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domingo, 7 de abril de 2019

Transcrição de RNA

Diferenças entre Procariotos e Eucariotos

Características:

• As cadeias de RNA são iniciadas de novo, ou seja, sem necessidade de


primer.

• A unidade de transcrição é um trecho de DNA que codifica uma molécula


de RNA e as sequências necessárias para sua transcrição apropriada
(promotor + ORF (Open Reading Frame) + Terminador).

• As subunidades β e β’ conectam o DNA ao RNA

• Ocorre no sentido 5’—> 3’ (molde de DNA: 3’ —> 5’)

• Funções da RNA Polimerase:

- estabilização do híbrido DNA/RNA, evitando o desacoplamento


- desenrolamento e enrolamento da molécula de DNA
- abertura independente de helicase
- síntese da molécula de RNA
Resumo:

• Início: posicionamento da RNA polimerase na região promotora + formação


do complexo aberto (quebra das pontes de hidrogênio)

• Alongamento: polimerase sintetiza o RNA, catalisando a adição de


ribonucleotídeos

• Término: sinalização do fim da transcrição + desacoplamento da polimerase

• Processamento (eucariotos): adição de Cap 5’ + poliadenilação + splicing


domingo, 7 de abril de 2019

PROCARIOTOS

Início

• Em procariotos, o RNAm é policistrônico, a transcrição e a tradução


ocorrem acopladas no citoplasma, sendo o produto o RNAm. A
iniciação da transcrição depende da RNA polimerase se ligar ao
promotor.

• O fator sigma se associa ao cerne da enzima, formando a holoenzima RNA


polimerase, auxiliando na ligação ao promotor. O fator sigma se
desliga na fase de alongamento.

• Iniciação “abortiva”
Alongamento

• Nessa fase, a RNA polimerase catalisa a adição de ribonucletídeos, a


partir da fita molde de DNA, ligando bases nitrogenadas de RNA
complementares a essa fita, ao mesmo tempo que reenrola a dupla
hélice.

Término

• Dois modos:

• No dependente de rô, tal proteína se liga ao sítio rut (rico em C),


próximo à extremidade 3’ do RNA. Desloca a fita molde e, com isso,
o RNA se dissocia.

• No independente de rô, há a perturbação do híbrido DNA/RNA,


formando grampos terminadores (pareamento intramolecular), que
desaceleram a RNA polimerase e promovem a dissociação do RNA.
domingo, 7 de abril de 2019
EUCARIOTOS

Início

• Em eucariotos, o RNAm é monocistrônico, ou seja, possuem um gene por


unidade de transcrição, a transcrição ocorre no núcleo e o transcrito é
um pré-RNAm que será processado.

• Necessita de remodelagem da cromatina


• Iniciação “abortiva" (“adaptação”—> “descarte”): a Rna Polimerase
sintetiza pequenos fragmentos de RNA até sofrer uma série de
alterações estruturais que a permitem sair do promotor e entrar na
fase de alongamento.

• Em eucariotos, para a RNA polimerase se ligar ao promotor são necessários


fatores de transcrição que irão recrutar a RNA polimerase e
permanecerão ancorados com ela durante todo o processo, auxiliando
no seu posicionamento sobre o promotor e na separação das duas fitas
de DNA.

• Adição de Cap na região 5’ do RNA, protegendo a extremidade e servindo


como sinalizador.

Alongamento

• Nessa fase, a RNA polimerase catalisa a adição de ribonucletídeos, a


partir da fita molde de DNA, ligando bases nitrogenadas de RNA
complementares a essa fita, ao mesmo tempo que reenrola a dupla
hélice.

• Há várias Rna Polimerases

• Ocorre também um mecanismo de processamento do RNAm, o Splicing.


Ele consiste na remoção dos íntrons, que são sequências não-
codificantes. Intermediado por complexos de pequenos RNAs
nucleares e proteínas, possui dois sítios (sítio doador de splicing e de
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ramificação). Forma-se um “laço" de íntrons, ocorrendo sua clivagem
e a união dos fragmentos exônicos.

Término

• Em eucariotos, os eventos de término ocorrem em vários sítios de clivagem


após a ponta 3’ do transcrito, de forma que a RNA polimerase
ultrapassa o sitio de término e o seguimento excedente é retirado por
clivagens endonucleicas.

• A poliadenilação (3’) ocorre ao término, e serve como um sítio de ligação


para proteínas específicas, que coordenam a transcrição e tradução,
sendo uma região sinalizadora. No RNAm, é feita pelos pequenos
RNAs nucleolares.

EDIÇÃO DO RNAm
• Nesse processo, a sequência codificante de RNAm é alterada. Ou seja,
nucleotídeos são adicionados, modificados ou deletados. Dessa
forma, a proteína tem uma sequência de aminoácidos que difere da
codificada, possuindo várias isoformas, que atuam de acordo com sua
função.

• Obs.: não se trata de mutação, pois as isoformas são funcionais.

Processamento de RNAt
Ocorrência de raras bases modificadas (inosina, ribotimina, pseudo-uracil),
geradas no processamento pós-transcrição.

1. Clivagem de extremidades

2. Splicing por quebra endonucleolítica (endonuclease de remoção corta as


extremidades intrônicas)
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3. Adição da trinca CCA na extremidade 3’ do RNAt (enzima Aminoacil-
RnaTransportador-Sintetase reconhece a trinca CCA)

4. Troca das bases por bases raras, feitas pelas enzimas modificadoras de
base.

Processamento de RNAr
Obs.: alguns RNAs possuem atividade catalítica, retirando eles mesmos seus
íntrons, como é o caso do RNA ribossomal.

PROCARIOTOS

• Os 3 tipos (23s, 16s e 5s) são codificados por um único gene

- RNA 23s e 5s —> subunidade 50s (maior)


- RNA 16s —> subunidade 30s (menor)
• Formam o ribossomo 70s (as subunidades juntas possuem coeficiente de
sedimentação menor, por isso não é 80s)

EUCARIOTOS

• 2 tipos de genes RNAr, um grande (45s), que codifica 18s, 28s e 5,8s , e um
pequeno, que codifica o 5s

• Auxiliado por pequenos RNAs Nucleolares (snoRNA)

- 5s, 5,8s e 28s —> subunidade 60s (maior)


- 18s —> subunidade 40s (menor)
• Formam o ribossomo 80s
domingo, 7 de abril de 2019

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