Você está na página 1de 45

CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

MÓDULO DE TÉCNICAS DE TREINAMENTO

1
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

SUMARIO

CAPÍTULO 01: Por que treinar? ------------------------------------------03


CAPÍTULO 02: Técnicas de treinamento ------------------------------------------11
de adultos

CAPÍTULO 03: Métodos e técnicas de ------------------------------------------16


apresentação
CAPÍTULO 04: Características de ------------------------------------------25
oratória

CAPÍTULO 05: Uso de recursos áudio – ------------------------------------------34


visuais

2
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

CAPÍTULO 01
1.0- Por que treinar?

Com a velocidade que caminha o mundo moderno as empresas estão atentas para
importância de aplicar uma das potenciais ferramentas de atração, desenvolvimento e
retenção de talentos por meio do treinamento e desenvolvimento de seus colaboradores,
associados à satisfação no trabalho e crescimento intelectual.
As empresas estão investindo, cada vez mais, na preparação dos funcionários. Segundo
pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD),
todos os setores da economia aumentaram em 20% as horas de treinamento na
comparação nos últimos 4 anos (BOOG, 2006).

O treinamento e o desenvolvimento proporcionam ao profissional aprender, captar


informações, adquirir novos conhecimentos, aprimorar habilidades, atitudes.
Especialmente para a empresa agrega valores, impulsiona a atingir os objetivos focando
nas competências essenciais da organização.
Com isso, é importante que o treinamento deixe de ser visto pela empresa como mais
uma despesa e se torne um investimento necessário, cujo retorno será altamente

3
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

compensador para a organização. O treinamento deve ser visto como um processo e não
como um evento. Por isso é importante a sensibilização da direção da empresa, na
percepção do retorno que o treinamento dará para a empresa, traduzido em melhores
resultados.
Qualquer que seja o negócio, os colaboradores precisam estar treinados, engajados no
único propósito e vendendo para a sociedade o seu produto com o mesmo discurso e
linguagem. Isso só se alcança se o Treinamento e Desenvolvimento fizerem parte do
planejamento estratégico da empresa.

1.1-Histórico do treinamento nas empresas

O desenvolvimento da produção em função do programa de treinamento de pessoas já


vem sendo aplicado desde o inicio do século vinte, onde a intenção dos programas de
treinamento, nessa época, era o grande foco à preparação dos colaboradores visando
uma garantia no alcance de uma maior produtividade que o individuo pudesse alcançar
para o desenvolvimento da empresa. Onde os colaboradores davam tudo de se em
função do salário, mais sem nenhuma ligação com a empresa, sem esquecer que o
treinamento nessa época só pensava mais no seu trabalho mecanicista, sem se quer dar
importância ao bem estar dos colaboradores, pois só visava o avanço da organização.

Figura 1 - O treinamento visava a produtividade e o avanço da empresa

O objetivo expresso desses programas era de preparar os indivíduos para atingir o mais
alto grau de produtividade possível.
Como o homem era visto como um ser que trabalhava essencialmente em troca de
dinheiro, sem nenhuma identificação com a organização, o treinamento apenas
considerava, nessa época, os aspectos mecânicos do trabalho.
Com um advento da Escola das Relações Humanas, o treinamento nas empresas passou
a abranger também os aspectos psicossociais dos indivíduos. Dessa forma, os programas
de treinamento, além de visarem capacitar os trabalhadores para o desempenho de
tarefas, passaram também a incluir objetivos voltados ao relacionamento interpessoal e
sua integração à organização. Também se observa, já no início da década de 40, durante

4
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

a segunda guerra mundial, a preocupação com o desenvolvimento de programas


destinados a preparar chefes e supervisar. E, com o final do conflito as empresas
começam a enfatizar também programas destinados ao desenvolvimento de liderança.

Figura 2 – O treinamento atual visa os interesses da empresa e o bem estar do colaborador

Nessa época houve também um grande passo para o desenvolvimento do treinamento


nas empresas, quando já podemos perceber um enfoque maior para a questão social dos
colaboradores, é ai que os treinamentos passam a não só mais se preocupar com
capacitação dos colaboradores no desempenho das atividades, dando também uma
reestruturação no que diz respeito ao relacionamento interpessoal e na sua integração
para a organização, sendo assim, já se existia uma preocupação das organizações nos
programas de Treinamento e Desenvolvimento na capacitação. Garantindo um enfoque
maior para o desenvolvimento de todas as atividades que os indivíduos pudessem
absorver em termo de conhecimentos, habilidades e atitudes para o alcance das metas
nas organizações e para o desenvolvimento da mesma.

As faces do treinamento e desenvolvimento.

O treinamento e desenvolvimento podem ser visto de varias formas e modos:


educação, formação profissional, treinamento, desenvolvimento, etc. mais com apenas, a
qualificação do capital humano, no desenvolvimento das organizações e reconhecimento
profissional e pessoal no desenvolvimento das atividades, habilidade e atitudes. Sendo
assim segue os seguintes conceitos básicos de treinamento conforme descrito abaixo.

a) Educação: é o processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e


moral do ser humano visando a sua melhor integração individual e social. Pode-se,
portanto, falar em educações especificas, em virtudes das múltiplas dimensões
humanas: física, moral, social, cívica, sexual, religiosa, artísticas,profissional etc.

b) Educação profissional: é o que se volta para o mundo do trabalho, uma das mais
importantes entre todas essas dimensões. Por envolver um vasto campo de atuação,

5
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

as atividades que lhe são relacionadas podem ser reunidas, dando origem a
processos como os de formação, treinamento e desenvolvimento profissional.

c) Formação: é o processo que visa proporcionar a qualificação necessária para o


desempenho de determinada atividade profissional. Pode ocorrer em diferentes
níveis, conforme a qualificação requerida; por exemplo: profissões de nível médio e
profissões de nível superior. Tradicionalmente, a formação profissional tem sido
atribuição das escolas. Entretanto nos tempos atuais muitas são as empresas que
proporcionam formação profissional, ate mesmo de nível superior.

d) Treinamento: refere-se ao conjunto de experiência de aprendizagem centrado na


posição atual da organização. Trata-se, portanto, de um processo educacional de
curto-prazo e que envolve todas as ações que visa deliberadamente ampliar a
capacidade das pessoas para desempenhar melhor as atividades relacionadas ao
cargo que ocupam na empresa.

e) Desenvolvimento: refere-se ao conjunto de experiências de aprendizagem não


necessariamente relacionadas aos cargos que as pessoas ocupam atualmente. Mais
que proporcionam oportunidades para o crescimento e desenvolvimento
profissional. Diferente do treinamento, que é orientado para o presente, o
desenvolvimento de pessoas focaliza os cargos a serem ocupados futuramente na
organização e os conhecimentos, habilidades e atitudes que serão requeridos de seus
ocupantes. Dessa forma, as ações voltadas ao desenvolvimento envolvem um
compromisso maior com a capacitação das pessoas.

Finalidades do treinamento e desenvolvimento

O treinamento e desenvolvimento têm grande finalidade quando se é pensado em falhas


no processo, ou na comunicação imediatamente se busca uma medida cabível para o
contorno da situação, visto que falha e má comunicação não se traz um beneficio para o
desenvolvimento da organização. Assim para que se tenha a garantia de uma boa
comunicação e um bom desempenho do processo se aplica o Treinamento e
Desenvolvimento.
Assim sendo, segue abaixo algumas finalidades do treinamento e desenvolvimento:

a) Adequar as pessoas à cultura da empresa: neste caso pode-se dizer que os programas de
treinamento e desenvolvimento chegam para auxiliar as organizações, porque é comum
que existam pessoas fora de sintonia com a cultura organizacional. Logo, pode-se

6
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

submetê-las a programa de Treinamento e Desenvolvimento a fim de que passem a


conhecer melhor os hábitos e costumes da organização, o que promovera melhor
entrosamento entre os envolvidos no programa e a própria organização, reduzindo com
isso conflitos de qualquer ordem. È possível que você conheça pessoas que não se
adaptaram em um novo emprego, pessoas que não gostaram de algumas exigências
internas, tais como horários, trajes, relacionamento internos e obrigatoriedades no
relacionamento com consumidores.

b) Mudar atitudes: as organizações modernas, como o próprio nome nos induz a pensar,
visam alcançar o sucesso porque se adequaram aos novos tempos. Para tanto, há uma
forte tendência a alterar as atitudes antiquadas das pessoas para torná-las inovadoras,
modernas. Característica moderna das organizações faz com que o quadro funcional
aceite melhor as novas técnicas de supervisão e gestão, aumentando a satisfação
individual e também a produtividade. Hoje entendemos que há uma enorme resistência a
atitudes retrógradas e que em nada ajudam a buscar pela exigência organizacional.
Insistimos em dizer que mudar atitudes implica mudar chefes, supervisores e gerentes e
também pessoas da organização que não exerçam alguma função de comando.

