela arteriola aferente entra isso é chamado de secreção tubular
numa série de capilares dentro desse Tanto a forma livre quanto a forma ligada
glomerulo (farmácos ligados a ptn plasmática) são
Como vimos anteriormente o capilar são capazes de sofrer esse tipo de transporte.
compostos por fenestras que filtra Ou seja, o transporte é mais eficiente
substâncias nesse caso uma vez que tanto a
É um processo passivo que depende da substância livre quanto a ligada é capaz
lei de ação das massas, onde a substância de ser transportada para o tubulo.
vai do local mais concentrado para o → Tanto o processo de filtração glomerular
menos concentrado como o de secreção tubular são processos
A substância passa então por uma rede de pró-excreção, ou seja, defendem a saída
capilares até sair pela arteriola eferente do fármaco do organismo. Entretanto,
Por passar por fenestras, quando o existe um outro processo, anti-excreção,
fármaco ta dentro do capilar do glomerulo, que ocorre basicamente em substâncias
substâncias ligadas a proteínas não lipossoluveis chamados de reabsorção.
conseguem passar então apenas
substâncias livres são filtradas Reabsorção tubular
→ Apesar de, leigamente, achar-se que esse
A reabsorção tubular ocorre tanto no
é o principal processo de filtração não é. O
tubulo proximal quanto no distal e é um
segundo processo é mais importante na
processo passivo
maioria dos casos. Então se o fármaco não
consegue ser filtrado por algum motivo, → Assim, a substância foi filtrada, foi
ele continua no vaso peritubular, ao longo secretada e, portanto, a concentração do
e paralelamente ao tubulo contornado fármaco dentro do tubulo começa a
proximal e é nessa região do tubulo que aumentar dramaticamente pela filtração e
ocorre a secreção tubular secreção. Ao longo do tubulo sai muita
água então é retirada água do tubulo ao
Secreção tubular longo do nefron porque os rins são
Ocorre no tubulo proximal órgãos concentradores já que eliminam só
A secreção tubular, ao contrário da a quantidade suficiente para homeostase.
filtração glomerular, é um processo ativo Quando vai se tirando água e
e depende de carreadores - carreadores aumentando a substância de farmaco, a
de bases e ácidos orgânicos, que estão na concentração aumenta muito e ocorre lei
cápsula de Bowman glomerular. de ação das massas - substância vai da
As células do tubulo proximal são ligadas mais concentrada para a menos
firmemente e são células epiteliais que concentrada - e assim a substância tem a
formam o pavimento do tubulo e
tendência de sair do tubulo (concentrado) fenobarvital é um ácido fraco e temos um
e voltar para o sg. gráfico de depuração da substância em
→ As junções do tipo TAT deixam as células relação ao fluxo de urina. Temos um
que pavimentam o tubulo muito aderidas aumento de excreção ou diminuição da
entre si excreção. A urina pode ser ph 7,8 (alcalina)
→ Só existe carreadores em uma direção: ou ph menor que 7 (ácido). A alcalinização
para o fármaco fazer o movimento da urina, torna-la mais básica, serviu para
contrário é atravessando a membrana aumentar o grau de excreção do fármaco.
plasmatica, que é uma bicamada lipidica, Assim, se aumentamos o pH, diminuimos
podendo ser reabsorvida a concentração de protons, a reação vai
→ Assim, podemos analisar o efeito da para direita e temos mais fármacos
biotransformação sobre a excreção. carregados negativamente, ou seja, temos
Quanto menos tenho substâncias mais hidrossolubilidade, menos absorvida
lipossoluveis (ou seja, mais substâncias essa substância é e mais excretada.
hidrossoluveis) maior vai ser a capacidade → Para bases, o caso da anfetamina com
da substância ser excretada e menor a experimentos em humanos. Considerou-
capacidade de ser absorvida. se dois graus de pH - em torno de 5
→ O processo de biotransformação é (ácido) e em torno de 7 (considerou o
importante, então, porque gera a normal urinário). Observa-se excreção
capacidade de transformar substâncias em urinária, concentração plasmática e
hidrossoluveis e serem menos passíveis resposta psicologica da anfetamina
desse processo de reabsorção tubular. (estimulante do sistema nervoso central).
