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Alimentos transgênicos

Alimentos transgênicos são aqueles produtos que tiveram seu DNA modificado pela
inserção de um ou mais genes oriundos de outro organismo.
Nesse contexto, uma planta de berinjela transgênica produz um alimento
transgênico, que é a berinjela. No entanto, muitos alimentos industrializados
produzidos a partir de grãos ou óleo de soja, podem utilizar matéria-prima
transgênica e são considerados alimentos derivados de transgênicos. Além disso,
diversos alimentos empregam organismos transgênicos durante o seu
processamento, a exemplo de vitaminas e queijos produzidos por microrganismos
transgênicos.

No entanto, a soja e o milho representam 81% de toda área cultivada com


variedades transgênicas. No Brasil, apenas as variedades de soja, milho, algodão e
cana-de-açúcar são cultivadas para produção de alimentos.
Caso tenha estranhado com a presença do algodão na lista, não se assuste, pois a
semente dessa planta também pode ser utilizada na produção de óleo para a
indústria alimentícia.
As plantas não são os únicos alimentos transgênicos
Até a década de 70, a quimosina (enzima que faz com que o leite se solidifique e
vire queijo) era extraída do estômago de bezerros alimentados apenas com leite.
Graças à transgenia, foi possível, na década seguinte, isolar o gene que produz
essa enzima e inseri-lo numa levedura.
A partir de então, a obtenção de quimosina a partir de bezerros passou a ser rara.
Inclusive, a enzima obtida por microrganismos transgênicos é mais eficiente para a
coagulação do leite.
Além de microrganismos e plantas, foi aprovado em 2015, nos Estados Unidos, o
salmão transgênico. Trata-se do primeiro animal transgênico liberado para o
consumo humano. Esse salmão chega ao tamanho comercial em 18 meses, em vez
de 30, como acontece com o salmão convencional. Isso pode ajudar a abastecer o
mercado consumidor, cuja demanda é cada vez maior.
Quer conhecer outros alimentos que podem conter ingredientes transgênicos e
possam estar na sua dispensa?

Alimentos transgênicos não fazem mal a saúde


É um grande engano pensar que alimentos transgênicos possam fazer mal à saúde
humana, animal ou até mesmo ao meio ambiente.
Esse tipo de afirmação sobre os produtos derivados de OGMs não possuem
embasamento científico, ou seja, são “fake news” e essas sim podem fazer mal à
sociedade, pois atrasam o desenvolvimento de tecnologias importantes e que
podem salvar vidas, como é o caso do Arroz dourado.
Sabemos que os produtos transgênicos são aqueles que tiveram seu DNA
modificado pela introdução de um gene ou mais genes de outro ser vivo. Um gene,
nada mais é do que uma pequena sequência de DNA.
O DNA está presente em todas as células de todos os organismos, incluindo todas
as plantas e animais utilizados como alimentos. Estima-se que são consumidos
entre 0,1 e 1 grama de DNA em nossa dieta todos os dias através de alimentos
provenientes de vegetais e fontes animais.
Portanto, a adição de uma sequência de DNA – que inclusive já se faz presente na
natureza – não deve ser uma preocupação de segurança alimentar.
Inclusive, décadas de pesquisa indicam que o DNA na dieta não tem toxicidade,
pois é extensamente quebrado durante a digestão e a probabilidade de ácidos
nucléicos exógenos serem incorporados ao DNA de consumidores é considerada
nula.
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já afirmou que os alimentos
transgênicos comercializados não apresentam riscos à saúde humana.
Esse produto é transgênico?
Os produtos que contêm transgênicos, do ponto de vista da aparência, são iguais
aos não modificados. No Brasil, entretanto, o Decreto 4.680 de 2003 determina que
os alimentos contendo ingrediente transgênico em sua composição devem ser
rotulados. Em 2016, a rotulagem ganhou informação adicional, quando o Tribunal
Regional Federal, estabeleceu que os alimentos que contêm transgênicos ou são
produzidos a partir deles devem ser rotulados independentemente do percentual na
sua composição.
A regulamentação em vigor estabelece que a rotulagem deve conter:
símbolo de transgênico na embalagem. A representação é um triângulo amarelo,
com a letra T dentro;
frase “produto produzido a partir de soja transgênica” ou “contém soja transgênica”;
nome da espécie doadora do gene junto à identificação dos ingredientes ou sigla
OGM (Organismo Geneticamente Modificado).
É importante ressaltar que a rotulagem não tem relação com a biossegurança dos
transgênicos, mas sim com o direito à informação do consumidor. Além disso, é
válido lembrar que as alterações genéticas realizadas em organismos transgênicos
são pontuais e o gene inserido é formado pelo mesmo DNA encontrado em
qualquer ser vivo.
Dessa forma, quando consumidos por animais ou por seres humanos, são digeridos
da mesma maneira que um alimento não transgênico.
Alimentos transgênicos são seguros
Estima-se que grande parte dos alimentos processados e bebidas contenham pelo
menos um ingrediente derivado de soja e milho. Além disso, há muitos anos
bactérias, leveduras e fungos transgênicos atuam diretamente nos processos de
fermentação, preservação e formação de sabor e aromas de comidas e bebidas.
Diversos estudos já mostraram que as ferramentas empregadas na produção de
transgênicos não causam riscos à saúde, sendo que nenhum efeito adverso foi
observado após mais de 25 anos de adoção e consumo.
Dessa forma, é necessário fazer com que as informações sobre alimentos
transgênicos cheguem de forma clara para a população. Com isso, será possível
promover essas tecnologias em países com altos índices de carência nutricional,
evitando os atrasos como o do arroz dourado. Um alimento que poderia estar
disponível impedindo casos de perda de visão em crianças subnutridas na Ásia.

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