C) Desenvolver pessoas: ao pensar em Treinamento e Desenvolvimento pode perceber


redundante e um tanto quanto obvio este item, com tudo, em se tratando de
desenvolver pessoas, deve-se dedicar uma atenção especial. Diz-se isso, pois em
nenhum momento pode-se esquecer que vivemos num mundo de constante aprendizado,
onde as pessoas são peças-chave na busca pelo sucesso organizacional; logo, ignorá-las
ou dar importância relativa seria um grande equivoco. Desta forma, seja por intermédio
da atualização e/ ou da reciclagem (via cursos), é fundamental que a empresa goze das
vantagens deste processo.

d) Adaptação das pessoas para lidar com a modernização da empresa: neste momento você,
provavelmente, deva estar achando que este item é apenas uma parte que diz respeito a
mudança de atitudes, entretanto nos referimos a uma alteração na própria pessoa. Já, ao
falarmos em adaptação de pessoas, visamos à adequação destas à nova realidade
organizacional, ou seja, à implementação de novas tecnologias modernizadoras.

e) Desfrutar da competência humana: em outras palavras, gozar da capacidade que o ser


humano tem de aprender, ou seja, o potencial de ―adquirir novas habilidades e novos
conhecimentos modificando comportamentos e atitudes‖.Contudo, em nenhum momento
podemos nos distanciar de uma correta visão empresarial, logo é fundamental utilizar
esta capacidade, segundo os autores, como uma forma de ―maximizar o desempenho

7
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

profissional e elevar os níveis de motivação para o trabalho‖ na busca de resultados


melhores.

f) preparar pessoas para serem remanejadas: significa oferecer oportunidades de


aprendizagem não só em relação a sua atual posição, mas também visando a outras
posições que poderão vir a ser ocupadas num futuro próximo. Nesse caso, pode-se citar
e estender a afirmação que diz que os ―programas de Treinamento e Desenvolvimento
visando ao desenvolvimento de habilidades das pessoas para prepará-las e capacitá-las‖
para ocupação de posição na organização a que servem.

g) Passar informações adiante: neste caso o foco é bastante amplo, ou seja, a idéia é que
as tarefas, normas, políticas, regulamentos, conhecimento em geral sejam passado de
treinador para treinando e vice-versa na medida em que o elemento fundamental deste
processo é o conteúdo, porém nunca perdendo de vista que a aprendizagem é uma via
de mão dupla , onde não só o treinador ensina, como também não só o treinando
aprende. Na verdade é importante enfatizar as vantagens de fazer circular a informação
quando nos chega sob a forma de conhecimento sem sentido, constantemente
informações ficam retidas nessa ou naquela pessoa, nesse ou naquele grupo. Só que
conhecimento é para ser disseminado!

h) Reduzir custos na busca por objetivos empresariais: após ter lido os objetivos listados
anteriormente, você pode pensar que este item é um tanto quanto óbvio. Entretanto, é
uma finalidade bastante importante, dizemos óbvia, pois, ao utilizarmos as atividades de
Treinamento e Desenvolvimento passaremos a ter pessoas preparadas para uma nova
realidade, seja para ela mesma ou para a empresa como um todo. Logo, é natural que a
organização alcance seus objetivos de uma maneira econômica, racionalizando suas
despesas de investimento. Afinal, Treinamento e Desenvolvimento é investimento.

Importância de treinar equipe de profissionais da área de construção

Como as empresas de construção civil podem qualificar seus operários, preparando-os


para lidar com as novas tecnologias melhorando assim a qualidade das obras, reduzindo
o nível de acidentes que é elevado no setor, reduzindo também o desperdício de
material, o acumulo de resíduos sólidos gerados pela construção civil e melhorar a
qualidade de vida? Para muitas construtoras, isso tem se tornado um desafio.Porquê?
Porque a construção civil é um ramo do setor econômico nacional que absorve um
grande número de trabalhadores e, paradoxalmente, caracteriza-se por uma estrutura

8
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

e funcionamento de canteiro de obras passageiro. Esta condição influencia no


investimento da qualificação da mão-de-obra e do próprio ambiente de trabalho
ocasionado por insuficientes programas de formação e de qualificação dos recursos
humanos.
Assumindo-se que a educação é um meio de se estabelecer um compromisso ético com a
dignidade humana, implica no direito básico do trabalhador, que permita a formação para
a cidadania e, também, para o atendimento das demandas do mundo produtivo
contemporâneo. Precisa incluir, sincrônica e prioritariamente, conhecimentos que sirvam
para facilitar o nível de sociabilidade dos indivíduos, que possa melhor prover seu
sustento e de sua família e desenvolver a consciência do direito a uns trabalhos
humanos, dignos e seguro. É recorrente na linguagem empresarial que é impossível
promover qualidade no setor, sem treinar ou qualificar seus trabalhadores.
Com o crescimento da construção civil, a prioridade das empresas construtoras é a
contratação de operários cada vez mais qualificados para execução das tarefas, uma vez
que a indústria da construção civil vem usando novas técnicas de construções e para
desenvolve- las tem que ter um mínimo de qualificação.

Figura 3 – Operários da década de 70 X Operários modernos

A indústria da construção civil atravessa atualmente um importante processo de


mudança em seus paradigmas de gerenciamento. A gestão da qualidade e a certificação
de sistemas segundo as normas ISO 9000 são cada vez mais evidentes neste setor. O
aumento da conscientização da sociedade quanto à sua qualidade de vida leva as
construtoras, em alguns casos, a ir mais além ao investimento com a qualidade voltada
aos clientes, focando um maior interesse em estratégias para garantir a qualidade dos
empreendimentos.

Resultados esperados

Desde o início da década de 90 do século passado, constata-se uma ação continuada


para a elevação da qualidade, produtividade e melhoria contínua, impulsionada pelo setor

9
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

privado, entidades de classes (sindicatos, associações e outros), institutos, empresas de


consultoria e Universidades.
Assim sendo, é necessário que ocorram mudanças de paradigmas no processo cultural de
todos os partícipes dessa empreitada para a obtenção de qualidade em geral. É
fundamental que haja uma revolução no pensamento administrativo de toda empresa. Às
empresas que direcionam essas mudanças, incumbe-se da necessidade de passar por
uma sensibilização e organização de seus canteiros de obras antes mesmo de introduzir
os programas de qualidade.
Através do processo pedagógico para o ensino e aprendizagem das pessoas, a
construção civil, como um todo, ganharia em maior credibilidade, eficácia, conservação e
sustentabilidade do meio ambiente, garantido assim, melhor qualidade de vida e
segurança ao ser humano. Espera se, também, conscientizar ainda, através de
programas de educação/ treinamento para qualificação de trabalhadores a importância
da preservação da natureza.
Os treinamentos oferecidos aos funcionários permitem a facilitação do trabalho em
equipes, mas esses métodos de aperfeiçoamento e eficácia profissional devem estar
baseados na educação antes, durante e depois de suas aplicações.
É fundamental que as empresas, bem como seus dirigentes, promovam oportunidades
para aplicação de programas de treinamentos baseados na educação a fim de qualificar
seus funcionários, confiar e delegar-lhes autoridades quanto for possível; ter as pessoas
como parceiras dos objetivos e projetos delineados, criando condições para participação
dos funcionários nas atividades propostas pela organização empresarial.
Desta forma, devem-se planejar novos programas de treinamento de profissionais da
construção civil, considerando os fatores que influenciam na execução, eficiência e
eficácia, com os recursos existentes e sem gastos dispendiosos, reduzindo custos,
minimizando perdas de materiais e tempo, permitindo a formação de uma cultura da
construção civil de acordo com a realidade brasileira. ―A promoção da participação das
pessoas em todos os aspectos do trabalho destaca-se como um elemento fundamental
para obtenção da sinergia entre as equipes‖.
As empresas podem, através de programas de educação/treinamento, proporcionar aos
trabalhadores atividades que permitam a qualificação e/ou a requalificação profissional, a
fim de que os mesmos adquiram competências e seus desenvolvimentos conjunturais no
trabalho.
Acredita-se que parte dos problemas sociais estaria sendo minimizada possibilitando o
ingresso destes profissionais em empresas e/ou instituições de fomento na área da
construção civil. Não se pode negar que a informalidade de serviços dessa natureza está
à mercê de flutuações quanto à sua estabilidade econômica, no entanto, a qualificação
profissional de mão-de-obra é assegurada.

