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Universidade de Brasília

FACE - Departamento de Administração


Prof. Iuri Ribeiro Nobre
Metodologia Científica Aplicada

Arlindo Sousa Siqueira - 211050697


Breno Macêdo Rodovalho - 211050893
Davi Aben Athar - 211035224
Davi Pires Barcelos - 211050768
Jonas Chaves - 211050552

A PROCRASTINAÇÃO COMO FATOR RELEVANTE PARA A PRÁTICA DE


ATIVIDADES FÍSICAS

Brasília, 2022
1. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

Nos últimos anos, é perceptível o anseio de indivíduos em ingressar em uma


prática ativa de atividades físicas em seu cotidiano, buscando melhorar a aptidão
física e, consequentemente, sua qualidade de vida. A atividade física tem como
objetivo capacitar o praticante em suas tarefas do dia-a-dia, fazendo com que as
mesmas sejam realizadas sem desgastes orgânicos exagerados (PELLEGRINOTTI,
2012).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2006), a prática ativa de
exercícios físicos é um importante acessório para a promoção da saúde humana,
além de apresentar inúmeros benefícios para a mesma, dentre eles, a prevenção de
doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, obesidade, assim como é capaz
reduzir a ansiedade, o estresse e a depressão (RODRIGUES, 2022).
Apesar da conscientização da importância de exercícios físicos e benefícios
oferecidos por sua prática, muitos indivíduos optam por não ingressarem em uma
vida ativa de atividades físicas e isso pode estar relacionado com um
comportamento comum que afeta grande parte da população: a procrastinação.
O comportamento da procrastinação caracteriza-se pelo não cumprimento e
adiamento de uma tarefa ou distrações desnecessárias em realizá-la, na qual está
relacionado ao surgimento de emoções negativas e variáveis de baixa-autoeficácia
(Akerlof, 1991; Boice, 1996; Ellis & Knaus, 1977; Fer- rari, Johnson & McCown,
1995; Hamasaki & Kerbauy, 2001; Knaus, 2000; Milgram, Sroloff & Rosenbaum,
1988; Strongman & Burt, 2000 apud Gouveia et al., 2014). O fenômeno é
responsável por doenças subjacentes tais como ansiedade e depressão, além de
desconfortos psicológicos como a angústia, a culpa e a vergonha, sendo assim, algo
que reflete significativamente no desempenho individual de quem o pratica (Bischoff,
2021).
Alguns estudos, como de Dewitte, Schouwenburg ( 2002, apud CODINA;
PESTANA; VALENZUELA; GIMENEZ, 2020) revelam que o hábito da
procrastinação está ligado a má gestão de tempo, porém, quando associada a uma
atividade do cotidiano, onde é feita todos os dias de modo regular, esta prática vem
a acontecer menos. No que se refere a relação entre a prática de atividade física e
procrastinação, o fenômeno acontece da mesma forma: com um maior investimento
em práticas de exercícios físicos, a tendência a procrastinar é menor, de outro
modo, quando este investimento em exercícios físicos é mínimo, a procrastinação
vem a acontecer de forma mais presente. (CODINA; PESTANA; VALENZUELA;
GIMENEZ, 2020)
Por isso, esta revisão literária propõe-se a investigar a relação entre o fator
da procrastinação com o fator “atividade física”, ambos sendo determinantes em
questões fundamentais da rotina de um indivíduo.

1.2 Problema

Diante desta exposição, para entender a possível relação entre a


procrastinação e prática de atividade física, apresenta-se o problema de pesquisa
em que o estudo busca responder o anseio que move o desejo da prática de uma
atividade físico-motora e a luta constante para realizá-la. Nos casos observados e
nas citações utilizadas, é possível observar que o fator da determinação, em sua
maioria das vezes, é até presente na rotina de um iniciante na área de
exercícios/musculação, porém o que se questiona é a duração que esta sede por
mudança impulsiona as pessoas a correrem atrás de suas idealizações; seja na
busca de um corpo esteticamente bonito ou por questão de saúde. Coloca-se em
questionamento, portanto, as motivações e influências necessárias que se
coloquem em prática para obter tais resultados; formando-se uma pergunta: Como
esta procrastinação poderia ser explicada e dissecada, provando que, na
maioria das vezes, não há fundamento para tal ação?

