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AULA 02

1. ÓRGÃOS DE DOCUMENTAÇÃO
1.1. As bancas costumam cobrar características dos chamados órgãos de documentação, dentre eles estão: Arquivos,
Bibliotecas, Museus e Órgãos de Documentação.
1.2. Em que pese esses órgãos desempenhem uma função social semelhante, que é a preservação e divulgação das
informações, eles possuem prioridades distintas, utilizam técnicas de processamento distintas e também são
constituídos de forma distinta. Resumindo: possuem escopo e objetivos diversos. Tem em comum apenas as
finalidades a que se destinam e o papel que ocupam no processo social cultural e administrativo de uma sociedade
*CESPE afirma que recolher documentos, tratá-los, transferi-los e difundir informações também é objetivo
convergente dos órgãos.
1.3. A Biblioteca dispõe de um conjunto material, em sua maioria impresso, criada com a finalidade de conservar,
estudar e colocar à disposição do público conjuntos de peças e objetos de valor cultural. Impressos e audiovisual
oriundos de atividade científica, cultural, técnica.
1.3.1. Seus documentos se originam de criação artística ou de pesquisa e o material visa informar, instruir ou ensinar
nos campos do saber. Os documentos são geralmente gráficos, audiovisuais e múltiplos.
1.3.2. São acessíveis e mais conhecidos pelo grande público.
1.3.3. A Biblioteca é um órgão COLECIONADOR, quer dizer, reúne documentos de forma artificial e conforme
conteúdo (assunto). Além de possuir múltiplos fornecedores. Reúne documentos mediante AQUISIÇÃO.
1.3.4. Enquanto no ARQUIVO, o processamento do material não é realizado por unidade, mas por séries
documentais, que formam agrupamentos lógicos e orgânicos, utilizando-se técnicas de registro, arranjo (de acordo
com a proveniência) e descrição, a BIBLIOTECA trata os documentos de forma singular, isolada, PEÇA POR PEÇA,
utilizando-se método de tombamento, classificação e catalogação descritiva por meio de sistemas lógicos pré-
determinados.
*ATENÇÃO: segundo o DTBA, a entrada de documentos em um ARQUIVO, pode se dar por comodato, dação,
depósito, doação, empréstimo, legado, permuta, recolhimento, reintegração ou transferência. Contudo, são
exceções, tanto que a própria CESPE, ao tentar enganar o candidato, afirma que EM REGRA a entrada de
documentos em arquivos se dará por empréstimo, doação, etc... muito cuidado, basta saber que existe a
possibilidade e analisar o contexto da questão.
*CESPE: já caiu em prova: arquivo não utiliza sistema lógico pré-determinado, utiliza abordagem orgânica e
funcional.
*CESPE: o Arquivo não é incrementado por meio de compra, doação e permuta.
Objetivos primários do arquivo não são CULTURAIS E CIENTÍFICOS.
1.4. O Museu é uma instituição de interesse público, criada com a finalidade de conservar, estudar e colocar a
disposição do público OBJETOS E PEÇAS de valor cultural. Objetos oriundo de atividade artística ou funcional.
1.4.1. Seu acervo surge da criação artística ou da produção material de uma comunidade. Testemunham épocas ou
atividades, informam visualmente. Geralmente são objetos tridimensionais, dos mais variados tipos, formas,
dimensões.
1.4.2. Também é um órgão COLECIONADOR. A coleção é artificial e classificada segundo a natureza do matéria e a
finalidade do próprio museu.
1.4.3. Quanto ao tratamento, é o mesmo da Biblioteca.
1.5. Centro de Documentação reúne, armazena, classifica, seleciona e dissemina toda a informação e documentação
que esteja sob seu poder, daí que nesse se incluem todas as outras atividades: biblioteconomia, museologia,
arquivologia e informática.
1.5.1. É um órgão que acumula as funções anteriores e é considerado colecionador e referenciador.
1.6. Em que pese haver distinção acerca do suporte dos documentos de uma biblioteca e de um museu, na realidade
o que determina esses órgãos é a origem dos documentos e o seu emprego. Apesar disso, ambos possuem finalidade
cultural, didática, técnico e científica.
*CESPE: Banca já tentou confundir o conceito de Arquivo com Centro de Documentação, afirmando que a
aplicação do princípio da proveniência em uma instituição gerava o Centro de Documentação.

