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Artigo original
RESUMO: O presente artigo procura interpretar os princípios epistémicos e sociais subjacentes aos novos currículos
do ensino primário e secundário em Moçambique. A interpretação é feita na base do quadro teórico do realismo
social, particularmente a teoria de diferenciação curricular de Shay. O artigo procura suprir as limitações das
anteriores análises das reformas curriculares em Moçambique, baseadas no realismo social, bem como alargar as
reflexões sobre os fundamentos dos novos currículos, acrescentando uma reflexão sociológica às já existentes
reflexões filosóficas. Metodologicamente, o artigo baseia-se na análise do conteúdo dos planos curriculares do
ensino básico e do ensino secundário geral. O artigo tece três conclusões: primeira, a de que subjazem aos novos
currículos princípios de legitimação curricular que procuram combinar a contextualidade e a verticalidade, ao
agregar formas de conhecimento fortes e fracas em densidade e gravidade semânticas; segunda, a de que essa
combinação orienta-se no sentido de reforçar a contextualidade do conhecimento e reduzir a sua verticalidade;
terceira, a de que subjaz às reformas curriculares um conceito de conhecimento poderoso que vai para além do
conhecimento teórico.
Palavras-chave: currículo do ensino geral, realismo social, sociologia do currículo e do conhecimento, teoria de
diferenciação curricular.
_______________________________
Correspondência para: (correspondence to:) nelson.casimiro.zavale@gmail.com
mas o seu poder explicado transcende esses ocorre num contexto da emergência de um
contextos e a sua validade depende do discurso a favor da vocacionalização e da
acordo na comunidade científica. O busca da relevância socioeconómica da
conhecimento vulgar também é produzido educação em África. Trata-se de um discurso
em contextos sociais específicos, mas o seu promovido por actores da globalização
poder explicativo restringe-se esses neoliberal, mas que também ecoa em
contextos. Esta diferença de propriedades círculos nacionais pró-utilitaristas (Shizia e
entre formas de conhecimento legitima Abdi, 2014; ATCHOARENA e
diferenças de poder heurístico e explicativo. GASPERINI, 2006; WORLD BANK, 2005).
Assim, os realistas-sociais consideram o Em Moçambique, este contexto levou à
conhecimento teórico como mais poderoso reflexões sobre os efeitos do neoliberalismo
do que o conhecimento vulgar (YOUNG, e do utilitarismo económico na educação,
2008). bem como a análises das novas reformas
curriculares. Langa (2012), por exemplo,
Baseando-se nestes dois fundamentos os
defende que o neoliberalismo em
social-realistas reafirmam o lugar
Moçambique levou à mercantilização do
preponderante do conhecimento teórico nos
ensino superior e à consequente
currículos escolares. Esta posição
subalternização ou fraca relação com o
influenciou críticas aos modelos curriculares
saber. Num outro trabalho, Langa (2010)
que ignoram o conhecimento teórico. Young
insurge-se contra a tendência utilitarista de
(2008) criticou as reformas curriculares, que
transformação da universidade em centro de
negligenciam o conhecimento teórico-
combate à pobreza. Todavia, Langa tem
disciplinar, introduzidas na Inglaterra e na
como foco o ensino superior, e não os níveis
África do Sul; Muller (2000) criticou o
inferiores; além disso, não examina
currículo baseado em competências da
empiricamente os curricula, embora se refira
África do Sul; Wheelahan (2010, 2009)
ao saber.
criticou o currículo vocacional da Austrália.
