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Versão 2.1
2010,
c 2006, 1998
Maria Antónia Carravilla
José Fernando Oliveira
FEUP
Planeamento e Controlo de Projectos
Noções gerais sobre Planeamento e Controlo de
Projectos
Definição de Projecto
Conjunto de actividades inter-relacionadas cuja realização procura satisfazer
um conjunto de objectivos organizacionais.
• construção de um edifı́cio;
• lançamento de um novo produto no mercado;
• organização de uma exposição.
Projecto
• Caracterı́sticas:
– duração limitada;
– singularidade, como resultado da especificidade dos objectivos a
atingir; das actividades a realizar; dos recursos necessários e/ou
disponı́veis e da organização encarregada de o levar a cabo.
• Objectivo fundamental
– completá-lo a tempo
– com um custo tão baixo quanto possı́vel
Planeamento e Controlo de Projectos
• Planeamento
– identificação e caracterização de objectivos, actividades, recursos
disponı́veis e necessários
– definição e proposta de um plano de actuação
• Controlo
– detecção e interpretação de desvios relativamente ao planeado
– desencadeamento de medidas correctivas (refazer dinamicamente o
plano)
Fases do Planeamento e Controlo de Projectos
• iniciação do projecto
• planeamento
• arranque da execução das actividades
• execução das actividades
• recolha de informação
• avaliação dos resultados
• alteração do plano
• termo do projecto
• processamento de informação e arranque de novos projectos
Representação Gráfica de Projectos
• Necessidades
– conhecimento detalhado dos trabalhos a realizar
– identificação das actividades nas quais o projecto se decompõe
• Caracterização das actividades :
– interdependência em relação a outras actividades (relações de
precedência)
– duração
– utilização de recursos
– custo de execução
Representação Gráfica de Projectos – Exemplo
5 10 15 20 25
Tempo
(semanas)
Representação Gráfica de Projetos
Redes com actividades nos arcos
1 A 3 C 5
2 B 4 D 6
A e B são actividades distintas paralelas, mas não podem ser definidas pelo
mesmo par de nós (i,j).
3
A
1
B
2
Representação gráfica de Projectos
Exemplo - Rede com actividades nos arcos
4 E 7
D
2 K 8 F
A B C L
1 5 9 M 10
G I J
3 H 6
Representação gráfica de Projectos
Exemplo - Rede com actividades nos nós
D E F
A K
L M END
B C
START I
G H
Representação gráfica de Projectos
Redes com actividades nos nós
B
FS (finish/start) - inı́cio de B depende do fim de A.
A
B
SS (start/start) - inı́cio de B depende do inı́cio de A.
A
B
FF (finish/finish) - fim de B depende do fim de A.
Método CPM
ESi - earliest start | EFi - earliest finish
ESi i EFi
k di
ESn n EFn
dn
6 D 8 8 E 12 12 F 22
2 4 10
0 START 0 0 A 6 6 B 10 10 C 17 17 L 20 20 M 25 25 END 25
0 6 4 7 3 5 0
0 I 13 6 K 15
13 9 ES X EF
d
0 G 2 2 H 12 13 J 19
2 10 6
Método CPM
LFi - latest finish | LSi - latest start
LSm LFm
i
di k
LFi n
dn
LSn LFn
6 D 8 8 E 12 12 F 22
2 4 10
9 11 11 15 15 25
0 Início 0 0 A 6 6 B 10 10 C 17 17 L 20 20 M 25 25 Fim 25
0 6 4 7 3 5 0
0 0 0 6 6 10 10 17 17 20 20 25 25 25
0 I 13 6 K 15
13 9 ES X EF
1 14 8 17 d
LS LF
0 G 2 2 H 12 13 J 19
2 10 6
2 4 4 14 14 20
Método CPM
T Si - total slack | F Si - free slack
Total Slack máximo atraso que o termo de uma actividade pode sofrer (em
relação à sua data mais próxima de conclusão EF ), sem que
isso implique um atraso no projecto.
T Si = LFi − EFi
Free Slack máximo atraso que o termo de uma actividade pode sofrer (em
relação à sua data mais próxima de conclusão EF ), sem
impedir que as actividades subsequentes possam ter inı́cio nas
respectivas datas de inı́cio mais próximas.
