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Profª Hayanna
Arruda
Carboidratos
Aspectos gerais dos carboidratos
H
Grupo aldeído H O
C H C OH
Grupo
H C OH C O cetona
HO C H HO C H
H C OH H C OH
H C OH H C OH
H C OH H C OH
H H
glicose, glucose ou dextrose. frutose
Os carboidratos podem ser classificados de acordo com
o grau de polimerização e, desta forma, divididos em 3
grupos principais, a saber:
sacarose
AÇÚCARES: DISSACARÍDEOS
rafinose
OLIGOSSACARÍDEOS Rafinose:
Galactose-glicose-frutose
POLISSACARÍDEOS: AMIDO
amilose
Outras três possíveis formas de classificações dos
carboidratos:
Carboidratos simples
Complexidade Monossacarídeos.
Carboidratos complexos
Dissacarídeos, oligossacarídeos
e polissacarídeos.
Aldose
Açúcares contendo o grupo funcional aldeído
Função ou um acetal equivalente.
C=O Cetose
Açúcares contendo o grupo funcional cetona
ou um acetal equivalente.
Açúcares: monossacarídeos
H OH H OH
a-D-glicose b-D-glicose
D-galactose:
A D-galactose não é encontrada na forma livre, mas como resíduos
de vários polissacarídeos. A galactose faz parte da molécula da
lactose.
CH2OH CH2OH
O O
OH H OH OH
H H
OH H OH H
H OH H H
H OH H OH
a-D-galactose b-D-galactose
Açúcares: dissacarídeos
Como exemplos de dissacarídeos importantes pode-se citar a
maltose, celobiose, lactose e sacarose, sendo que apenas os dois
últimos são encontrados na forma livre na natureza. A maltose e a
celobiose são obtidas a partir da hidrólise do amido e celulose,
respectivamente.
Nos dissacarídeos, a ligação entre as unidades de monossacarídeos é
do tipo glicosídica. Na maioria dos casos, apenas um grupo
hidroxílico hemiacetálico está envolvido na ligação glicosídica e,
neste caso, os dissacarídeos são redutores. No entanto, quando os
grupos hemiacetálicos dos dois açúcares que compõem o
dissacarídeo estão envolvidos na ligação glicosídica, o dissacarídeo é
não-redutor e, portanto, não sofre o fenômeno da mutarrotação.
Vejamos alguns exemplos de formação de dissacarídeos redutores e
não redutores:
Formação da maltose (dissacarídeo redutor)
CH2 OH CH2 OH CH2 OH maltoseCH2 OH CH2 OH CH2 OH
O O O O O OH
H H H H H H H H H H H O
H H H H H H
+ C
-H2O OH H OH H OH H OH H H
OH H OH H
OH OH OH OH OH O OH OH O
H OH H OH H OH H OH H OH H OH
a-malt ose
a-D-glicose a-D-glicose Ligação a (1→4)
ligação a(1 4) a-malt ose
A maltose, também conhecida como açúcar do malte, é o elemento básico da estrutura do amido,
de onde se pode obtê-la facilmente por hidrólise ácida ou enzimática.
lactose
CH2OH CH2OH CH2OH CH2OH CH2OH CH2OH
OH O OH H O H OH O H O H OH O H OH
O
H + H - H2O H H H H
H H H O H H O H C
OH OH OH OH OH OH H
H H
H H OH OH H OH H
H OH H OH H OH H OH H OH H OH
Ligação b (1→4)
b-D-galactose a-D-glicose a-lactose a-lactose
Formação da sacarose
(dissacarídeo não-redutor)
Sendo um dissacarídeo não-redutor, a sacarose não sofre mutarrotação. É
facilmente hidrolisada por soluções diluídas de ácidos minerais (ex: HCl, HNO3,
H2SO4 etc.) ou por enzimas (invertases) com formação de D-glicose e D-
frutose.
+ → + H 2O
Sacarose:
a-D-glicopiranosil-[a1→2]-b-frutofuranos
Inversão da sacarose
A sacarose é um dissacarídeo dextrorrotatório (+66,5°) que é facilmente
hidrolisável pela via química ou enzimática em D-glicopiranose (+52,5°) e D-
frutofuranose (+14°).
Ocorre que, neste processo, a D-frutofuranose se converte imediatamente em
uma forma mais estável, a D-frutopiranose, altamente levorrotatória (-92,4°).
Ao final do processo de hidrólise da sacarose, ocorre a inversão da rotação
ótica da solução inicial, ou seja, de +66,5° ela passa para -39,9°.