O argumento comum destas críticas consiste Os estudos específicos sobre os novos
em considerar as reformas curriculares, currículos incidem sobre a implementação
inspiradas na globalização neoliberal, como de inovações curriculares específicas, como
incentivando uma noção utilitária de o currículo local (BASÍLIO, 2012;
conhecimento. Esta noção resulta na ALDERUCCIO, 2010; DHORSAN e
tendência de negligenciar o conhecimento CHACUAIO, 2009; CASTIANO, 2006) e o
teórico. As teses social-realistas inspiraram ensino bilíngue no ensino primário
análises sociológicas das reformas (CHIMBUTANE e BENSON, 2012;
curriculares em Moçambique (ZAVALE, NGUNGA, 2011). Existem alguns estudos
2013a, 2013b). que examinam holisticamente o processo de
implementação curricular, através de estudos
A análise social-realista dos currículos de
de caso (GUIBUNDANA, 2014; GURO e
Moçambique neoliberal
WEBER, 2010), e de estudos encomendados
Antes de examinar as análises sociológicas (CAMPOS et al, 2011). Todavia, poucos
social-realistas das reformas curriculares, estudos reflectiram compreensivamente
apresenta-se o contexto da produção sobre os fundamentos subjacentes às
académica em que elas se inserem. reformas curriculares. Os poucos estudos
Conforme referido na introdução, a existentes são filosóficos e limitam-se,
introdução dos novos currículos do ensino igualmente, a aspectos particulares das
primário e secundário em Moçambique
Rev. cient. UEM: Sér. ciênc. educ. Vol. 1, No 2, pp 31-55, 2017
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NC Zavale
GS-
Q4-currículo
Q1-currículo teórico (teoria
genérico aplicada)
DS- Contextos de
DS+
recontextualização
Q2- currículo Q3-currículo profissional ou
prático vocacional
Conhecimento Conhecimento
prático /prática
profissional
GS+
23% dos termos associados ao conhecimento currículos estão orientados mais para a
e 21,9% dos termos associados ao aluno. Isto relevância social e prática, do que para a
sugere que a introdução dos currículos é relevância teórico-conceptual. Aliás, em
mais justificada pela necessidade de termos de intensidade, os excertos mostram
responder às demandas societais do que às a preocupação de enfatizar a relevância
do conhecimento e dos alunos. prática, destacando, em itálico, expressões
como “tornar o ensino mais relevante” e
Além disso, a análise da quantidade de
“saber-fazer”.
palavras sinónimas às três fontes revela que,
nos dois casos, há mais sinónimos A combinação da análise dos dados sobre a
associados ao conhecimento (10), à justificação das intencionalidades
sociedade (8) do que ao aluno. Mas uma curriculares, com os dados sobre o espaço
análise sobre a natureza e a frequência com ocupado por cada componente curricular nos
que os sinónimos ocorrem revela uma PCEB e PCESG, permite inferir sobre o
tendência de legitimação do currículo a modelo de organização curricular adoptado.
partir da sociedade. Nos sinónimos A Tabela 1 mostra que, no PCEB, a secção
associados à sociedade, os sinónimos mais do contexto e justificação curricular ocupa
frequentes são os que evocam grupos ou maior espaço, com 16 páginas, mais 10
instituições sociais maiores (ex. cultura, reservadas às inovações que explicitam as
comunidade, país, Moçambique), em intencionalidades curriculares; a secção de
detrimento de grupos sociais menores (ex. estrutura e conteúdos ocupa seis páginas; a
família, aldeia). Nos sinónimos associados secção de avaliação, uma página e a secção
ao conhecimento, note-se a predominância de implementação, 16. Por seu turno, a
do termo disciplina nos dois casos, o que Tabela 2 mostra que, no PCESG, a secção de
sugere que as disciplinas são concebidas estrutura e conteúdos ocupa maior espaço,
como fontes de conhecimento. Porém, uma com 45 páginas, seguida da secção do
análise da natureza e frequência de outros contexto e justificação curricular, com 23
sinónimos da palavra conhecimento revela a páginas, mais 10 reservadas às inovações
orientação requerida ao conhecimento curriculares; a secção de avaliação, uma
disciplinar: as duas tabelas mostram que página e a secção de implementação, nove
termos como competências e habilidades são páginas. O peso relativamente maior dado,
mais frequentes do que palavras como nos dois planos, à justificação, à selecção e
conceito e teoria. Isto sugere que se recorre organização de matérias e conteúdos e às
às disciplinas mais pela possibilidade de condições de implementação, em detrimento
serem fontes de habilidades e de das questões de avaliação, indicia a adopção
competências do que de conceitos e teorias. de um modelo curricular, que procura
associar a contextualidade com a
Portanto, subjaz às decisões curriculares o
verticalidade. Conforme refere Ribeiro
desejo pelo reforço da contextualidade do
(1999, p.39-40), a sobre ou sub-valorização
currículo do que da verticalidade. Esta
das diferentes componentes num plano
hipótese pode ser sustentada analisando,
curricular indicia a adopção, mesmo
igualmente, a orientação e a intensidade dos
implícita, de modelos de organização
objectivos ou intencionalidades presentes
curricular específicos.