ESm m EFm
FSm dm TSm
LSm LFm
ESi i EFi
FSi di TSi k
Note-se que: F Si ≤ T Si
Método CPM
Exemplo – T Si - total slack | F Si - free slack
6 D 8 8 E 12 12 F 22
0 2 3 0 4 3 3 10 3
9 11 11 15 15 25
0 START 0 0 A 6 6 B 10 10 C 17 17 L 20 20 M 25 25 END 25
0 0 0 0 6 0 0 4 0 0 7 0 0 3 0 0 5 0 0 0 0
0 0 0 6 6 10 10 17 17 20 20 25 25 25
0 I 13 6 K 15
0 13 1 2 9 2 ES X EF
1 14 8 17 FS d TS
LS LF
0 G 2 2 H 12 13 J 19
0 2 2 1 10 2 1 6 1
2 4 4 14 14 20
Método CPM
Resumo - earliest start
M 1 5 X
16
1º 2 I
max(1, 2) = 2 3
N 2 6 Y
19
ES X EF
FS d TS
LS LF
Método CPM
Resumo - earliest finish
M 1 5 X
2+3=5
16
2º
2 I 5
3
N 2 6 Y
19
ES X EF
FS d TS
LS LF
Método CPM
Resumo - latest finish
M 1 5 X
16
2 I 5 min(16, 19) = 16
3
16 3º
N 2 6 Y
19
ES X EF
FS d TS
LS LF
Método CPM
Resumo - latest start
M 1 5 X
16
2 I 5
3
13 16
4º
N 2 16 - 3 = 13 6 Y
19
ES X EF
FS d TS
LS LF
Método CPM
Resumo - total slack
M 1 5 X
16
2 I 5
3 11
13 16
5º
N 2 6 Y
16 - 5 = 11
19
ES X EF
FS d TS
LS LF
Método CPM
Resumo - free slack
M 1 min(5, 6) - 5 = 0 5 X
6º
16
2 I 5
0 3 11
13 16
N 2 6 Y
19
ES X EF
FS d TS
LS LF
Método CPM
Caminho Crı́tico
Caminho mais longo (demorado) que liga o nó INÍCIO ao nó FIM.
O caminho crı́tico determina a duração possı́vel do projecto e é constituı́do
pelas actividades crı́ticas.
As actividades crı́ticas têm uma folga total igual a zero.
Método CPM
Exemplo - Caminho crı́tico
6 D 8 8 E 12 12 F 22
0 2 3 0 4 3 3 10 3
9 11 11 15 15 25
0 START 0 0 A 6 6 B 10 10 C 17 17 L 20 20 M 25 25 END 25
0 0 0 0 6 0 0 4 0 0 7 0 0 3 0 0 5 0 0 0 0
0 0 0 6 6 10 10 17 17 20 20 25 25 25
0 I 13 6 K 15
0 13 1 2 9 2 ES X EF
1 14 8 17 FS d TS
LS LF
0 G 2 2 H 12 13 J 19
0 2 2 1 10 2 1 6 1
2 4 4 14 14 20
Bibliografia
A D F Fim
8 9 11 0
Início B G H
0 8 9 12
C
6
Estas tarefas têm que ser levadas a cabo de uma forma organizada e respeitando algumas precedências entre
elas. A sua duração não é determinı́stica, mas a experiência acumulada de outros centros comerciais permite
estabelecer que a duração de cada atividade segue uma distribuição normal com média e desvio-padrão
conhecidos.
Variáveis de decisão
• ri , compressão de cada actividade i.
Variáveis auxiliares
• xi , inı́cio de cada actividade i.
Função objectivo
P
• Minimizar os custos totais de compressão das actividades: min i c i ri .
Restrições
• Para cada actividade i, a sua compressão ri deverá ser ≤ à compressão máxima Ri ;
• Para cada par de actividades i e j, em que j só pode ter inı́cio imediatamente após o fim de i,
xj ≥ xi + (di − ri );
• O projecto deve ter uma duração inferior ou igual a D, xF IM ≤ D, onde xF IM é uma actividade
fictı́cia, com dF IM = rF IM = 0, que encerra o projecto.
• O projecto inicia-se em 0. xIN I = 0, onde xIN I é uma actividade fictı́cia, com dIN I = rIN I = 0, que
corresponde ao inı́cio do projecto.
(folha de cálculo)
O projeto representado na figura, cuja
duração mı́nima é de 38 dias, deverá estar
concluı́do em 34 dias. Pretende-se identi- A C
ficar a estratégia que conduzirá, com um
custo mı́nimo, à redução pretendida na Início F Fim
duração do projeto.