1.3 Objetivos

O objetivo geral deste artigo consiste na exploração das possíveis influências


que a prática de Atividades Físicas exerce na atitude procrastinadora em indivíduos
considerados procrastinadores. Para isso, utilizar-se-á de fontes documentais de
caráter científico, deste modo, poderá ser realizada uma análise que chegue a
resultados satisfatórios a respeito do tema sugerido, sendo possível a compreensão
do motivo de existir empecilhos para o ingresso em atividades físicas.
Como objetivo específico, será feita a análise a respeito da gestão do tempo
como fator isolado no processo do ato de procrastinar, e como este fator pode ser
predominante ao combate deste tipo de conduta se for bem administrado.

1.4. Relevância

Em nossa sociedade atual, observamos uma busca cada vez mais constante
no que se refere à conquista do tão desejado “físico dos sonhos”, em que a
dedicação e adaptabilidade às novas rotinas se mostram essenciais ao adquirir uma
prática contínua neste mundo da atividade física. Ao nos basearmos em artigos
elaborados por alguns autores como Daniel Menegon e Glaucia Daiana, entre
outros, que escreveram sobre “musculação na educação física escolar”;
observamos que, conforme os estudantes foram se sentindo cada vez mais à
vontade dentro de um ambiente escolar que pratica atividades físicas regulares,
mais propícios eles eram de interagir socialmente na própria escola, de maneira que
as capacidades sociais eram aprimoradas consideravelmente, com uma elevação
da própria auto estima dos estudantes e da confiança que eles obtinham ao se
dedicarem continuamente à musculação.
Observando também artigos como: “Musculação, aspectos fisiológicos,
neurais, metodológicos e nutricionais”, escrito por Alan de Carvalho, Rodrigo
Ramalho, pode-se notar esta continuidade na obtenção de uma maior saúde
mental, principalmente entre os jovens. Os autores abordam principalmente as
consequências e determinadas relevâncias que a adoção de uma vida regrada na
disciplina tem na vida das pessoas, que acabam tendo comportamentos mais
ordenados e disciplinados em relação à toda e qualquer tarefa que é realizada em
suas rotinas. É notório, portanto, a conquista de uma vida saudável e regrada que a
prática de musculação pode oferecer ao indivíduo que a exerce; em seu começo,
pode parecer uma tarefa extenuante e árdua, mas, se mantida a determinação e
foco, a vida saudável e uma auto estima digna de respeito de todos espera quem
realizar estas atividades físicas.
1.5. Estrutura das seções do artigo

Após a introdução, o artigo é composto por: capítulo 2, onde é apresentado o


referencial teórico, onde serão apresentados discussões de autores referentes ao
tema abordado, além de fundamentar o processo de construção do artigo científico

2. REFERÊNCIAS

GOUVEIA, Valdiney V. et al. Escala de Procrastinação Ativa: evidências de validade fatorial e


consistência interna. Psico-USF, v. 19, p. 345-354, 2014.

BISCHOFF, Franciele. Comportamento de procrastinar e a Inflexibilidade Psicológica: Um


estudo correlacional e de mediação. 2021.

Dewitte, S.; Schouwenburg, H.C. Procrastination, temptations, and incentives: The struggle
between the present and the future in procrastinators and the punctual. Eur. J. Pers. 2002, 16,
469–489.

Pellegrinotti IL. ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE: A IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO SAÚDE DO


SER HUMANO. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 15º de outubro de 2012 [citado 20º de
dezembro de 2022];3(1):22-8. Disponível em: https://www.rbafs.org.br/RBAFS/article/view/1067

RODRIGUES, Giovanna Oliveira. Motivação para a prática de atividade física: uma revisão de
literatura. 2022.

CODINA, Nuria et al. Procrastination at the core of physical activity (PA) and perceived quality of life:
A new approach for counteracting lower levels of PA practice. International journal of
environmental research and public health, v. 17, n. 10, p. 3413, 2020.

MENEGON, Daniel et al. Musculação na educação física escolar: uma experiência no ensino
médio noturno. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 38, p. 171-178, 2016.

FERREIRA, Alan de Carvalho Dias et al. Musculação: aspectos fisiológicos, neurais, metodológicos e
Nutricionais. XI Encontro de Iniciação à Docência–UFPB-PRG-2008, 2008.

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