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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Teoria de desenvolvimento de Jean Piaget e a actividade do educador

Nome: Argentina Horácio Código: 708212486

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Psicologia de Desenvolvimento
Ano de frequência: 2o ano

Pemba, Outubro de 2022

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gerais
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Referências Normas APA · Rigor e coerência
Bibliográfica 6ª edição em das 4.0
s citações e citações/referência
1
bibliografia s bibliográficas

Índice

Introdução...................................................................................................................................3

1.A Teoria de Desenvolvimento de Jean Piaget.........................................................................3

1.1.O Estádio da Inteligência Sensório-Motora (0 a 2 anos)......................................................5

1.2.O Estádio Pré-Operatório ou Simbólico (2 a 6-7 anos)........................................................6

1.3.O Estádio Operatório Concreto (7 a 11-12 anos)..................................................................7

1.4.O Estádio das Operações Formais (11 a 15-16 anos)...........................................................7

2.Utilização da Teoria de desenvolvimento de Jean Piaget para a Educação.............................8

3.Metodologia usada.................................................................................................................10

Conclusão..................................................................................................................................11

Bibliografia...............................................................................................................................12

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Introdução

Por um lado, para Piaget, o conhecimento não é algo acabado e estável, mas está em constante
transformação pelo sujeito por meio da sua acção constrói conhecimentos indispensáveis na
sua adaptação ao meio. Com isso, Piaget preocupou-se em saber como nasce a inteligência da
criança, afirmando que a inteligência é algo que se modifica, ou seja, gradativamente a
criança vai utilizando sua inteligência, mesmo que seja sensório-motora, para adaptar-se ao
meio e chegar então num momento em que passa da inteligência prática para uma inteligência
propriamente dita quando já consegue elaborar hipóteses e resolver situações problemas sem a
necessária presença de objectos concretos.

No entanto, com base na teoria de Piaget, a educação deve oferecer à criança a descoberta e a
construção do conhecimento através de actividades desafiadoras que provoquem
desequilíbrios e reequilíbrios sempre respeitando sua maturação. Ele dividiu o
desenvolvimento da criança em etapas que devem ser respeitadas para um trabalho mais
eficiente do ponto de vista pedagógico. Nesta teoria, o professor assume um papel de suma
importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais e faz a mediação da
construção do conhecimento.

Objectivo geral:

 Conhecer a teoria de desenvolvimento de Jean Piaget;

Objectivo específico:

 Descrever a teoria de desenvolvimento de Jean Piaget;


 Caracterizar a utilização da Teoria de desenvolvimento de Jean Piaget para a
Educação;
 Explicar a teoria de desenvolvimento de Jean Piaget.

Por conseguinte, o trabalho obedece a seguinte estruturação: introdução, desenvolvimento,


metodologia usada, conclusão e a respectiva referência bibliográfica, que desde já deseja-se
uma boa leitura e esperançosos das observações e criticas para o seu enriquecimento.

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1. A Teoria de Desenvolvimento de Jean Piaget

Piaget desenvolveu sua pesquisa a partir da observação com seus próprios filhos, criando um
campo de investigação que denominou epistemologia genética, isto é, teoria do conhecimento
centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por
quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena
de raciocínio é atingida, (Piaget, 2007).

A capacidade de organizar e estruturar a experiência vivida vem da própria actividade das


estruturas mentais que funcionam seriando, ordenando, classificando, estabelecendo relações.
Há um isomorfismo entre a forma pela qual a criança organiza a sua experiência e a lógica de
classes e relações, (Piaget, 2010). Os diferentes níveis de expressão dessa lógica são o
resultado do funcionamento das estruturas mentais em diferentes momentos de sua
construção. Tal funcionamento, explicitado na actividade das estruturas dinâmicas, produz, no
nível estrutural, o que Piaget denomina os “estádios” de desenvolvimento cognitivo. Os
estádios expressam as etapas pelas quais se dá a construção do mundo pela criança.