Assim, quanto maior a lipossolubilidade, Pela reação que estudamos, espera-se que
maior a capacidade da substância voltar quanto mais ácido o meio, uma base
ao organismo (reabsorção), menor a tende a reação para direita e ela se torna
capacidade de excreção e maior tempo da carregada e mais hidrossoluvel. Quanto
substância no organismo. Quanto maior a menor o pH (meio ácido e mais protons
hidrossolubilidade, maior a capacidade de no meio) mais hidrossoluvel é a base. Se é
excreção, menor o tempo da substância mais hidrossoluvel, menos absorção e
no organismo porque tem maior mais excreção.
facilidade para reabsorção tubular. → Em um ph acido maior quantidade de
→ Aumentando o ph urinário tenho a protons no meio, o tempo da resposta
capacidade ou não de aumentar ou não a psicologica é diminuído. A concentração
excreção de farmácos. Geralmente plasmatica é menor e a excreção urinária
modulamos o ph urinário no caso de maior. No ph acido, com menor
intoxicação de farmácos com o objetivo reabsorção tubular, há maior excreção e
de aumentar a excreção de fármacos. portanto diminui os efeitos
→ Temos um experimento no fenobarvital, farmacologicos como a concentração
experimento num cachorro o que nos faz plasmática da anfetamina.
ter a noção que o fármaco pode → Em um ph alcalino vemos uma resposta
influenciar na absorção tubular e psicologica mais acentuada.
influenciar a excreção de fármacos. O
Receptores farmacológicos
Proteínas específicas que só tem ativada
sua função de receptor através da
interação com determinada substância.
Receptor farmacológico inclui uma
abrangência de receptores
Receptores fisiológicos
São entidades moleculares, proteínas em
Proteínas geral, que estão dentro do organismo e
funcionam como receptores - fazem o
reconhecimento de uma determinada
substância e a partir da interação com
essa substância geram efeito biológico.
O receptor fisiológico,
simplificadamente, é um grupo
específico de proteínas que apenas
servem como receptores e não tem uma
função além dessa.
→ Todo receptor fisiológico é farmacológico!
Receptores fisiológicos vão interagir com
uma substância agonista ou antagonista.
→ Substância agonista são substâncias que
vão gerar uma modificação molecular do
receptor protéico fisiológico produzindo
efeitos. Esses efeitos podem ser diretos
(como abertura ou fechamento do canal
iônico) ou de transdução de sinal (que
Características de um receptor gera efeitos mais elaborados como
Em geral são proteínas apesar de alguns modulação do canal ionico, ativação ou
ácidos nucleicos serem considerados inibição de enzima e transcrição de DNA).
receptores.
→ Já antagonista é qualquer substância que portanto a capacidade dessa enzima ser
interage com o receptor e não gera estimulada
nenhum tipo de efeito. → Cinases são enzimas capazes de fosforilar
outras proteínas. Com a fosfosrilação de
Podem ser divididos em quatro tipos:
proteínas intracelulares pode haver
transcrição gênica (ação nuclear) ou
alteração de proteínas citozólicas (ação no
citosol) gerando efeitos celulares. Gera
síntese de proteinas. Esse tipo de reação é
considerada rápida, em torno de
segundos, quando a ação é em proteínas
não nucleares ou age em horas quando há
ação no núcleo realizando transcrição
gênica. Ex: receptores de cinases
1. Canais ionicos abertos por ligantes (geralmente ligados a hormônios;
(=canais ionicos dependentes de citosinas que são hormônios ligados ao
ligantes= receptores ionotropicos). A sistema imune).
alteração ionica causando pelo influxo e 4. Receptores nucleares: está localizado
efluxo de ions no canal ionico pode gerar numa região intracelular - alterna entre
uma hiperpolarização ou despolarização e ser receptor citosólico (no citosol) ou
consequentemente gerar efeitos celulares, receptor nuclear (no núcleo) dependo do
que podem ser alcançados em momento. A substância tem que passar
milissegundos, ou seja, uma resposta pela substância plasmática para atingir o
super rápida. Ex: receptor nicotínico é um receptor, ou seja, a substância tem que ser
exemplo de receptor do tipo ionotropico. lipossoluvel o suficiente para passar pela
2. Receptor acoplados a proteína G membrana plasmática. Em geral as
(=metabotropico). A proteína G é uma substâncias que se acoplam são
proteína adaptadora que consegue corticóides (esteroides, hormônios sexuais
intermediar o efeito gerado pelo receptor masculinos ou femininos, esteroides
em canais ionicos ou em moléculas ligados ao metabolismo intermediário
efetoras. Então a proteína G é essencial como glicocorticóides,
para que haja interação entre o receptor e mineralocorticóides etc). Realizam
a molécula/proteina efetora que gera transcrição gênica no núcleo, realizam
metabolitos, chamados de segundos síntese de proteínas e geram efeitos
mensageiros numa cascata de sinalização celulares. Esse tipo de reação gera ação
que gera efeitos celulares. Como esse tipo em torno de horas. Ex: receptor de
de reação é complexa, a escala de tempo estrogênio.
