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JACSON ENILSON RODRIGUES PENO

DECIFRANDO OS MISTÉRIOS DO ENSINO;


APLICANDO AS LEIS DA ARTE DA INSTRUÇÃO.

Resenha apresentada para cumprir as


exigências da disciplina de Didática Geral, do
curso de Bacharelado em Teologia, ministrada
pela professora Mônica Pinz Alves.

FACULDADE BATISTA PIONEIRA


IJUÍ/RS
JULHO 2021
DECIFRANDO OS MISTÉRIOS DO ENSINO;
APLICANDO AS LEIS DA ARTE DA INSTRUÇÃO.
HENDRICKS, Howard; Ensinando para
transformar vidas. Venda Nova-MG:
Betânia, 1991. 143 p.
Editora Betânia presenteia seus leitores com esta obra, trazendo a tradução do
original americano, apresentando a arte de ensinar para transformar vidas, com o propósito de
oferecer um livro de referência para o preparo de educadores da Palavra de Deus para as
crianças, jovens, adultos e idosos, os tornando mestres do ensino cristão. O autor trabalha sua
obra defendendo sete leis, regras ou princípios do ensino, que em resumo pode se definir por
uma só ideia, o amor pelo ensino. Howard foi um pastor americano, professor e conferencista
do Dallas Theological Seminary, o Dr Hendricks escreveu e editou muitos livros, entre os
principais estão as obras Heaven Help the Home, Teaching to Change Lives, Husbands and
Wives, e o best-seller "Vivendo na Palavra".
A lei do professor, inicia sua obra, resume-se no conceito de que o professor que
decide parar de crescer hoje, para de ensinar amanhã, pois entende que enquanto se está vivo,
deve-se se manter aprendendo, naturalmente, enquanto se está aprendendo, está vivo. Defende
o preparo adequado para os professores da Palavra de Deus, para que este ensino não caia à
um nível de mediocridade.
Segunda lei, do ensino, diz que para ser um bom professor não basta que domine o
conteúdo a ser transmitido, mas se faz necessário conhecer quem irá receber este conteúdo, ter
o objetivo de influenciá-los, a maneira como os alunos aprendem deve determinar a forma
como se ensina, estimular e dirigir os atos de aprendizagem é o ponto chave, sendo importante
o que o aluno faz depois de receber o ensino. O autor define como bom professor aquele que
sabe ouvir.
Terceira lei, da atividade, trata da tarefa dos comunicadores, que deve estar centrada
em causar impacto e transformar a vida dos seus receptores, pois quanto maior o nível de
envolvimento no processo de aprendizagem, maior o volume do conteúdo aprendido, em
suma, a atividade em que o aluno está envolvido deve fazer sentido para sua vida. O autor
propõe que acrescente ao ato de fazer e ouvir o fazer, pois a aplicação dos três juntos eleva a
porcentagem de retenção do ensino para 90%.
Lei da comunicação, define que é necessário que se estabeleçam pontes de ligação
entre o comunicador e o receptor. Conclui que há três componentes básicos na comunicação,
pensamento, sentimento e ação. Apresenta a máxima de que se o comunicador conhece com
excelência o assunto, assim como também a vive em seu cotidiano, este terá total domínio
sobre a passagem de ensino sobre tal. A comunicação eficiente deve possuir um ingrediente
emocional, fator sentimento e o entusiasmo.
Quinta lei, a do coração, envolve intelecto, emoção e vontade. O autor defende nessa
lei a necessidade de se compreender que uma comunicação eficiente é aquilo que o
comunicador é, o que vem de seu interior. Diz que é a afetividade que vai gerar no aluno a
motivação para aprender através do entendimento de que o professor demonstra interesse pelo
aluno, finaliza que o comunicador necessitar ter credibilidade para poder comunicar.
As duas últimas leis, da motivação que define o ensino como sendo mais eficiente
quando o aluno se encontrar adequadamente motivado, e a da preparação prévia onde o
processo ensino-aprendizagem é mais eficiente se tanto aluno como professor estão
previamente bem preparados.
Essas leis são os princípios básicos inerentemente relacionados ao processo de
ensino. Aplicadas à prática docente, são capazes de promover mudanças permanentes na vida
dos alunos, independentemente da sua idade, das disciplinas ensinadas e da formação cultural.
No entanto, deve-se lembrar que essas leis são apenas princípios. Quando Deus quer
cumprir sua vontade, ele não usa princípios, mas pessoas. O sucesso em tarefas de ensino não
depende do domínio dessas leis, mas de cada um, como seres humanos, especialmente a
liberdade que demos ao poder de Deus para trabalhar em nós. A chave para tudo não é o que
se faz para Deus, mas o que se permite que ele faça através de cada um. Deus quer usar a cada
um como elemento catalisador, quando se permite que Ele mude e atualize seu entendimento,
se estará preparado para essa função.
Como tese conclusiva, entendo que a obra alcançou seu objetivo final, afirmando
assim se tratar de uma excelente leitura, recomendável aos estudantes de Teologia,
professores, pastores e líderes de ministério, pois é extremamente útil para o ensino didático
na arte de levar conhecimento ao próximo.

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