Para que se possa falar em estádio nos termos propostos por Piaget, é necessário, em primeiro
lugar, que a ordem das aquisições seja constante. Trata-se de uma ordem sucessiva e não
apenas cronológica, que depende da experiência do sujeito e não apenas de sua maturação ou
do meio social, (Piaget, 2007). Além desse critério, Piaget propõe outras exigências básicas
para caracterizar estádios no desenvolvimento cognitivo:

1) Todo estágio tem de ser integrador, ou seja, as estruturas elaboradas em determinada


etapa devem tornar-se parte integrante das estruturas das etapas seguintes;
2) Um estádio corresponde a uma estrutura de conjunto que se caracteriza por suas leis
de totalidade e não pela justaposição de propriedades estranhas umas às outras;
3) Um estádio compreende, ao mesmo tempo, um nível de preparação e um nível de
acabamento;
4) É preciso distinguir, em uma sequência de estádios, o processo de formação ou génese
e as formas de equilíbrio final.

Com estes critérios Piaget distinguiu quatro grandes períodos no desenvolvimento das
estruturas cognitivas, intimamente relacionados ao desenvolvimento da afectividade e da
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socialização da criança: estádio da inteligência sensório-motora (até, aproximadamente, os 2
anos); estádio da inteligência simbólica ou pré-operatória (2 a 7-8 anos); estádio da
inteligência operatória concreta (7-8 a 11-12 anos); e estádio da inteligência formal (a partir,
aproximadamente, dos 12 anos).

No entanto, o desenvolvimento por estádios sucessivos realiza em cada um desses estádios


um “patamar de equilíbrio” constituindo-se em “degraus” em direcção ao equilíbrio final:
assim que o equilíbrio é atingido num ponto a estrutura é integrada em novo equilíbrio em
formação. Os diversos estádios ou etapas surgem, portanto, como consequência das
sucessivas equilibrações de um processo que se desenvolve no decorrer do desenvolvimento,
(Piaget, 2010).

Seguem o itinerário equivalente a um “creodo” (sequência necessária de desenvolvimento) e


supõem uma duração adequada para a construção das competências cognitivas que os
caracterizam, sendo que cada estádio resulta necessariamente do anterior e prepara a
integração do seguinte, (Piaget, 2010). O “creodo” é, então, o caminho a ser percorrido na
construção da inteligência humana, que vai do período sensório-motor (0-2 anos) aos Períodos
simbólico ou pré-operatório (2-7 anos), lógico-concreto (7-12 anos) e formal (12 anos em
diante). É preciso esclarecer que os estádios indicam as possibilidades do ser humano (sujeito
epistémico), não dizendo respeito aos indivíduos (sujeitos psicológicos) em si mesmos,
(Piaget, 2007).

Com isso, a concretização ou realização dessas possibilidades dependerá do meio no qual a


criança se desenvolve, uma vez que a capacidade de conhecer é resultado das trocas do
organismo com o meio. Da mesma forma, essa capacidade de conhecer depende, também, da
organização afectiva, uma vez que a afectividade e a cognição estão sempre presentes em toda
a adaptação humana.

1.1. O Estádio da Inteligência Sensório-Motora (0 a 2 anos)

Para Piaget, o primeiro estágio do desenvolvimento cognitivo vai aproximadamente de zero a


dois anos de idade, sendo denominado de período sensório- -motor. Marcado por
extraordinário desenvolvimento mental, é fundamental para a evolução psíquica do sujeito,
porque representa através da percepção e dos movimentos, a conquista pela criança de todo o
universo prático no qual ela está inserida, (Piaget, 2007).

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No início desse período, a vida mental se reduz ao exercício dos aparelhos reflexos de
carácter hereditário como a sucção. Esses reflexos vão melhorando com o exercício e dão
lugar a uma generalização da actividade. Por exemplo, o bebé suga melhor no 8º dia do que
no 1º e aos poucos suga também seu dedo ou qualquer objecto que lhe é apresentado,
característica do 2º estágio, (Piaget, 2007).

Aqui, o bebé incorpora novos objectivos a seus esquemas de acção, entregando-se a variadas
experiências de exploração do meio. Há uma diferenciação progressiva entre o eu da criança e
o mundo exterior. Isso permite a noção de permanência do objecto, oposição interno-externo,
graças Psicologia do Desenvolvimento 23 à construção de categorias de espaço, causalidade e
tempo. No campo afectivo, também a criança faz escolhas mais objectivas, em função de suas
experiências no meio.

