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Tema:
Teoria de desenvolvimento de Jean Piaget e a actividade do educador
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domínio do
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académico
2.0
(expressão escrita
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão · Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
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2.0
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Conclusão 2.0
teóricos práticos
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tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
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Bibliográfica 6ª edição em das 4.0
s citações e citações/referência
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bibliografia s bibliográficas
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
3.Metodologia usada.................................................................................................................10
Conclusão..................................................................................................................................11
Bibliografia...............................................................................................................................12
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Introdução
Por um lado, para Piaget, o conhecimento não é algo acabado e estável, mas está em constante
transformação pelo sujeito por meio da sua acção constrói conhecimentos indispensáveis na
sua adaptação ao meio. Com isso, Piaget preocupou-se em saber como nasce a inteligência da
criança, afirmando que a inteligência é algo que se modifica, ou seja, gradativamente a
criança vai utilizando sua inteligência, mesmo que seja sensório-motora, para adaptar-se ao
meio e chegar então num momento em que passa da inteligência prática para uma inteligência
propriamente dita quando já consegue elaborar hipóteses e resolver situações problemas sem a
necessária presença de objectos concretos.
No entanto, com base na teoria de Piaget, a educação deve oferecer à criança a descoberta e a
construção do conhecimento através de actividades desafiadoras que provoquem
desequilíbrios e reequilíbrios sempre respeitando sua maturação. Ele dividiu o
desenvolvimento da criança em etapas que devem ser respeitadas para um trabalho mais
eficiente do ponto de vista pedagógico. Nesta teoria, o professor assume um papel de suma
importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais e faz a mediação da
construção do conhecimento.
Objectivo geral:
Objectivo específico:
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1. A Teoria de Desenvolvimento de Jean Piaget
Piaget desenvolveu sua pesquisa a partir da observação com seus próprios filhos, criando um
campo de investigação que denominou epistemologia genética, isto é, teoria do conhecimento
centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por
quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena
de raciocínio é atingida, (Piaget, 2007).
Para que se possa falar em estádio nos termos propostos por Piaget, é necessário, em primeiro
lugar, que a ordem das aquisições seja constante. Trata-se de uma ordem sucessiva e não
apenas cronológica, que depende da experiência do sujeito e não apenas de sua maturação ou
do meio social, (Piaget, 2007). Além desse critério, Piaget propõe outras exigências básicas
para caracterizar estádios no desenvolvimento cognitivo:
Com estes critérios Piaget distinguiu quatro grandes períodos no desenvolvimento das
estruturas cognitivas, intimamente relacionados ao desenvolvimento da afectividade e da
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socialização da criança: estádio da inteligência sensório-motora (até, aproximadamente, os 2
anos); estádio da inteligência simbólica ou pré-operatória (2 a 7-8 anos); estádio da
inteligência operatória concreta (7-8 a 11-12 anos); e estádio da inteligência formal (a partir,
aproximadamente, dos 12 anos).
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No início desse período, a vida mental se reduz ao exercício dos aparelhos reflexos de
carácter hereditário como a sucção. Esses reflexos vão melhorando com o exercício e dão
lugar a uma generalização da actividade. Por exemplo, o bebé suga melhor no 8º dia do que
no 1º e aos poucos suga também seu dedo ou qualquer objecto que lhe é apresentado,
característica do 2º estágio, (Piaget, 2007).
Aqui, o bebé incorpora novos objectivos a seus esquemas de acção, entregando-se a variadas
experiências de exploração do meio. Há uma diferenciação progressiva entre o eu da criança e
o mundo exterior. Isso permite a noção de permanência do objecto, oposição interno-externo,
graças Psicologia do Desenvolvimento 23 à construção de categorias de espaço, causalidade e
tempo. No campo afectivo, também a criança faz escolhas mais objectivas, em função de suas
experiências no meio.
Por um lado, a criança está mais adaptada à realidade. Contudo, ela ainda pensa de modo pré-
lógico, isto é, se mantém presa ao sentido utilitário dos objectos e ao campo perceptivo
concreto. Portanto, sua aprendizagem está ainda muito baseada em suas vivências, nas coisas
que conhece e pode considerar como sendo reais.