é em segundos (reação rápida mas não
tão rápida como receptores ionotropicos,
quando apenas é necessário abertura do
canal ionico). Ex: receptores muscarinicos.
3. Receptores ligados a cinases: não há
necessidade de proteína intermediária na
função do receptor, como a proteina G,
pois o próprio receptor é uma enzima. A
partir da interação com um farmaco ou
com uma substância endógena existiria
transmembranar é a região efetora onde
vai ocorrer uma mudança conformacional
que vai gerar a abertura do canal. Porém,
em geral, nos receptores é na região
intracelular que ocorre a ação efetora
(receptores ligados a proteina G e
receptores de cinases)
No receptor nuclear também há na região
intermediária dele o domínio de ligação
do DNA, que só é propiciada por causa de
uma mudança de conformação
→ Região efetora: mudança conformacional
que gera o efeito farmacológico
→ Canais ionicos: região transmembrana
→ Receptores ligados a proteina G: região
intracelular
→ Receptor de cinases: região intracelular
→ Receptor nuclear: região de ligação do
DNA
→ Em geral há 3 domínios (alguns casos 2):
dominios extracelular, transmembranar e
intracelular.
Características de receptores
Na maioria das vezes quando há Outra característica importante do
receptores também temos um sítio de receptor é a especificidade. Existem
ligação. Essa região também é chamada caracteristicas específicas do fármaco que
de domínio de ligação e está fora da interagem com o domínio gerando efeito
membrana (meio extracelular) para máximo. Se a molécula é modificada na
receptores de membrana celular. Algumas biotransformação de moléculas pode
regiões próximas a membrana podem ser gerar diminuição do efeito ou não efeito
envolvidas nesse domínio de ligação mas farmacologico pois a especificidade
a maior parte é extracelular. também muda. A especificidade, então, é
O sítio de ligação de um receptor nuclear, gerada através da característica da
obviamente, não pode ser extracelular já estrutura molecular - consideramos
que esse tipo de receptor está dentro da importante mas é difícil usar em
célula. farmacologia. Em farmacologia usamos
A segunda região que o receptor pode mais o conceito de seletividade
estar é a região transmembrana - há um
domínio de ligação transmembranar onde Especificidade x seletividade
ocorre uma modificação da conformação Especificidade é a interação com apenas
molecular do receptor (torção, movimento) um tipo de receptor.
gerando o efeito farmacologico. A seletividade é com há a interação com
Na região intracelular tem o domínio mais de um receptor. A seletividade pode
efetor, onde vai haver uma mudança gerar efeitos tóxicos. Porém, algumas
conformacional que vai afetar a doenças a interação com diferentes
comunicação do receptor com o meio receptores (=multialvo), ou seja,
intracelular e portanto gerar o efeito seletividade pode ser a chave do sucesso
farmacologico. Em canais ionicos a região terapêutico.
→ GABA: principal receptor inibitório em ionico e efeito farmacologico com a
mamíferos. Um certo receptor de GABA passagem de ions
tem vários sítios de ligação em seu Cada subunidade é composta por
dominio. O mesmo receptor pode ser diferentes dominios.
receptor para GABA, benzodiazepinicos
etc.