B D E
A informação necessária para analisar a
redução do tempo de realização do pro-
jeto está representada na tabela seguinte:
Duração (dias) Custo (€)
Com máxima Compressão Com máxima Custo por dia de
Actividade i Normal Normal
compressão máxima compressão compressão
di di-Ri Ri ci
INI 0 0 0 - € - € - €
A 6 4 2 400 € 600 € 100 €
B 9 7 2 700 € 850 € 75 €
C 8 7 1 600 € 750 € 150 €
D 7 6 1 500 € 600 € 100 €
E 10 8 2 800 € 1.000 € 100 €
F 12 9 3 1.000 € 1.600 € 200 €
FIM 0 0 0 - € - € - €
CPM custos – Exemplo 1 – Modelo de PL
ri ≤ Ri
rIN I ≤ 0 xj ≥ xi + (di − ri )
ra ≤ 2 xa ≥ xIN I + (0 − rIN I )
rb ≤ 2 xb ≥ xIN I + (0 − rIN I )
rc ≤ 1 xc ≥ xa + (6 − ra )
rd ≤ 1 xd ≥ xa + (6 − ra )
re ≤ 2 xc ≥ xb + (9 − rb )
rf ≤ 3 xd ≥ xb + (9 − rb )
rF IM ≤ 0 xf ≥ xc + (8 − rc )
xe ≥ xd + (7 − rd )
xF IM ≤ 34 xf ≥ xe + (10 − rd )
xIN I = 0 xF IM ≥ xf + (12 − rf )
ri ≥ 0∀i
CPM custos – Exemplo 1 – Uma solução óptima
Variáveis de decisão ri , compressão de Variáveis auxiliares xi , inı́cio de cada ac-
cada actividade i tividade i
rIN I = 0 xIN I = 0
ra = 0 xa = 0
rb = 2 xb = 0
rc = 0 xc = 7
rd = 1 xd = 7
re = 1 xe = 13
rf = 0 xf = 22
rF IM = 0 xF IM = 34
P
Valor da função objectivo i ci r i = 350
CPM custos – Exemplo 2
(folha de cálculo)
Início H
E 3 7
B G
0 8 9 12
F 1 5
C
6
G 7 5
H 8 7
Planeamento de Recursos em Projectos
Planeamento de Recursos
CPM
Sistema sequenciado de actividades que se analisa no tempo, para que se
atinja o fim do projecto no tempo mais curto possı́vel.
Mas também é necessário economizar os recursos disponı́veis.
Recursos
Meios humanos, equipamentos e materiais necessários para o
desenvolvimento de um projecto.
Na maioria das situações reais, os recursos impõem restrições à forma como
cada projecto deve ser conduzido.
Planeamento de Recursos
• Recursos acumuláveis
– materiais
– energia
– permitem a constituição de stocks que alimentam as necessidades do
projecto ao longo do seu desenvolvimento.
• Recursos não acumuláveis
– meios humanos
– equipamentos
– a sua não utilização durante algum tempo implica uma perda
irrecuperável a que está associado um custo.
Planeamento de Recursos não acumuláveis
• Regularização
Quando o custo de um recurso depende apenas da duração do projecto e
do seu pico de utilização (por exemplo, equipamento deslocado para um
estaleiro), o problema pode ser enunciado da seguinte forma:
Dado um prazo (pelo CPM por exemplo), minimizar o pico de
utilização do recurso.
• Nivelamento
Se a disponibilidade do recurso ao longo do tempo for limitada,
considera-se em geral o problema pode ser enunciado da seguinte forma:
Dado um nı́vel de recurso, minimizar o prazo de execução do
projecto.
Exemplo – Rede do Projecto
0 A 1 1 D 3 3 J 5
0 1 2 0 2 4 4 2 4
2 2 3 5 1 7 7 2 9
1 E 4
0 3 2
3 2 6
0 START 0 0 B 2 2 F 3 4 I 6 8 M 9 9 END 9
0 0 0 0 2 3 1 1 3 2 2 2 0 1 0 0 0 0
0 0 0 3 2 5 5 3 6 6 4 8 8 3 9 9 0 9
2 G 4
4 2 4 ES X EF
6 2 8 FS d TS
LS r LF
0 C 2 2 H 4 4 L 8
0 2 0 0 2 0 0 4 0
0 2 2 2 3 4 4 2 8
Exemplo – Calendário e diagrama de recursos para as
datas mais cedo
Regularização – uma heurı́stica
1. fixar R, máximo de unidades de recurso disponı́veis
2. fixar inı́cio de actividades crı́ticas
3. subtrair as unidades de recurso correspondentes às actividades crı́ticas nos perı́odos
correspondentes à sua duração
4. determinar t, primeiro perı́odo com capacidade disponı́vel
5. determinar folgas totais relativamente a t, das actividades que se podem iniciar em
t1 ≤ t e que ainda não foram colocadas
6. se alguma folga total < 0
(a) aumentar R, máximo de unidades de recurso disponı́veis
(b) voltar a 4
7. se todas as folgas totais ≥ 0
(a) construir lista ordenada (segundo REGRAS), com actividades que se podem
iniciar em t1 ≤ t e que ainda não foram colocadas
(b) marcar inı́cio das actividades pela ordem da lista, enquanto houver recurso
disponı́vel
(c) voltar a 4
Regularização – Regras
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
L
M
12
recurso
10
8 8
G
6
D
A E G
4 E I J
F
B J
2
H M
C L
2 4 6 8 10 12
tempo
tmin = 9
Nivelamento – uma heurı́stica
3. se alguma folga total < 0, alterar Latest Finish correspondente para que folga total
=0
4. construir lista ordenada (segundo REGRAS), com actividades que se podem iniciar
em t1 ≤ t e que ainda não foram colocadas
5. marcar inı́cio das actividades pela ordem da lista, enquanto houver recurso disponı́vel
6. voltar a 1
Exemplo – Resultado do Nivelamento
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
L
M
12
recurso
10
6
5 D
4
H F
A B G J
2 I
M
C E L J
2 4 6 8 10 12
tempo
tmin = 13
Bibliografia