Por volta dos sete anos a actividade cognitiva da criança torna-se operatória, com a aquisição
da reversibilidade lógica. A reversibilidade aparece como uma propriedade das acções da
criança, susceptíveis de se exercerem em pensamento ou interiormente, (Piaget, 2010). O
domínio da reversibilidade no plano da representação, a capacidade de se representar uma
acção e a acção inversa ou recíproca que a anula, ajuda na construção de novos invariantes
cognitivos, desta vez de natureza representativa: conservação de comprimento, de distâncias,
de quantidades discretas e contínuas, de quantidades físicas (peso, substância, volume etc).
Sendo assim, os equilíbrios das trocas cognitivas entre a criança e a realidade, característico
das estruturas operatórias, são muito mais rico e variado, mais estável, mais sólido e mais
aberto quanto ao seu alcance do que o equilíbrio próprio às estruturas da inteligência sensório-
motora.
Tanto as operações como as estruturas que se constroem até aproximadamente os onze anos,
são de natureza concreta, permanecem ligadas indissoluvelmente à acção da criança sobre os
objectos. Entre os 11 e os 15-16 anos, aproximadamente, as operações se desligam
progressivamente do plano da manipulação concreta. Como resultado da experiência lógico
matemática, o adolescente consegue agrupar representações de representações em estruturas
equilibradas (ocorrendo, portanto, uma nova mudança na natureza dos esquemas) e tem
acesso a um raciocínio hipotético-dedutivo. Agora, poderá chegar a conclusões a partir de
hipóteses, sem ter necessidade de observação e manipulação reais, (Papalia, 2000).
Esta possibilidade de operar com operações caracteriza o período das operações formais, com
o aparecimento de novas estruturas intelectuais e, consequentemente, de novos invariantes
cognitivos. A mudança de estrutura, a possibilidade de encontrar formas novas e originais de
organizar os esquemas não termina nesse período, mas continua se processando em nível
superior, (Piaget, 2010).
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Deste modo, as estruturas operatórias formais são o ponto de partida das estruturas lógico-
matemáticas da lógica e da matemática, que prolongam, em nível superior, a lógica natural do
lógico e do matemático. Assim compreende-se que os estágios definidos por Piaget são
fundamentais para o desenvolvimento da criança e para melhor compreender e melhorar a
prática pedagógica.
Considerando que a criança chega à escola com seis anos onde já se inicia o processo de
alfabetização, cabe ao educador propor actividades que atendam as especificidades dessa
faixa etária, adequando o planeamento. É importante ressaltar que é através da acção, do
testar, do usar suas capacidades, que o pensamento se desenvolve. Por isso, devem-se oferecer
materiais concretos para que a criança manipule, observe e toque, interaja com o mesmo e a
partir daí elabore e reestruture seu conhecimento.
Desse modo, em sala aula é preciso respeitar o momento que o sujeito está pronto para
aprender determinado conteúdo, possibilitando a ele experiências que possa agir activamente
no processo, conseguindo um equilíbrio entre o que já conhece e aquilo que é novo e que
precisa conhecer através da interacção com outros sujeitos. São esses aspectos que o professor
precisa considerar para a efetivação da aprendizagem e construção de conhecimentos de seus
alunos, (Becker, 2010). E, à medida que o sujeito age para se adaptar ao meio, está
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mobilizando vários processos cognitivos, como o raciocínio, atenção e o pensamento, que
permitem a resolução de problemas, o que consiste numa atitude inteligente.
A todo o momento o sujeito é levado a resolver problemas, dos mais simples aos mais
complexos, e isso implica a construção de conhecimentos que permitem resolver tais
situações e resolver com sucesso. Piaget propôs para a educação, o desafio de considerar o
conhecimento não como algo acabado, mas sim como um processo de formação dos
diferentes estados alcançados pelo conhecimento, ou seja, o educando sendo capaz de
produzir conhecimentos a medida que aprende pela interacção de seu professor e pela sua
acção no processo dessa construção e não apenas como receptor de informações, (Palmer,
2010).
Para Piaget, o principal objectivo da educação é criar indivíduos que sejam capazes de fazer
coisas novas e não simplesmente repetir aquilo que outras gerações já fizeram. Isso significa
dizer que a educação não pode mais trabalhar para que os educandos apenas memorizem, mas
para que estes, além de memorizar, sejam autónomos para inventar, produzir e criar novos
conhecimentos, que esses educandos não conheçam somente o produto do ensino, mas
participem do processo de construção.
