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1. Introdução
Um projecto é um conjunto de actividades relacionadas que devem ser executadas em
determinada ordem antes que a tarefa inteira seja completa, para satisfazer um conjunto
de objectivos organizacionais.
Algumas das características de um projecto são:
Cada projecto tem um objectivo singular;
Um projecto tem vida limitada: tempo e recursos são limitados;
Utiliza recursos e tem custos;
Objectivo fundamental: completar “a tempo” com menos custos;
A gestão de projectos pode ser definida como planear, dirigir e controlar recursos
(pessoas, equipamentos, materiais) para satisfazer as restrições técnicas de custo e de
tempo do projecto.
Sendo assim, podemos distinguir três funções principais de um projecto: função
planeamento, execução e controle.
1. Planeamento: identificação e caracterização dos objectivos, das actividades,
recursos disponíveis e outras necessidades a reunir para realizar o projecto;
2. Execução: realização das diferentes actividades, operações pré – definidas e o seu
respectivo acompanhamento;
3. Controle: identificação e análise dos desvios relativamente ao planeado,
desencadear medidas correctas no projecto, podendo estas levar a modificações na
forma de realização do projecto ou não.
Para assegurar correctamente a realização dessas funções é necessário:
Definir de maneira bem precisa o projecto;
Designar em seguida um responsável do projecto ao qual será prestada
informação da evolução do mesmo e que deverá tomar as decisões importantes;
Analisar o projecto por grupos de operações para ter uma ideia relativamente
precisa de acordo e de todas as ramificações do projecto;
Detalhar os diferentes grupos de operações, indicando o momento e a duração em
que cada grupo terá a sua actuação;
Avaliar os custos por actividades e do projecto em geral;
Realizar controlos periódicos para verificar se o sistema não está sofrendo desvios
e tomar decisões correctas se tal ocorrer.
Para cada projecto, é necessário definir um conjunto de objectivos, i.é, o melhor
programa de utilização dos recursos de modo a satisfazer o melhor possível as
necessidades dos clientes desde os meios humanos, materiais, financeiros até ao prazo
planeado. Para estabelecer este programa será necessário ter em conta um conjunto de
factores aos quais a empresa ou organização está submetida no quadro da sua política de
produção ou prestação de serviços, tais como:
Minimização de todos tipos de stock;
Minimização dos custos;
Diminuição do comprimento dos prazos das operações;
Tornar o produto acabado de melhor qualidade em maior quantidade;
Plena utilização dos recursos, etc.;
Como a correlação de certos elementos é contraditória, torna-se necessário o seu
balanceamento para deliberar o programa com menos riscos.
Para organizar e gerir as diferentes fazes de um projecto, torna-se necessário usar uma
representação gráfica através de diferentes métodos.
1.1. Tipos básicos de representação de projectos
A visualização gráfica de um projecto é muito importante para facilitar o seu
planeamento e controle. Há três tipos básicos de diagramas utilizados para representação
de projectos: diagrama de Gantt ou de barras; redes com actividades nas setas ou arcos e
redes com actividades nos nós.
Entende-se por rede de planeamento de um projecto, a uma representação gráfica de
actividades, na qual deve se evidenciar a sequência lógica dessas actividades e suas
interdependências, tendo como fim alcançar um determinado objectivo.
1. Actividade – e a execução efectiva de uma operação, consumindo tempo e/ou
recurso;
1. Evento – é constituído de marcos que caracterizam determinados instantes de um
projecto, não consumindo tempo nem recurso. Por exemplo início de uma
actividade.
a) Rede com actividades nos arcos ou método Americano
C
2 4
G
A
D
6
1
F
B 3 5
E
Fim
Inicio D
F
B E
Obs. O método americano é o mais usado para o planeamento do que o método Francês
c) Diagrama de Gantt
1 E 3/10/2003 3/14/2003 5d
2 D 2/27/2003 3/7/2003 7d
3 C 3/10/2003 3/12/2003 3d
4 B 2/27/2003 3/6/2003 6d
5 A 2/24/2003 2/26/2003 3d
Resolução
Se a fabricação iniciar no dia 3 de Outubro devido a razões de disponibilidade de
matéria-prima e componentes, e efectuarmos o escalonamento da data mais cedo,
obtemos um diagrama de Gantt diferente do diagrama para um escalonamento da data
mais tarde, mas com a mesma duração em termos do tempo de realização do projecto, 7
dias.
