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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI

CAMPUS PROF. BARROS ARAUJO PICOS PI


CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

Atividade Avaliativa I
Alline Hipolito Leal do Santos
Prática Jurídica Direito Civil II
Discente: Josenilson Rodrigues

QUESTÃO 01:

São recursos previstos no Código de Processo Civil: 1. Apelação (artigos


1.009 a 1.014): É o recurso interposto contra sentenças proferidas por juízes de
primeiro grau. Visa a reforma ou a anulação. 2. Agravo de Instrumento (artigos
1.015 a 1.020): Recurso utilizado para impugnar decisões interlocutórias (decisões
proferidas durante o curso do processo) que possam causar lesão grave ou de difícil
reparação. 3. Agravo Interno (artigos 1.021 a 1.024): Recurso interposto contra
decisões monocráticas proferidas por relatores de órgãos colegiados, como
tribunais. 4. Embargos de Declaração (artigos 1.022 a 1.024): Utilizado para pedir
esclarecimentos ou correções em uma decisão judicial considerada obscura,
contraditória, omissa ou com erro material. 5. Recurso Especial (artigo 1.029 ss):
Recurso destinado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para casos que envolvem
violação de lei federal ou divergência jurisprudencial. 6. Recurso Extraordinário
(artigos 1.029 ss): Recurso destinado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para
casos que envolvem matéria constitucional. 7. Recurso de Apelação efeito
suspensivo (artigo 1.012, § 1º): Possibilita a concessão de efeito suspensivo à
apelação, impedindo a execução provisória da sentença. 8. Recurso Ordinário
(artigo 1.043): Utilizado contra decisões proferidas por tribunais no julgamento de
habeas corpus, mandado de segurança, ação rescisória e outros. 09. Embargos
Infringentes (artigos 942 a 945): Recurso cabível contra decisões não unânimes
proferidas pelos tribunais, visando à reforma da decisão por meio de novo
julgamento. 10. Agravo em recurso especial ou extraordinário: adequado para
reformar decisões interlocutórias de presidentes de tribunais que não admitem
recurso especial ou extraordinário, nos termos do art. 1042. 11. Embargos de
divergência: contra acórdãos proferidos em recurso especial ou extraordinário que
contenham divergência em relação ao julgamento de outro órgão do próprio tribunal.
Previsão no art. 1043.
QUESTÃO 2:

AO JUÍZO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _

Processo nºxxxxxxx

MARTA, representada por sua genitora [nome da representante],


devidamente qualificadas nos autos da ação de indenização movida em desfavor do
Estado _, também qualificado, vem, por intermédio de seu advogado constituído,
com base nos artigos 1.009 e ss. do Código de Processo Civil, interpor o presente
RECURSO DE APELAÇÃO com base nas razões e fundamentos que seguem.
Requer-se o recebimento do presente recurso em seus efeitos devolutivo e
suspensivo, para posterior envio dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça, a fim de
que seja analisado quanto ao seu mérito.
Nestes termos, pede-se deferimento.
Data e local.

ADVOGADO
OAB nº xxxx
AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO _

APELANTE: MARTA, REPRESENTADA POR SUA GENITORA _


APELADO: ESTAO _
PROCESSO DE ORIGEM Nº xxxxxxx

RAZÕES DE APELAÇÃO

Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Ilustres Julgadores

I- DOS FATOS
Os autos referem-se a uma ação de indenização movida pela parte apelante,
Marta, contra o apelado, o Estado, devido a danos materiais e morais sofridos pela
autora.
Marta, aos seis anos, sofreu danos estéticos graves após receber a terceira
dose da vacina antirrábica do Estado. Aos treze anos, ela e sua mãe moveram ação
de indenização contra o Estado, pedindo R$ 50.000,00 por danos materiais e R$
40.000,00 por danos morais.
A Fazenda Pública alegou prescrição com base no Decreto n.o 20.910/1932,
que estabelece prescrição em cinco anos a partir do ato. Apesar da comprovação
dos danos e nexo de causalidade, a sentença acolheu a prescrição e extinguiu o
processo com base no Código de Processo Civil.

II- DO DIREITO
A sentença vergastada merece ser integralmente reformada. Vejamos.

II.1 - DA PRESCRIÇÃO
A sentença recorrida cometeu um equívoco de julgamento ao aplicar a
prescrição. A apelante, Marta, era menor absolutamente incapaz no momento dos
fatos e ao ajuizar a ação, com apenas seis anos de idade. Conforme previsto nos
arts. 3º e 198, inciso I, do Código Civil, a prescrição não corre contra absolutamente
incapazes.
Portanto, não há base jurídica para a extinção do processo com base na
prescrição, já que, devido à condição da autora, o prazo sequer havia começado a
ser contado. A apelante solicita a reforma da sentença para que a prescrição seja
afastada.

II.2 - DOS DANOS E DO NEXO DE CAUSALIDADE

Os autos evidenciam que a apelante sofreu graves danos estéticos devido à


terceira dose da vacina antirrábica fornecida pelo apelado, resultando em sequelas
sérias. A perícia realizada durante o processo confirmou os danos e estabeleceu a
relação de causa e efeito entre a conduta do apelado e os danos à apelante.
É relevante destacar que não é necessário comprovar a culpa do
Estado/apelado, pois se trata de responsabilidade objetiva, conforme previsto nos
artigos 927, parágrafo único, do Código Civil e 37, § 6º, da Constituição Federal. Os
documentos apresentados nos autos atestam danos materiais no valor de R$
50.000,00, resultantes do tratamento das sequelas.
Além disso, os danos morais foram comprovados por meio de outras
evidências apresentadas durante o processo, especialmente em relação aos danos
estéticos sofridos. Importa salientar a possibilidade de acumulação de danos morais
e danos materiais provenientes do mesmo fato, conforme entendimento consolidado
pelo Superior Tribunal de Justiça na Súmula nº 37.

III - DO REQUERIMENTO

Diante do exposto, a apelante requer que o recurso seja conhecido e provido,


resultando na reforma total da sentença. É necessário afastar a prescrição, pois
esta não corre em relação a pessoas absolutamente incapazes, e reconhecer os
danos materiais e estéticos suportados pela apelante.
Nestes termos, pede-se deferimento.

Local e data.

ADVOGADO
OAB nº xxx

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