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SOBRAC

SUPORTE AVANÇADO DE VIDA

QUE DROGAS SÃO REALMENTE


ÚTEIS DURANTE A RCP ?
DR. THIAGO DA ROCHA RODRIGUES
CONFLITOS DE INTERESSE
 PALESTRAS REMUNERADAS PARA AS EMPRESAS
FARMACÊUTICAS:
 BHOERINGER-INGELHEIM

 PFIZER

 BAYER

 DAICHI-SANCHIO

 LIBBS
Adrenalina na PCR
 Alfa e beta-agonista
 Vasoconstrição, aumenta inotropismo e consumo de O2
 Aumenta a pressão diastólica na aorta
 Aumenta pressão de perfusão coronariana e cerebral
 Aumenta o fluxo sanguíneo para coronária e cérebro
 Reduz fluxo na microcirculação miocárdica, cerebral e renal
 Aumenta a taxa de RCE
 Aumenta a taxa de admissão com vida ao hospital
 Principalmente na PCR por ritmo não chocável
 Não aumenta a sobrevida hospitalar
 Provavelmente aumenta o dano neurológico
Adrenalina x placebo na PCR extrahospitalar
 Estudo duplo-cego randomizado
 272 adrenalina x 262 placebo
 Desfechos:
 Sobrevida hospitalar
 RCE pré-hospitalar
 Escore de performance neurológica
RCE %
Alta hospitalar(%)
30
6
OR 2,2
20 4 4% (IC95% 0,7 – 6,3)
23,2% OR 3,4 Adrenalina Alta
10 (IC95% 2,0 – 5,6) 2 hospitalar(
8,4% Placebo 1,9%
0 %)
0
Adrenalina Placebo Adrenalina Placebo

Jacobs IG. Resuscitation 2011;82:1138-43


Adrenalina x placebo na PCR
RCE em pacientes com e sem adrenalina

Goug and Nolan. Critical Care 2018;22:139


Adrenalina x placebo na PCR

Desfecho neurológico favorável

Goug and Nolan. Critical Care 2018;22:139


Adrenalina nas diretrizes AHA 2015
 É razoável administrar adrenalina 1 mg IV na PCR a cada
3 a 5 min.
 Classe de recomendação IIb
 Nível de evidência B - R

2015 American Heart Association guidelines Update for cardiopulmonary


resuscitation and emergency cardiovascular care
PCR extra-hospitalar em FV / TVSP refratária a 3 choques

ESTUDO DUPLO CEGO:


AMIODARONA 300 MG IV (246) X PLACEBO (258)

SOBREVIVÊNCIA À ADMISSÃO

P = 0,03

ROSC = retorno da circulação antes da droga

Kudenchuk PJ. NEJM 1999;341:871-8.


PCR extra-hospitalar em FV / TVSP refratária a 3 choques

ESTUDO DUPLO CEGO:


AMIODARONA 300 MG IV (246) X PLACEBO (258)

SOBREVIVÊNCIA À ADMISSÃO

OR para sobrevida à admissão: 1,6 (IC 95% 1,1 a 2,4 – P = 0,02)


Estudo sem poder para avaliar a sobrevida hospitalar

Kudenchuk PJ. NEJM 1999;341:871-8.


PCR extra-hospitalar em FV / TVSP refratária

ESTUDO DUPLO-CEGO E DUPLO MASCARADO

180 AMIODARONA 167 LIDOCAINA


+ placebo de lidocaína + placebo de amiodarona
SOBREVIVÊNCIA À ADMISSÃO

Dorian P. NEJM 2002;346:884-90.


PCR extra-hospitalar em FV / TVSP refratária a pelo menos 1 choque
SOBREVIDA HOSPITALAR

974 993 1059


VS VS
AMIODARONA LIDOCAÍNA PLACEBO

NNT = 31,2 NNT = 38,4

24,4% 23,7% 21%


SOBREVIDA SOBREVIDA SOBREVIDA
0,7% (P = 0,70) 2,6% (IC95% - 1 a 6,3%
P = 0,16)

3,2% (- 0,4 – 7,0%) – P = 0,08

Amiodarona e lidocaína não melhoraram


significativamente a sobrevida

Kudenchuk PJ. NEJM 2016;374:1711-22.