1.2. O Estádio Pré-Operatório ou Simbólico (2 a 6-7 anos)

Aproximadamente aos 2 anos, a criança evoluiu para um estado de maior actividade e


participação. A aquisição da linguagem vai gerar mudanças significativas no campo afectivo e
do pensamento. Com a fala, a criança torna-se capaz de exteriorizar a vida interior, na medida
em que já conta coisas que aconteceram, bem como é capaz de falar sobre eventos futuros.
Embora se iniciem as trocas entre as crianças, elas estão mais centradas em seus pontos de
vista. Predomina, então, uma linguagem egocêntrica, (Papalia, 2000). Nesse período, tem
início o jogo simbólico, de imaginação e imitação muito comuns nas brincadeiras infantis de
faz de conta. Outra forma de expressão é o pensamento intuitivo.

Por um lado, a criança está mais adaptada à realidade. Contudo, ela ainda pensa de modo pré-
lógico, isto é, se mantém presa ao sentido utilitário dos objectos e ao campo perceptivo
concreto. Portanto, sua aprendizagem está ainda muito baseada em suas vivências, nas coisas
que conhece e pode considerar como sendo reais.

Há também uma rigidez de pensamento em termos estabelecimento de relações entre os fatos.


É a irreversibilidade do pensamento, ou seja, a criança ainda não possui a capacidade de
pensar sobre algo e depois fazer o caminho inverso, (Piaget, 2007). Por exemplo: se você diz
a uma criança que o caminho de sua casa para a praia é de 5 km e depois pergunta voltando
pelo mesmo lugar qual é a distância da praia para a casa dela, a criança ficará confusa ou
responderá 10 Km etc. Na escola, observa-se que ainda não são capazes de fazer as operações
matemáticas de adição, subtracção com números.
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No final desse período, ocorre uma diminuição considerável do egocentrismo. O jogo
simbólico vai se transformando em jogo de regras e a socialização vai se estruturando em
torno da cooperação.

1.3. O Estádio Operatório Concreto (7 a 11-12 anos)

Por volta dos sete anos a actividade cognitiva da criança torna-se operatória, com a aquisição
da reversibilidade lógica. A reversibilidade aparece como uma propriedade das acções da
criança, susceptíveis de se exercerem em pensamento ou interiormente, (Piaget, 2010). O
domínio da reversibilidade no plano da representação, a capacidade de se representar uma
acção e a acção inversa ou recíproca que a anula, ajuda na construção de novos invariantes
cognitivos, desta vez de natureza representativa: conservação de comprimento, de distâncias,
de quantidades discretas e contínuas, de quantidades físicas (peso, substância, volume etc).

Sendo assim, os equilíbrios das trocas cognitivas entre a criança e a realidade, característico
das estruturas operatórias, são muito mais rico e variado, mais estável, mais sólido e mais
aberto quanto ao seu alcance do que o equilíbrio próprio às estruturas da inteligência sensório-
motora.

1.4. O Estádio das Operações Formais (11 a 15-16 anos)

Tanto as operações como as estruturas que se constroem até aproximadamente os onze anos,
são de natureza concreta, permanecem ligadas indissoluvelmente à acção da criança sobre os
objectos. Entre os 11 e os 15-16 anos, aproximadamente, as operações se desligam
progressivamente do plano da manipulação concreta. Como resultado da experiência lógico
matemática, o adolescente consegue agrupar representações de representações em estruturas
equilibradas (ocorrendo, portanto, uma nova mudança na natureza dos esquemas) e tem
acesso a um raciocínio hipotético-dedutivo. Agora, poderá chegar a conclusões a partir de
hipóteses, sem ter necessidade de observação e manipulação reais, (Papalia, 2000).

Esta possibilidade de operar com operações caracteriza o período das operações formais, com
o aparecimento de novas estruturas intelectuais e, consequentemente, de novos invariantes
cognitivos. A mudança de estrutura, a possibilidade de encontrar formas novas e originais de
organizar os esquemas não termina nesse período, mas continua se processando em nível
superior, (Piaget, 2010).

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Deste modo, as estruturas operatórias formais são o ponto de partida das estruturas lógico-
matemáticas da lógica e da matemática, que prolongam, em nível superior, a lógica natural do
lógico e do matemático. Assim compreende-se que os estágios definidos por Piaget são
fundamentais para o desenvolvimento da criança e para melhor compreender e melhorar a
prática pedagógica.

Contudo, a partir dos 12 anos, os adolescentes ingressam no nível mais alto de


desenvolvimento cognitivo, o estágio das operações formais, quando desenvolvem a
capacidade de pensamento abstracto. Nesse estágio adquirem um maior conhecimento de
manipular ou operar com a informação, não estão mais limitados ao aqui e agora, podendo
pensar em termos do que é verdade, podem imaginar possibilidades, testar hipóteses e formar
teorias (Papalia, 2000, p.258).