nos dois casos. Conforme mostram os
excertos extraídos do PCEB e do PCESG, os
Competências 40 1 2.5%
sua família, da sua comunidade e do país, dentro do espírito
da preservação da unidade nacional, manutenção da paz e
Capacidades 33 5 15.2%
estabilidade nacional, aprofundamento da democracia e
respeito pelos direitos humanos, bem como da preservação
Atitudes 18 5 27.8%
da cultura moçambicana.” (p.7)
Valores 10 4 40.0% d) Intensidade (ênfase ou destaque dado às palavras ou
expressões-chave)
Conceito 6 0 0.0%
Aptidão 3 0 0.0% +Utilidade/Relevância prático-social; - Aquisição de
teorias-conceitos
Teórico/teoria 2 0 0.0%
Total 327 54 16.5% “A maior parte dos conteúdos, que se lecciona na escola, é
Aluno 105 16 15.2% de uma relevância ou utilidade prática insignificante” (p.16).
“Como foi já referido neste documento, o principal desafio
Educando 9 2 22.2% deste currículo é tornar o ensino mais relevante Tendo em
Aluno
Aldeia 1 1 100.0%
Total 212 87 41.0% +Relevância prático-social; - relevância teórico-
conceptual
Disciplina 176 14 8.0%
“Neste contexto, o graduado do ESG não desenvolve as
Habilidade 61 15 24.6% competências necessárias para: (i) a inserção no mercado de
trabalho; criação de auto-emprego; (ii) progressão noutros
cursos especializados” ( p. 4) . “A Transformação
Conhecimento 84 25 29.8% Curricular do Ensino Secundário deve concorrer para a
Conhecimento
Sociedade mais
moral e civicamente X X 2
ampla
correctas
Compreender e situar os
acontecimentos no Academia:
espaço e no tempo; historiadores,
X X 2
conhecer e localizar os geógrafos, cientistas
Ciências Sociais
aspectos físico- sociais
(História,
geográfico e económicos
Geografia,
Reconhecer os seus Sociedade mais
Educação Moral X X 3
direitos e deveres ampla
e Cívica,
Respeitar os direitos e
crenças dos outros; Sociedade mais
X X 4
manifestar atitudes de ampla
tolerância e ser solidário
Ter sensibilidade para
Educação apreciar o belo, escutar, Arte: artistas,
X X 1
Musical memorizar, abstrair, músicos
imaginar e criar música
Contar e calcular e
Matemática Academia:
Matemática e Ciências Naturais
aplicar as operações X X 3
matemáticos
matemáticas
Cuidar da saúde e
observar regras de
higiene, Sociedade mais
X X 5
Ciências tercomportamento sexual ampla
Naturais (Física, responsável; conservar o
Biologia, meio ambiente,
Química) Academia:
Interpretar
cientistas/
cientificamente os X X 4
professores de
fenómenos naturais
ciências naturais
Realizar actividades
tecnológicas e práticas
da dança e do teatro
Saber desenhar, projectar
Educ. Visual Arte: projectistas X X 2
construções, etc.
Representar com exactidão
Desenho e
objectos de várias
geometria Arte: projectistas X X 3
dimensões; Fazer
descritiva
representações gráficas
Praticar actividades físicas,
Educação Fisiologia/desporto:
jogos tradicionais e X X 4
Física Educadores físicos
desportivos
Desenhar um plano para
Noções de Comércio: pessoas
aproveitar oportunidades
Empreendedor com experiência X X 1
de negócios e obter
ismo prática em negócios
rendimento
(Continua ...)
(Continuação ...)
