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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

1º SEMESTRE

FREQUÊNCIAS:
1ª Frequência: 30 novembro 2021

CASOS PRÁTICOS (SEBENTA)

CASO PRÁTICO 3 (SEBENTA)

Em DIP a primeira coisa que temos que ver é se estamos numa relação jurídico internacional. Para ser
uma relação absolutamente internacional, os elementos estruturantes da relação jurídica, tem que estar
em contacto com uma pluralidade de ordenamentos jurídicos, pelo menos dois, então sujeito iraniano,
mas será que esta senhora é ou não iraniana, se tem estatuto de refugiado, se está em exilo político,
temos que determinar a lei pessoal, em conformidade com a convenção de genebra relativamente ao
estatuto dos refugiados (página 14 da outra sebenta, artigo 12º).

O artigo 82º tem a residência habitual, esta senhora reside em Portugal, então a sua lei pessoal, é o seu
domicílio, a sua residência, a lei pessoal não é a nacionalidade, se a pessoa é refugiada, tem estatuto de
refugiado, nunca é a sua nacionalidade, se é refugiada saiu de um Estado que não concede proteção, a
lei pessoal desta senhora é Portuguesa.

O sujeito português, e o outro sujeito francês.

Estamos no âmbito de uma matéria de família, o mais importante é o sujeito, basta 2 sujeitos serem de
nacionalidades diferentes, os sujeitos estão em contacto com 2 ordenamentos jurídicos diferentes, 1
português e outro francês.

O Facto é que eles pretendem casar em Portugal, até antes de definir se a relação é internacionalmente
internacional ou não, podemos verificar qual é o problema, o que está aqui em causa, 2 pessoas que
querem casar, então é uma questão de capacidade de contrair o património. Qual é a norma que se
aplica na questão de capacidade de contrair o casamento (artigo 49º - definição da capacidade de
contrair o casamento).

Á senhora Abu aplica-se a lei português, e o código civil, na questão do artigo dos impedimentos para
casar, e ao Pierre aplica-se o código civil francês, direito da família, o artigo sobre os impedimentos.

CASO PRÁTICO 4

Fátima, portuguesa, casada com Artur, português, durante a constância do matrimónio, vendeu a
Mohamed, argelino, de 18 anos e a residir em Marrocos, uma propriedade do seu cônjuge situada em
Évora. O negócio foi celebrado por escritura pública em Évora. Mohamed pretende anular a venda com
fundamento na sua menoridade, de acordo com a lei da Argélia, bem como alega que Fátima era sua
prima e como tal conhecia a sua verdadeira idade. Suponha que:

a) a lei competente para regular este caso é a lei argelina.

b) O negócio jurídico foi celebrado em Casablanca (Marrocos).

Resposta: Vamos supor que este senhor face à lei da Argélia, este senhor não tem capacidade negocial,
é menor, mas face à lei portuguesa ele é maior de idade, tem capacidade negocial, independentemnte
de casar, a questão que se coloca é a nulidade de um contrato em virtude da incapacidade negocial de
um pessoa, e as matérias da capacidade estará no estatuto do estado da pessoa, da idade, são todas
reguladas pela lei da nacionalidade.

Vamos ver se isto é uma relação privada internacional, sim é, porque os elementos estutrutantes da
relação jurídica, estão em contacto com 2 ordenamentos jurídicos. Fátima é portuguesa, uma das partes
é portuguesa, o Muhamed é argelino, e o negocio foi celebrado em Portugal como isto se trata de uma
questão de estatuto pessoal, o facto dos sujeitos serem de nacionalidade diferente é fundamental, o
sujeito é portugues, e outro é estrangeiro portanto é um assunto internacional, temos aqui argélia e
Portugal, então o foro, Portugal diz que tem haver com a lei argelina, e a argélia

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