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Teoria histórica da arte

 A teoria histórica da arte é uma teoria não essencialista.


As teorias não essencialista definem a arte como um algo
extrínseco à própria obra de arte.
 As teorias históricas da arte defendem que a arte é um
fenómeno totalmente dependente da sua história.
A teoria histórica da arte foi apresentada pelo filósofo
Jerrold Levinson (1948).
 A teoria Histórica de Levinson mostra que a essência da
arte reside no seu caracter histórico ou retrospetivo. A
Teoria Histórica apresenta uma definição do real de arte
que é simultaneamente processualista e relacional.
 Levinson defende assim que a natureza da arte reside em
propriedades não manifestas associadas ao modo como se
processa a sua criação e que estas podem ser entendias
como separadamente necessárias e conjuntamente
suficientes para haver arte em qualquer circunstância
possível.
 Segundo Levinson, a arte é necessariamente
retrospetiva, uma vez que a criação artística estabelece
uma relação apropriada com a atividade e o
pensamento humano que se traduziram na história
efetiva da arte. É essa relação que determina aquilo que a
arte é, o seu carácter ontológico, e explica a unidade da
arte através do tempo.

Segundo as teorias históricas, o que define a arte é o facto de


todas as obras de arte se relacionarem com as anteriores.
Algo é arte se, e só se, alguém com direitos de propriedade sobre
uma obra tem a intenção não passageira de que esta seja
perspetivada com obras de arte anteriores.

Condições necessárias:

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o Direito de propriedade sobre o objeto em questão (o
artista não pode transformar em arte objetos que não
lhe pertencem).
o Intenção duradoura ou séria (não pode ser
passageira ou meramente ilustrativa).
o Historicidade, a existência de precedentes
históricos (o artista pretende criar obras que sejam
vistas como o foram obras do passado).

Um exemplo que vai de acordo com a tese é a Capela Sistina. O


teto da Capela Sistina foi pintado por Michael Angelo a mandado
do Papa Julio II, ou seja, teve permissão para o fazer o que
suporta a cndição da "propriedade". Ainda pintou com o objetivo
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de ser reconhecido como algo artistico e que ficasse marcado na
história, por ser um edifício realmente valoroso (importante),
assim suportando a condição de "intenção duradoura". Por fim foi
pintado no seculo XV, na época renascentista, assim inspirado na
antiga arte grega e romana suportando a condição necessária da
historicidade.

Toque da Criação de Michael Angelo


Objeções:

 Objeção à condição necessária que se refere ao direito


de propriedade: Os artistas podem não ter o direito de
propriedade sobre algumas obras.
Exemplos: Os graffiters que fazem criações artísticas

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em paredes de edíficios, muros … que não lhes
pertencem;

Também podemos dar o exemplo de que se, o quadro da


MonaLisa não fosse um quadro e apenas tivesse sido algo
pintado numa parede, já não seria considerado arte.

 Objeção a condição necessária da intencionalidade:


Há obras de arte que não foram criadas com a intenção
não passageira de que fossem encaradas como as obras
de arte precedentes.
Exemplos: A arte naïf, que é uma arte que apenas
serve para expressão pessoal. Como por exemplo,
Alfred Wallis que pintava sem o objetivo das pinturas
serem reconhecidas.

O navio azul,
Alfred Wallis

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?
app=desktop&v=_r7tpQU-ya4

Trabalho realizado por:

4
Beatriz Matos nº3
Carolina Costa nº7
Joana Dias nº19

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