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BARTHÉLEMY, Dominique. “O elitismo carolíngio”. In: A cavalaria.

Da Germânia antiga à
França do século XII. Campinas: Editora da Unicamp, 2010, p. 93-143.

2 O elitismo carolíngio

 O desenvolvimento da cavalaria e sua identificação com a nobreza datam aos séculos


VIII e IX p. (93)
 O período carolíngio pode ter atrasado o desenvolvimento dos cavaleiros p. (93-94)
 Miles e Militia afloram no contexto do século IX, no “renascimento carolíngio” p.
(94)
 Vassus, vassalo e eques, cavaleiro
 Após 585 há uma certa fragilidade e guerras civis que abalam ao estado merovíngio
 A “disciplina cristã” se enraíza no reino franco em 614 p. (95)
 Desde o reinado de Dagoberto (629-639), os reis e condes devem proteger a Igreja e
os pobres, que são, geralmente, mais oprimidos que protegidos
 Por volta de 600 os guerreiros não são mais enterrados com armas, somente no século
IX é possível conceber o armamento destes nas imagens

Os "cavaleiros” da Francia

 Os cavalos são utilizados pelos senhores e seus vassalos cavaleiros, não para puxar a
“charrua” p. (96)
 Editos reais são chamados capitulares e polípticos são registros e inventários
 Lavragem e pastagem por volta de 800 alimentam a população da Francia p. (97)
 A propriedade de um cavalo classifica um homem como elite
 Um capitulário de 792 determina que 12 mansos é reputação para um cavaleiro e 4
para um infante
 O equipamento dos cavaleiros evolui com o tempo p. (98)
 A lança é a arma mais carregada pelos infantes, junto com o escudo de madeira p.
(99)
 Os vassalos ricos de 12 mansos têm a brunia feita de couro
 A supremacia do cavaleiro na história medieval é um mito e sua existência é
condicionada ao apoio financeiro de um rei ou magnata p. (101)
 O laço entre cavalaria e vassalidade é muito claro p. (102)
 A norma e o dever da lealdade sacralizado pela moral cristã diminuem o livre arbítrio
do cavaleiro, que deve seguir o comando do seu senhor
 A vassalidade implica uma pequena sociedade que irá seguir os acordos, ritos e
fórmulas estabelecidos pelo senhor p. (103)

As guerras de Carlos Magno

 A ideologia carolíngia pratica “vinganças” coletivas e públicas contra os males


causados ao povo franco por seus vizinhos p. (104)
 A guerra é uma operação sazonal
 A expansão franca do século VIII tinha por objetivo reestabelecer as terras antes
dependente dos merovíngios p. (105)
 As guerras francas do século VIII proporcionaram o repertório para as epopeias
francesas do século XII p. (106-107)

O poema de Ermoldo, o negro

 O cavalo é o recurso máximo para os francos, para o uso e o valor simbólico que
detém p. (113)
 O cavalo era tão importante para um franco que seus familiares poderiam ser
assassinados e este não entregaria o cavalo p. (114)

O imperador e as duas milicias

 Roupa tradicional dos francos: camisa e calção, túnica, ligaduras em torno das pernas
e colete de pele p. (118)
 A primeira entrega de espada ao rei é um rito, que não ocorre aos condes p. (119)
 O governo carolíngio se acomoda sobre uma “aristocracia de império”, que ele
acomoda e o limita p. (120)
 Carlos Magno reinou entre 800 e 814
 No reinado de Luis, o Pio, o governo acredita que os condes, vassalos reais, bispos e
abades devem ajudar aos pobres e as Igrejas, para que isso aconteça este estabelece
um capitulário em 823-825 p. (122)
 Criação de duas milícias distintas, uma militar e outra civil p. (123)
 Metáfora cristã que a estabelece como a terceira milicia
 As duas milicias, secular e do clero, tem, respectivamente, o rei como senhor e
patrocinador e fiel p. (124)
 Harmiscara: Rito de desonra notado a partir de 830, no qual o vassalo carrega a sela
do animal sobre as costas
 As armas são o símbolo de uma elite única que ao mesmo tempo também a legitima p.
(125)

A guerra entre irmãos

 Em 817, o edito de Luis, o Pio dividiu os territórios da Francia entre seus três filhos,
sendo que o mais velho Lotário ficaria com o título de imperador e a Francia e seus
irmãos, Pepino e Luis, as regiões periféricas p. (127)
 Carlos nasce em 823, e Luis, o Pio, pega parte das terras de Lotário para dar ao novo
filho
 Após anos de guerras indiretas, para não matar os nobres, Luis, o Pio, é preso por
Lotário e acaba morrendo em 840 p. (128)
 A batalha de Fontenoy, vencida por Carlos, o calvo e Luis, o germânico, ocorre em
841, contra Lotário e Pepino II, da Aquitania p. (129)
 Um jogo de batalhas entre os exércitos de Carlos e Luis ocorria como divertimento p.
(131)
 O tratado de Verdun (843), estabelece a paz entre os três irmãos

Em face dos normandos

 Pepino II, da Aquitania, sobrinho de Lotário, foi deserdado com o acordo de Verdun e
se uniu a outros para se vingar p. (133)
 O rei e os condes defenderam o território dos ataques normandos, em alguns casos
houve somente a fuga p. (134)
 A elite carolíngia prefere se abrir ao nobre estrangeiro a emancipar seus camponeses

Os primórdios da guerra feudal

 Eudes foi um conde que conseguiu acumular poder domínio, e que desde 887
ofuscava o poder real p. (139)
 As cidades, grandes castelos, abrigam a elite durante as guerras e parte dos
“trabalhadores”, é vítima de hostilidades dos protetores p. (140)
 A guerra entre cristãos é menos violenta, se comparada aos normandos p. (141)
 A guerra feudal acontece por meio do confronto jurídico, entrecortada por
assembleias (896) p. (143)

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