Receptor metabotrópicos
Não são receptores que são canais ionicos
e não são formados por várias
subunidades. São apenas uma proteina
que passa 7 vezes pela membrana. Têm
Receptor ionotropico região C terminal (capaz de interagir com
a proteína G, proteina formada por 3
Localizados na membrana. Geralmente
subunidadez: alfa, beta e gama. Proteina G
tem uma região extracelular maior do que
pq pode se ligar tanto ao GDP quanto ao
a região intracelular. Mas a região efetora
GTP e N terminal).
de fato é a região transmembranar, que
Nesse caso, o ligante interage com a
gera abertura do canal e fluxo de ions.
região extracelular dos receptores
Não podemos considerar canais ionicos
metabotrópicos, muda conformação e a
como via de transporte e absorção de
proteína G, ligada inicialmente ao GDP
fármacos já que os pontos são pequenos
numa situação de repouso pela unidade
para impedir a passagem de qualquer
alfa, se dissocia. Assim a unidade alfa se
farmáco. Apenas substâncias muito
dissocia da unidade beta e gama. A
pequenas (como sódio, calcio, potássio,
unidade alfa (com interação do ligante
átomos) são capazes de passar por esses
com receptor) muda sua ligação inicial
canais.
com GDP e local. Agora a alfa se liga a
O receptor nicotínico (ionotropico) tem 5
GTP!!! E a partir dessa ligação a alfa se
sitios de ligação e a partir do farmaco,
dissocia de beta e gama, e caminha pela
neurotransmissor etc, há abertura do canal
membrana para um novo efetor como
adenylyl ciclase (enzima capaz de formar
AMP ciclico). Essa interação demora um Alfa s e alfa i atuam sobre a
certo tempo, depois há hidrolise do GTP, adenilatociclase, (=adenylate cyclase)
que volta a ser GDP e novamente a estimulando ou inibindo.
subunidade alfa se liga as outras duas A adenylate cyclase transforma o ATP em
subunidades, beta e gama. AMP ciclico!!!! Então a alfa s estimula a
Efetor é por exemplo a adenylyl ciclase formação de AMP ciclico e a alfa i inibe a
formação de AMP ciclico, deixando o ATP
em sua forma.
O AMP ciclico é considerada o segundo
mensageiro, ou seja, interage com
proteínas celulares e gerar o efeito
farmacologico.
A fosfolipase C é uma lipase, enzima que
degrada lipídios. O lipidios que ela
preferencialmente degrada é
fosfatidilinositol difosfsto (=PIP 2)
formando PIP 3 e diacilglicerol, esses dois
também são considerados segundo
mensageiros clássicos, como o AMP,
então também geram ação farmacologica
e aumento de cálcio intracelular
Sinal intracelular
Duas características mostram a
importância do receptor: complexidade do
sinal intracelular e amplificação do sinal
intracelular
Neurotransmissão colinérgica
Inibidores da acetilcolinesterase
Farmacocinética
Vão inibir o processo da
Fisistigmina: carbamato, boa absorção via
acetilcolinesterase
oral, subcutânea e mucosas, atravessa a
Os sítios anionicos e esteráticos recebem a
barreira hematoencefálica, metabolismo
substância (ex: neostigmina), ocorre
de enterases plasmáticas, eliminação renal
liberação da parte do sitio anionico mas a
ligação com sítio esterático demora para
Neo/Piridostigmina: carbamato, amina neotigmina (aumenta a disponibilidade de
quartenária, menos absorção via oral, acetilcolina na placa motora) até o ponto
menor chegada ao SNC devido que isso não ocorre mais pois o corpo do
características de lipossolubilidade, paciente gerou uma diminuição dramática
metabolismo de enterases plasmáticas e dos receptores nicotinicos.
eliminação renal
Organofosforados: boa absorção por Efeitos adversos
todas as vias. Metabolismo hepatico Salivação, ativação da úlcera gástrica,
(CYP450), esterases plasmáticas e teciduais cólica abdominal, hipotensão,
broncoespasmo
Usos clínicos
São bem parecidos com o uso clínico dos → Obs: Alguns fármacos inibidores de
agonistas diretos acetilcolinesterase no sistema nervoso
Fisostigmina: glaucoma, intoxicação com central tem ação sobre a doença de
antagonistas muscarinicos Alzheimer, como a galamina. São
Neostigmina: glaucoma, hipotonia do importantes nessa doença porque o início
trato gastrointestinal ou urinário, da redução do processo cognitivo é por
miastenia grave, reversão do bloqueio morte de neurônios colinergicos. Logo na
neuromuscular competitivo primeira parte da doença farmacos
Piridostigmina: miastenia grave conseguem atuar aumentando a atividade
Galamina, donepezil: doença de Alzheimer da acetilcolina no SNC melhorando a
qualidade de vida do paciente.