10
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

CAPÍTULO 02
2.0- Técnicas de treinamento de adultos

2.1- Ensino Tradicional x Ensino Moderno

VS

No ENSINO TRADICIONAL, o educador é o monopolizador de todo o ''Conhecimento'‗,


pensando e agindo pelo educando. O aluno tem medo (Respeito!?) do professor. O aluno
fica contando os minutos para acabar a aula (Em muitos casos). O processo de
treinamento chega a ser quase um CASTIGO. Ás vezes é utilizado o reprojetor/datashow
de forma exagerada, com o intuito de ''modernizar'' as exposições, o que acaba até
prejudicando o aprendizado e desestimulando a participação. Em geral este método
explora somente a audição e visão dos alunos, ficando os outros sentidos fora do
processo. Para muitos alunos o objetivo é acabar logo com o curso ou treinamento e
receber logo o diploma.
No ENSINO MODERNO, o aluno é o sujeito e autor da própria educação.
Neste método o educador ou treinador funciona como um gerenciador e estimulador do
processo de aprendizado. Em vez de o treinador discursar o tempo todo para os alunos
tomarem nota, ou escrever no quadro para que os alunos fiquem copiando, o treinador
utiliza técnicas de DINÂMICA DE GRUPOS, que estimulam a participação de todos e
permitem aos mais tímidos, iguais oportunidades e facilidades na participação e no
processo de aprendizado. São utilizados também recursos didáticos modernos e de forma
equilibrada (Data Show, Vídeos, quadro, Flip Chart, Jogos).

11
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Relatos sobre experiências em treinamento têm comprovado que, em geral, os


absorvem:

10% do que foi lido


20% do que foi ouvido
30% do que foi visto na forma real
50% do que foi visto na forma real e ouvido
70% do que foi discutido
90% do que foi discutido e feito.

2.2- COMO O SER HUMANO APRENDE


O homem aprende através dos seus cincos sentidos.
É através deles que as impressões se transformam em conhecimento e se gravam na
mente. É importante ao instrutor saber que, quanto mais sentidos entram no processo de
aprendizagem, mais fácil e mais firmemente são gravados os conhecimentos.

2.3- COMO OS ADULTOS APRENDEM

Os adultos têm tanta facilidade de aprender como as crianças , no entanto os métodos e


técnicas utilizadas com adultos devem ser diferentes dos utilizados para as crianças.
Segue algumas sugestões no que se diz respeito ao treinamento de adulto:

a) Os adultos aprendem somente o que sentem necessidade de aprender: Necessitam de


conhecimentos com aplicabilidade imediata, não podem perder tempo ouvindo revisões e
muita teoria.

b) Os adultos devem querer aprender: As crianças normalmente aprendem induzidas pelos


pais ou por algum professor, estudam para tirar boas notas. Os adultos devem ter forte
motivação íntima que os leve a adquirir novos conhecimentos e/ou habilidades; o desejo
de aprender pode ser desperto, porém nunca imposto .

c) Os adultos aprendem fazendo: A regra que é aplicada as crianças vale também para os
adultos, ou seja, quanto mais sentidos intervêm na aprendizagem, tanto mais fácil se
gravam as coisas.

d) Os adultos aprendem resolvendo problemas ligados à realidade: Se os problemas


apresentados em aula não lhes dizem respeito, aos adultos não há interesse.

12
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

e) A experiência afeta a aprendizagem do adulto: Os novos conhecimentos devem ser


relacionados com suas experiências anteriores e integrados às mesmas se não houver
este ajustamento, os alunos adultos tendem a rejeitá-los.

f) Os alunos aprendem melhor em ambiente informal: A forma bitola inibe e cerceia a


imaginação. Muitos conservam tristes recordações da escola tradicional. A própria
disposição das carteiras traz lembranças de outrora, por vezes não muito agradáveis. Por
isso, a sala deve apresentar um aspecto acolhedor, com as carteiras dispostas em
círculo, em ''V'' ou ''U'‗, ou ainda de acordo com a técnica que está sento utilizada.

Figura 4 – Disposição das cadeiras no ensino moderno

g) Uma variedade de métodos e técnicas deve ser utilizada em treinamento de adultos: Como as
crianças, os adultos também reagem melhor quando lhes é apresentada uma idéia de
diferentes modos. Todavia, a escolha de métodos, das técnicas, deverá estar orientada
segundo:

- a personalidade dos alunos

- os objetivos

- a matéria e conteúdos a ser transmitidos

h) Os adultos ou aceitando ou censurando sempre participam: O adulto sempre participa,


mesmo que seja de modo não e explícito. A própria crítica, a aceitação ou não do ensino
apresentado já é uma participação. O segredo e o mérito do treinador estão em fazer
esta participação ser exteriorizada.

2.4- TÉCNICAS DE DINÂMICA DE GRUPOS

13
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

“Aprender é mais eficaz, quando se trata de um


ativo e não um processo passivo”
Kurt Lewin – O pai das dinâmicas em grupo

A dinâmica deve ter uma boa preparação anterior, cuidando do método como será
aplicada e a participação de cada pessoa além dos recursos necessários (ambiente,
papel, pincel atômico...), se preocupando em ao final de uma técnica fornecer uma
realimentação sobre o resultado. O uso de dinâmicas de grupo depende da correta
compreensão dos participantes do motivo pelo qual esta está ocorrendo, e as melhorias
que poderão ocasionar, assim, todos devem conhecer o objetivo dela e os passos a
serem seguidos.

Figura 5 – Dinâmica de gupo

A dinâmica deve ter uma boa preparação anterior, cuidando do método como será
aplicada e a participação de cada pessoa além dos recursos necessários (ambiente,
papel, pincel atômico...), se preocupando em ao final de uma técnica fornecer uma
realimentação sobre o resultado.
Uma dinâmica sempre à mão, na hora certa, é um recurso que nenhum líder de reunião
deve colocar de lado, a dinâmica de grupo proporciona bons resultados, por isso seja
criativo ao elaborar a técnica ou escolher uma pronta, entendendo o objetivo do que se
quer e onde se pretende chegar.
A confiança é o ingrediente mais importante para desenvolver um grupo coeso. A
primeira crise que muitos grupos enfrentam envolve justamente a capacidade dos
membros para confiar em si próprios e mutuamente. A confiança reduzirá o medo de
muitos membros de não serem compreendidos e apoiados e ajudará a todos revelarem o

14
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

seu potencial. A dinâmica de grupo possibilita que a coesão seja trabalhada fortalecendo
os laços de confiança. As dinâmicas ajudam a observar (analisar) a agressividade, a
apresentação pessoal, atualização, auto percepção, bom senso, capacidade conciliatória,
coerência, combatividade, comunicação, cooperação, dicção, desenvolvimento com o
assunto, equilíbrio emocional, experiência, flexibilidade, liderança, motivação,
objetividade, originalidade, participação, persuasão, postura, raciocínio lógico,
relacionamento, riqueza de vocabulário, poder de síntese, sociabilidade e tom de voz.
Busca melhorar a convivência, criando no grupo, considerado hostil, um clima positivo
possibilitando integrar um grupo que resista ao treinamento e aperfeiçoar o
relacionamento entre os membros de uma equipe.
As dinâmicas podem ser realizadas por um número indeterminado de pessoas e o tempo
exigido é de aproximadamente uma hora, portanto, coloque no programa tempo
necessário para que a dinâmica seja bem feita. O ambiente físico deverá ser propício à
realização da dinâmica, oferecendo espaço para que as pessoas se locomovam ou se
isolem em caso de debate em pequenas equipes, lembre-se de providenciar material
(diversifique no material) necessário para todos os participantes.

Observação: Todas elas têm por objetivo estimular o aprendizado, integrar os


participantes e balancear as participações. Portanto o desafio que tem o treinador de
adultos é fazer com que as participações de todos seja equilibrada, evitando
concentração de participação nos líderes e nos que têm maiores facilidades de
aprendizado e de comunicação.

2.4.1- Técnica para Quebrar o Gelo

É comum em treinamentos haver certa resistência por parte dos participantes. Essa
resistência é facilmente observada pelo comportamento (por exemplo: no modo de
agrupar-se, distante do instrutor), sendo assim poderá tentar a seguinte tática: peça que
formem subgrupos de três, com as pessoas mais próximas. A cada subgrupo será
distribuída uma folha, na qual deverão responder a seguinte pergunta: "Como vocês se
sentem em estar aqui?" Solicita-se que cada subgrupo faça uma listagem de razões. A
seguir o instrutor pedirá que cada subgrupo faça a leitura de sua listagem, que será
escrita no quadro-negro ou na cartolina, caracterizando os pontos considerados positivos
e negativos.
Usando os mesmos "trios", instrutor pede para responder a segunda pergunta: "Como
vocês se sentem com a minha presença aqui?‖
Novamente as respostas serão lançadas no quadro-negro ou na cartolina, realçando-se
os pontos positivos e negativos.
Finalmente, o instrutor formula a terceira pergunta: "Como vocês se sentem em relação

15
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

à pessoa que os mandou para o curso?", cujo resultado será lançado no quadro-negro ou
cartolina, destacando novamente os aspectos positivos e negativos.
A seguir, forma-se o plenário para uma análise geral das respostas dadas às três
perguntas. Geralmente pode-se observar que nas respostas à primeira pergunta
predominam os aspectos negativos, e na segunda ou terceira aparecem mais os
positivos, o que demonstra que houve mudança de clima no curso e maior integração.

