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Potencialidades da
Análise de Conteúdo Assistida por Computador
(CAQDA)
Rui Brites*
* Sociólogo
Investigador do CIES/ISCTE-IUL
Prof. Associado convidado do ISEG-UTL
E-mail: rui.brites@outlook.com. Telef.: 969073534
Gabinete 201, Edifício Bento Jesus Caraça, Rua Miguel Lupi, nº 20, 1249-078 Lisboa
Skype: britesrui.
Os pesquisadores costumam encontrar
três grandes obstáculos quando partem
para a Análise dos dados recolhidos no
campo (...)*
• O primeiro deles (...) ‘ilusão da
transparência’ (...)
• O segundo (...) ‘sucumbir à magia dos
métodos e das técnicas (...).
• O terceiro (...) dificuldade de se juntarem
teorias e conceitos muito abstractos com os
dados recolhidos no campo.”
da Análise Social
* E o fascínio, claro!
Alice no País das Maravilhas
Spinoza
“Não há nada mais prático do que uma
boa teoria”
Kurt Lewin
Contactos em Portugal
MAXqda
O MAXqda (originalmente conhecido por winMAX),
foi desenvolvido em Berlin por Udo Kuchartz em
associação com a Universidade Livre de Berlin (Free
University of Berlin).
É um software que permite manipular grandes
conjuntos de dados, sejam eles provenientes de
entrevistas narrativas, grupos focais, entrevistas não
estruturadas, estudos de caso, anotações de campo,
protocolos de observações, cartas documentais ou
qualquer outro material escrito.
O material (textos) podem ser importados
directamente no formato word, ou pdf
Exemplo de aplicação
Tema: Discursos presidenciais nas comemorações
do 25 de Abril em 2011
21
Janela do MAXqda com um projecto aberto
Texto seleccionado
Resultados de
Categorias
pesquisa
Nuvens de palavras
28
Janela inicial do MAXqda
Resultados
Sistema de
de pesquisa
códigos
(Categorias)
Texto seleccionado
Resultados de
Categorias pesquisa
30
Respostas à dimensão “O que é o trabalho para si” Identificação dos inquiridos
foi substituída por
informação demográfica
Directores O que é para si o trabalho
É uma necessidade porque as pessoas têm que viver, Ter uma contribuição monetária. Se gostarem do que fazem, o trabalho pode ser uma paixão. Se não
gostarem, o trabalho é um grande sacrifício. Eu não consigo imaginar, como já tenho ouvido dizer quando se levantam, que é um sacrifício ir trabalhar, menos um
dia para a reforma. Eu não consigo Ter essa postura, apesar de a parte do lazer e a parte de ócio ser muito mais interessante do que o trabalho. Para mim o trabalho
Mulher, 48 anos, casada, é só o profissional. Se saio de casa às 7 e entro às 9/10 não posso Ter uma grande contribuição de trabalho doméstico. Eu gosto muito de trabalhar. Antes já fui
licenciada em História consultora em várias empresas. Sempre tive dois trabalhos. Como não gostava da chamada lida doméstica, preferia fazer coisas que gostava e pagar para me
fazerem as coisas da casa.
O meu dia-a-dia é uma corrida constante.
Mulher, 52 anos, casada, Pois, para mim o trabalho é essencialmente a minha vida... não sei se isto é muito negativo para si, mas é assim... quando penso em trabalho é a profissão. Eu
licenciada em Finanças sempre a encarei muito a sério..
Realização pessoal, com objectivos ambiciosos determinados à priori, que deverão ser sempre ultrapassados.
Homem, 50 anos, casado, Pressupõe uma ocupação, um objectivo, uma finalidade.
Ensino secundário Esse objectivo tem que ser dificílimo de alcançar.
O objectivo da empresa deverá ser partilhado e participado pelo trabalhador.
Mulher, 43 anos, Faz parte do ser humano, é uma forma de realização, da pessoa ser independente economicamente e ter o seu mundo. Não é só o financeiro que está em causa.
divorciada, licenciada em Trabalho dá prazer, gosto de trabalhar, ter coisas bem feitas, trabalho é profissional.
Gestão O trabalho dá confiança e conforto
Para mim, o trabalho é um pouco em parte a minha própria vida...eu não conseguiria viver sem trabalho profissional...se me perguntar se eu estou disponível
mentalmente para um dia acabar com este trabalho eu diria que sim, que estou mas não quererei ficar em casa, isto é eu terei que arranjar um tipo de ocupação,
ligada com a minha actividade profissional, se puder contar com um contributo ao nível de alguma associação de natureza profissional, gostaria de o continuar a
fazer se a minha saúde física o permitir...