→ Obs: algumas funções não são observadas
em agonistas diretos pois esses só agem Intoxicação por organofosforados
em receptor muscarinico. Portanto o Muito parecidos com agonistas
agonista direto não vai agir na placa muscarinicos, podemos adicionar
motora, rica em receptor nicotinico. Porém, espasmos da musculatura.
pelo modo de ação desses inibidores da A reação depende de qual via foi
acetilcolinesterase, eles inibem a administrada. Bastantes vias se tornam
acetilcolinesterase que está presente na fáceis devido a solubilidade deles
placa. Portanto, são farmácos muito Podem ser utilizado antigenos como
importantes no caso de miastenia grave antagonistas muscarinicos para evitar
(condição clínica autoimune que agem efeitos muscarinicos. Até 1h pode ser
estimulando os receptores nicotinicos administrado regenerador da
neuronais da placa motora. Ao longo do acetilcolinesterase, anticonvulsivantes para
tempo vá existindo uma fraqueza os efeitos centrais mas nenhum antidoto
muscular e isso acontece de forma crônica reverte completamente nos
até o momento que o individuo pode ter organofosforados. Assim, um coquetel de
uma parada respiratória). O aumento de substâncias é administrado para
acetilcolina na placa motora desses recuperação
pacientes ajuda na doença devido a Broncoconstrição
geração de potencial de ação muscular Sudorese
que gera uma tensão muscular. Mas o Miose
potencial de ação muscular nesses Bradicardia
pacientes vai diminuindo ao longo do Incontinência urinária
tempo - por exemplo: o paciente Ações nicotinicas perifericas
consegue pegar um copo mas não Fasciculações
consegue levar até a boca. Ex de farmacos: Taquicardia
Hipertensão → Fazem quebra e impedem a ação do
parassimpatico
Ações centrais → Ex: atropina (vem da planta atropa
Inquietação belladona; comercializado com o nome
Insônia vagostesyl) e escopolamina (vem da
Convulsão planta hyoscyamus niger; comercializado
Depressão respiratória e colapso como buscopan), homatropina
cardiovascular (comercializada com o nome novatropina;
Tratamento farmacologico adm por via oftálmica para que haja
aumento do diâmetro pupilar pós
cirurgias oftálmicas); ipratropium (adm
com o nome de atrovent, adm para
diminuir do espasmo bronquiolar, usado
na asma e DPOC)
→ São agonistas competitivos reversíveis
mas não são seletivos. Como os agonistas
muscarinicos tem uma seletividade entre
os receptores muscarinicos (M1, M2 e M3)?
Ações farmacologicas
São antagônicas as reações
parassimpaticas
Diminuição de secreção (salivar, brônquica,
sudorese)
Midriase
Broncodilatação
Constipação intestinal e retenção urinária
Taquicardia
Sedação (escopolamina)
Usos clínicos
Asma, DPOC
→ Cicloplegico (se foca melhor para longe) -
existe uma certa miopia quando o
Antagonista muscarinico (ex: atropina) parassimpatico está ativado então quando
→ Regenerador de acetilcolinesterase (ex: o antagonisa ocorre melhor enxergar pra
pralidoxima) longe.
→ Anticonvulsivante (ex: diazepam)
→ Antagonistas muscarinicos =fármacos
parassimpatolíticos)
Cicloxigenases (COX)
As cicloxigenases tem um papel
importante tanto em eventos
inflamatórios como em eventos
fisiológicos. Na inflamação, elas possuem
Sabemos hoje que existem dois tipos uma ação vasodilatadora importante,
muito bem caracterizados de ciclo- causam aumento da permeabilidade
oxigenases, que são as enzimas que vascular e isso permite que ocorra
clivam o ácido aracdonico dando origem extravasamento do vaso para o tecido de
aos eicosanoides, são elas: COX1 sangue/células/plasma causando edema.