3.0 - MÉTODOS E TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO CAPÍTULO 03

Existem vários métodos de apresentações dentre os quais podemos destacar os


seguintes:

a) O Método da Palestra

Definição: Ensinar com a fala como o veículo principal, ajudado ou


não por outras técnicas.

Características: O meio mais rápido de transmitir uma porção de


informações para grupos infinitamente grandes no mais
curto tempo possível.

Requisitos Perfeito conhecimento, perfeita preparação.


Principais:

b) O Método do Debate

16
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Definição: Ensinar pelo recolhimento de informações, opiniões e


atitudes em aberto dos participantes e sem coação, de
maneira a converter as opiniões e atitudes dos participantes
em propriedade comum do grupo.

Características: Meio eficiente de revelar as posições dos alunos, enquanto


se obtém aprendizagem cruzada entre eles.

Requisitos Principais: Clima adequado, isto é, liberdade, respeito mútuo entre os


participantes, ausência de coação e um problema ou
interesse comum.

c) O Método da Demonstração

Definição: Ensinar através de exemplo, e mostrar, ao invés de explicar, um


procedimento, uma ação, um método, uma operação ou uma
técnica.

Características: O melhor método de convencer o aluno, ou provar algo, ou


validar a aplicação de uma teoria, princípio ou conceito.

Requisitos Principais: Exemplos, execução hábil, sublinhando os aspectos importantes,


eliminação do não essencial.

d) O Método do Problema

Definição: Ensinar pela “descoberta”. A técnica heurística, o método da


“terapêutica ocupacional”. Fazer com que o aluno sofra uma
experiência da qual ele aprende um conceito, uma verdade
generalizada, a realidade de um erro postulado ou um princípio
básico.

17
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Requisitos Principais: Definição cuidadosa do problema e uma formulação clara, na


mente do apresentador, de três coisas:

a) o conceito, a verdade, etc. que são o objetivo;

b) o conhecimento necessário para resolver o problema;

c) a natureza, a extensão e o significado da maioria dos erros


prováveis dos alunos.

e) Simpósio

Definição: É a reunião de especialistas ou interessados em um


determinado assunto, dentro de um tema mais
abrangente. Nos simpósios se fala sobre um mesmo
assunto dentro das mais diversas abordagens.

Características: Determinar o tema principal

Determinar os sub - temas

Determinar o numero de participantes

Requisitos Principais: É imperativo que a conclusão de um sub - tema seja a introdução


do próximo.

3.1 - FASES DE UMA APRESENTAÇÃO

O sucesso de uma apresentação depende fundamentalmente da execução de quatro


fases importantes:

• Preparação
• Apresentação
• Participação
• Avaliação

Preparação e Avaliação por não serem vistas em sala, por vezes são negligenciadas e,
dependendo da experiência do apresentador, tal fato pode comprometer a qualidade da
apresentação, como um todo.
A falta de preparação geralmente se reflete numa apresentação desordenada e fraca.

18
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

A omissão da avaliação não permite que o apresentador verifique a validade ou eficácia


das três anteriores.
3.1.1 - Preparação

Para a preparação é essencial que se conheça a matéria e o contexto mais geral de onde
ela é parte e também as relações dessa matéria com os alunos e com o campo maior.
Quanto à matéria, parece ser mais fácil o preparo em si, na medida em que a
experiência, habilidade e talento do instrutor se desenvolvem.
Ao se preparar uma apresentação deve se ter em mente os seguintes elementos que
caracterizam uma boa apresentação:

a) Um objetivo - O objetivo é fundamental, pois sem ele não só o aluno se sentirá


―navegante sem rumo‖, mas também o instrutor terá dificuldade de limitar conteúdos,
profundidade do assunto, forma de abordagem, determinação do tempo, etc.

b) Organização - Da organização do material disponível, certamente depende boa parte


do sucesso dos objetivos esperados, pois um mesmo material pode ser organizado de
muitas maneiras diferentes, mas aquelas que contêm a seqüência correta e a forma
adequada para os alunos em questão, certamente são poucas. A escolha depende da
personalidade do apresentador e dos objetivos do curso. Leve em conta sempre que a
melhor é aquela que vise facilitar os alunos, não o instrutor.

c) Provas e Testes - Também estes devem ser incluídos na preparação, e devem ter
objetivos bem definidos. Incluem problemas, exercícios, questionários, testes, provas e
exames. Lembre sempre de questionar prioritariamente os itens relacionados com os
tópicos aos quais se deu ênfase, deixando de lado detalhes meramente ocasionais e sem
importância, pois ainda que bem se sucedam nestes detalhes perderão a noção do que
realmente era importante e fazia parte dos objetivos. Lembre que sempre se espera que
seja questionado o que é importante.

3.1.2- Apresentação

Básico para a apresentação é a capacidade do instrutor de ―projetar‖. A frente da sala de


aula é, na realidade, seu palco. Dele você pode alcançar sua ―platéia‖. Seu ―estilo‖ deve
ser desenvolvido, praticado, refinado e nunca negligenciado, como pensam alguns falsos
instrutores, que basta a sua sapiência do assunto e que a forma de apresentação é
secundária, pois a captação faz parte do trabalho do aluno. Na verdade, o aluno se sente
como um espectador de teatro: não gosta de falhas de qualquer espécie dos artistas,
bem como de temas muito complicados e mal conduzidos, difíceis de serem
compreendidos e assimilados.

19
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

O sucesso da apresentação depende de alguns elementos como:

a) Comando - A turma deve ter em mente que há alguém com autoridade à sua frente.
Esta autoridade é baseada na sua competência, sinceridade e integridade. A autoridade
deve ser reconhecida naturalmente, não pode ser simulada. Brados e ameaças simulam
uma falsa autoridade, pois ela se firma apenas na autoridade legal que o apresentador
detém.

b) Movimento: Todos os seus movimentos durante a palestra ou demonstração ou


apresentação devem ser conscientes e deliberados (como os de um ator). Isto algumas
vezes distrai, mas pode adicionar variação e ênfase. Cuidado com as mãos, com o
excesso de movimentos percorrendo constantemente a sala, ou a recíproca, a total
estaticidade. Falar sentado atrás da tentadora mesa cria uma sensação de monotonia.
Lembre que os que sentam mais atrás não o vêem naturalmente e que não farão esforço
por muito tempo para ―ver‖ o que você diz.

3.1.3- Participação

Uma importante diferença entre ―dirigir-se a uma platéia‖ e ―ensinar a uma turma‖ é este
elemento, absolutamente essencial à última atividade. Pode ser participação meramente
―mental‖ dos alunos e o silêncio reinaria se não fosse a voz do apresentador: mas esse
silêncio é ―elétrico‖ e facilmente distinguido das suas outras formas. É, provavelmente, o
tipo de participação mais difícil de alcançar e, geralmente, surge como resultado dos
tipos mais óbvios. Estes podem ser encorajados fatores a seguir:

a) Humanidade - O instrutor deve ser humano, compreensível como pessoa, não


simplesmente um tipo ou símbolo.

b) Humor - Isso relaxa as pessoas e ajuda a produzir uma atmosfera mais fácil, a qual é
necessária aos alunos para se aventurarem a emitir suas opiniões ou idéias. Contudo, o
humor deve evoluir do, ou se referir ao assunto do momento. Nunca deve ser usado
como exibição.

c) Ouvir - Uma arte refinada, raramente perfeitamente praticada numa turma. O


instrutor deve ouvir primeiro – antes de responder – exagerando mesmo a postura e
aparência de que está ouvindo. Isto lisonjeia ao aluno e dá a ele confiança em si próprio
e em você. É a maneira para evitar responder a pergunta ―errada‖ e um curto caminho
para descobrir sob as palavras do aluno o que ele realmente está buscando.

20
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Figura 6 – Necessidade de saber ouvir

d) Responder - Um assunto simples, exceto em ensino, onde a técnica merece cuidadosa


atenção. A maneira, não menos que o conteúdo, de suas respostas afetará a natureza e
a extensão da participação do aluno em tais intercâmbios com você. Três erros comuns a
evitar são: responder em demasia; responder brusca ou rapidamente; envolver-se num
diálogo com somente um aluno.

e) Perguntar - Aparentemente o meio mais óbvio de se obter reação do aluno, não é


sempre assim. O tempo, a maneira e o propósito da pergunta têm muito a ver com a
qualidade da resposta; a possibilidade de produzir o verdadeiro envolvimento, ao invés
da resposta convencional. Deliberadas variações de tempo, maneira e propósito devem
ser usadas e planejadas.

