Você está na página 1de 8

Aula 2

Bases Epistemológicas,
Teóricas e Empíricas Como o cérebro representa a
da Psicoterapia informação
Cognitivo-Comportamental
1 2
43 43

Profª Andréia Cristina dos Santos Kleinhans

1 2

Representação do conhecimento Representação do conhecimento

Forma como o cérebro organiza as


3
43
4
43
informações de forma coerente e adaptativa

Creative Lab / Shutterstock

3 4

Representação
Representação
proposicional:
imagética
5 6
conceitos sobre
43 43

o limão

itaci / Shutterstock Banna_studio / Shutterstock

5 6

1
Como o cérebro codifica a informação? Como o cérebro codifica a informação?

(...) podemos compreender uma


“A ideia básica é que a representação se representação distribuída considerando o
manifestará na atividade de uma rede comportamento de apenas alguns. [...] a
distribuída de neurônios. Embora o número representação mental é o padrão relativo de
7
43
real de neurônios abrigando uma 8
43 ativação através de uma rede de neurônios;
representação no cérebro provavelmente padrões diferentes de ativação sinalizam
fique na ordem dos milhares de milhões, (...) representações diferentes” (Gazzaniga; Heatherton 2005, p.
253)

7 8

Princípios básicos da representação mental Princípios básicos da representação mental

As representações
mentais operam por Redução
dois princípios
básicos • Armazenamento de pontos dos objetos
representados e não dos objetos em sua
íntegra constitucional
9 10
• Estratégia darwiniana da mente humana que
43 43
produz a economia psíquica e evita o
esgotamento da memória e da capacidade do
Redução Distorção
processamento de informação

9 10

Princípios básicos da representação mental

Distorção
“A distorção, por sua vez, se refere ao fato Esquemas mentais
de o ato de representar em humanos ser
11
indissociável das impressões e variações 12
43 43

das emoções, dos afetos. É justamente pelo


componente afetivo que acabamos por
distorcer a realidade” (Caminha; Vasconcelos, 2003, p. 25)

11 12

2
Conceito de esquema segundo Jean Piaget Conceito de esquema segundo Beck

Um esquema é uma estrutura cognitiva que


processa a informação e que filtra, codifica e
avalia os estímulos aos quais o organismo é
submetido. Com base na matriz de esquemas,
13
43
14
43
o indivíduo consegue se orientar em relação
ao tempo e ao espaço, categorizando e
interpretando experiências de maneira
Meister Photos / Shutterstock
significativa

13 14

Características dos esquemas


Conceito de esquema segundo Beck
(Eysenck, 1994)
O termo esquema “tem sido utilizado para
descrever aquelas estruturas que integram São representações limitadas, distintas e
eventos e atribuem significado a eles. O unitárias de todos os eventos e objetos
conteúdo dos esquemas pode ter a ver com
relacionamentos pessoais, como atitudes em A ativação de parte de um esquema implica a
15
43
relação a si mesmo e aos outros, ou com 16
43
ativação da sua totalidade
categorias impessoais (por exemplo, objetos
São construídos no decurso das interações
inanimados). Esses objetos podem ser concretos
(uma cadeira) ou abstratos (o meu país)” com o ambiente
(Beck, Freeman e Davis, 2005, p. 38)

15 16

Características dos esquemas Características dos esquemas


(Eysenck, 1994) (Eysenck, 1994)
Podem conter conjuntos sobrepostos de
características, de modo que um input particular
Variam do mais concreto (esquema
pode ativar vários esquemas ao mesmo tempo
perceptivo) ao mais abstrato (categorias
Estão organizados hierarquicamente
gerais)
17 18
43 43 Esquemas são como programas de computador:
Operam de modo automático e não
possuem passos e regras e, quando ativados,
consciente
comportam-se da mesma maneira que um
software, rodando na íntegra

17 18

3
Estrutura dos esquemas
(Beck et al., 2005, p. 38)

Amplitude
Flexibilidade
Densidade
Nível de
ativação ou
Crenças nucleares
ou rigidez
valência
• Estreita • Capacidade • Sua relativa • Latentes
• Moderada de proeminência • Hipervalentes
19 • Ampla modificação na 20
43 organização 43
cognitiva

19 20

Crenças nucleares Crenças nucleares

“Começando na infância, as pessoas


“[...] As crenças centrais são o nível mais
desenvolvem determinadas crenças sobre si
mesmas, outras pessoas e seus mundos. Suas
fundamental de crença; elas são globais,
crenças mais centrais ou crenças centrais são rígidas e supergeneralizadas. Os
entendimentos tão fundamentais e profundos pensamentos automáticos, as palavras ou
21 que as pessoas frequentemente não os 22 imagens reais que passam pela cabeça da
43 43

articulam, sequer para si mesmas. Essas ideias pessoa, são específicos à situação e podem
são consideradas pelas pessoas como verdades
ser considerados o nível mais superficial de
absolutas, exatamente o modo como as coisas
‘são’” (Beck, 1997, p. 30) cognição” (Beck, 1997, p. 30)

