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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS

MISSÕES
CÂMPUS DE ERECHIM
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PEDAGOGIA

ANGÉLICA CAGOL

RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO

ERECHIM – RS
2022
ANGÉLICA CAGOL

RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO

Trabalho realizado na disciplina de


Prática de Ensino PED III, Curso de
Pedagogia, Departamento de
Ciências Humanas da Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e
das Missões – Campus de Erechim.

Professora Ms. Denise Sponchiado

ERECHIM – RS
2022
INTRODUÇÃO

Esse relatório é da prática de ensino PED III, que tem o processo de


construção do conhecimento, mediado pela atuação do pedagogo.
Identificação das relações e interações que permeiam o cotidiano escolar e a
pratica educativa. Conhecimento das questões interdisciplinares e
metodologias do processo de aprendizagem e do processo avaliativo da pratica
pedagógica. O objetivo é conhecer a pratica pedagógica do professor através
de visita ao campo profissional, buscando identificar as relações que permeiam
o cotidiano escolar, relacionando com a metodologia, a proposta pedagógica
do professor, o modelo de aula e a avaliação do processo ensino de
aprendizagem.

A escola campo onde foi realizada a prática é a Escola Estadual Normal José
Bonifácio, localizada na cidade de Erechim, ela atende os níveis de ensino
fundamental, ensino médio e curso normal. Um grupo de acadêmicas
desenvolveu a visita na escola para observar em sala de aula, de um 1 ano do
ensino fundamental a aula do professor mais focado no objetivo da temática na
matéria de matemática, analisar como a mesma consiste e apresenta as
atividades proposta para seus alunos e como é realizado.

"A psicologia do desenvolvimento destaca que a brincadeira e o jogo


desempenham funções psicossociais, afetivas e intelectuais básicas no
processo de desenvolvimento infantil. O jogo se apresenta como uma atividade
dinâmica que vem satisfazer uma necessidade da criança."(REGINA GRANDO,
2010).

“A notação numérica aparece diante das crianças como um dado da realidade”


(MONTEIRO, 2005)

"Podemos afirmar, sem risco de exageros que, em se tratando de matemática,


um aluno será levado à alfabetização matemática somente confrontando se,
regular e intensamente, com situações problematizadoras que mobilizem
diversos tipos de conhecimentos e habilidades. A resolução de problemas não
é uma situação qualquer, focada em achar uma resposta única para um
problema numérico, de forma rápida, mas deve colocar o resolvedor diante de
uma série de decisões a serem tomadas para alcançar um objetivo
previamente traçado por ele mesmo ou que lhe foi proposto, mas com o qual
ele interage, se desafia e envolve. a resolução de problemas está centrada na
ideia de superação de obstáculo pelo resolvedor devendo, portanto, não ser de
resolução imediata pela aplicação de uma operação ou fórmula conhecida, mas
oferecer uma resistência suficiente, que leve o resolvedor mobilizar a
conhecimentos como suas representações, e seu questionamento para a
elaboração de novas ideias e de caminhos que visem solucionar os desafios
estabelecidos pela situação problematizadora gerando assim aprendizagens E
formas de pensar.”(SMOLE,2012).

"Um dos objetivos de qualquer bom profissional consiste em ser cada vez mais
competente em seu oficio" (ZABALA, 1998, p. 13).

"Formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou


de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as
práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal" (NOVOA,
2007, p. 13).
VISITA À ESCOLA JB – 1º ANO

Nos dois primeiros períodos os educandos tiveram aula de Educação


Física, observamos a aula, porém não é nosso foco neste momento. Depois do
lanche e recreio tiveram aula de matemática. A aula foi dividida nas seguintes
etapas:

1- INÍCIO:

- Ajudante do dia (medalha do ajudante);

- Calendário;

- Tempo;

- Caderno de tema de casa na mesa da professora;

- Hora de pegar o lápis e o caderno de aula;

- A professora desenhou uma estrelinha na primeira linha da próxima página do


caderno de todos os alunos para que os mesmos conseguissem se localizar, já
que ainda os mesmos não possuem noção de espaço do caderno;

- A professora fez o desenho do caderno com as linhas e a estrelinha no


quadro para que os educandos conseguissem se localizar no caderno deles,
após escreveu a data no quadro;

- Data no caderno;

OBSERVAÇÕES:

Rosângela: Na turma que foi observado, havia a presença de dois alunos


venezuelanos que falavam espanhol. A professora pedia para o Jordan que era
o estudante que ajudava a professora traduzir o que seu colega falava, os
alunos eram encantadores, o comparecimento desses estudantes vindos de
outro país é muito interessante para os demais alunos e também professores.
Um dos alunos venezuelanos tinha curiosidade em saber sobre o calendário,
pois era algo em que eles não tinham contato e muito menos ouviram falar.
Nessa observação do tempo, houve uma confusão porque primeiro estava
nublado e com neblina e logo após saiu o sol então os educandos se
confundiram em saber como estava o tempo.

2- DESENVOLVIMENTO:

Figura para demonstrar como a professora organizou o quadro para que


os educandos compreendessem:

*ERECHIM, 5 DE ABRIL

* TERÇA-FEIRA

*1- EDUCAÇÃO FÍSICA

*2-MATEMÁTICA

A professora fez todas as estrelinhas no caderno dos educandos.