3.1.4 - Avaliação

A avaliação tem três aspectos interligados e necessários; não simplesmente avaliação do


próprio ―sucesso‖ em ―dar o curso‖.

a) Do Aluno - Isto deve começar do primeiro momento de contato, mesmo tão logo
quanto quaisquer dados sobre o aluno estejam disponíveis (tais como um registro de
trabalho passado, dados de matrícula, etc.) deve continuar sendo verificado, corrigido e
aprimorado até o último momento que você o tiver como aluno. Mesmo assim isso será
uma conclusão informal, nada mais objetivo. Os recursos a usar são impressões, reações
de outros instrutores, observação durante a aula, trabalho realizado registrado, contato
pessoal e entrevista, resultados de testes e provas. Nenhum destes sozinhos é de
confiança e mesmo todos combinados podem levar a um julgamento inexato na ocasião.

b) Da Matéria - É temerário responsabilizar uma capacidade do aluno ou a falta dela por todas as

dificuldades. O fator contribuinte da matéria, sua formulação, organização e apresentação devem


também ser julgadas. Os recursos a usar são resultados de testes e questionários, desempenho do
aluno, sua própria análise de sua própria eficiência e a opinião dos alunos. Apesar de muitas opiniões
em contrário, parece mais sábio extrair opiniões dos alunos e depois avaliar sua validade, ao invés de

21
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

decidir que eles são incompetentes para julgar. O ponto de debate não é a exatidão objetiva destas
opiniões, mas o seu conhecimento de sua existência, de forma que do seu conhecimento do aluno e
da matéria, você possa julgar a opinião e tomar providências para eliminar o negativismo por outro
meio.

c) Do Instrutor - Para desenvolver-se, você deve estar desejoso e ansioso para buscar e ouvir

críticas. A autocrítica levará você somente até aqui: depois as observações dos outros são
necessárias. Aqui novamente a exatidão objetiva não é o critério; o valor dos comentários ou
sugestões está em você obtê-los e por análise cuidadosa determinar como eles aconteceram. Então
você pode fazer uso deles para seu próprio desenvolvimento. Alguns observadores podem mostrar
astúcia surpreendente ao apontar falhas e mesmo ao sugerir soluções. Os recursos são: a observação
do seu ensino por outros apresentadores e pessoas educacionalmente cônscias; a observação sua
por outros apresentadores, especialmente na sua própria matéria; os resultados que você obtém
com alunos e as opiniões dos alunos sobre você, em adição às indicações informais que você recebe
pelas atitudes deles e o comportamento durante a aula.

3.2 - TÉCNICAS PARA ELABORAÇÃO DE SEMINÁRIOS

Durante a nossa formação acadêmica muitos professores promovem seminários do


assunto ao qual está sendo abordado. É uma forma de fixar melhor o assunto e
promover uma melhor interação entre os colegas de classe. Porém poucas instruções são
dadas em como elaborar um seminário, ou seja, a ênfase maior é dada a apresentação e
não a elaboração. Assim sendo como elaborar um seminário?

Veremos a seguir a dicas de como elaborar um seminário:

3.2.1 - Seminário: Conceito e Finalidades

Antes de tudo, faz-se necessário apontar o conceito de seminário:―Seminário é


uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate‖. (...)‖ (LAKATOS,1992:29
). Deduz-se, portanto, que a pesquisa, especialmente a bibliográfica, é o primeiro, passo,
requisito indispensável na elaboração do Seminário. A pesquisa leva à discussão do
material pesquisado, mas para que os objetivos sejam alcançados, não se pode dispensar
o debate.Embora o seminário possa ter uma finalidade específica, suas finalidades gerais
são:

a)Aprofundar o estudo a respeito de determinado assunto;

22
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

b)Desenvolver a capacidade de pesquisa, de análise sistemática dos fatos, através do


raciocínio, da reflexão, preparando o aluno para a elaboração clara e objetivados
trabalhos científicos.

3.2.2 – Modalidades de seminários

Há diversas modalidades de Seminário dentre as quais podemos destacar

a) Clássico– tipo de seminário elaborado e apresentado individualmente, que percorre as


mesmas etapas do seminário clássico em grupo. Esta modalidade é a mais usada nos
cursos de pós-graduação;

b)Clássico em grupo– escolhido o tema, o grupo se reúne, escolhe o coordenador, o


secretário e o relator e passa a executar o plano do seminário,cujas etapas serão
especificadas mais adiante. Este é o tipo de seminário, cujas etapas serão especificadas
mais adiante. Este é o de Seminário mais utilizado nos cursos de graduação;

c)Em grupo– nesta modalidade, formam-se tantos grupos quantos forem os substituídos
do tema. Após uma reunião geral, em que todos os alunos tomam
conhecimento global do assunto a ser pesquisado, um plano geral do Seminário é
estabelecido. Em seguida, cada grupo cuidará da elaboração e apresentação de um
tópico. O professor assume a função de coordenador dos grupos, orientando os trabalhos
de pesquisa e a preparação da exposição oral de cada grupo.

3.2.3 – Temas

A escolha dos temas para seminários deverá recair sobre um tópico de uma disciplina do
curso, sobre o assunto da atualidade e de interesse da classe ou de cultura geral.Os
assuntos sobre os quais não se encontra bibliografia acessível, os temas muitos
abstratos ou controversos e os que não apresentam caráter científico devem ser
evitados.

3.3 - ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DOS SEMINÁRIOS

A elaboração de um seminário compreende várias etapas, que devem ser


cuidadosamente planejadas e executadas. Assim sendo, tornam-se indispensáveis várias
reuniões, para que cada membro do grupo participe da definição do plano geral e assuma
a responsabilidade da parte que lhe cabe na consecução deste plano. O número de
reuniões depende da complexidade do tema e da profundidade e extensão de seu
enfoque. Contudo, de modo geral, para a elaboração de um seminário bastam quatro
reuniões de grupo.

3.3.1 – Primeira Reunião

23
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

O primeiro assunto a ser tratado na primeira reunião é a constituição do grupo. O grupo,


com cinco ou seis componentes, no máximo, constitui-se, basicamente, de:

a)Coordenador – encarregado de coordenar os trabalhos, definindo as etapas da


pesquisa, atribuído tarefas aos demais membros do grupo e verificando o cumprimento
delas;

b)Secretário – cabe ao secretário do grupo anotar todas as sugestões de


trabalho, a pauta das reuniões e as tarefas atribuídas a cada componente;

c)Relator – é o membro do grupo encarregado de avaliar e comentar o andamento dos


trabalhos, a suficiência do material coletado, bem como o desempenho das tarefas
propostas;

d)Demais membros – são os outros componentes do grupo.

O segundo assunto a ser tratado na primeira reunião é a Definição do tema e delimitação


do assunto. Se o tema não foi sugerido pelo professor, o grupo todo participa de sua
escolha e delimitação. Cada
componente do grupo apresenta sua sugestão, que será analisada e discutida por todos.
A decisão final deverá refletir um consenso de todas as opiniões.

O terceiro assunto envolve o plano de pesquisa. O plano global de pesquisa compreende:

a)Pesquisa bibliográfica

b)Entrevistas com técnicos e especialistas no assunto;

c)Relatos de observações e experiências;

d)Plano geral para a coleta de dados

O quarto assunto é a distribuição de tarefas a serem executadas, segundo o plano geral


para a coleta de dados. O secretário anota tudo e marca-se uma segunda reunião,
levando-se em conta o espaço mínimo de tempo para que todos os membros possam
cumprir suas tarefas

3.3.2 – Segunda Reunião

Os assuntos a serem tratados na segunda reunião são os seguintes:

1.Apresentação das tarefas executadas ao coordenador;

2.Avaliação do material coletado (é suficiente, quantitativa e qualitativamente?);

24
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

3.Análise dos dados levantados e distribuição de tarefas (quem vai fichar o quê?);

4.Planejamento para a reunião seguinte (prevendo-se o tempo suficiente para execução


das tarefas)

3.3.3 – Terceira reunião

1.Apresentação dos fichamentos, para interpretação e discussão dos dados levantados;

2.Verbalização: cada membro fará a exposição oral do material coletado,para que todos
fiquem a par do conteúdo de toda a pesquisa bibliográfica.Em seguida, os dados serão
confrontados, discutidos os pontos de vista,expostos os argumentos que levarão
às conclusões;

3.O assunto será ordenado em partes (introdução, desenvolvimento e conclusão),


dividido em tópicos, com títulos e subtítulos;

4.Elaboração de um Roteiro do seminário, que servirá como esquema para a redação e


para a apresentação

3.3.4 – Quarta Reunião

1.Redação do trabalho e das fichas guia para a apresentação oral. Se for solicitada a
apresentação escrita, faz-se a redação prévia das partes e depois a redação final,
conforme as normas já especificadas. As fichas guia para apresentação oral, contêm um
esquema com os tópicos que serão abordados e não devem apresentar frases redigidas,
uma vez que sua função é apenas servir de lembrete, de guia para a exposição oral.

