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EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DESEMBARGADORES DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DA CIRCUNSCRIÇÃO DE BRASÍLIA

RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRISTO

RECORRENTE: OSWALDO
RECORRIDO:
PROCESSO Nº:

Egrégio Tribunal de Justiça,


Colenda Câmara,
Ínclitos Desembargadores,

Em que pese a respeitável decisão do Excelentíssimo Juiz de Direito a quo, não merece
prosperar a pronúncia do recorrente pelas razões fáticas e jurídicas a seguir expostas, vejamos:

I.DOS FATOS:
O réu foi preso no dia 10 de outubro de 2015 por ter, supostamente, infringido os artigos 121
§2º, IV, do Código Penal, pois o acusado em uma briga, causou na vítima ferimentos
gravíssimos que provocaram a sua morte, razão pela qual o Ministério Público requereu o
recebimento da denúncia, com citação do réu a fim de que se veja processar pelos fatos aduzido
Em fase de inquérito, testemunhas presenciaram a ocorrência do crime, mas nada informaram
acerca da autoria e materialidade do referido delito. O juiz da 1º Vara do Tribunal do Juri de
Brasília, em 20 de novembro de 2015 recebeu a inicial acusatória. Regulamente citado,
apresentou resposta.
O feito correu regulamente até a Audiência de Instrução e Julgamento onde foram produzidas
provas orais. O magistrado proferiu a sentença de pronúncia nos termos da denúncia.

II.DO DIREITO

Segundo a testemunha ocular Roberta que presenciou a ocorrência dos fatos, confirmou ser
Oswaldo o autor do homicídio, entretanto diz:
ele precisou agir daquela forma, pois Tiago estava com uma arma de fogo e intentava mata-lo,
já que eram inimigos há muito tempo. Ainda afirmou que Tiago, ao chegar no Bar do Visconde,
gritou para todos que estavam no recinto que iria “dar cabo à vida” ditas as palavras Tiago
foi para cima do réu que, após entrarem em luta corporal, conseguiu pegar a arma da vítima,
desferindo dois disparos suficientes para cessar a agressão.
Assim, verifica-se que o Recorrente, em situação de iminente perigo, agiu repelindo injusta e
iminente agressão, tendo usado a arma da própria vítima em reação imediata, buscando proteger
seu maior patrimônio a sua própria vida.
As testemunhas dos fatos corroboram e não deixam dúvidas sobre a veracidade da alegação de
que o Recorrente agiu em legítima defesa.
Dispõem os artigos 23 e 25, ambos do Código Penal, respectivamente:
“Não há crime quando o agente pratica o fato:
II- em legítima defesa; “
"Entende-se legítima defesa, quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem".
Portanto, presentes os requisitos que autorizam a aplicação da exclusão da ilicitude pela
legítima defesa.

III. DO PEDIDO

Ante o exposto, com fundamento no art. 581, IV, do Código de Processo Penal requer:
a) que seja conhecido e provido o presente recurso, para absolver o recorrente, como medida de
justiça.

Termos em que
Pede deferimento.

10/09/2022
Advogado, OAB xxxx

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