Fonte do
Área Competências a - - + +
Disciplinas conhecimento CG CPf CPr CT
disciplinar desenvolver DS GS GS DS
recontextualizado
Aplicar técnicas de Agropecuária:
produção agro- agrónomos/
Agropecuária pecuária e de gestão veterinário; X X 5
de recursos naturais agricultores/
na criadores
Conhecer o
Turismo: agentes
desenvolvimento, os
turísticos/
Turismo produtos e destinos X X 6
especialistas em
turísticos de
turismo
Moçambique;
Introdução à Academia:
Ter noções básicas de
Psico- psicopedagogos e X X 7
docência e didáctica
Pedagogia didácticos
Informática:
TICs Usar TICs X X 8
informáticos
Conhecimento
Conhecimento
genérico teórico
Q4-Currículo
Q1-currículo
genérico teórico
DS- Contexto de
recontextualização DS+
Q2-currículo Q3-currículo profissional
prático
Conhecimento Conhecimento/
prático prática
profissional
Local de trabalho ou
organizações laborais: Associações profissionais:
trabalhadores GS+ Profissionais experientes
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53
NC Zavale
NOTAS
ou menos consensuais entre os membros da
i
comunidade científica e que a progressão de
Ex., Socialismo em Moçambique, Angola; regimes conhecimento nesta disciplina não se opera através do
pro-capitalista na Costa do Marfim, regimes surgimento de paradigmas múltiplos e dispersos, mas
minoritários na África do Sul. através da integração desses novos paradigmas no
ii
Em Moçambique como em quase toda a África, o núcleo teórico já existente. Quanto às estruturas
desafio de combate à pobreza foi acrescentado às horizontais, Bernstein define-as como uma série de
políticas educativas neoliberais nos anos 2000, em linguagens especializadas que contêm igualmente
virtude da reformulação da versão radical do diversos sistemas teórico-conceptuais e
neoliberalismo para uma versão mais moderada. Na metodológicos que nem sempre se enquadram num
versão mais radical e neoclássica, subjacente aos núcleo comum. Por exemplo, as ciências sociais e
programas de reajustamento estrutural dos anos 80, o humanidades progridem não necessariamente porque
neoliberalismo defendia o dogmatismo do mercado e os membros partilham constructos teóricos comuns,
a intervenção minimalista do Estado. Contudo, nos mas porque criam uma multiplicidade de constructos
anos 2000, apercebendo-se das imperfeições do que se propagam horizontalmente.
mercado e dos seus efeitos sociais contraproducentes, v
MATON, K. Theories and things: The semantics of
o neoliberalismo foi reformulado através do chamado disciplinarity. In CHRISTIE, F.; MATON, K. (ed.)
post-Washington consensus, resultando disso a Disciplinarity: Systemic functional and sociological
adopção de estratégias de combate à pobreza perspectives. London: Continuum, 2011, P. 62-84.
absoluta. Estas estratégias prestaram atenção, pelo vi
menos do ponto de vista político e de planificação, Na verdade, apesar desta nova reformulação
aos assuntos sociais, particularmente à educação não- conceptual, o debate sobre o processo de
universitária (com enfoque para os programas de transformações que o conhecimento científico sofre
educação para todos, ensino técnico-profissional e quando recontextualizado no currículo é bem mais
ensino secundário profissionalizante) (CHISHOLM E antigo do que a TDC de Shay. Para se referir à
LEYENDECKER, 2008; BONAL, 2002). adaptabilidade pedagógica do conhecimento
iii científico, Verret (1975) cunhou o conceito de
No original Knowledge blindness transposição didáctica, conceito mais tarde
iv
Bernstein (1999) define uma estrutura de aprimorado e melhorado por Chavellard e Joshua
conhecimento hierárquica ou vertical como estrutura (1982), Chevallard (1985). O argumento subjacente à
hierarquicamente orgnizada coerente, explícita e com transposição didáctica é o de que entre o
princípios sistemáticos. Uma estrutura vertical produz conhecimento científico e o conhecimento escolar
proposições e teorias gerais, através da integração existe uma mediação que molda e transforma o
vertical do conhecimento novo no conhecimento conhecimento científico em conteúdo escolar
prévio e da demonstração de uniformidade e (CHEVALLARD, 1985). De sorte que, o
regularidade em fenómenos aparentemente conhecimento escolar não é o conhecimento
diferentes. Física é um exemplo de estrutura científico original, não é ensinado como foi
hierárquica porque reposa sobre sistemas ou originalmente publicado pelo cientista, e nem é uma
paradigmas teórico-conceptuais e metodológicos mais mera simplificação deste. O conhecimento escolar é