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Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

Curso de Pós-graduação de Enfermagem em Terapia Intensiva e Alta Complexidade


Módulo - Cuidado de Alta complexidade ao paciente com afecções renais
Data –
Profª: Fabiana Lira
Alunos:
AVALIAÇÃO

1 - Classifique o caso como IRA ou IRC e justifique sua resposta.

2 - Defina a modalidade dialítica.

3 - Identifique os fatores predisponentes se houver (histórico que compromete a função


renal) e iatrogênicos (desenvolvidos após a internação hospitalar) que podem levar a
disfunção renal.
4 - Identifique os sinais e sintomas da síndrome urêmica. Justifique a resposta.

5 - Elabore uma prescrição de enfermagem. Justifique a resposta.

CASO

M.F.S., 30 anos, puérpera de 02 meses deu entrada na UTI com história de colelitíase,
realizou videolaparoscopia, evoluindo no POI com pancreatite aguda. Realizou
tomografia com contraste.
Paciente refere náuseas, vômitos, desorientação, cursou com hipotensão, sendo
introduzido noradrenalina 15ml/h. Evoluiu na madrugada com piora do padrão
ventilatório sendo instalada máscara de Venturi 50% sem melhora clínica, sendo
substituída por máscara não-reinalante.
Rx com derrame pleural e infiltrado bilateral. Apresentou diurese de 250 ml /24h sem
estímulo diurético, com BH de + 1177 ml. Afebril todo o período.

Exames laboratoriais:

Leuco - 12500-> 9500-> 21900-> 34600, com desvio.


Creatinina – 1,3 -> 1,4 -> 2,4 -> 2,1
Uréia – 69 -> 83 -> 98 -> 256
Potássio – 5,7 -> 4,5 -> 5,3 -> 7,2
Sumário de urina – Proteinúria 75, 02 Eritrócitos por campo e 02 Leucócitos por campo.
Obs. Evolução dos exames laboratoriais.

Sinais Vitais:
PA – 95 x 43 mmHg
FC – 120 bat/min.
T – 35 C

Respostas:
1- Paciente apresenta quadro de Insuficiência Renal aguda. Sendo evidenciado através
da diminuição do débito urinário (Oligúria), alterações bioquímicas (como a
hiperpotassemia, aumento do nível sérico de creatinina e de ureia) de forma súbita
caracterizando uma IRA.

2- Pode ser utilizado o SCUFF ou hemodiafiltração venosa (CVVHDF), já que a diálise


peritoneal não é indicada para casos recentes de manipulação abdominal, pois se trata de
uma puérpera e não sabemos o histórico sobre o parto.

3- Como relatado no histórico, a paciente possui quadro de colelitíase e pancreatite


aguda que são fatores predisponentes para a ocorrência de uma injúria renal. E o
desenvolvido após a internação, é uma possível intoxicação ou reação alérgica pelo
contraste da TC, aumentando a possibilidade da IRA.

4- A paciente apresenta vômitos, hematúria, náusea e oligúria, sendo produzidas pela


lesão renal. A síndrome urêmica é caracterizada por uma tríade, onde o paciente já
apresenta a IRA, uma possível anemia e uma trombocitopenia, havendo maior risco de
hemorragias

5- Monitorar o peso do paciente antes e após a CVVHDF (Hemodiálise)


Manutenção do acesso venoso de 4 em 4 horas
Inspecionar a pele, monitorar sinais flogísticos
Monitorar alterações bioquímicas antes e após a modalidade dialítica
Ofertar oxigenoterapia SN
Avaliar SSVV
Quantificar e registrar o débito urinário
Preencher e avaliar o balanço hídrico de 6 em 6 horas
São medidas necessárias para uma resposta significativa na evolução do paciente em
acometimento renal.

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