2.Organização do material de ilustração. Confecção de cartazes,transparências e outros


recursos didáticos que serão utilizados; folhetos e publicações que, eventualmente, serão
distribuídos na classe.

3.Revisão crítica do conteúdo; verificação do material de ilustração e


do Roteiro que será distribuído, contendo um cabeçalho, sumário do trabalho, nomes dos
componentes do grupo e data da apresentação.

4.Critérios para a apresentação oral

A exposição oral deverá ser ―ensaiada‖ e cronometrada, para que o seminário seja bem
apresentado e não ultrapasse o tempo disponível.
Um membro apenas ou todos os membros do grupo podem participar da

25
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

exposição oral. No caso de todos os membros participarem da exposição, cada um


―ensaiará― sua parte, tendo o cuidado de não quebrar o encadeamento dos tópicos do
Sumário. Referências como do tipo a ―parte de fulano‖ devem ser evitadas;a conclusão
de um palestrante de ser a introdução para o próximo, cada componente continuará a
exposição do ponto em que seu antecedente terminou,como se fosse a mesma
pessoa,para que apresentação e a linha de raciocínio do trabalho não sofram solução de
continuidade. Após a apresentação, todos os membros devem participar do debate,
respondendo a questões levantadas e alimentando a discussão do assunto.

CAPÍTULO 04
4. CARACTERISTICAS DE ORATÓRIA

Comunicar-se eficazmente é uma arte que nem todos dominam. Existem pessoas que
são oradores natos, sem dúvida nasceram com o dom, outras não. Já se publicaram
muitos livros para ajudar as pessoas nesse campo. Nesse capitulo veremos algumas
técnicas que seguidas de perto poderá ajudar aqueles que não nasceram com aptidão em
falar em público:

4.1 - LEITURA EXATA

a) O que deve fazer? Ler em voz alta exatamente o que está escrito, sem omitir letras,
pular ou trocar palavras. Pronunciar as palavras corretamente, obedecendo a pontuação
e aos sinais diacrıticos, que incluem os acentos.

b)Por que é importante? É importante porque a leitura correta e bem-feita é


fundamental para transmitir o conhecimento exato da matéria.

c) Como conseguir: Para ler corretamente as palavras, você precisa entender o contexto.
Isso exige preparação minuciosa. À medida que desenvolver a habilidade de ver as
palavras a frente da que esta lendo e analisar o fluxo das idéias, conseguirá ler com
maior exatidão. A pontuação e os sinais diacrıticos são elementos importantes da
linguagem escrita. A pontuação indica onde pausar, o tempo da pausa e possivelmente a
necessidade de inflexão da voz. Neste caso Treine! Treine! Treine!E faça isso em voz alta.
Peça que alguém escute sua leitura e aponte os erros. Durante a preparação, discipline-
se a ler com atenção. Não leia as palavras isoladamente aprenda a ler grupos de
palavras.

4.2 - ARTICULAÇÃO CLARA

26
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

a) O que fazer? Falar de uma maneira que seus ouvintes possam compreender as
palavras com facilidade. Envolve (1) usar corretamente os órgãos da fala e (2)
compreender a estrutura das palavras.

b) Porque é importante? Quando você articula bem as palavras, as pessoas conseguem


entende-lo e ha maior probabilidade de levarem a serio o que diz.

c) Como conseguir: Fale e leia todas as palavras com clareza — com a dicção apropriada,
volume suficiente e num ritmo moderado.

Não emende as palavras de maneira que o significado do que diz fique confuso aos
ouvintes. Mantenha a cabeça erguida e abra a boca o suficiente para falar. Treine para
relaxar o pescoço, o maxilar, os lábios e os músculos da face e da garganta.

4.3 - ÊNFASE SEGUNDO O SENTIDO

a) O que você deve fazer ? Enfatizar palavras e frases de maneira que os ouvintes
assimilem as idéias facilmente.

b) Por que é importante? A ênfase segundo o sentido ajuda o orador a aprender a


atenção dos ouvintes e a persuadi-los ou motivá-los.

c) Como conseguir: Acostume-se a identificar as palavras-chave e os grupos de palavras


das sentenças. Ao fazer isso, tome o cuidado de levar em conta o contexto. Tente usar a
ênfase para indicar (1) mudança de pensamento e (2) como se sente em relação ao
assunto sobre o qual está falando. Ao ler crie o hábito de enfatizar as palavras que
apóiam diretamente os argumentos.

4.4 - ÊNFASE NAS IDEIAS PRINCIPAIS

a) O que você deve fazer? Na leitura em voz alta, dar ênfase especial às idéias principais
de toda a matéria e não apenas e determinadas frases.

b) Por que é importante? Quando as idéias principais são enfatizadas, é mais fácil
lembrar-se da mensagem.

c) Como conseguir: Analise a matéria para identificar as idéias principais. Na leitura,


destaque as idéias principais lendo-as com mais entusiasmo ou sentimento, ou ainda
diminuindo o ritmo, conforme apropriado.

4.5 – VOLUME APROPRIADO

a) O que você deve fazer? Falar com suficiente intensidade de voz. Para determinar o
volume adequado, leve em conta: (1) o tamanho e as características da assistência (2)

27
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

barulhos que possam desviar a atenção (3) a matéria em consideração, e (4) o seu
objetivo.

b) Por que é importante? A menos que os presentes consigam ouvi-lo com facilidade,
existe a possibilidade de se distraírem e não entenderem a mensagem. Se falar alto
demais, poderão achar isso irritante e até desrespeitoso.

c) Como conseguir: Observe a reação dos ouvintes e fale de modo que o ouçam
confortavelmente. Aprenda a respirar enchendo a parte inferior dos pulmões.

4.6 – MODULAÇÃO

a) O que você deve fazer? Variar o som da voz. Este estudo trata das mudanças de
volume, ritmo e tom.

b) Por que é importante? A modulação correta da vida ao discurso mexe com as emoções
dos ouvintes e os estimula a agir. A falta de modulação pode dar a impressão de que o
orador não tem interesse no assunto.

c) Como conseguir: Ajuste o volume ao expressar ordens urgentes, forte convicção ou


condenações. Preste bastante atenção às partes do discurso onde é necessário aumentar
o volume da voz. Varie o ritmo falando mais rápido para expressar pontos secundários e,
mais devagar, para transmitir argumentos de peso e pontos principais. Para transmitir
entusiasmo, aumento o ritmo. Varie o tom, se for apropriado, para transmitir emoções e
sensibilizar os ouvintes. Nas línguas tonais, amplie ou diminua o campo de entonação. A
modulação começa com a seleção de idéias e informações para elaborar o discurso.

4.7 - ENTUSIASMO

a) O que você deve fazer? Falar de maneira animada, demonstrando que está
plenamente convencido do valor de sua mensagem.

b) Por que é importante? Seu entusiasmo ajudará a prender a atenção dos ouvintes e
também poderá motivá-los a agir. Se demonstrar entusiasmo pelo que diz, contagiará a
assistência.

c) Como desenvolver: Além de preparar as informações, prepare também o coração.


Dessa maneira, conseguirá envolver suas emoções no discurso.

Medite nos benefícios que seus ouvintes obterão dos pontos que abordará. Determine
que partes devem ser apresentadas com maior entusiasmo .

28
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Dê vida ao discurso e demonstre o que sente por meio de suas expressões faciais. Fale
com vigor.

4.8 - CORDIALIDADE E SENTIMENTO

a) O que você deve fazer? Falar de maneira que transmita suas emoções e que seja
coerente com o que estiver dizendo.

b) Por que é importante? É essencial para conseguir tocar o coração dos que nos
escutam.

C) Como conseguir: Em vez de se preocupar demais com as palavras, concentre-se no


desejo de ajudar os ouvintes. Expresse no tom da voz e nas expressões faciais à matéria.
Aprenda observando atentamente aqueles que falam de maneira expressiva.

4.9 - GESTOS E EXPRESSÕES FACIAIS

a) O que você deve fazer? Movimentar as mãos, os ombros ou o corpo inteiro para
expressar idéias, sentimentos e atitudes. Usar os olhos, a boca e a cabeça de uma forma
expressiva, para reforçar o que diz e para transmitir sentimentos.

b) Por que é importante? Gestos e expressões faciais dão mais ênfase visual e emocional
às palavras. Podem intensificar seus sentimentos e dar mais vida à voz.

c) Pontos a ter em mente: Os gestos e as expressões faciais mais eficazes são os que
vêm do coração. Observe como os outros gesticulam, mas não tente imitá-los nos
mínimos detalhes. Estude bem a matéria de seus discursos, procurando sentir e
visualizar o que está descrito. Então, use a voz, as mãos e as expressões faciais para
transmitir a informação.