(=constitutiva - expressa na maioria dos Elas também tem capacidade de ativar e
tecidos do corpo e em plaquetas; em sensibilizar os receptores para dor
condições fisiológicas sempre temos ela (nociceptores perifericos) gerando dor.
presente produzindo eicosanoides ) e Isso caracteriza a triade importante da
COX2 (=inflamatória=induzida; inflamação dor, vasodilatação e edema.
normalmente é induzida e expressa após Além disso, a ativação da cicloxigenase vai
um estímulo inflamatório; em algumas fazer com que ocorra o aumento na
situações específicas também é produção de prostaglandina do tipo E2 e
encontrada de forma isso vai ser fundamental no caso de febre
constitutiva/biológica). inflamatória. Isso desregula o termostato
A diferença entre COX1 e COX2 reside na hipotalamico fazendo com que o
posição de apenas um aa (na cox 1 há hipotalamo comece a gerar calor e quadro
isoleucina e cox 2 há valina). Isso fez com de dor.
que por muitos anos a indústria
Fisiologicamente, a importância das COXs Músculo vascular liso: As COXs também
são, por exemplo: participam no relaxamento da
Bronquios: Relaxamento da musculatura musculatura lisa vascular, feito pelo PGE2,
lisa dos bronquios (causado pela PGE2 e PGF2alfa e PGI2, fazendo com o que o sg
PGI2), isso é importante para manter a flua de maneira homogênea
árvore pulmonar no estágio de Estômago: PGE2 e PGI2 protegem a
relaxamento. mucosa gástrica. Regulam aumentando a
Plaquetas: PGI2 (=prostaciclina 2) também produção de muco que recobre o
causa inibição na agregação plaquetária estômago e inibindo a produção de HCl.
enquanto a tromboxano A 2 (TXA2) causa Rins: PGE2 e PGI2 aumentam o fluxo
agregação plaquetária. TXA2 e PGI2 se sanguíneo renal
mantem em equilíbrio.
Mecanismo de ação
Derivados da pirazolona
Ex: fenilbutazona (=butazolidina),
oxifembutazona (=tandrex A), apazona e
dipirona
Obs: A dipirona é muito utilizada no Brasil
mas não existe no mercado estadunidense Derivado do para-aminofenol
e europeu Grupo do paracetamol
Possuem baixo efeito anti pirético e Também chamado de acetaminofeno
analgésico, com exceção da dipirona Efeito anti pirético satisfatório
A dipirona possui alto poder anti pirético Fraco efeito anti-inflamatório - ocorre
e analgésico mas possui baixa potência porque em um tecido inflamado o pH está
anti-inflamatória mais ácido, o que ioniza o paracetamol
A fenilbutazona e oxifembutazona são retirando seus efeitos
anti-inflamatórios muito potentes Boa absorção via oral
O uso prolongado fica limitado por sua
alta toxicidade na medula óssea - mas
Efeitos colaterais: nauseas, dor abdominal, A oxidação do SO2 é muito importante
anorexia, dor subcostal, hepatomegalia para a seletividade porque faz com que
dolorosa, icterícia, coagulopatia interajam o com o ciclo ativo da COX2 e
Dose convencional: 325 a 1000mg (não inibam especificamente ela.
deve exceder 4000mg) Sulfonas e sulfonamidas são seletivos para
Dose em crianças: 40 a 480mg (máximo 5x) COX2
Dose que causa hepatotoxidade: 10 a 15g Propriedades farmacológicas: inibidores
(150 a 250mg/dia) COX2 seletivos, anti-inflamatório e
Doses fatais: 20 a 25g analgésico
No fígado, quando vai ser metabolizado, Indicações para osteoartrite e dor de pós
em doses baixas, normais, dá origem a um operatório
metabolito intermediário que é reativo (n- Dentre os fármacos COX2 seletivos o que
acetil-p-benzoquinonimina), que sofre é mais potente é o rofecoxib
conjugação com a glutationa e dá origem → Exemplos: lumiracoxibe, etoricoxibe,
a um metabolito inativo e não reativo que valdecoxibe, rofecoxibe, celecoxibe.
