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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE

DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO GOIÂNIA/GO

Recorrente, já qualificado nos autos da Apelação Criminal em destaque, vem, com o


devido respeito a Vossa Excelência, por intermédio de seu patrono, alicerçado no art.
105 inc. III alínea “a” da Constituição Federal, bem como com supedâneo no art. 255,
caput, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça c/c art. 1.003 §
5°do Código de Processo Civil, interpor o presente.

RECURSO ESPECIAL CRIMINAL

Em face da negativa de vigência e contrariedade à lei federal, requer esta Presidência


conheça e admita este recurso, com a consequente remessa ao Egrégio Superior
Tribunal de Justiça.

Solicita que Vossa Excelência determine, de logo, que a parte recorrida responda,
querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre os termos do presente. (CPC, art. 1.030,
caput)

Respeitosamente, pede deferimento.


Goiânia/GO, 12 de novembro de 2022
Advogado/OAB
RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL

Recorrente:
Apelação Criminal nº

EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA


PRECLARO MINISTRO RELATOR

1. DOS FATOS

 O Recorrente fora condenado pelo d. Juiz de Direito da 00ª Vara Criminal da Cidade
Goiânia/GO, em decorrência de roubo (CP, art. 157, caput)

  O Tribunal de Origem acolheu, in todo, a sentença condenatória.

Ao apreciar a pena-base, em decorrência do recurso apelatório da defesa, na primeira


fase da dosimetria, destacou ser o réu primário e, ainda, com circunstâncias judiciais
favoráveis. Acertadamente, nesse ponto, a pena-base fora estabelecida no mínimo. Para
o caso em vertente, a pena de 4 (quatro) anos.

Entretanto, ao estabelecer o regime inicial do cumprimento da pena, confirmando o que


antes adotado pelo juiz monocrático, processante do feito, não se apoiou aos preceitos
expostos no art. 33 c/c art. 59, um e outro do Estatuto Repressivo. É dizer, ratificou a
imposição do regime inicial fechado, contudo alicerçado, e tão só, valoração própria
quanto à gravidade abstrata do crime de roubo.
 Deste modo, certamente houve error in judicando. Há notória inadequação do regime
inicial do cumprimento da pena.

2. DO DIREITO

2.1 Violação de norma federal

 Como se pode extrair dessa simples exposição, quanto ao estabelecido regime inicial do
cumprimento da pena, fixado na decisão hostilizada, certamente houve indevida
agravação.

Neste caso concreto, vale lembrar que a individualização da pena obedece ao sistema
trifásico. Nesse sentido, o inaugural cumprimento da pena deve ser apurado à luz do que
rege o art. 33 § 3º do Estatuto Repressivo, o qual, por seu turno, remete aos ditames do
art. 59 do mesmo diploma legal.

Conquanto, o Tribunal local errou ao apegar-se à gravidade abstrata do delito. Com


efeito, exasperou o regime inicial do cumprimento da pena, confirmando a sentença
monocrática condenatória.

Deste modo, é fácil perceber a fragilidade dos argumentos expostos. O Tribunal


destacou, a justificar o aumento, que o crime fora praticado “em público”, “provocara
pânico”, com “grave ameaça”. Afrontou, por isso, sem dúvida, o princípio da
individualização da pena.

 Estabelecida, então, essa perspectiva do debate, o acórdão deve ser reformado, bem
como a sentença de origem. Nesse cenário, insta redimensionar-se o regime inicial para
cumprimento da pena para semiaberto, mediante as condições a serem estipuladas pelo
juízo de execuções penais.  
Nestes termos, pede deferimento
Goiânia/GO, 12 de novembro de 2022
Advogado/OAB

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