Este é o motivo pelo qual o processo de hidrólise da sacarose é chamado de
inversão da sacarose, sendo que o produto final da reação (mistura de D-
glicopiranose e D-frutopirasone) é chamado de açúcar invertido.
hidrólise
SACAROSE D-GLICOPIRANOSE + D-FRUTOFURANOSE
+ 52,5° + 14°
D-FRUTOPIRANOSE
-92,4°
POLISSACARÍDEO ORIGEM
Amido (*) Cereais e raízes
Celulose Plantas
Hemicelulose Plantas
Pectina (*) Plantas terrestres
Goma arábica Exudado de plantas
Agar Algas marinhas
Alginatos Algas marinhas
Carragenana Algas marinhas
Goma guar Sementes
Polissacarídeos: celulose
Metade do carbono orgânico da biosfera está na forma de celulose.
Fibras de algodão são essencialmente celulose pura.
Como um polímero de glicose, celulose tem fórmula (C6H10O5)n, com
unidades de 500-5.000, dependendo da fonte do polímero.
As unidades de glicose são ligadas de maneira linear. As ligações b-
glicosídicas permitem essas cadeias se esticarem, sendo tal conformação
estabilizada por pontes de hidrogênio intramoleculares.
Apesar de uma ponte de hidrogênio ser individualmente fraca, muitas
delas agindo conjuntamente fornece grande estabilidade a estrutura.
A maioria dos animais não pode digerir a celulose. Os bovinos e cupins,
por exemplo, apresentam microrganismos que quebram a sacarose em
monossacarídeos pelo uso de enzimas do tipo b-glicosidade.
A celulose é comumente acompanhada por um polímero de peso molecular
mais baixo, ramificado, chamado de hemicelulose. Em contraste com a
celulose, a hemicelulose é estruturalmente fraca e facilmente
hidrolisada por soluções fracas de ácidos ou bases. Várias enzimas
catalisam a hidrólise da hemicelulose.
As hemiceluloses são compostas por unidades de D-pentose, sendo a
Polissacarídeos: amido
O amido é uma longa molécula formada pela união de muitas moléculas
de glicose (a-glicose), sendo representado pela fórmula (C6H10H5)n e
não possui sabor doce.
O amido é um polissacarídeo de reserva em vegetais, ou seja, é uma
maneira que eles utilizam para armazenar alimento (glicose) para ser
usado quando houver necessidade.
Nosso organismo é capaz de digerir o amido, que é hidrolisado
(quebrado) no intestino, fornecendo glicose. As moléculas desse
monossacarídeo passam para a corrente sanguínea e são distribuídas
pelo corpo, para ser usadas como fonte de energia.
O amido normalmente apresenta-se sob a forma de grânulos, cuja
aparência e formato varia de acordo com a sua origem, o que irá
refletir na consistência final do alimento.
A presença de amido em alimentos pode ser facilmente testada
utilizando-se uma solução de iodo, mais precisamente o iodedo de
potássio (KI). Na presença de amido, o iodo produz uma coloração que
pode variar do preto ao azul ou roxo-escuro.
Em termos de estrutura, o amido de qualquer origem é constituído por
uma mistura de dois polissacarídeos, a amilose e a amilopectina. No
amido, a amilose e a amilopectina estão ligadas entre si por ligações
químicas fracas, do tipo pontes de hidrogênio.
A proporção destes polissacarídeos é um dos fatores que irão
distinguir os amidos de diversas origens. Estas proporções influem
bastante na viscosidade e no poder de gelificação do amido em
solução: amidos que contenham proporcionalmente maiores teores de
amilopectina formam géis + macios, enquanto que amidos que
contenham maiores teores de amilose formam de géis + rígidos.
No quadro logo a seguir são mostradas as proporções aproximadas de
amilose e amilopectina em amidos de diferentes fontes.
FONTE DE AMIDO AMILOSE (%) AMILOPECTINA (%)
Milho 25 75
Milho c/alto teor de amilose 80 20
Milho ceroso 0 100
Arroz 16 84
Batata doce 18 82
Mandioca 18 82
Batata 18 82
Trigo 24 76
Banana 21 79
A amilose é um polissacarídeo linear formado por unidades de D-
glicopiranose, unidas entre si por ligações glicosídicas (a, 1 4), em
números que variam de 200 a 10.000. A amilose é bastante solúvel,
porém forma cristais sob algumas condições, como por exemplo na
retrogradação do amido.
AMILOSE
extremidade redutora
unidades de a-D-glicopiranose
H OH H OH H OH H OH
ligação glicosídica
a (1 4)