4.10 - CONTATO VISUAL

a)O que você deve fazer ? Olhar nos olhos de alguns ouvintes durante poucos segundos,
se os costumes locais o permitir. Olhar para as pessoas individualmente e não apenas
para o grupo como um todo.

b) Por que é importante? Em muitas culturas, o contato visual é encarado como indicação
de interesse nos ouvintes e como prova de que o orador está convencido do que fala.

c) Como conseguir: Seja natural e amigável, e demonstre interesse genuíno nos


ouvintes. Ao ler, segure na mão os papéis e mantenha o queixo erguido para mover
apenas os olhos, sem precisar movimenta a cabeça.

4.11 - NATURALIDADE

29
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

a) O que você deve fazer? Ser você mesmo: espontâneo, sincero e despretensioso.

b) Por que é importante? Se ao falar você parecer nervoso, muito formal ou desajeitado,
por estar preocupado demais com a impressão que vai causar isto talvez distraia os
ouvintes.

c) Como conseguir: Fale normalmente. Concentre-se, não em si mesmo, e na


necessidade que as pessoas têm de aprender sobre ele. Na preparação de um discurso,
preste atenção às idéias do que às palavras. Ao proferir discursos e na conversa diária,
evite falar de forma desleixada e não use características de oratória para chamar atenção
para si mesmo.

4.12 - -BOA APARÊNCIA

a) O que você deve fazer? Usar roupa arrumada, asseada e modesta. Cabelo bem
penteado. A postura deve transmitir atitude compenetrada.

b) Por que é importante? Sua aparência pode influir em como outros encaram o seu
conteúdo e o que você representa.

c) Como conseguir: Verifique se sua roupa está limpa. Se seu cabelo está arrumado. Se
seu vestuário está apropriado para a ocasião.

Figura 7 – A importância da boa aparência

4.13 - EQUILÍBRIO

a) O que você deve fazer? Postar-se, movimentar-se e falar de modo calmo e


dignificante, que revele tranqüilidade.

b) Por que é importante? Se você mostra equilíbrio, é mais provável que os ouvintes se
concentrem no que diz , em vez de em sua pessoa .

30
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

c) Como conseguir: Prepare-se bem. Treine a apresentação em voz alta.

4.14 - ESCLARECER O VALOR PRÁTICO DA MATÉRIA

a) O que você deve fazer? Ajudar aos ouvintes a ver como a matéria afeta a vida deles,
ou como podem usá-la beneficamente.

b) Por que é importante? Se não puderem ver o valor prático do que você diz,as pessoas
talvez lhe digam que não estão interessadas, ou não prestem atenção , permitindo que a
mente vagueie .

c) Como conseguir: Ao preparar uma palestra, leve em conta não apenas a matéria, mais
também os ouvintes. Apresente-a de um modo que realmente os beneficie. Não se limite
a mostrar o valor prático apenas na conclusão. Deixe o evidente durante toda a palestra.

4.15 - APRESENTAÇÃO LÓGICA DA MATÉRIA

a) O que você deve fazer? Organizar a matéria de modo que fique claro como as idéias
se relacionam entre si e com as conclusões a que você chegar, ou com o objetivo que
pretende alcançar.

b) Por que é importante? As informações apresentadas de maneira lógica são mais fácies
para a assistência entender, aceitar e gravar.

c) Como conseguir?Pergunte-se: Qual é o meu objetivo? Está cada ponto principal


claramente relacionado com esse objetivo? Ao selecionar matéria, levei em conta as
necessidades dos ouvintes? Organizei a matéria de tal forma que os ouvintes possam
passar de um pensamento para outro sem lacunas que acharão difíceis de preencher?

4.16 - PROFERIMENTO ESPONTÂNEO

a) O que você deve fazer? Preparar bem as idéias do discurso, mas escolher as palavras
de forma natural no decorrer do proferimento.

b) Por que é importante? O proferimento espontâneo é o método de mais eficaz de


prender o interesse da assistência e motivá-la.

c) Como conseguir: Convença-se das vantagens do proferimento espontâneo. Em vez de


escrever todo o discurso, faça um esboço simples.

Prepare-se mentalmente para o proferimento, recapitulando cada ponto principal em


separado. Não se preocupe demais com palavras, concentre-se no desenvolvimento
lógico das idéias.

31
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

4.17 - ESTILO CONVERSANTE

a) O que você deve fazer? Falar como na conversa diária, porém adaptado aos ouvintes.

b) Por que é importante? O estilo conversante apropriado deixa os ouvintes à vontade e


ajuda-os a serem receptivos ao que se diz.

c)Como desenvolver essa qualidade : O primeiro passo é ter a atitude correta para com
os ouvintes . Encare-os como amigos, mas não seja informal demais. Trate-os com
respeito. Fale espontaneamente. Não tente usar a mesma fraseologia da matéria
impressa, mas exponha as idéias nas suas próprias palavras. Use sentenças curtas e
varie o ritmo. Concentre-se no desejo de se comunicar. Fale de coração. O importante é
a mensagem, não a impressão que você causa nos outros . Melhores a sua linguagem
diária. Ponha em prática, uma vez por vez, a sugestões dadas nesta página.

4.18 - ESTILO CONVERSANTE

a) O que você deve fazer? Falar como na conversa diária, porém adaptado aos ouvintes.

b) Por que é importante? O estilo conversante apropriado deixa os ouvintes à vontade e


ajuda-os a serem receptivos ao que se diz.

c)Como desenvolver essa qualidade : O primeiro passo é ter a atitude correta para com
os ouvintes . Encare-os como amigos, mas não seja informal demais. Trate-os com
respeito. Fale espontaneamente. Não tente usar a mesma fraseologia da matéria
impressa, mas exponha as idéias nas suas próprias palavras. Use sentenças curtas e
varie o ritmo. Concentre-se no desejo de se comunicar. Fale de coração. O importante é
a mensagem, não a impressão que você causa nos outros . Melhores a sua linguagem
diária. Ponha em prática, uma vez por vez, a sugestões dadas nesta página.

4.19 - QUALIDADE DA VOZ

a) O que você deve fazer? Melhorar a voz, não por imitar alguém, mas por respirar
corretamente e relaxar os músculos.

b) Por que é importante? A boa qualidade da voz ajuda os ouvintes a relaxar e a escutar
com prazer. A má qualidade da voz prejudica a comunicação e pode frustrar o orador e a
assistência.

32
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

c) Como conseguir: Faça exercício de respiração, enchendo a parte inferior dos pulmões.
Ao falar, relaxe os músculos da garganta, o pescoço, os ombros e o restante do corpo.

4.20 - FALAR COM CONVICÇÃO

a) O que pode fazer? Falar de um modo que revele plena convicção de que aquilo que
você diz é verdadeiro e importante.

b) Por que é importante? A sua convicção incentivará outros a considerar seriamente o


que diz e a aplicar o que ouvem.

c) Como conseguir: Fale com sentimento apropriado ao assunto. Use uma linguagem que
reflita convicção. Estude a matéria até entendê-la bem e poder apresentá-la em suas
próprias palavras. É preciso ter plena convicção de que ela é verdadeira e valiosa para os
ouvintes.

4.21 - REPETIÇÃO PARA DAR ÊNFASE

a) O que você deve fazer? Repetir os pontos que, em especial, você deseja que os
ouvintes gravem.

b) Por que é importante? Além de ser uma ajuda à memorização, a repetição pode ser
eficaz para destacar idéias principais e contribuir para que os ouvintes as entendam
claramente.

c) Quando repetir: Logo após mencionar um ponto importante, ou depois de explanar


cabalmente uma idéia principal. Na conclusão de sua conversa ou de seu discurso. Ao
discernir que os ouvintes estão achando difícil entender certo ponto-chave.

4.22 - DESTACAR OS PONTOS PRINCIPAIS

a) O que você deve fazer? Organizar e apresentar a matéria de um modo que os pontos
principais recebam atenção especial.

b) Por que é importante? Serve de ajuda à memorização, contribuindo assim para que os
ouvintes meditem na matéria e a apliquem.

c)Como destacar os pontos principais : Antes de escolher os pontos principais ,pense no


que os ouvintes já sabem a respeito do assunto e decida qual será seu objetivo .
Organize a matéria levando em conta esses fatores. Chame atenção a cada ponto
principal. Poderá enumerá-los, mencionar cada ponto antes de apresentar as idéias que o
apóiam, ou repeti-los depois de ter sido explanado.

33
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

4.21 - INTRODUÇÃO QUE DESPERTA INTERESSE

a) O que você deve fazer? Nas primeiras frases, dizer algo que capte a atenção da
assistência e contribua diretamente para alcançar o seu objetivo.

b) Por que é importante? A introdução pode determinar se certas pessoas vão escutar o
que se diz e com quanta atenção o farão.

c) Como conseguir: Leve em conta os ouvintes, suas circunstâncias, preocupações,


atitudes, ou o que já sabem do assunto.

