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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOCE – UNIVALE

Medicina
Hanna Clara Souza Stein; Luís Gustavo de Freitas Fonseca.

RELATO DE CASO DO MÓDULO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA I


(INJÚRIA RENAL AGUDA)
MÓDULO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA I (9º PERÍODO).

Governador Valadares
2022
Relato de Caso: Injúria Renal Aguda

Hanna C. S. STEIN; Luís G. F. FONSECA.

UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE (UNIVALE)

Palavras Chave: "Injúria Renal Aguda", “nefropatia”, "função renal”

Introdução: A insuficiência renal aguda é caracterizada por uma diminuição abrupta da


função renal, em horas ou dias. É relacionada, principalmente, com a diminuição do ritmo de
filtração glomerular (RFG) e/ou volume urinário, além de vir associada a um distúrbio
hidroeletrolítico, ácido-básico, afetando a homeostase do corpo. A história clínica é de suma
importância para estabelecer causas subjacentes, fatores de risco e a gravidade, a depender do
acometimento da função renal, sendo frequentemente inespecífico e mascarado pela doença
de base. Objetivo: Relatar um caso de IRA em investigação. Foram coletados dados clínicos
e de exame físico durante sua internação, foram analisados exames laboratoriais.
Metodologia: As informações do relato de caso foram obtidas pela revisão de prontuário,
entrevista com o paciente e revisão de literatura através das bases de dados Scielo, PubMed e
Medline, utilizando descritores e avaliando artigos entre os anos de 2002 a 2020. Relato de
caso: Paciente, sexo masculino, 35 anos, deu entrada na unidade de pronto atendimento com
queixa de dor abdominal e emese. Apresentava-se com pressão arterial: 220x130mmHg.
Evoluiu com alterações das escórias nitrogenadas (Uréia: 235mg/dL e Creatinina:
24,23mg/dL), acidose metabólica, distúrbios hitroeletrolíticos, necessitando de hemodiálise.
Conclusão: Observa-se que o diagnóstico é determinado através de uma revisão laboratorial,
e, sabe-se que a melhora da função renal é de suma importância para um bom prognóstico do
paciente, visto que episódios de IRA podem determinar cicatrizes renais, consequentemente a
progressão da doença, reduzindo expectativa e qualidade de vida. Dessa forma, é de suma
importância se realizar diagnóstico precoce para elaboração de uma conduta exitosa, e, agir na
atenção primária, visando eliminar fatores de risco para aparecimento da condição.
ANEXO 1: CASO NA ÍNTEGRA:
ID: J.F.G, sexo masculino, 35 anos, residente de Governador Valadares, veio desacompanhado.

Triagem da Enfermaria: Temperatura ºC (35,8); SpO2 (não aferida); FC (não aferida); PA


(não aferida); Glicose (não aferida); Peso kg (não mensurado);
Classificação (Protocolo de Manchester): Verde - Pouco Urgente.

QP: “Dor do lado na barriga e vômitar tudo que come”;

HDA: Paciente relata que iniciou com um episódio de êmese há 07 dias, acompanhado de
diarreia, dor abdominal em região de flancos e astenia. Porém nega febre ou outros sinais de
alarme como presença de sangue em vômito ou fezes.

HPP: HAS em investigação (secundária ?) em uso irregular de enalapril, anlodipino e


furosemida. Nega alergia medicamentosa.

HF: Problemas renais.

EF: BEG, LOTE, colaborando com examinador, Glasgow 15, hidratado, corado, anictérico e
acianótico, BNF RR em 2T sem soporos, MVUA s/ RA.

Sinais Vitais: Sat (98% em a.a.), FC (82 BPM), PA (220x130 mmHg).

CD:
1) Solicito RL;
2) 2 cp de Captopril 25 mg VO AGORA;
3) Ondasertona 1 ampola + ABD, EV AGORA;
4) Reavaliação da PA;

Reavaliação 22:47: Paciente relatando melhora da dor abdominal, diarreia e astenia, porém
PA se mantém alta (240x160 mmHg). BEG, LOTE, anictérico, corado, hidratado, sem sinais
de dor.
Exames Laboratoriais (26/09): Potássio (4,5); Sódio (129); Hemácias (2,59); Hemoglobina
(7,7); Hematócrito (21,3); VCM (82,2); HCM (29,7); CHCM (36,2); RDW (13); Leucócitos
(7.626); Plaquetas (83.980); PCR (<6); TGP (3); Ureia (253); Creatinina (26,06); TGO (13);
EAS (Urato amorfo ++).

CD:
1) 2 cp de Captopril 25 mg VO AGORA
2) SF 0,9% 500 mL + buscopam composto 1 ampola + nausedron 1 ampola.
3) SF 0,9% 500 mL + 1 ampola de complexo B.
4) Reavaliação médica - Considerar internação para hemodiálise e/ou nova revisão
laboratorial (erro de laboratório ?).

Reavaliação 12:15: Recebo resultado de exames; Paciente já sendo avaliado por nefrologista,
com patologia à esclarecer, deu entrada com PA elevada, em emergência hipertensiva. No
momento PA (150x90). Exames laboratoriais liberados ontem às 20:33 horas, segundo a
equipe, solicitada revisão laboratorial. Paciente no momento em BEG, normocorado,
hidratado, LOTE e estável hemodinamicamente. PA (150x90 mmHg), FC (85 BPM), Sat O2
(97%).

Laboratório 27/09/2022: Creatinina (24,23), Ureia (235), PCR (48), Potássio (3,9), Sódio
(125), Hemoglobina (7,8), Leucócitos (8.279), Plaquetas (77.960).

HD: Paciente em urgência dialítica.


CD: Realizo contato com a Dra. Alany (residente de nefrologia) a qual comparece à UPA e
decide iniciar hemodiálise (3 sessões à princípio) sendo assim internado e transferido à
nefrologia.
ANEXO 2: INTERNAÇÃO HOSPITALAR:

ANEXO 3: PRESCRIÇÃO NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DE BARROSB, Elvino José G. et al. Insuficiência renal aguda: diretriz da Sociedade


Brasileira de Nefrologia. J Bras Nefrol, v. 24, n. 1, p. 37-9, 2002.

DE SOUSA RODRIGUES, Mateus. Hipertensão renovascular: A importância da sua


identificação clínica na abordagem da hipertensão arterial sistêmica (HAS). Rev Med Minas
Gerais, v. 2019, n. 29, 2038.

GUIROLA, Katy Maday Cruz. FACTORES DE RIESGO DE ENFERMEDAD RENAL


CRÓNICA EN PACIENTES HIPERTENSOS.

NUNES, Tiago Ferolla et al. Insuficiência renal aguda. Biblioteca Escolar em Revista, v. 43,
n. 3, p. 272-282, 2010.

YU, Luis et al. Insuficiência renal aguda. J. Bras. Nefrol., v. 29, n. 1 suppl. 1, p. -, 2007.

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