O documento trata de dois casos judiciais sobre citação de empresas. No primeiro caso, a citação por edital foi considerada nula por não terem sido realizadas diligências para localizar o sucessor da empresa executada. No segundo caso, foi considerada válida a citação de sócio sem poderes de gestão diante do encerramento irregular das atividades da empresa e ocultação do sócio administrador.
O documento trata de dois casos judiciais sobre citação de empresas. No primeiro caso, a citação por edital foi considerada nula por não terem sido realizadas diligências para localizar o sucessor da empresa executada. No segundo caso, foi considerada válida a citação de sócio sem poderes de gestão diante do encerramento irregular das atividades da empresa e ocultação do sócio administrador.
O documento trata de dois casos judiciais sobre citação de empresas. No primeiro caso, a citação por edital foi considerada nula por não terem sido realizadas diligências para localizar o sucessor da empresa executada. No segundo caso, foi considerada válida a citação de sócio sem poderes de gestão diante do encerramento irregular das atividades da empresa e ocultação do sócio administrador.
Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria
remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para resposta, o endereço do juízo e o respectivo cartório. § 2º Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de correspondências.
Nesse sentido é o entendimento do TJDFT:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CITAÇÃO POR EDITAL
REALIZADA NO FEITO EXECUTIVO. BUSCA PELO SUCESSOR DA EMPRESA EXECUTADA. DILIGÊNCIA NÃO REALIZADA. NULIDADE CONFIGURADA. TEORIA DA CAUSA MADURA. INEXISTÊNCIA DE CONTRADITÓRIO. NÃO APLICAÇÃO. SENTENÇA CASSADA. 1. É cediço que a citação por edital constitui medida excepcional e somente pode ser adotada quando expressamente ficar configurada a impossibilidade de localização da parte executada. 2. Embora tenha sido realizado consulta nos sistemas informatizados disponibilizados por este Tribunal de Justiça para localização da empresa executada, não foram promovidas diligências na busca do paradeiro do representante e sucessor da empresa, dispondo o exequente de meios para encontrá-lo, mormente pela indicação de seus endereços na Junta Comercial e no Contrato de Prestação de Serviços que deu origem ao cheque exequendo. 3. Sendo deferida tão somente em virtude da não localização da empresa executada no endereço indicado no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, e não sendo o representante da empresa executada sequer procurado, a citação por edital promovida no feito executivo padece de nulidade. 4. Nula a citação editalícia, os embargos à execução apresentados são tempestivos, razão pela qual a cassação da sentença, que rejeitou liminarmente os embargos por intempestividade, é medida que se impõe. 5. Configura-se a impossibilidade do julgamento do processo por este Tribunal com base na aplicação da teoria da causa madura, prevista no §3º do artigo 1.013 do Código de Processo Civil, quando a sentença foi exarada liminarmente e não houve a citação do embargado, sob pena de violação ao contraditório e à ampla defesa. 6. Recurso de Apelação conhecido e provido. Sentença cassada. (Acórdão 1105183, 20160110878712APC, Relator: NÍDIA CORRÊA LIMA, 8ª TURMA CÍVEL, data de julgamento: 14/6/2018, publicado no DJE: 26/6/2018. Pág.: 358/380) Num. 68304696 - Pág. 3
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CITAÇÃO DA EMPRESA EXECUTADA. FRUSTRAÇÃO. ENCERRAMENTO IRREGULAR DA ATIVIDADE COMERCIAL. LOCALIZAÇÃO DO SÓCIO ADMINISTRADOR. INVIABILIDADE. CITAÇÃO DO SÓCIO SEM PODERES DE REPRESENTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA. VIABILIDADE. MEDIA ADEQUADA E RAZOÁVEL PARA A CIENTIFICAÇÃO DA EXECUTADA ACERCA DA EXISTÊNCIA DA LIDE. CITAÇÃO FICTA POR EDITAL. NÃO RECOMENDAÇÃO. MEDIDA ADEQUADA APENAS QUANDO ABSOLUTAMENTE INVIÁVEL A CITAÇÃO PESSOAL DA PARTE ACIONADA. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. 1. A jurisprudência desta egrégia Corte de Justiça tem se inclinado no sentido de ser admitida a citação da pessoa jurídica na pessoa de seu sócio minoritário, mesmo sem poderes de administração da sociedade, em hipóteses excepcionais, em que se verifica que este é o único meio hábil para o aperfeiçoamento da relação processual 2. Na hipótese, diante da evidência de que a agravada promoveu o encerramento irregular de suas atividades comerciais, e diante da constatação de que o sócio majoritário, e administrador da sociedade, vem se ocultando, se revela admissível a citação pessoal da empresa ré na pessoa de seu sócio minoritário, na esteira do entendimento sufragado por este egrégio Tribunal de Justiça. 3. A citação da pessoa jurídica na pessoa de um de seus sócios, ainda que sem poderes de administração, possui maior efetividade do que a citação editalícia, possibilitando a efetiva cientificação da parte ré acerca da existência da lide e o exercício de defesa que lhe é assegurando, devendo a citação por edital da empresa ré ficar reservada apenas paras as hipóteses em que é absolutamente inviável a citação pessoal dos integrantes da sociedade 4. Aplicam-se os princípios da instrumentalidade das formas e da lealdade e boa fé processual, para se admitir como válida a citação da pessoa jurídica na pessoa de seu sócio, ainda que este não seja seu representante legal, quando a empresa encerra irregularmente suas atividades comerciais, e obsta a localização do sócio administrador (art. 1.022 do CC). 5. Não sendo possível a localização do representante da empresa que encerra furtivamente suas atividades, enquanto o sócio administrador adota conduta para se esquivar da citação judicial, a citação na pessoa do outro sócio se mostra o único meio hábil para citar a empresa, e é suficiente para atingir seu desiderato, não havendo nulidade a ser reconhecida, por força do art. 244 do CPC. 6. Recurso conhecido e provido. (Acórdão 878157, 20150020056860AGI, Relator: ALFEU MACHADO, 3ª TURMA CÍVEL, data de julgamento: 2/7/2015, publicado no DJE: 8/7/2015. Pág.: 213)