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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA

DE JI-PARANÁ-RO

PROCESSO Nº xxxxxxxxxxxxxxxxx

BOM SABOR INDUSTRIA DE ALIMENTOS S.A., já qualificada nos autos


do processo em questão, por seus Advogados que esta subscreve, vem a presença de
Vossa Excelência, tendo em vista Recurso de Apelação atrelado aos presentes autos,
apresentar suas CONTRARRAZÕES, em consonância com o artigo 1.010, § 1º, do
Código de Processo Civil, ao passo que, após as formalidades de estilo, requer a
remessa dos autos ao EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
RONDÔNIA, para processamento do recurso.

Pede deferimento.

Ji-Paraná-RO, 13 de outubro de 2022.

Fulano de Tal Beltrano da Silva


Advogado Advogado
OAB n° 100.523 OAB n° 080.235
EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DESEMBARGADORES DO EGRÉGIO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA

CONTRARRAZÕES DA APELAÇÃO

PROCESSO DE ORIGEM Nº xxxxxxxxxxxxxxxxxx

APELADO: BOM SABOR INDUSTRIA DE ALIMENTOS S.A

APELANTES: SEBASTIANA DA SILVA E JULIA DA SILVA

EGRÉGIO TRIBUNAL

NOBRES JULGADORES

1. BREVE SÍNTESE DOS FATOS

As apelantes, por supostamente terem adquirido produto fabricado pelas


Indústrias de Gêneros Alimentícios Bom Sabor, apresentaram petição inicial requerendo
danos morais e materiais no valor de R$ 154.007,35.

A petição inicial fora contestada pela parte ré, aqui apelada, a qual
demonstrou nos autos que as apelantes, em fase de conhecimento, não conseguiram
provar que o produto fora fabricado pelas Indústrias Bom Sabor, pois precisa o
“consumidor demonstrar a relação de causa e efeito entre o produto e o dano, que induz
à presunção de existência do defeito”, o que não aconteceu na apresentação das
provas.

Não havendo relação de causa e efeito e a não demonstração de que o


produto fora fabricado pelas Industrias Bom Sabor, não há que se falar em danos morais
ou materiais.

Seguindo esse raciocínio, o Excelentíssimo Sr. Juiz acertadamente


afirmou que “cabia aos autores apresentarem provas de que ingeriram o molho” além
de que “as fotografias apresentadas não foram capazes de comprovar que os alimentos
que foram consumidos eram da referida requerida e que pertence a empresa em
questão”.
Nesse sentido, as apelantes, ora autoras no processo, não conseguiram
provar que o produto que possivelmente lhes causou prejuízos fora fabricado pelas
Indústrias Bom Sabor.

Dessa forma, o Excelentíssimo Sr. Juiz decidiu improcedentes todos os


pedidos, in verbis:

“Ante todo o exposto, JULGO TOTALMENTE IMPROCEDENTE todos


pedidos da inicial”.

Eis os fatos.

2. DA NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DA SENTENÇA.

As apelantes solicitam a modificação in totum da sentença, pois alegam


a responsabilidade total da apelada pelos supostos danos a si causados.

Contudo, a sentença mostrou-se suficiente ao demonstrar que as


apelantes não conseguiram comprovar a relação de consumo na cadeia produtiva com
as Indústrias Bom Sabor, com documentos indispensáveis à comprovação da relação
de causa e efeito entre o produto e seus pretensos desatinos.

Isso está comprovado nas provas apresentadas nos autos.

Então, não há o que se falar em modificação da sentença.

Além dessa questão, altamente comprovada, as apelantes apresentaram


novos documentos comprobatórios, os quais substituem os originalmente apresentados
nos autos.

Nada impede que novos fatos sejam trazidos à fazem recursal, desde
que tenham sido novos, após a sentença, ou tenham sido impedidos de serem
apresentados por força maior, conforme artigo 1.014 do Código de Processo Civil, o que
não se adequa à apelação em questão.

Houve tempo hábil à apresentação destes documentos na petição inicial


e durante o andamento do processo em juízo de primeiro grau, conforme artigo 435 do
Código de Processo Civil.

A pergunta dirigida a este Egrégio Tribunal é esta: Porque desde o


princípio, na petição inicial, estas provas que ligam o produto às Industrias Bom Sabor
não foram apresentadas? Quais seriam os motivos? Má-fé? Pretensa ingenuidade?
Ou as primeiras provas eram falsas ou estas, as atuais, foram forjadas!
O que demonstra total descompromisso com a boa-fé processual das apelantes.

O uso de um recurso, como esta apelação, diante deste Tribunal de


Justiça com estas provas serve para zombar do Poder Jurisdicional do Estado
Democrático de Direito Brasileiro e da sociedade que ele protege.

Dessa forma, este recurso nem deve ser conhecido ante a total
discrepância entre o que foi apresentado pelas apelantes e o que consta no processo,
haja vista a necessidade de dialeticidade dos autos, incluindo sua coerência com a fase
recursal, não devendo nem ser conhecidos os demais argumentos e pedidos.

3. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer aos Nobres Julgadores:

1. Sejam apreciadas as contrarrazões do recurso de Apelação, para


confirmar a decisão prolatada pelo Nobre Julgador a quo na íntegra;
2. Julgar inadmissível o recurso apresentado;
3. Negar todos os pedidos das apelantes para reforma da sentença;
4. Condenar a parte apelante ao pagamento de honorários de
sucumbência no valor de 20% sob o valor da causa, haja vista a incoerência
processual e o trabalho extra realizado pelo patrono que vos escreve.

Termos em que,

Pede deferimento.

Ji-Paraná-RO, 13 de outubro de 2022.

Fulano de Tal Beltrano da Silva


Advogado Advogado
OAB n° 100.523 OAB n° 080.235

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