é excretado na urina. Lumiracoxibe e rofecoxibe foram retirados
Em situações de doses elevadas ou do mercado devido seu efeito colateral
continuas a quantidade do intermediário cardiovascular grave.
reativo (n-acetil-p-benzoquinonimina=
NAPQI) é tão alto que a quantidade de Efeitos colaterais
glutationa existente no fígado não é A grande parte dos anti-inflamatórios não
suficiente para reagir com esse esteroidais tem efeitos colaterais comuns
intermediário por completo. Então uma Como os icosanoides são importantes
parte é conjugada com a glutationa e para manter a árvore vascular bronquica
eliminado e uma outra quantidade em estado de dilatação, se bloqueamos as
considerável do metabolito reativo não é COXs não ocorre mais isso e gera um
conjugada porque a glutationa foi estado de broncoconstrição - por isso os
consumida então esse metabolito reativo anti-inflamatórios não esteroidais são
começa a se acumular nos hepatocitos contraindicados em caso de asma.
causando lesão e até morte hepatocito e Nas plaquetas, a prostaciclina inibe a
isso evolui para uma hepatotoxidade agregação plaquetária e a tromboxana 2
gerando hepatite medicamentosa. causa agregação plaquetária então se
bloqueamos a produção de tromboxana 2
COX 2 Seletivos nas plaquetas aumentamos o tempo de
sangramento - isso causa um risco de
Antigamente quando se acreditava que a
hemorragia então é contra-indicado para
COX2 só estaria envolvida em processos
pacientes que usam anti-coagulante
inflamatórios, a indústria farmacêutica
No sistema digestório, PGE2,
esforçou-se para achar compostos que
principalmente, e também PGI 2 são
inibissem seletivamente esta enzima e um
importantes para diminuir a produção de
grupo grande de anti-inflamatórios não
HCl e aumentar a produção de muco, isso
esteroidais COX2 seletivos foram
protege a mucosa do estômago. Se
descobertos e eram vendidos como os
bloqueamos a síntese de PGE2 há uma
melhores anti-inflamatórios do mercado.
maior produção de HCl e menor produção
Porém ao apresentarem efeitos
de muco - isso confere um risco
cardiovasculares em casos de
aumentado de úlcera porque a mucosa do
complicações graves diminuiu seu uso
estômago está desprotegida e ainda se
torna contra indicado para pacientes com (vasoconstrição renal). Isso causa um
úlceras pré existentes prejuízo na vascularização renal tornando
No caso do aparelho renal, PGI 2 e PGE 2 os AINEs contraindicados para pacientes
causam uma vasodilatação renal, com nefropatias.
melhorando o fluxo sg renal, e se são
inibidos há redução do fluxo sg renal
Composto: Cortisona*
Farmacocinética Potência anti-inflamatória: 0,8
Potência de retenção de Na+: 0,8
Via de administração: oral, parenteral (IV,
Duração de ação: curta
IM e intrasinovial)
Dose equivalente (mg): 25
Preparações farmacêuticas: cremes,
pomadas, loções, soluções oftálmicas,
→ * O cortisol e a cortisona são usados
aerossol
somente em terapias de reposição. Não
Penetram nas células por difusão passiva
possuem boas propriedades anti-
tendo solubilidade boa
inflamatórias e têm grande atividade
90% ligação as proteínas plasmáticas
mineralocorticóide
Metabolismo envolve adição de oxigênio
ou de hidrogênio, seguido de conjugação
para formar compostos hidrossolúveis
Metabolização hepática com excreção
renal
Composto: Triancinolona
Potência anti-inflamatória: 5
Potência de retenção de Na+: 0
Duração de ação: Intermediária
Dose equivalente (mg): 4
Composto: Fludrocortisona
Potência anti-inflamatória: 10
Potência de retenção de Na+: 125
Duração de ação: Curta
Dose equivalente (mg): - Os efeitos colaterais dos corticóides
sempre vão aparecer, a diferença de um
Composto: Betametasona** fármaco para outro é o tempo e a dose
Potência anti-inflamatória: 10 para isso
Potência de retenção de Na+: 0 Interrupção da terapia com
Duração de ação: longa glicocorticóides (insuficiência da
Dose equivalente (mg): 0,75 suprarrenal decorrente da supressão do
eixo HHSR) - com o uso crônico de
Composto: Dexametasona**
farmácos corticóides, o metabolismo para
Potência anti-inflamatória: 25
de produzir o cortisol, pois o eixo
Potência de retenção de Na+: 0
hipotalamo-hipófise-suprarrenal para de