2. Utilização da Teoria de desenvolvimento de Jean Piaget para a Educação

Conforme acima dito, a educação básica necessita de educadores comprometidos e


conhecedores do processo de desenvolvimento da criança, por isso a necessidade de o
professor ter um conhecimento amplo, inicialmente, sobre o desenvolvimento infantil,
compreendendo como e por que a criança de tal faixa etária se comporta de uma determinada
forma, para, então, poder influenciar de maneira positiva no seu desenvolvimento, sabendo
identificar em qual estágio a criança se encontra, propondo estímulos e/ou actividades
adequados, (Lefrançois, 2008).

Considerando que a criança chega à escola com seis anos onde já se inicia o processo de
alfabetização, cabe ao educador propor actividades que atendam as especificidades dessa
faixa etária, adequando o planeamento. É importante ressaltar que é através da acção, do
testar, do usar suas capacidades, que o pensamento se desenvolve. Por isso, devem-se oferecer
materiais concretos para que a criança manipule, observe e toque, interaja com o mesmo e a
partir daí elabore e reestruture seu conhecimento.

Desse modo, em sala aula é preciso respeitar o momento que o sujeito está pronto para
aprender determinado conteúdo, possibilitando a ele experiências que possa agir activamente
no processo, conseguindo um equilíbrio entre o que já conhece e aquilo que é novo e que
precisa conhecer através da interacção com outros sujeitos. São esses aspectos que o professor
precisa considerar para a efetivação da aprendizagem e construção de conhecimentos de seus
alunos, (Becker, 2010). E, à medida que o sujeito age para se adaptar ao meio, está
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mobilizando vários processos cognitivos, como o raciocínio, atenção e o pensamento, que
permitem a resolução de problemas, o que consiste numa atitude inteligente.

A todo o momento o sujeito é levado a resolver problemas, dos mais simples aos mais
complexos, e isso implica a construção de conhecimentos que permitem resolver tais
situações e resolver com sucesso. Piaget propôs para a educação, o desafio de considerar o
conhecimento não como algo acabado, mas sim como um processo de formação dos
diferentes estados alcançados pelo conhecimento, ou seja, o educando sendo capaz de
produzir conhecimentos a medida que aprende pela interacção de seu professor e pela sua
acção no processo dessa construção e não apenas como receptor de informações, (Palmer,
2010).

Para Piaget, o principal objectivo da educação é criar indivíduos que sejam capazes de fazer
coisas novas e não simplesmente repetir aquilo que outras gerações já fizeram. Isso significa
dizer que a educação não pode mais trabalhar para que os educandos apenas memorizem, mas
para que estes, além de memorizar, sejam autónomos para inventar, produzir e criar novos
conhecimentos, que esses educandos não conheçam somente o produto do ensino, mas
participem do processo de construção.

Através da teoria piagetiana, o professor pode saber quando ensinar determinado conteúdo e
de que forma deve ser ensinado, pois através dos estágios estudados, é possível visualizar o
desenvolvimento dos sujeitos e o que lhe é possível aprender em determinado estágio. Isso
significa dizer que o professor sabe quando e como ensinar ao seu aluno e que
desenvolvimento pode-se esperar desse aluno, dependendo do estágio pelo qual está passando,
(Lefrançois, 2008).

Em suma, entende-se que é importante respeitar o desenvolvimento do aluno e a forma como


este aprende. É importante também conhecer como o sujeito organiza em sua estrutura
cognitiva as informações recebidas do meio. Somos seres diferentes e por isso percebemos o
ambiente de formas diferentes e damos a ele significados de acordo como o percebemos.

Isso significa dizer que cada sujeito constrói o conhecimento de acordo como percebe e
organiza as informações em sua estrutura cognitiva, isto é, construímos conhecimento que nos
permitem adaptar ao meio em que estamos inseridos e para, então, resolver os problemas
desse meio. Cabe ao professor possibilitar ao sujeito as oportunidades necessárias para essa
construção, (Becker, 2010).
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Desse modo, em sala aula é necessário respeitar o momento do sujeito, o instante em que o
estudante está pronto para aprender determinado conteúdo, possibilitando a ele experiências
que possa agir activamente no processo, conseguindo um equilíbrio entre o que já conhece e
aquilo que é novo e que precisa conhecer por meio da interacção com outros sujeitos. São
esses aspectos que o professor precisa considerar para a efetivação da aprendizagem e
construção de conhecimentos de seus estudantes, (Palmer, 2010).

