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Elisa Matos
2019/20
Texto de Autor
Para Levinson:
Algo é arte se, e só se, alguém com direitos de propriedade sobre isso tem a intenção
séria de que seja encarado da mesma forma como foram corretamente encarados
outros objetos abrangidos pelo conceito de «obra de arte»
Segundo Levinson, para que um objeto seja obra de arte, não se exige que o artista
tenha consciência de que a sua intenção tem bons precedentes na história da arte,
basta que esses precedentes, de facto, existam. O que quer dizer que o criador pode
nem sequer ter consciência de que aquilo que produziu é obra de arte.
Um desses requisitos é o de que a intenção em causa seja uma intenção séria. Isto
quer dizer que, qualquer que seja a intenção por detrás da criação, ela não pode ser
momentânea, passageira ou meramente ilustrativa. Por exemplo, para ilustrar esta
teoria o professor poderia sugerir aos seus alunos que tinha a intenção de que a sua
caneta fosse encarada como um ready-made, isto é, um objeto do quotidiano ao qual
foi atribuído o estatuto de obra de arte com o intuito de desafiar a compreensão do
conceito de arte. Ora, como os ready-made são obras de arte e alguns deles foram
concebidos com essa intenção, isso significa que existem bons precedentes históricos
e, por conseguinte, pode parecer que a teoria histórica está condenada a considerar
que o professor acabou de criar uma obra de arte. Contudo, uma vez que a intenção
do professor era meramente ilustrativa, e não uma intenção séria, não se pode dizer
que o professor tenha efetivamente criado uma obra de arte.
possível explicação para o facto de esta tentativa não ter sido bem-sucedida pode ser
precisamente o facto de Duchamp não ter direitos de propriedade sobre o edifício.
Contraexemplo 1
Objeções
Não explica por que razão a primeira obra de arte é considerada arte
É demasiado inclusiva
É demasiado exclusiva