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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL

CÍVEL DA COMARCA DE IBIPORÃ – ESTADO DO PARANÁ

Autos n° 0000367-92.2021.8.16.0090

REGINALDO DA SILVA SOARES, já qualificado nos autos epigrafados,


movidos em face de NATURA COSMÉTICOS S.A, igualmente qualificada, vem, por
intermédio de seu procurador infra assinado, constituído mediante nomeação judicial, a
qual aproveita para externar sua anuência e votos de estima, tendo em vista o recurso
interposto pela requerida, apresentar suas CONTRARRAZÕES nos termos seguintes.

Trata-se de ação de reparação de danos promovida pelo recorrido em


face à recorrente, tendo em vista a negativação ocorrida em seu nome em virtude de um
desacordo comercial o qual o recorrido por diversas oportunidades buscou solucionar,
sempre enfrentando obstáculos impostos pela recorrente.

No curso do processo, restou claramente evidenciado que a requerida


instalou obstáculos para o recebimento dos valores assumidamente devidos pelo
recorrido, inclusive apresentando proposta de conciliação em que somente o recorrido
pagaria a recorrente, sem considerar sequer todo transtorno experimentado pelo
recorrido, tampouco os valores a título de abatimento dos produtos restituídos pelo
recorrido.

A postura da recorrente demonstra que até mesmo após o ajuizamento


da presente ação o recorrido vem enfrentando abalo psicológico e transtorno

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exclusivamente pelo descaso despendido a ele, o que justificou a indenização por danos
morais arbitrada pelo magistrado que diligentemente conduziu o feito.

No tocante a tentativa da recorrente em afastar a aplicação da relação


de consumo havida entre as partes, a sentença de primeiro grau doutrina com precisão os
elementos ensejadores de tal relação havida entre as partes. É que tratando-se de pessoa
hipossuficiente na relação, ainda que não destinatária final do produto, mas consumidora
vinculada à fornecedora do produto, a relação de consumo resta caracterizada.

No que concerne às alegações da recorrente de que as inscrições de


negativação anteriores à dela impediriam sua condenação por danos morais, a sentença de
mérito também merece permanecer incólume, tendo em vista que as argumentações se
amoldam com a realidade fático processual, indicando que a indenização atribuída deve
ser mantida por seus próprios termos.

Ante o exposto, tendo em vista que as razões recursais não devem


prosperar, requer se dignem Vossas Excelências em primeiramente conceder ao recorrido
os benefícios da gratuidade judicial e, no mérito, julgar improvido o recurso interposto
pela recorrente, mantendo a sentença incólume por seus próprios fundamentos.

Corolário da manutenção da sentença, pugna ainda o recorrido pela


condenação da recorrente em honorários sucumbenciais a serem arbitrados por esta
turma recursal, considerando os critérios legais.

Termos em que pede deferimento.


Londrina, 13 de setembro de 2022.

Lucas Ribeiro Terra


OAB/PR 59.693

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