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Psicologia Social

Universidade Evangélica de Goiás


Psicologia - 1° Período – Matutino

Acadêmicas:
Débora de Oliveira, Kelly Ribeiro e Isabely Cristina.

Trabalho:
Relacionar duas das situações expostas no artigo lido aos conteúdos teóricos abordados na
disciplina.

Primeiro caso escolhido: o choro de uma criança por estar com fome.
Conforme relatado no artigo, um dos acontecimentos que gerava algum tipo de agressão era
a agressão sem um agressor ou sem um indivíduo provocador. Neste caso, a agressão era
decorrida de uma frustração conforme a necessidade da criança: a criança estava
interagindo normalmente e viu outra criança se alimentando, a partir desse momento, a
criança teve uma percepção consigo mesma e notou sensorialmente a sua própria fome e,
portanto, se sentiu frustrada por não estar se alimentando.

Durante os estudos sobre a agressividade, podemos notar que, apesar de um motivo


específico e claro, a agressividade surge a partir da frustração. A agressividade foi
identificada no estudo como em três modelos: proativa, reativa e acidental. No entanto,
independente de qual modelo a agressividade se encaixa, ela irá decorrer de uma frustração:
um acidente de carro gera frustração, uma ofensa gera frustração e uma reação à
agressividade começou com uma provocação, que gerou uma frustração.

Nesse caso, podemos observar que a frustração da criança se encontra em duas fases: a
frustração com suas próprias necessidades (fome, que em outros casos pode incluir também:
sono, desconforto, sede e outras necessidades fisiológicas) e a frustração de ver outra
criança se alimentando, enquanto esta criança com fome não estava. Isso destaca a teoria de
que os indivíduos podem agir agressivamente por mais de uma razão ao mesmo tempo ou
em tempos diferentes.

Também pode notar-se um interessante ponto: a diminuição da agressividade na presença


de adultos, o que aponta uma noção, mesmo que pequena, destas crianças em meio aos
adultos, tendo de forma inconsciente e consciente a noção do certo e do errado e das
consequências. Contudo, um questionamento passa a aparecer nesse ponto: é importante
ensinar as crianças a ter autocontrole?

Nota-se que a agressividade não é apenas um fator que se aprende, mas também um fator
genético que envolve processos cognitivos complexos. Tendo consciência deste ponto
importante, é essencial que o autocontrole seja trabalhado de forma que, desde pequenas, as
crianças aprendam a lidar com as próprias emoções de formas pacíficas e controladas. É na
infância que o aprendizado do indivíduo perante a sociedade começa, portanto, é de suma
importância que as crianças não sejam levadas para um lado de subestimação: é necessário
entender que mesmo pequenas, as crianças tem uma capacidade de entendimento e portanto,
se não têm suas atitudes negativas cortadas, elas continuam a repetir o mesmo ato no
momento em que percebem que ele foi positivo de alguma forma para elas mesmas ou que
não gerou nenhum dano a elas, dessa forma, criando indivíduos que irão crescer sem
autocontrole e em uma provável fase de vida de difícil mudança e trabalho na mudança de
atitude e costumes de vida.

Segundo caso escolhido: criança grita muito ao presenciar situação onde outra criança
tenta pegar seu cavalinho de brinquedo
Neste caso, podemos observar que o modelo presente é o proativo e o reativo. Uma criança
foi proativa ao usar sua agressividade em prol de algo (o cavalinho) e em resposta (reativa)
a criança reage agressivamente diante de uma provocação. O diferencial de ambos os casos
citados neste trabalho é que o primeiro não teve um indivíduo agressor-provocador, mas em
contrapartida, neste caso temos um agressor-provocador e uma vítima que devolve a
provocação com um tipo de agressividade.

O que há em comum em ambos os casos, como dito anteriormente, é que ambas as


agressividades originaram de um estresse que originou de uma frustração. Como seres
humanos, somos multideterminados e constituídos por várias emoções, assim que
provocados, tendemos a devolver na mesma moeda, intensidade ou até mesmo em defesa.
No raciocínio deste caso, podemos concluir que: a criança, ao devolver a provocação com
uma agressividade, está utilizando do seu grito (agressividade) para expressar como ela se
sente (pode ser raiva ou até medo, dependendo da circunstância), é como se fosse uma
“defesa imediata” gerada de um reflexo, que pode ser inconsciente ou consciente.

Como a importância de combater a violência e a agressividade já na infância já foi citada


neste trabalho, não iremos citar novamente, mas reiteramos que independente da forma com
que a agressividade foi gerada, ela deve ser combatida utilizando o aprendizado do
pensamento crítico e da ciência da negatividade de atos prejudiciais consigo mesmo e com
os demais.

Conclusão
A agressividade é algo que está presente a depender da genética de cada indivíduo, no
entanto, a forma com que lidamos com as nossas frustrações, pode também ser um reflexo
do que aprendemos na nossa vivência em sociedade. “Violência gera violência, os fracos
julgam e condenam, porém os fortes perdoam e compreendem. – Augusto Cury”, com isso,
Augusto quis reiterar de certo ponto de vista que: uma sociedade violenta nunca quebra o
ciclo de violência, mais pessoas aprendem a responder com agressividade e a compreensão,
calma e pensamento crítico começam a desaparecer.

Portanto, o estudo profundo sobre a agressividade, suas origens, seus conceitos e suas forma
de combate são de extrema importância para o avanço da sociedade, criando indivíduos
com cada vez mais autocontrole, maturidade e sabedoria para lidar com conflitos e
sensações comuns existentes na vida e na integração humana. É quase inevitável, como
sociedade e indivíduos, evitarmos uma frustração ou uma emoção (que é o que nos constitui
como seres humanos críticos e racionais), é por esse motivo que o autocontrole e sua prática
são formas de tornar a vida mais satisfatória e justa de ser vivida.

Bibliografia:

Estudo da agressividade entre crianças na educação infantil -


https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/192970/naliati_am_me_sjrp.pdf?
sequence=3&isAllowed=y

Pensador - https://www.pensador.com/frase/MzU4ODA/

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