Folha de atividade 1: Relacionar número e quantidade. Nessa atividade


os educandos tinham que pintar a quantidade de balões que a atividade
mostrava:
Angélica: A professora explicou para eles como realizar a atividade para seus
educandos, por exemplo, aonde tem o número 2 corresponde que precisamos
pintar dois balões para representar. O andamento da turma fluía com as
dúvidas de algumas crianças precisarem mais de ajuda por se atrapalhar com
os números, a maioria deles tinham muito mais facilidades do que outros
alunos. Eu auxiliei o menino venezuelano que chegou recentemente na escola
e ele está começando a aprender a falar nossa língua brasileira, nessa
atividade percebi que a dificuldade para ele entender o que precisa responder é
bastante predominante, pois ainda não consegue relacionar os números com a
quantidade em desenho, apenas sabe dizer algum número, aos poucos
conseguiu fazer.

Folha de atividade 2: Relacionar número e quantidade. Contar quantas


bonecas, quantos carrinhos, quantos ursos... haviam no quadro e escrever o
número correspondente ao lado do desenho.

Acompanhamos a turma auxiliando os educandos, conforme a


professora havia pedido, neste momento eu (Marília) auxiliei mais as alunas
Antonella e Isabelly. As duas não tinham grandes dificuldades, a Isabelly
demonstrava mais vontade de realizar as atividades do que a Antonella. Por
isso, fui conversar com a Antonella sobre o que havia acontecido que ela
estava com sono e sem muito ânimo de fazer a atividade, nisso ela acabou me
contanto que foi dormir tarde na noite anterior e que não havia tido tempo de
organizar seu estojo o que se tornou um empecilho durante a aula pois ela
precisava pedir materiais emprestados para os colegas, nisto acabava se
atrapalhando e atrapalhando os outros, pois pegava emprestado logo devolvia
e pegava outro material emprestado. Conversei com ela sobre a importância de
dormir cedo quando ela tem aula no outro dia, para que chegue descansada
com mais ânimo de fazer as atividades e também falamos sobre a organização
do estojo.

Sobre a atividade em si, percebi dos outros alunos que todos já tinham
uma boa base de relação entre número e quantidade, mas as vezes pela
pressa ou por se atrapalharem na hora de contar já que os objetos estavam
todos misturados em um quadro, acabam contando um objeto a mais ou um a
menos.

OBS: Não tiramos fotos dessa atividade.

Em relação a escrita dos números, exemplo: 1,2,3,4,5... alguns ainda


tinham dificuldade e escreviam os números espelhados, o que, nesta fase é
normal. Para corrigi-los eu pegava na mão deles e ajudava-os a fazer o traçado
correto e a professora escreveu os números no quadro para que fossem
corrigindo se estivesse algum errado.
3- FECHAMENTO:

Não observamos o fechamento da aula.

Outras observações relevantes:

- Sala de aula.

A sala por mais que seja bem pequena é bem aconchegante, dá pra
sentir o amor vindo da professora e dos alunos, nas paredes tinha vários
cartazes, tanto relacionado a alfabetização e também a matemática, e claro
não podia faltar várias atividades feitas pelas crianças expostas nas paredes.
Focando na matemática na parede bem atras tinha cartazes
relacionando número-quantidade. Exemplo:

- Cadernos.

Observando os cadernos dos educandos já que estávamos em contato


direto com eles, encontramos outras atividades matemáticas.

TRAÇADO DOS NÚMEROS:


ATIVIDADE DE CONTAGEM:
QUANTIDADE DE LETRAS – NOME MAIOR E NOME MENOR – QUANTAS
LETRAS TEM MEU NOME?

OS EDUCANDOS QUE TINHAM DIFICULDADE NO TRAÇADO DOS


NÚMEROS COMPLETAVAM A LINHA COM O NÚMERO INDICADO, ASSIM
TAMBÉM COM AS LETRAS:
ATIVIDADE DE PERCEPÇÃO VISUAL:
CONCLUSÃO

Conclui-se que nessa realização da prática da disciplina, podemos perceber a


importância de poder estar inserido dentro da formação profissional para sala
de aula, e ter a oportunidade de visualizar os diferentes contextos de aplicar as
atividades para os alunos.

A pratica foi incrível, as crianças da escola são maravilhosas, por já ter


experiencia na área trabalhando em escola, tive um momento diferente com
eles e que a sabedoria de cada criança fez com que a gente aprenda cada vez
mais contribuindo para visar a formação.
REFERENCIAS

NÓVOA, Antônio (Org). Vidas de professores. 2. Ed. Portugal: Porto, 2007.


ZABALLA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed.
1998.
ERNER, Delia; SADOVSKY, Patrícia. O sistema de numeração: um
problema didático. In PARRA, Cecilia; SAIZ, Irma. (Org.). Didática da
Matemática: reflexões psicopedagógicas Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. p.
80-161.
GRANDO, Regina. O jogo na educação: aspectos didático-metodológicos
do jogo na educação matemática, 2010. MONTEIRO, Priscila. Às voltas com
os números: pesquisar, ordenar e comparar, 2005.
SMOLE, Katia. Alfabetização matemática: implicações para ensino e
aprendizagem da matemática escolar. Suplemento Pedagógico APASE,
2012. p.4.

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