Portanto, por meio da teoria piagetiana, o professor pode saber quando ensinar determinado
conteúdo e de que forma deve ser ensinado, pois pelos estágios estudados por Piaget, é
possível visualizar o desenvolvimento dos sujeitos e o que lhe é possível aprender em
determinado estágio. Isto significa dizer, que o professor sabe quando e como ensinar ao seu
estudante e que desenvolvimento pode-se esperar dele, dependendo do estágio pelo qual está
passando. Em suma, é importante respeitar o desenvolvimento do estudante e a forma como
este aprende.

3. Metodologia usada

Este trabalho, de cunho bibliográfico, onde desenvolveu-se com material a publicado centra-
se na teoria de desenvolvimento de Jean Piaget e a sua utilização da teoria para educação na
actualidade. Assim, para melhor esclarecimento do trabalho se subdivide em dois momentos,
o primeiro dedica-se a pensar na teoria desenvolvimento de Jean Piaget, o qual considera que
para a construção da cognição humana, a criança passa por estágios de desenvolvimento,
sendo: o sensório motor, o pré-operatório, o operatório formal e o operatório conceitual. O
segundo momento refere-se à utilização da teoria de Piaget à educação actual.

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Conclusão

Das conclusões feitas a respeito deste trabalho, o estudo dos trabalhos desenvolvidos por
Piaget nos permitem conhecer a forma como este teórico concebe o desenvolvimento mental
da criança e como suas pesquisas a cerca da génese do conhecimento pode permitir ao
professor um repensar em sua prática na busca de uma práxis que conceba o sujeito como
capaz de construir conhecimento a partir de sua inteligência, acção e interacção com o meio.

A teoria de desenvolvimento de piaget permite uma compreensão biológica e psicológica da


evolução mental da criança, pois é importante conhecer como o organismo do sujeito reage ao
receber uma informação nova do meio e ao tentar organizar essa informação em sua estrutura
cognitiva. É importante saber também como essas informações tornam-se conhecimentos por
meio da acção do sujeito na busca de adaptar-se ao ambiente. Conclui-se, então, que este
trabalho constitui-se de uma síntese do pensamento piagetiano, pois é um pensamento um
tanto complexo, mas coerente e rico, no sentido de oferecer informações acerca do
desenvolvimento cognitivo que são imprescindíveis àqueles que desejam fazer de seus
aprendizes sujeitos autónomos e capazes de construírem conhecimentos e não de
reproduzirem o que outros fizeram.

Pois, conhecer a obra de Piaget, portanto, pode (e deve) ajudar ao professor a tornar seu
trabalho mais eficiente, pois na teoria piagetiana ele é um mediador, e não um mero
transmissor do conhecimento. Além disso, o sujeito professor deve pesquisar sobre diferentes
metodologias, a fim de entender o processo de desenvolvimento da criança. Importante
lembrar que os modelos teóricos são sempre parciais e que, no contexto das ideias de Piaget
em particular, não existem receitas para a sala de aula, mas sim a necessidade de se
compreender o desenvolvimento biológico e maturacional das crianças, na tentativa de
entender como a sua cognição se apropria das informações.

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Bibliografia

Becker, Fernando. (2010). O caminho da aprendizagem em Jean Piaget e Paulo Freire: Da


acção à operação. Petrópolis, RJ: Vozes.

Biaggio, A. M. B. (2009). Psicologia do Desenvolvimento. 21ª ed. Petrópolis: Vozes.

Lefrançois, Guy R. (2008). Teorias da Aprendizagem. Tradução: Vera Magyar. 5ª edição. São
Paulo: Cengage Learning.

Palmer, Joy A. (2010). 50 Grandes educadores modernos: De Piaget a Paulo Freire. São
Paulo: Contexto.

Papalia, Diane. (2000). Desenvolvimento Humano/ Diane E. Papalia e Sally WendkosOlds;


trad. Daniel Bueno. -7. ed.-Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

Piaget, Jean. (2007). Epistemologia Genética. Tradução: Álvaro Cabral. 3ª ed. Martins
Fontes: São Paulo.

Piaget, Jean. (2010). A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, imagem e


representação. Tradução: Álvaro Cabral e Christiano Monteiro Oiticica. 4ª ed. Rio de Janeiro:
LTC.

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