21 22

Níveis de cognição Níveis de cognição

Pensamentos
automáticos

Crenças
intermediárias,
pressupostos
subjacentes (regras,
atitudes, suposições)

23 24
43 43
Crenças
nucleares ou
centrais
(esquemas)

Maks Narodenko / Shutterstock

23 24

4
Classificação das crenças centrais Classificação das crenças centrais

Crenças nucleares de
desamparo
(helplessness)
Crenças sobre ser
25
43 impotente, frágil, 26
43

vulnerável, carente,
desamparado, Africa Studio / Shutterstock

necessitado Torrenta Y / Shutterstock

25 26

Classificação das crenças centrais Classificação das crenças centrais

Crenças nucleares de desamor (unlovability)


Crenças sobre ser indesejável, incapaz de
27
ser gostado, incapaz de ser amado, sem 28
43 43
atrativos, imperfeito, rejeitado,
abandonado, sozinho
StunningArt / Shutterstock

27 28

Classificação das crenças centrais

Crenças nucleares de desvalor Crenças intermediárias


(unworthiness): crenças sobre ser incapaz,
29
incompetente, inadequado, ineficiente, falho, 30
43 43

defeituoso, enganador, fracassado, sem valor


(Knapp et al., 2004, p. 23)

29 30

5
Conceito de crenças intermediárias Como surgem as crenças intermediárias?

As crenças intermediárias são o segundo


nível de cognição
31
43 As crenças centrais influenciam o 32
43

desenvolvimento das crenças intermediárias

Monkey Business Images / Shutterstock

31 32

Como surgem as crenças intermediárias? Relação entre as crenças


Crenças
centrais

As interações com o mundo e com os outros


conduzem a determinados entendimentos ou Crenças
intermediárias
33
43
aprendizagens (crenças), que podem variar 34
43

em precisão e funcionalidade
Pensamentos
automáticos

33 34

Relação entre as crenças


“Muitas vezes, crenças intermediárias assumem
a forma de atitudes rígidas, regras ou
pressupostos sobre como o mundo funciona. Elas
Atitudes
muitas vezes assumem a forma de afirmações
condicionais, como ‘Se eu não conseguir A em
tudo, então eu sou um fracasso’ ou ‘Se ao menos
uma pessoa não gosta de mim, isso significa que
35 36
43 eu sou indesejável’. Repare que essas afirmações 43

são irrealistas e criam um padrão impossível com Suposição Regras


o qual o indivíduo precisa se conformar”
(Beck, 1997, p. 30)

35 36

6
Relação entre as crenças: exemplos
Regras/
Atitude Suposição
expectativas:
• “É horrível ser • “Eu devo • “Se eu Pensamentos automáticos
incompetente” trabalhar o trabalhar o
mais mais
arduamente arduamente
que puder o que puder,
37
43
tempo todo” posso ser 38
43
capaz de fazer
algumas coisas
que as outras
pessoas fazem
facilmente”

37 38

Definição de pensamentos automáticos Definição de pensamentos automáticos

“Pensamentos automáticos são um fluxo de


pensamento que coexiste com um fluxo de
39 40
43 43
pensamentos mais manifesto” (Beck, 1964)

Dean Drobot / Shutterstock

39 40

Características dos pensamentos Características dos pensamentos


automáticos (Stallard, 2008, p. 69) automáticos (Stallard, 2008, p. 69)

Distorcidos
Automáticos
• Eles simplesmente acontecem. Surgem • Quando você para e confere, descobre
41 sem que você tenha pensado neles 42
que eles não se ajustam realmente aos
43 43
fatos

41 42

7
Características dos pensamentos
automáticos (Stallard, 2008, p. 69)
Contínuos
• Você não escolhe tê-los e eles não podem ser
desligados. Parecem verdadeiros, parecem fazer
sentido, então você os aceita como verdadeiros
sem parar para desafiá-los e questioná-los. Pelo
43 motivo de os pensamentos automáticos parecerem 44
43 43
muito razoáveis, damos ouvidos a eles. Ficamos
muito familiarizados com eles porque lhes damos
ouvidos com muita frequência. Quanto mais os
ouvimos, mais acreditamos e os aceitamos como
verdadeiros

43 44

Você também pode gostar