PCR extra-hospitalar em FV / TVSP refratária a pelo menos 1 choque
SOBREVIDA HOSPITALAR

1934
PCR testemunhada

27,7% 27,8% 22,7%


SOBREVIDA SOBREVIDA SOBREVIDA
- 0,1% (P = 0,97) 5,1% (IC95% 0,5 a 9%
P = 0,03)

5% (IC 95% 0,3 – 9,7%) – P = 0,04

PCR testemunhada pelo SME


21,9% (IC 95% 5,8 – 35% P = 0,001)

Amiodarona e lidocaína melhoraram


significativamente a sobrevida

Kudenchuk PJ. NEJM 2016;374:1711-22.


Antiarrítmicos na PCR por ritmos
chocáveis
DIRETRIZ AHA 2015 ATUALIZAÇÃO AHA 2018
Amiodarona pode ser considerada na TV / Amiodarona ou lidocaina podem ser
FV refratária (IIb – BR) e a lidocaina é consideradas na PCR por TV/FV refratária –
alternativa (IIb – C-LD) IIb –BR, principalmente se a PCR for
testemunhada

Amiodarona: 300 mg após o 3o choque e 150 mm após o 5o choque


Lidocaina: 1,0 a 1,5 / mg / Kg após o 3o choque e 0,5 a 0,75 mg / Kg
mg após o 5o choque

2018 UPDATE TO THE AHA FOR CPR AND ECC


Fem., 75 anos, PO troca aórtica, PCR
refratária após amiodarona para tratar flutter
Usou amiodarona durante a RCP e só recuperou após Sulfato de margnésio

Tp

Tf
QT = 0,50 segs
QTc = 0,56 segs
Sulfato de magnésio para TSDP em
pacientes com QT prolongado e QT normal

Sulfato de magnésio preveniu a recorrência em todos os 12 casos


com QT prolongado
Tzivone D. Circulation 1988;77:392-397
Sulfato de magnésio para TSDP em
pacientes com QT prolongado e QT normal
Paciente em uso de disopirramida

Sulfato de magnésio não preveniu a recorrência em nenhum dos


5 casos com QT normal
Tzivone D. Circulation 1988;77:392-397
Situações especiais: diretriz AHA 2018

DROGA SITUAÇÃO COMENTÁRIO


SULFATO DE MAGNÉSIO TSDP – com QT longo Não reverte, mas evita recorrência
CR IIb – C-LD
TVSP/FV/TVP com QT Não melhora
normal
PCR por TV / FV Sem benefício – III – C-LD

Dose : Solução de sulfato de magnésio 50%


2 gramas em 1 a 2 minutos
3 a 20 mcg / min.

2018 UPDATE TO THE AHA FOR CPR AND ECC


Situações especiais

SITUAÇÃO ORIENTAÇÃO CR/NE


EMBOLIA PULMONAR ALTEPLASE OU TENECTEPLASE IIA / C-LD
OVERDOSE DE NALOXONE IV OU IM – parada respiratória IIA / C-LD
OPIÓDE NALOXONE IV OU IM – parada cardíaca IIB / C-EO
NALOXONE IV OU IM – pós RCE IIB / C-EO
HIPERCALEMIA GLUCONATO DE CÁLCIO 10% 15 A 30 ML IIB / C
OVERDOSE DE BICARBONATO DE CÁLCIO 1 ML / KG IIB / C
TRICÍCLICOS

2015 American Heart Association guidelines Update for cardiopulmonary


resuscitation and emergency cardiovascular care
Mensagens finais
 Drogas na RCP aumentam a chance de RCE e sobrevida à
admissão hospitalar

 Sem comprovação de melhora da sobrevida hospitalar ou


redução de dano neurológico
 Possível melhora se PCR testemunhada por equipe médica

 O acesso venoso para administração de drogas não deve


atrasar o início da RCP e a desfibrilação
Mensagens finais
 O que melhora a mortalidade ?
 RCP de alta qualidade e desfibrilação precoce
 Treinamento de público leigo em suporte básico
 Disponibilização de DEA
 Deterioração clínica 8 horas antes de 85% das PCR
 Treinamento dos médicos no tratamento das síndromes
clínicas que antecedem a PCR
 SCA
 ICC
 AVC
 ARRITMIAS
 TECA – SAVIC - SAVICCO

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