4.22 - CONCLUSÃO EFICAZ

a) O que você deve fazer? Nas frases finais dizer algo para motivar os ouvintes a agir de
acordo com o que ouviram.

b) Por que é importante? O que se diz na conclusão em geral é lembrado por mais
tempo e influi na eficácia do próprio discurso.

c) Como conseguir? Certifique-se de que a conclusão se relacione diretamente com as


idéias já apresentadas. Mostre aos ouvintes como agir à base do que ouviram. Motive a
assistência tanto por meio do que diz como pelo modo de dizê-lo.

4.23 - CONTROLE E BOA DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO

a) O que você deve fazer? Limitar-se ao tempo concedido e distribuí-lo de forma


adequada em cada seção do discurso.

b) Por que é importante? É preciso reservar tempo suficiente para cada ponto principal. É
importante de que o evento termine no horário pré-determinado.

c) Como conseguir? Prepare-se bem e com bastante antecedência. Determine quanto


tempo será suficiente para cada parte do discurso e apegue-se a isso. Ensaie a
apresentação.

CAPÍTULO 05
5.0 - USO DE RECURSOS AUDIO-VISUAIS

Hoje em dia, muitas apresentações podem ser planejadas com recursos considerados
tradicionais ou com recursos tecnológicos

34
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Esses recursos auxiliam na obtenção de resultados positivos como apresentações mais


dinâmicas e que prendem mais a atenção dos alunos através de animação de textos e
figuras.

5.1 - Quadro

VANTAGENS DESVANTAGENS

Disponível em quase todos os locais Maçante quando usado em demasia

Desenvolvimento progressivo Prática exigida para o ―lay out”


durante a aula
Facilmente desordenável
Facilmente apagável
Tendência a escrever fora de nível
Fácil participação do aluno

• Método espontâneo.

• Bom para grupos pequenos (2 a 20 pessoas) em salas iluminadas.

• Desenhos e gráficos devem ser simples e de fácil cópia.

Dicas:

Cuidado com o giz e seu pó. (Quando for quadro negro)

Use cores para ênfase.

Escreva legivelmente.

Leia alto o que escreve. Mantém a atenção do grupo.

Não deixe muita coisa sempre escrita.

Limpe-o para a próxima apresentação.

35
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Escreva da esquerda para a direita, apagando-o na mesma seqüência.

5.2 - Retroprojetor

VANTAGENS DESVANTAGENS

Variedade de material disponível Distorção trapezoidal


para fazer transparências, com ou sem
Arranjo na sala onde se realizará a
máquina de copiar/impressora
projeção
O apresentador olha a turma de
Tendência a copiar figuras de
frente
manual ou livros que sejam pequenos
Sala iluminada demais para reproduzir uma transparência
legível
Progressivo

Baixo custo

Facilmente disponível. Facilmente


duplicado ou corrigido

Colorido ou preto-e-branco

Portátil

Durável

• Grupos pequenos e médios (2 a 50 pessoas) em sala escurecida ou não.

• Pode ser projetada em qualquer superfície clara.

36
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

• Bom meio informal.

• Fácil de preparar.

• Ideal para acesso aleatório.

• Permite ao apresentador olhar para os ouvintes todo o tempo.

Dicas:

Regras que concernem a linhas e cores do flipchart também aqui se aplicam.

Evite transparências de cópias de páginas digitadas. Se absolutamente necessário


use tipo de letra arial, com tamanho 20, no mínimo.

Considere a possibilidade de usar transparências superpostas.

Utilize cores, canetas para retroprojetor são facilmente encontradas.

Lembre-se de usar cartão adequado para tampar a transparência toda a vez que
não esteja em uso. Ou então desligue o projetor.

Coloque-as em molduras para facilitar o manuseio.

Mantenha-as em número reduzido.

Leve um indicador e se possível use-o na tela e não no aparelho.

Lembre-se de utilizá-la como o quadro-negro para efeitos de construção.

37
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

5.3 - Flipchart

VANTAGENS DESVANTAGENS

Fácil de preparar antes ou durante a Armazenagem


aula
Não muito durável
Desenvolvimento progressivo
Tendência do apresentador de os ler
durante a aula
para a turma
Seqüência flexível, pode folhear para
a frente e para trás

Folhas removíveis para colocar na


parede ou quadro-negro

Portátil

Colorido ou preto-e-branco

Atua como roteiro

• Uso recomendado em grupos pequenos (2 a 20 pessoas) e salas bem iluminadas.

• Bom meio informal.

• Facilmente preparável.

• Podemos ter acesso em qualquer ordem, embora seja usado numa seqüência
preparada.

Dicas:

Não mais de um ponto CHAVE por folha (pode conter até quatro sub-pontos).

38
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Tamanho da letra não deve ser menor que 3 cm.

Máximo de 4 linhas por folha (+ título) (expositivo).

Deixe amplo espaço entre as linhas para melhor legibilidade.

Assinale os pontos principais.

Identifique palavras principais com cores.

Não use cores demais.

Mude o tipo de letra.

Evite charts complicados ou ornamentados.

Mantenha-os no mínimo necessário.

Use folhas brancas entre certos charts que pudessem desviar a atenção.

Notas escritas levemente a lápis podem ajudar o apresentador.

Se os enrolar, o lado escrito deve ficar para fora.

Planeje sua posição relativamente ao auditório e pratique.

Tenha um chart de resumo no fim.

5.4 - Slides (35 mm)

39
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

VANTAGENS DESVANTAGENS

Controle remoto ou manual Tempo de produção e custo

Durável Armazenagem

Seqüência flexível Equipamento não prontamente


disponível
Atua como roteiro
Sala escura
Semelhante à vida real
Localização do projetor
Colorido ou preto-e-branco

• Recomendado para qualquer tamanho de grupo.

• Lembrar que em auditórios e grandes ambientes a tela deve ser de tamanho


adequado.

• Permite uso sincronizado com gravador, com trilha sonora previamente gravada e
bip sincronizador que troca o slide na hora certa.

• Ideal para apresentações de roteiro fixo, e quando usado sincronizado com


gravador dispensa apresentador qualificado, bastando apenas um operador do
equipamento.

Dicas:

Use bastante cores.

Use pouco textos.

Faça um roteiro antes de bater as fotos.

Procure fotografar cenas em que o objeto de destaque é o objeto que se quer


apresentar. Evite, por exemplo, fotografar um microcomputador sobre uma mesa, onde o
objeto em questão é a mesa.

Cuidado com fotos escuras ou fora de foco.

Utilize macro-fotos de detalhes quando necessário.

Utilize ―grande-angular‖ quando quiser dar idéia de universo em salas pequenas.

Evite slides de pessoas em posições inadequadas ou gestos não estáticos.

40
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Use slides preto-e-branco, quando quiser das idéia de foto antiga.

Não use filtros ou lentes especiais, que geral efeitos diferentes, pois o atrativo da
foto pode ser o efeito e não o objeto fotografado.

Mantenha os slides numerados e identificados.

Coloque os slides, na ordem, no magazine antes da apresentação e assista pelo


menos uma vez a seqüência.

5.5 - Filme

VANTAGENS DESVANTAGENS

Movimentação Custo

Semelhante à vida real Tende a distrair a turma

Normalmente bem apresentado e O filme ―certo‖ nem sempre é


organizado possível

Bom para introdução ou resumo Sala escura

Traz ―coisas‖ para a aula, o que seria


impossível de outra forma.

Colorido ou preto-e-branco

41
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Recomendado para grupos grandes, porém em sala adequada para projeções.

Dicas:

Procurar obter os filmes adequados na filmotecas e/ou empresas distribuidoras de


filmes.

Procurar conseguir um bom operador para o projetor, pois a inexperiência de


operação destes equipamentos costuma prejudicar a apresentação, ou até danificar o
filme.

5.5 – Regras para um slide simples e atraente

1 – Crie um ponto por slide

2 – Evite o uso excessivo de cores

3 – Evite o exagero de informações por slide

4 – Evite o uso excessivo de diferentes fontes

5 – Escolha texto em caixa baixa. É mais fácil de ler

6- Evite texto pequeno demais

7 - Utilize menos textos e mais imagens

42
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Figura 8 – Slide com muito texto e com pouco texto.

5.5.1 – Análise critica

Logotipo em todos os
slides

43
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Titulo do texto em caixa


alta

Excesso de conteúdo,
cores e falta de espaço

44
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Excesso de imagens e uso


de cliparts (preferível o
uso de fotos)

Bibliografias: Técnicas de apresentação – Roberto Cabral de Mello Borges


Técnicas de treinamento de adultos – Alfredo Bischoff
Beneficie-se da Escola do Ministério Teocrático

45

Você também pode gostar