Duração de ação: longa
funcionar fisiologicamente. Então o
Dose equivalente (mg): 0,75
paciente que usa esse tipo de fármaco
→ **A dexametasona e a betametasona são precisa ter um desmame ao longo de
utilizados como anti-inflamatórios para semanas ou meses, se diminui
respostas agudas máximas (choque gradativamente a dose de corticoide até
séptico e edema cerebral). Possuem meia que a dose seja muito baixa e a
vida plasmática longa e baixa atividade suprarrenal volte a produzir o cortisol
mineralocorticóide. Possuem atividade fisiológico
supressora do crescimento e da O uso continuo de altas doses de
cicatrização. glicocorticóides pode causar complicações
sistêmicas, insuficiência suprarrenal e, em
Indicações clínicas casos mais graves, causar a síndrome
iatrogênica de cushing
Terapia de reposição para insuficiência
suprarrenal, que pode ocorrer, por → Síndrome iatrogênica de Cushing:
exemplo, no caso de tumor de suprarrenal conjunto de efeitos colaterais devido
ou a glândula não produz corticoides inibição da produção das COXs e efeito do
Terapia anti-inflamatória que não podem corticoide em tecidos específicos. Esses
ser tratadas com anti-inflamatórios não efeitos são: equimose (roxos pela pele
esteroidais: asma, afecções anti- devido extravasamento de líquido no
inflamatórias, conjutivite alérgica, rinite processo inflamatório), corcova de bufalo
Estados de hiperssensibilidade (alergia) (=gordura acumulada na parte dorsal do
pescoço), gordura abdominal, pele fina
(menor produção de proteínas como o
colágeno), braços e pernas finas (perda de Cuidados na prescrição de corticóides
massa muscular), osteoporose (deficiência Sempre utilizar a menor dose possível
na absorção de cálcio - a condição se Monitorar o paciente quanto a
torna mais grave em mulheres que estão hiperglicemia, glicosúria, retenção de
na menopausa e então já apresentam sódio e edema, hipertensão, hipocalemia,
deficiência na absorção de cálcio), úlcera peptica, osteoporose e infecções
dificuldade de cicatrização, tendência a ocultas
hiperglicemia (menor absorção de glicose
na periferia - torna-se necessário ter Contraindicações
cuidado com pacientes diabéticos), Evitar o uso em pacientes com ulceras,
balanço nitrogenado negativo, aumento infecções, osteoporose, glaucoma,
do apetite, aumento da suscetibilidade a infecções por vírus da herpes (corticoides
infecções (devido o efeito anti- inibem o sistema imune), hipertensão e
inflamatório forte dos corticoides, o diabetes.
sistema imune está inibido), obesidade
(aumento do acumulo de gordura)
Opioides
Agem no SNC, na medula e cérebro
principalmente
Anticonvulsivantes e antidepressivos são
utilizados em dor neuropática mas não
→ Obs: Opióides são utilizados na dor
são analgésicos opioides
nociceptiva moderada a severa. Não na
São utilizados para dor moderada ou
dor neuropática ou na dor devido
intensa
hiperssensibilidade e sensorial (=dor sem
lesão identificável de tecido ou nervo). Escada analgésica da OMS:
Dor leve: analgésico AINE
Exemplos de dor nociceptiva primária
Dor moderada (degrau 2): opióides fracos
Osteoartrose
+ analgésicos AINE
Dor visceral
Dor intensa (degrau 3): opióides fortes +
Cefaleias
analgésicos AINE
Dor isquemica
Dor refratária a farmacoterapia:
Dor oncológica (sem lesão do nervo)
peocedimentos intervencionista +
Dor nas costas (sem lesão do nervo)
opioides fortes + analgésicos AINE
Dor que inclui tanto uma componente
nociceptiva como neuropática
Dor de costas (lesão/disfunção de nervo +
ativação nociceptiva de ligamentos,
articulações, músculos, tendões)
Dor oncológica (sem infiltração de nervo)
CRPS I (sem lesão do nervo)
Neuropática primária
Periférica: dor de costas (devido a
lesão/disfunção de nervo), PHN (nevralgia
pós herpética), nevralgia do trigêmeo, HIV,
CRPS II (=síndrome da dor regional
complexa), dor fantasma
Central: pós acidente vascular cerebral,
esclerose múltipla, lesão da medula
espinhal
Farmacologia da dor
Vários farmacos modulam as vias de
transmissão nervosa da dor e reduzem a
percepção de dor
Atuam no SNP: analgésicos não opióides
[analgésicos anti-inflamatórios não
esteroidais (AINEs) e analgésicos