Através da teoria piagetiana, o professor pode saber quando ensinar determinado conteúdo e
de que forma deve ser ensinado, pois através dos estágios estudados, é possível visualizar o
desenvolvimento dos sujeitos e o que lhe é possível aprender em determinado estágio. Isso
significa dizer que o professor sabe quando e como ensinar ao seu aluno e que
desenvolvimento pode-se esperar desse aluno, dependendo do estágio pelo qual está passando,
(Lefrançois, 2008).
Isso significa dizer que cada sujeito constrói o conhecimento de acordo como percebe e
organiza as informações em sua estrutura cognitiva, isto é, construímos conhecimento que nos
permitem adaptar ao meio em que estamos inseridos e para, então, resolver os problemas
desse meio. Cabe ao professor possibilitar ao sujeito as oportunidades necessárias para essa
construção, (Becker, 2010).
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Desse modo, em sala aula é necessário respeitar o momento do sujeito, o instante em que o
estudante está pronto para aprender determinado conteúdo, possibilitando a ele experiências
que possa agir activamente no processo, conseguindo um equilíbrio entre o que já conhece e
aquilo que é novo e que precisa conhecer por meio da interacção com outros sujeitos. São
esses aspectos que o professor precisa considerar para a efetivação da aprendizagem e
construção de conhecimentos de seus estudantes, (Palmer, 2010).
Portanto, por meio da teoria piagetiana, o professor pode saber quando ensinar determinado
conteúdo e de que forma deve ser ensinado, pois pelos estágios estudados por Piaget, é
possível visualizar o desenvolvimento dos sujeitos e o que lhe é possível aprender em
determinado estágio. Isto significa dizer, que o professor sabe quando e como ensinar ao seu
estudante e que desenvolvimento pode-se esperar dele, dependendo do estágio pelo qual está
passando. Em suma, é importante respeitar o desenvolvimento do estudante e a forma como
este aprende.
3. Metodologia usada
Este trabalho, de cunho bibliográfico, onde desenvolveu-se com material a publicado centra-
se na teoria de desenvolvimento de Jean Piaget e a sua utilização da teoria para educação na
actualidade. Assim, para melhor esclarecimento do trabalho se subdivide em dois momentos,
o primeiro dedica-se a pensar na teoria desenvolvimento de Jean Piaget, o qual considera que
para a construção da cognição humana, a criança passa por estágios de desenvolvimento,
sendo: o sensório motor, o pré-operatório, o operatório formal e o operatório conceitual. O
segundo momento refere-se à utilização da teoria de Piaget à educação actual.
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Conclusão
Das conclusões feitas a respeito deste trabalho, o estudo dos trabalhos desenvolvidos por
Piaget nos permitem conhecer a forma como este teórico concebe o desenvolvimento mental
da criança e como suas pesquisas a cerca da génese do conhecimento pode permitir ao
professor um repensar em sua prática na busca de uma práxis que conceba o sujeito como
capaz de construir conhecimento a partir de sua inteligência, acção e interacção com o meio.
Pois, conhecer a obra de Piaget, portanto, pode (e deve) ajudar ao professor a tornar seu
trabalho mais eficiente, pois na teoria piagetiana ele é um mediador, e não um mero
transmissor do conhecimento. Além disso, o sujeito professor deve pesquisar sobre diferentes
metodologias, a fim de entender o processo de desenvolvimento da criança. Importante
lembrar que os modelos teóricos são sempre parciais e que, no contexto das ideias de Piaget
em particular, não existem receitas para a sala de aula, mas sim a necessidade de se
compreender o desenvolvimento biológico e maturacional das crianças, na tentativa de
entender como a sua cognição se apropria das informações.
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Bibliografia
Lefrançois, Guy R. (2008). Teorias da Aprendizagem. Tradução: Vera Magyar. 5ª edição. São
Paulo: Cengage Learning.
Palmer, Joy A. (2010). 50 Grandes educadores modernos: De Piaget a Paulo Freire. São
Paulo: Contexto.
Piaget, Jean. (2007). Epistemologia Genética. Tradução: Álvaro Cabral. 3ª ed. Martins
Fontes: São Paulo.
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