Feb 2003 Mar 2003
ID Nome inicio Fim D uracao Feveriro 2003
24 25 26 27 28 1 2 3 4 5 6
1 H 2/24/2003 2/26/2003 3d
2 G 3/4/2003 3/4/2003 1d
3 F 2/27/2003 2/28/2003 2d
4 E 2/26/2003 2/26/2003 1d
5 D 2/28/2003 3/3/2003 2d
6 C 2/27/2003 2/27/2003 1d
7 B 2/24/2003 2/24/2003 1d
8 A 2/24/2003 2/25/2003 2d
1 H 2/25/2003 2/27/2003 3d
2 G 3/5/2003 3/5/2003 1d
3 F 3/3/2003 3/4/2003 2d
4 E 2/27/2003 2/27/2003 1d
5 D 3/3/2003 3/4/2003 2d
6 C 2/28/2003 2/28/2003 1d
7 B 2/27/2003 2/27/2003 1d
A
8 2/25/2003 2/26/2003 2d
Conclusão
O principal interesse na utilização do gráfico de Gantt reside na sua simplicidade de
construção, apresentação e compreensão. Trata-se de uma ferramenta que permite
visualizar a evolução da solução de um problema. Permite tomar em consideração as
limitações modernas do “Just – in - time” através da sobreposição de tarefas e o
escalonamento da data mais tarde. Por outro lado, existem numerosos “softwares”
recentes que integram a técnica Gantt, contudo a sua aplicação torna-se difícil quando o
número de actividades aumenta consideravelmente.
Resolução
a)
2 D
G
5 7
K
A
B
1 3 X 8
C E J
H
F 6 7
4
b)
Feb 2003 Mar 2003
ID Nome INICIO FIM sem
24 25 26 27 28 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 k 3/6/2003 3/6/2003 1d
2 j 3/6/2003 3/10/2003 3d
3 H 2/28/2003 2/28/2003 1d
4 G 3/4/2003 3/5/2003 2d
5 F 2/27/2003 2/27/2003 1d
6 E 2/25/2003 2/26/2003 2d
7 D 2/26/2003 3/3/2003 4d
8 C 2/24/2003 2/26/2003 3d
9 B 2/24/2003 2/24/2003 1d
10 A 2/24/2003 CC: A-D-G-J
2/25/2003 2d
5
F=13
E=8
D=4
A=5 B=9
1 2 4 6 7 8
H=6 I=8
X=0
C=7 G=12
C
1 3
C
6 7
G
2 C 4 E
A
5
1
3 D
B
Nesta rede PERT – CPM, temos A e B são paralelas divergentes, C sucede A, D e E são
paralelas e convergentes.
Suponhamos que foi acrescida a condição suplementar A antecede D ou melhor a
actividade D não poderá começar antes da actividade A estar concluída. Neste caso, cria-
se uma actividade fictícia com uma duração nula, cujo objectivo é de alertar os que
implementam este projecto a condição colocada. No nosso contexto todas actividades
fictícias serão denotadas por x.
2 C 4 E
A
5
1 X
3 D
B
Entre muitas regras citadas para a construção das redes PERT-CPM salientam-se:
1. Respeitar as precedências;
2. As setas indicam apenas as precedências lógicas, não tendo significado o seu
cumprimento;
3. A referência dos acontecimentos não deve ser duplicada;
4. Entre dois acontecimentos não deve existir mais de uma actividade, excepto nos casos
em que é necessário usar a representação de uma actividade fictícia;
5. Quer acontecimentos quer as actividades devem estar ordenados para permitir um
bom acompanhamento do projecto;
6. A rede deve ter apenas um acontecimento do primeiro nível (estado sem sucessor) e
um acontecimento do último nível (estado sem antecessor), digamos por meta e
partida respectivamente.
7 6 5 3, 4 2 1
O novo grafo ordenada é:
3 B
D
5 C 6 H 7
1 F 2 G E
A
4
nível 1 nível 2 nível 3 nível 4 nível 5 nível 6
C H
A D
B G
A B C D E F G H vo v1 v2 v3 v4
A 0 1 1 1 1 0 0 0 4 4 4 3 0
B 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 - -
C 0 0 0 0 0 1 0 1 2 1 1 0 -
D 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 -
E 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 -
F 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 - -
G 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 - - -
H 0 0 0 0 0 0 0 0 0 - - - -
H
A D G
3
E6
A4
C5
F8
X0 4 5
1
D6
B6 G6
2
1, 2 A 5 0 5 0 5 0 - A
2, 3 2 B 10 5 15 5 15 0 - B
2, 4 C 4 5 9 18 22 13 8 -
3, 4 D 2 15 17 20 22 5 0 -
3, 5 E 9 15 24 15 24 0 - E
4, 5 F 2 17 19 22 24 5 5 -
5, 6 G 2 24 26 24 26 0 - G
6, 7 H 5 26 31 26 31 0 - H