Mulher, 59 anos, casada,
Em complemento da minha realização pessoal como... mulher família. Isto é, eu de facto não saberia ser dona de casa em exclusivo, portanto tenho que ter uma
licenciada em Economia
actividade profissional, sobretudo porque gosto de sentir um trabalho de equipa... liderá-lo tanto quanto possível... mas poder fazê-lo sem prejuízo da minha vida
familiar....e eu diria que essa minha vida familiar quase que vem do tempo de solteira como filha... depois como mulher... depois como mãe e até agora como
avó... e tenho conseguido
Homem, 50 anos, casado, Uma coisa que me dê prazer e que me permita receber uma remuneração justa para o exercício dessa actividade. É uma forma de estar na vida. Trabalho para mim
Ensino secundário também pode não ser remunerado, po exemplo, ao fim de semana pegar numa máquina de cortar relva e tratar do jardim
É uma parte importante da minha vida. Sempre foi, embora já tivesse passado por uma época em que foi mais importante que agora. Mas, durante muito tempo,
Mulher, 59 anos, casada, foi o aspecto mais importante da minha vida.
licenciada em Economia Era prazer e eu sentia-me realizada. Mas o cansaço foi-se acumulando e como os projectos se foram realizando, levou a um certo abrandamento do ritmo.
31
Homem, 60 anos, casado, Trabalho faz parte de nós próprios. Mistura de realização, complementarização. O trabalho é exigência da nossa própria existência. O dinheiro é complemento do
licenciado em História esforço despendido. Trabalho é também prazer. Realização é sentir que se é útil no que se está a fazer
Exemplo de tratamento gráfico das frequências dos indicadores
(Análise de relevância temática)
Representação gráfica da frequência das categorias
O que é para si o trabalho
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Exemplo de tratamento gráfico das frequências dos indicadores
(Análise de relevância temática)
“Nuvem de palavras” da frequência das categorias
O que é para si o trabalho
Exemplo de articulação entre
Análise de Conteúdo
com MAXqda
e
Análise de
Correspondências
Múltiplas
com SPSS
Análise de Correspondências Múltiplas
O que é para si o Lazer
(Proximidade das categorias)
Almoçar/jantar fora
Passear
Assistir a espectáculos Viajar
Fazer o que se gosta
Tempo livre
. Ausência compromisso
Estar com amigos
Descanso Espaço/tempo pessoal
Despreocupação
Ler
Férias
Fazer desporto/Ginásio Ver televisão
Análise de Correspondências Múltiplas
O que é para si o Lazer
(Proximidade dos indivíduos)
TEC4
DIR17
ADM9
TEC26
ADM12 TEC25
DIR13 DIR21
Mulher
Mulher
Homem
Mulher
Homem Mulher
Mulher
Mulher Mulher
Mulher Homem
Mulher Mulher Homem
Mulher
Mulher Homem
Mulher
Homem
Homem
Mulher
Homem Homem
Homem
Homem
Mulher
Análise de Correspondências Múltiplas
O que é para si o Lazer
(Proximidade dos indivíduos por Categoria profissional)
Director
Técnico
Administrativo
Técnico
Administrativo Técnico
Director
Director
Administrativo
Técnico
Director Técnico Técnico
Técnico
Administrativo Director
Técnico
Técnico
Técnico
Técnico
Director
Director Administrativo
Técnico
Director
Director
Exemplo de articulação entre
Análise de Conteúdo
com MAXqda,
Análise de Correspondências
Múltiplas
e Análise de Clusters
com SPSS
3 clusters
Grupo 1
Grupo 2
Grupo
40 3
Bibliografia
Recomendada
• Bauer, M. e G. Gaskell (2002), Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e
Som, Petrópolis, Editora Vozes.
• Bryman, A. (2004), Social Research Metods, Oxford University Press, 2ª
edição (1ª edição 2001).
• Flick, U. (2005), Métodos Qualitativos na Investigação Científica, Lisboa,
Monitor.
• Gigglione, R e B. Matalon (1992), O Inquérito-Teoria e prática, Oeiras,
Celta.
• Guerra, I. C. (2006), Pesquisa Qualitativa e Análise de Conteúdo, Estoril,
Principia.
• Ketele, J-M. e X. Roegiers (s/d), Metodologia de Recolha de Dados -
Fundamentos dos Métodos de Observações, de Questionários, de
Entrevistas e de Estudo de Documentos, Lisboa, Instituto Piaget.
• Lessard-Hébert, M; G. Goyette; G. Boutin (2005), Investigação Qualitativa –
Fundamentos e Práticas, Lisboa, Piaget, 2ª edição.
• Sampieri, R. H.; C. F. Collado; P. B. Lucio (2006), Metodologia de Pesquisa,
São Paulo, McGraw-Hill.
• Vala; J. “A Análise de Conteúdo” em Silva, A. S. e J. M. Pinto (orgs.) (1986),
Metodologia das Ciências Sociais, Porto, Edições Afrontamento (cap. IV):
101-128
Análise Qualitativa na Internet – Revistas electrónicas
www.qualitative-research.net/fqs/
http://qualitative-research.net/fqs/
http://www.recherche-qualitative.qc.ca/cahiers.html
http://www.recherche-qualitative.qc.ca/cahiers.html
http://www.qualitativesociologyreview.org/ENG/archive_eng.php
http://www.qualitativesociologyreview.org/ENG/archive_eng.php
http://academic.csuohio.edu/kneuendorf/content/
http://academic.csuohio.edu/kneuendorf/content/