2. CONARQ E CONGÊNERES. QUESTÕES


2.1. Regra Geral, o CONARQ (Conselho Nacional de Arquivologia é um Órgão consultivo, normativo, coordenativo,
NÃO EXECUTIVO. Assim, ele estabelece as DIRETRIZES do Sistema Nacional de Arquivos, visando gestão, preservação
e acesso aos documentos públicos, exercendo função de orientação normativa.
2.1.1. o CONARQ é órgão vinculado ao ARQUIVO NACIONAL e órgão CENTRAL do SINAR (Sistema Nacional de
Arquivos) ou essa era a redação antiga. Pela redação atual, o CONARQ é ÓRGÃO COLEGIADO, INSTITUÍDO NO
ÂMBITO DO ARQUIVO NACIONAL. SINAR TEM COMO ÓRGÃO CENTRAL O CONARQ
2.1.2. CONARQ é presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional e é composto por:
02 representantes do Executivo Federal
02 representantes do Legislativo Federal
01 representante do Judiciário Federal
01 representante dos arquivos estaduais, distritais, municipais e associação de arquivistas
04 representantes de instituições de ensino e pesquisa ou com atuação na área de TI, Comunicação, Arquivologia,
História ou ciência da informação.
*Cada membro terá um suplente.
* INTEGRAR É DIFERENTE DE SER RECOLHIDO POR. AS REGRAS SÃO DISTINTAS.
2.1.3. Competência para ELABORAR, DEFINIR, a política nacional de arquivos públicos e PRIVADOS., enquanto o
SINAR tem competência para IMPLEMENTAR as políticas.
2.2. O ARQUIVO NACIONAL é ÓRGÃO CENTRAL DO SIGA. SIGA TEM COMO ÓRGÃO CENTRAL O ARQUIVO NACIONAL.
– Sistema de Gestão de Arquivos. Apesar de ser centralizado, a lei permite a criação de UNIDADES REGIONAIS.
Justamente por ser esse arquivo central, compete a ele a gestão e o recolhimento dos documentos produzido e
recebidos no âmbito do PODER EXECUTIVO FEDERAL, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob
sua guarda. Também deve implementar a política nacional de arquivos (órgão executor).
2.3. Já a competência para o recolhimento de documentos do Poder Legislativo Federal e Poder Judiciário Federal é
dos seus próprios arquivos.
2.4. No tocante aos Estados, Distrito Federal e Municípios, estes definirão critério de organização e vinculação de
seus arquivos, bem como gestão e acesso.
2.5. Em relação à integração de arquivos ao SINAR, no caso de pessoas físicas e jurídicas de direito privado, seus
arquivos PODEM integrar o SINAR mediante acordo ou ajuste com o Órgão Central (CONARQ).
*CESPE: a lei fala expressamente que caberá aos estados e municípios, contudo, CESPE deu como correta
alternativa que afirmou que cabe à legislação estadual definir critérios de vinculação dos arquivos estaduais com
municipais.
*CESPE: “A legislação (federal, estadual ou municipal) sempre prevalece sobre todas as normas internas e, assim,
as normas internas devem ser baseadas na legislação vigente
*CESPE: A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter público será realizada
mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência. Vale ressaltar
que pode haver eliminação de arquivos que se encontrem no arquivo corrente E no intermediário, JAMAIS NO
PERMANENTE.
*CESPE: com base na lei, afirma que arquivo permanente é de acesso público. NAL.

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