Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Instagram @professordermevalfarias
Teoria Significativa da Ação
Dicas sobre a teoria significativa da ação- a estrutura jurídica da teoria do delito no modelo da
teoria significativa da ação passa a ser classificada segundo pretensões normativas,
considerando que a norma deve realizar uma pretensão de justiça do ponto de vista concreto.
Enquanto as pretensões de relevância e de ilicitude destinam-se à ação. A ação é compreendida
como categoria do direito penal, não constitui um evento, mas corresponde a interpretações que
podem ser atribuídas ao comportamento, tendo como parâmetro os diferentes tipos de regras
sociais. No modelo da teoria significativa da ação, analisa-se os elementos subjetivos do injusto
(dolo e culpa) dentro da pretensão de ilicitude.
A terceira fase da pretensão normativa, chamada de pretensão de
reprovação, dirige-se ao autor, que realizou a ação ilícita, quando poderia
comportar-se de outro modo, mas afirma-se que não se parte da premissa
do livre arbítrio, uma vez que a ação corresponde a um atuar
incondicionado pelo meio. A pretensão de reprovação, conhecida na
doutrina tradicional como juízo de culpabilidade, possui duas condições
no modelo da teoria significativa da ação: a imputabilidade, que consiste
na capacidade de o agente ser reprovado; e a consciência da ilicitude de
sua ação. As três primeiras pretensões (relevância, ilicitude e
reprovabilidade) formam o conteúdo material da infração penal.
Como última etapa do processo de pretensão de validade normativa,
surge a pretensão de necessidade de pena, com a proposta de uma
visão da punibilidade em sentido amplo.
Teoria Significativa da Ação
Envolve uma crítica aos modelos finalista e funcional-teleológico.
Ação= interpretações que podem ser atribuídas ao comportamento, tendo como parâmetro os diferentes tipos de regras
sociais.
Os elementos subjetivos do injusto (dolo e culpa) são analisados dentro da pretensão de ilicitude.
A terceira fase da pretensão normativa, chamada de pretensão de reprovação, dirige-se ao autor e possui duas
condições no modelo da teoria significativa da ação: a imputabilidade, que consiste na capacidade de o agente ser
reprovado; e a consciência da ilicitude de sua ação.
As três primeiras pretensões (relevância, ilicitude e reprovabilidade) formam o conteúdo material da infração penal.
Última etapa do processo de pretensão de validade normativa, surge a pretensão de necessidade de pena, com a
proposta de uma visão da punibilidade em sentido amplo.
QUESTÃO SOBRE A TEORIA SIGNIFICATIVA DA AÇÃO
1- (QUESTÃO DO PROFESSOR DERMEVAL FARIAS) Com relação à culpabilidade nas
teorias do crime, marque a assertiva correta:
A) na teoria causal clássica, guiada pela teoria psicológica-pura, a culpabilidade é
formada pelos elementos dolo, culpa e imputabilidade;
B) na teoria causal neoclássica, com base na teoria psicológica-normativa, a
culpabilidade apresenta os seguintes elementos: dolo, culpa; potencial consciência da
ilicitude; exigibilidade de conduta diversa;
C) no funcionalismo sistêmico, a culpabilidade e a necessidade de penal integram o
conceito de responsabilidade;
D) na teoria finalista, com base na teoria normativa pura, a culpabilidade apresenta os
seguintes elementos: imputabilidade; dolo, culpa; potencial consciência da ilicitude;
exigibilidade de conduta diversa;
E) na teoria significativa da ação, a pretensão de reprovação, conhecida na doutrina
tradicional como juízo de culpabilidade, possui duas condições no modelo da teoria
significativa da ação: a imputabilidade, que consiste na capacidade de o agente ser
reprovado; e a consciência da ilicitude de sua ação.
RESPOSTA DA QUESTÃO 1: Letra E corresponde à resposta correta. Conforme visto no
tópico sobre teoria significativa da ação, a culpabilidade faz parte, nessa teoria, da
pretensão de reprovação, sendo formada por imputabilidade e potencial consciência da
ilicitude. Não existe, portanto, na culpabilidade da teoria significativa da ação a
categoria jurídica exigibilidade de conduta diversa. A letra A está incorreta, uma vez
que, na teoria causal clássica, a culpabilidade está ancorada na teoria psicológica pura e
é formada pelos elementos dolo e culpa, sendo a imputabilidade mero pressuposto. A
letra B está errada porque a culpabilidade da teoria causal neoclássica, alicerçada na
teoria psicológica-normativa, não possui potencial consciência da ilicitude, mas possui
imputabilidade, dolo (normativo), culpa e exigibilidade de conduta diversa. A letra C
está errada porque a definição dada é de funcionalismo teleológico e não de
funcionalismo sistêmico. A letra D está errada porque dolo e culpa não fazem parte da
culpabilidade do finalismo, mas integram a conduta, estão dentro da tipicidade. (GOMES
FILHO, Dermeval Farias. Dogmática Penal: fundamento e limite à construção da jurisprudência
penal no Supremo Tribunal Federal. Salvador: Juspodivm, 2019).
QUESTÃO SOBRE A TEORIA SIGNIFICATIVA DA AÇÃO
2- MPGO- Promotor de Justiça - Questão aberta 2014- Fale sobre a TEORIA DA
AÇÃO SIGNIFICATIVA.
Sugestão de resposta (vide resumo da teoria da ação significativa tratado no
tópico anterior)
QUESTÃO SOBRE A TEORIA SIGNIFICATIVA DA AÇÃO
3- MPPR- Promotor de Justiça - Questão aberta 2014- Discorra sobre a Teoria
Significativa da Ação e aborde os pontos principais nos quais esta se diferencia
da Teoria Finalista da Ação
Sugestão de resposta (vide resumo da teoria da ação significativa tratado no
tópico anterior e também as com siderações sobre finalismo que apresentamos
na aula)
DIREITO PENAL: PARTE GERAL
Instagram @professordermevalfarias
EMENTA DE AULA